Acertando o passo [Centro de Distribuição]

As ferramentas do CD

Fotos Ignácio costa

Na hora de montar ou aprimorar um centro de distribuição a
empresa tem que planejar muito bem as empilhadeiras, prateleiras
e paletes que vai usar

n Luciene Carvalho

E
scolher um produto na gôndola de supermercado é uma
tarefa muito simples para os consumidores, mas por
trás dessa comodidade tem todo um processo que vai
muito além. Para que o produto esteja disponível na loja, várias
etapas entre a indústria e a loja foram cumpridas. Uma última
etapa antes da loja que está se tornando cada vez mais comum
é a da central de distribuição ou centro de distribuição, mais
conhecida como CD. Tudo para oferecer o produto que o clien-
te procura no lugar certo e na hora certa.
“Um CD traz muitos benefícios para os supermercadistas,
tais como: lotes de compras mais econômicos, maior poder
O funcionamento de um
de negociação na aquisição de mercadorias, otimização do
centro de distribuição (CD) processo de reposição no ponto devenda, entre outros”, diz
representa um dos pontos o técnico em logística, Welington Abreu. “Com o CD, todo o
máximos do sistema de sistema de abastecimento é melhorado, desde o ponto de
logística de uma empresa
de supermercados

92 novembro de 2009 Gôndola 93

 Acertando o passo [Centro de Distribuição]
origem até o ponto devenda”, argumenta. E
um bom supermercadista sabe que o centro de
distribuição pode ser o diferencial de sua loja.
Quem montou o seu só tem motivos para
comemorar.  A Rede ABC, com 19 lojas em
várias cidades do Centro-Oeste mineiro,  teve
o seu excelente CD incendiado no ano passado
e nem pensou duas vezes em reconstruí-lo (a
reabertura aconteceu em julho), até mesmo
com expansão, pois aposta nas vantagens de
um centro distribuidor.
“Na nossa visão são várias as vantagens do
CD como: melhora o poder de compra ao cen-
tralizar a entrega, centraliza o recebimento de
notas fiscais e duplicatas e reduz os estoques
das lojas, já que o CD abastece diariamente”,
conta o diretor de logística e expansão do gru-
po ABC, Walchir Dias Amaral.
Os paletes de madeira
dominam o mercado, mas
Equipamentos
os de plásticos já começam Não é só dentro da loja, na área de ven-
a ocupar espaço das, que o supermercadista tem que brilhar. É
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também no CD que está a mola propulsora do
sucesso do negócio. Para ter sucesso no centro
de distribuição, é imprescindível que a unidade
esteja alinhada com os equipamentos.
“É fundamental que o supermercadista con-
te com uma empresa de consultoria especia-
lizada em logística para ajudar na montagem
e na escolha dos equipamentos adequados”,
diz o diretor de logística e expansão do grupo
ABC.
O maior desafio do supermercadista não
está em implantar o CD, e sim em escolher
os equipamentos adequados. “A escolha de
equipamentos depende de vários fatores como:
piso, peso, altura do CD, assistência técnica e
pós-venda. No caso da empilhadeira, por exem-
plo, deve ser considerado o piso do CD que ela
irá transitar”, ressalta Amaral.
Para não errar
Prateleiras, paletes e empilhadeiras, como
escolher os equipamentos corretos? “A melhor
novembro de 2009
 Acertando o passo [Centro de Distribuição]

forma de não errar na escolha dos equipamen-

tos, é procurar ajuda profissional, que normal-
As ferramentas de um CD
estão presentes no dia-a-dia mente é provida pelos distribuidores das gran-
até mesmo de quem não é um des marcas. Este profissional irá, mediante um
supermercado, como é o caso levantamento das necessidades dos supermer-
desta loja de "atacarejo"
cadistas, identificar qual é o equipamento mais
adequado”, recomenda o gerente de logística
da Tradimaq,  Carlos Henrique Filizzola.
No caso das prateleiras, o aço domina in-
teiramente o mercado, ela é feita sob medida
de acordo com o tamanho do CD. “O dimensio-
namento é basicamente padrão do mercado,
até em função da padronização dos paletes. A
compra é realizada sob medida, depois de feito
um projeto de layout do CD”, diz Robson Enes.

Plástico ou madeira?
Já o palete predominante no mercado é o
de madeira, apesar de existir o de matéria plás-
tica também.  O diretor comercial da Tecnolog,
Romulo Farias, lembra que o supermercadista
deve ter um cuidado na hora de escolher o
fornecedor. “Ao comprar pallet’s, é importan-
te verificar se a empresa fornecedora possui
licença ambiental, que utilizam madeiras de
reflorestamento”, esclarece.
Rômulo afirma que o palete plástico veio
substituir o de madeira, mas os clientes recla-
mam do preço inicial de aquisição, esquecendo
a alta durabilidade do plástico em relação a ma-
deira. “O único problema que vejo no plástico é
que o cliente fica preso nas medidas padrões
de mercado, não podendo utilizar uma medida
especial”, ressalta.
 
Empilhadeira
A empilhadeira, sem dúvida, é um equipa-
mento fundamental para o funcionamento do
centro de distribuição. A escolha depende do
tamanho da loja, do leiaute e da carga que será
transportada. Opções disponíveis não faltam. É
importante contar com a ajuda de um profissio-
nal para escolher o equipamento certo.
“As empilhadeiras são divididas em classes
que incluem normalmente a diferenciação por
tipo de aplicação, como: tração (combustão

96 novembro de 2009 Gôndola 97

 Acertando o passo [Centro de Distribuição]
ou elétrica), rodagem (tipo de pneu ou rodí-
zio), largura do corredor, altura de operação,
capacidade, velocidade e questões de segu-
rança”, explica o gerente de logística do grupo
Tradimaq, empresa com mais de 20 anos de
atuação no segmento de venda e locação de
equipamentos, Carlos Henrique Filizzola.
Ele explica, que no caso da empilhadeira,
o preço não deve ser um fator de escolha.
“Já vi casos em que as empilhadeiras foram
As empilhadeiras fazem definidas apenas pelo preço e eram totalmente
o trabalho pesado de
inadequadas às condições existentes no local
movimentação do estoque
e precisam de manutenção de operação. Assim, é bom lembrar, que para
programada cada decisão deve haver o conhecimento técni-
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co adequado para atingir os objetivos”, garante
Filizzola.
 
Manutenção
“A manutenção é normalmente dividida em
preditiva (via análise de óleo), em preventiva
(baseada em um número determinado de horas
trabalhadas) e nas corretivas, aquelas que se
dão no momento de uma falha específica. O
grande segredo é fazer um bom planejamento
das manutenções preventivas, que são realiza-
das a cada 250 horas de trabalho normalmente,
seguindo pautas de manutenção que são suge-
ridas pelos fabricantes”, garante Filizzola.
O operador pode colaborar muito com a ma-
nutenção do equipamento. “Ele deve preencher
corretamente o check list diário do equipamen-
to e assim que verificar alguma irregularidade
informar imediatamente a empresa responsá-
vel pela a manutenção”, completa Rômulo.
Existem no mercado também empresas
que fazem manutenção e limpeza periódica dos
paletes. Estas empresas coletam os equipa-
mentos no centro de distribuição, levam para
a central e fazem reparação ou limpeza, logo
após retornam com os paletes no domicílio
da empresa prontos para inserção na linha de
produção.
Como decidir
Mesmo com os pontos positivos que qual-
quer CD possa proporcionar, como qualquer
outro investimento, vale a pena avaliar bem a
estratégia, afinal o custo com o investimento
é alto. O consultor de varejo, Wanderley Cruz,
afirma que a decisão de ter ou não um CD,
depende da demanda.
Antes de decidir, o supermercadista deve
analisar se a despesa será compatível com a
demanda. “Muitas empresas trabalham com
dois ou mais depósitos, o famoso puxadinho,
porém, não implantam o sistema de CD e o
processo torna-se arriscado”, diz Wanderley.
Antes de abrir um CD, o supermercadista
precisa estudar o crescimento da demanda e
o tempo ideal para a reposição em cada filial e
novembro de 2009
 AG E N D A D E C U R S O S AG E N D A D E C U R S O S FORMAÇÃO PARA OS
Acertando o passo [Centro de Distribuição] NOVEMBRO 2009 D E Z E M B R O 2 0 0 9 PROFISSIONAIS.
NFe- NOTA FISCAL ELETRÔNICA – 11/11
PLANO PRÁTICO PARA MINIMIZAR O TEMPO
DE ESPERA EM FILAS – 02/12
RESULTADOS PARA OS
assim definir qual a melhor opção. “É importan-
CD, ter ou não ter, eis a questão
te ter profissionais especializados para orientar
Público Alvo – Contadores, Compradores, Finan-
ceiro/Administrativo, gerentes e proprietários.
Público Alvo - Proprietários, lideres, profissionais
ligados ao atendimento.
NEGÓCIOS.
VANTAGENS e planejar cada etapa do processo, medir o Horário: 08:30 às 17:30 Horário: 08:30 às 17:30
Investimento: R$109,00 associado Investimento: R$109,00 associado
Reduz o índice de ruptura nas gôndolas, pois não há uma grande depen- investimento e duração da obra”, ressalta o

DEZEMBRO 2009
R$128,00 não – associado R$128,00 não – associado
dência dos supermercados com seus fornecedores. consultor.
O gerente de logística da Tradimaq, Car- FRENTE DE CAIXA – 17/11
Os supermercadistas compram em volumes maiores, diminuindo o pre- HORTIFRUT: PONTO DE VENDA MAIS
ço do produto. los Henrique Filizzola, afirma que a equipe de Público Alvo – Frentes de caixa, gerentes e RENTÁVEL – 9/12
proprietários.
planejamento deve trabalhar junto com os for-
Acelera a expansão para fora dos grandes centros urbanos. Horário: 08:30 às 17:30
Público Alvo - Proprietários, lideres, encarrega-
necedores de equipamentos, pois um trabalho Investimento: R$109,00 associado
Redução de custo dos produtos com a entrega em um único lugar. dos de setor perecíveis.
depende do outro, ou seja, o ideal é tratar o R$128,00 não – associado
Horário: 08:30 às 17:30
Agilidade para entregar pedidos em locais solicitados. projeto como um todo, sempre assessorado POP -PROCEDIMENTO OPERACIONAL Investimento: R$109,00 associado

NOVEMBRO E
PADRÃO: A IMPORTÂNCIA DE ESTRUTURAR R$128,00 não – associado
p0or profissionais.
DESVANTAGENS ROTINAS – 18/11 NOVO
“O maior erro cometido nestes casos é REPOSITOR: A INTELIGÊNCIA NO PONTO DE
Acréscimo de um estágio na distribuição. Público Alvo - Gerentes, lideres, RHs, encarrega- VENDA – 10/12
tratar de forma separada todos os subprojetos dos de setor e proprietários.
Alto custo com a construção, compra ou o aluguel do imóvel. que existem no projeto de um CD; por falta de Horário: 08:30 às 17:30
Público Alvo – Repositores, Proprietários e
informação, as pessoas não reúnem todos os Investimento: R$109,00 associado
lideres.
Há ainda os custos de contratação e treinamento de novos funcionários. R$128,00 não – associado
fornecedores, fazendo com que algumas deci- Horário: 08:30 às 17:30
Aquisição de novas ferramentas: prateleiras, paletes, empilhadeiras. Investimento: R$ 109,00 associado
sões prejudiquem as demais”, conta Filizzola. COMO EVITAR PRODUTOS VENCIDOS NA
R$128,00 não – associado
GÔNDOLA – 19/11 NOVO
Despesas com veículos próprios ou empresa terceirizada para o trânsito
Público Alvo – Encarregados de setor, Repositor,
de mercadorias para o ponto de venda. Distribuidor lideres, gerentes e proprietários. FISCAL DE LOJA - 16/12
Fonte: Técnico em logística Welington Abreu Imagine um atacadista sem uma estrutura Horário: 08:30 às 17:30
Público Alvo – Fiscal de loja, proprietários e lideres.
de CD. É o caso do Mart Minas, grupo com qua- Investimento: R$109,00 associado
Horário: 08:30 às 17:30
R$128,00 não – associado Investimento: R$109,00 associado
tro lojas em Minas Gerais (Belo Horizonte, Con-
R$128,00 não – associado
tagem, Divinópolis e Governador Valadares). O ICMS E SEUS ASPECTOS GERAIS – 23/11
grupo conta com um centro de distribuição,
localizado em Contagem, no bairro Nacional. Público Alvo – Contadores, Compradores, Finan-
ceiro/Administrativo, gerentes e proprietários. Desenvolvimento de habilidades gerenciais –
A unidade tem cerca de 10 mil metros Horário: 08:30 às 17:30 18/12
quadrados de área, com 12 mil posições de Investimento: R$109,00 associado
R$128,00 não – associado Público Alvo – Gerentes, proprietários e lideres.
paletes. De acordo com o superintendente do Horário: 08:30 às 17:30
grupo, Robson Enes, o CD atende  as quatro Gerenciamento por categorias – Ruptura e Investimento: R$109,00 associado
lojas do grupo, mas tem capacidade para aten- Espaço – 24/11 R$ 128,00 não – associado

der até 12 unidades. “Esta estrutura foi criada

para a expansão que o grupo terá, com a inau-
guração de duas lojas até dezembro (Uberaba
e Juiz de Fora), e mais seis nos próximos três
anos”, conta.
O CD do Mart Minas tem capacidade
para armazenar cerca de  6 mil itens, com
a operação de flow rack. O superintendente
do grupo garante que o CD trouxe mais efi-
ciência no processo de abastecimento das
lojas. “Temos mais agilidade no processo de
distribuição, uma melhor gestão do estoque
nas lojas, melhor atendimento ao fornece-
dor. Também evitamos filas de descarga nas
lojas”, conta Robson. n
100 novembro de 2009
Público Alvo – Encarregados de setor, gerentes e
proprietários.
Horário: 08:30 às 17:30
Investimento: R$109,00 associado
R$128,00 não – associado
Cartazista – 25/11
Público Alvo – Cartazista e Gerentes.
Horário: 08:30 às 17:30
Investimento: R$124,00 associado
TURMAS EM 2009:
BELO HORIZONTE, DIVINÓPOLIS, IPATINGA, JUIZ DE
R$141,00 não – associado FORA, MONTES CLAROS, PARÁ DE MINAS, POUSO
ALEGRE E ARAXÁ. INFORME-SE E PARTICIPE!
Como prevenir multas e autuações – 26/11
Público Alvo – Encarregados de setor, gerentes e
proprietários.
Horário: 08:30 às 13:30
Investimento: R$ 90,00 associado R. Platina, 33 | Prado | Belo Horizonte | MG
R$105,00 não – associado Informações: Karelly e Fabiana
Tel: (31) 2122-0538 | 2122-0561
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