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Olha o mundo a correndo

com a fora de mil vulces


essa a nossa histria
de coices e coraes (refro - repetir)

Corpo da msica (versos em setilha - estrofe com sete versos /// versos em redondilha maior:
setesslabos ou heptasslabos)

Vem se aproximando um raio


trajado de transparente
Conjurado pelo Estado
e por todos nossos parentes
Desnud-lo coisa rdua,
o que tento nesse repente

Ele vem manchado e cisca


os restos desses letreiros
que vemos pelas caladas
imundos e trapaceiros
Ele letra mancando
em versos que vem sem rodeios

mistrio de um segundo
que repete um cho enorme
Que repete diferente
um enigma disforme
Ele no o que parece
pois quando brota j corre

Digo ele simplesmente


s por pura conveno
H muito de feminino
na grande rebelio

Que hoje cerra muitos dentes


e faz movedio o cho

Um feminino que sobe


do ventre e da primavera
Que no s fora bruta
mas fora que empodera
As meninas que antes vamos
sob guarda e tutela

Muito curumim tambm


invoca raio e trovo
pra entrar nessa roleta
de coices e coraes
Viva os povos ancestrais
que tem como me esse cho!

E at os brancos bambeiam
pralm dos que se recolhem
Tem aqueles que embolam
as amarras que os tolhem
E misturados com a negrada
danam, gingam e sacodem

E o mundo sacolejando
pela fora da alegria
tempo que se renova
no sangue das minurias
Dou um viva a criao
que resiste na poesia!

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