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Z { t - 1G%- 29 ceecnbr Wan atom J Universe de to Felo ow ec: i ZN. keener 2 eT eukiaie =| ea? ‘Marcelo identi Universidade Ectadual de Campinas Otavio Dull ~ Universidade Federl de Minas Cora = Aaa nr A pesquisa qualitativa mile Dur ; A Fesquisa ualcva~ Enfoqucs epiatemolglese metadelgicon Enfoques cpistemolégicos e metodalagicas Way Sociologia antec "Jonn Hannngan Indices para catilugo sistemético, vos 1. Pesquisa qualitativa : Metodologia ‘Ciencias sociais 300.72 Potrépolis ron —— 0 delineamento de pesquisa qualitativa* Jean-Pierre Neslauriers Michble Kérisit Bu varias disciplinas, o processo da pesquisa clenttfica é nitidamente o mesmo esquisadores aplicam, no conjunto, os mesmos principios de acd igi0 debate nem por isso esté encennudu entre os pesquisadores: quantitativos tivos procedem da mesma maneira? Ou, em outras palavras. existe um de- ento de pesquisa prapria A pesquisa qualitativa? kodo « pesquisa qualttativa retornou com forga, no final dos anos 1960, cipalmente, na metade dos anos 1970, sens pwrtidarios pretendiam que entasse earacteristicas particulares; na opinido de seus promotures inais £4 pesquisa qualitativa recorria a técnicas que a diferenctavam, radicalmen- uisa quantitative. Nesse perfodo, era comum opor os hons “qualitati- is bons “quantitativas”. Fntretanto, passado esce periodo de defesa,¢ Ne pk Pesquisadores qualitativos tercm realizado alguns trabalhos relevantes, pa- aid baaes ‘Procedimecuto geral de pesquisa que eles sezuiam era sensivelmente o Ghecye fic aduele percorrido pelos outros pesquicalores; 0 pesquisador se pro ita demonstrar como eles permitem responder ao seu problema inicial. but delimeamento de pesquisa qualitativa, encontran-se os elementos co- BSE todo projeto de pesquisa eeouanga nay deve permitir pensar que tudo ¢ do semelhante 20 mesma mnente, a pesquisa qualitativa instanrontuma tradigao prépria, que evolu ¢ fina coloragio particular ao seu delineamento; se a logica de base e seme- Hem toda pesquisa, o delineamento de pesquisa qualitativa tem aspectos € Ge uvoluimento que o distinguem. E bem verdade que as semelhangas possi GL Ie 0s pecquisadores qualitativos estabclegam uin didlogo com os Outros Tea uo Se baseia em um texto de M. Kérist, La construction de Vobjet de vecherche en sciences recherche qualita, Universidade do Quebec em Wl, 1992.53 p(prepredo 0 %- et eeca do Conte Quebequense da Pensa Socal, sobre a Pesquist uahtaa) w + a pesquisa em por objetivo aprofundar processor ou fendmenoe complenoy + a pesquisa compra varavespernentes, que no tenbam ada si mitadas, + apesquise pretende explorer em yue momento € onde os pole senso popular e a pratica malogram, PRIncess © boa +a pesquisa sereferca sociedades desconhecidas ou estruturas inovedoray ( coudtano da sala de aula, oda culture onganizacional de uma empress, odo | gato das mulferes ou dos homens, por explo, tou» ohietos prvlegides tb abordagem qualita Esse cotdiano const 3s eonstugoes mulupas | Agence ade de todos ae dias, ou seja.a exuberincia da vida cotidiana, cujo eet neteroyenco nko se deve reduce pela ica formalin do dewerae?™ Dee, 1987b: 10), Gracas a seus instruuncitus, como ahistéria de vida,» ob Eero parcipant, ow aandise de conteddo a pesquisa qualauva pera way ve armente estudar ecces momentos prvilegiados, dos quais emerge o sentido + a pesqutsa se relere aos processos organizacionais, suas ligacbes i nio-estruturadae; amis +a pesquisa se refere 0s objetivo oganuzaionas rai, por opasiioaqu aque sto retendidos (MARSHALL & ROSSMAN. 1989, 46) 4 Em resumo, ¢ para alma dos urguinentos de videun mictodologica, parece quea pesquisa qualitativa se aplica melhor a certos tipos ¢ temas de pesquisa. Examing. [3 £0 pesqulsadorlocliza no tempo ¢ no espaco as momentos em que as estraé: remas alguns deles, nos parégrafos seguintes. tie & dae atores se evidenciam coujuntamente, ¢ também retine as perspectivas até Beya manifestadas enquanto intencoes mdividuats. Desde entio, nio sio mais oe regularidarles que retém a atenclo, mas as crises que se estabelecem Sie inicios reveladores do momento em que a ordem social antiga nfo existe A pesquisa qualitativa tem sido, imtimeras vezes, wtilizada para descrever uma si- peta e’em que se opera a mudanga, social, Os fenémenos da marginalidade, da ma- twasto social creunserita (pesquioadecritva), ow para explora determina [UCU do nédito, da transigdo, no podem ser explicados peta tegularidade, j que _quest6es (pesquisa exploratoria), que, dilcilmente, pesquisador que recorre ami“ seggaerinalam uma raprura com as ‘normas dominantes: se eles tem como pano de todos quantitativos consegue abordar. Eletivamente, por seu carster exemplar efi. $a {g02, virios fendmenos sociais resistem A mensuracio. Uma pesquisa qualitativa de hatureza exploratdria possibilita familiarizar-sc com as pessoas e suse preocupaches Ela também pode servir para determinar os tmpasses € us bloqueius, capazes de travar um projeto de pesquisa em grande escala. Uma pesquisa descritiva colocat ‘a questio dos mecanismos ¢ dos atores (0 “como” ¢ 0 *n qué” dos fendmenos): par. ‘meio da precisio dos detalhes, ela formevers informagdes contextuais que poders9 servir de hase para pesquisas explicativas mais desenvolvidas. Entretanto, ela €¢ maior parte do tempo, completa em si mesma, € ndo tem obrigatoriamente necess dade de ser continuada pur vuuos pesquisadores, por meio de outras séenieas, ‘As pesquisas descritivas e exploratorias ‘estrutura social de onde naccem, € geralmente impossvel reirar uma am- imostragem de caso, em ruzao da propria naturces da variével que torna im- vl umvecenseamento da populacao. Data imporuincia de ués elementos que ny constantemente nos estudos quaitatives: 0 contexto,a histona (ou a diz ‘¢ a mudanga social do do sentido da agao ‘pesquisa cientifica recusa se deixar levar pelo sens comum proposto pelos “alores sociais, e tambem recus reduzir-se a uma ficgdo teérica que aniquilaria *byvido desses atores. A construcio tebrica pode, contudo, set Tato do indiv: Eigito-peequicador, ou levar & contrihuicdo os sujeitos da pesauisa, como € 0 as0 1 Sebesuuisa-agao ena pesquisa feminits. Um dos objetor privilegiados da pesauisd ‘7 alitaiva €, poranto, 0 sentido que aquirean a asad soredade na wc 8 | Simprtamentas dos indviduos. assim como 0 sentide da ato individual quando ‘yg flase traduz cm acdo coletiva. * Airmar que a pesauisa quaitativa prolegs 0 vivid dos atores soins nan significa, rodavia, que ela se redhziia a uma descricio minuciosa de agdes ow de “fenomenos observiveis, isso, pode 2 dizer que o objeto or excelenca 4 BI $ Sgusa qualitativa a ago imerpretada,stmultaneamente, pelo pesquisadore pelos °F Sueitos da peequis; de onde a importincia da linguagem € da> conceituages oe devein dar conta tanto do objeto “vivido”, comn do objeto “analisado” O estudo do cotidiano e do vrdindrio objetivo de uma pesquisa qualitativa pode ser o de dar conta das preocupe ‘goes dos atores saciais, lais quais elas slo vividas no cotidiano. A enfise recai sobre “oda a proximidade social, isto ¢, todos os Ingares e momentos em que a relag®? social toma forma em sua concretudle, e nio mais © que se poderia chamar de 050 cial eonstruida” (SOULET. 1987b: 14). U objeto de pesquisa s¢ refere, entio, * “historia social dos objetos mais ordin¢rins da existéncia ordindria: || todas ese" ‘coisas tornadas 120 communis, portant, tao evidentes, que ninguém presta atenci™ elas, aestrutura de um tribunal, o espago de um museu, v acidente de trabalho, # ccabine de voto...” (BOURDIEL & WACQUANT. 1992: 209). A avatiagau das polticas ipalmente-na pesquisa qualittiva,o objeto de pesquisa &, 20 mesmo tempo, 1 panto de partida enim ponta de chegada, ‘

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