Era mais um final de tarde chuvoso na cidade de Londres. O museu de historia
antiga já havia sido fechado e os guardas noturnos assumiram seus postos para guardar os objetos valiosos que ali estavam. Uma sala, em especial, guardava uma jóia valiosa, achada nas ruínas do templo de Apolo, na Grécia. Os historiadores que a encontraram acreditam que ela pertencia a uma jovem profetisa grega que supostamente seria Cassandra, personagem da mitologia antiga. Encontrada junto ao jazigo da jovem, havia uma inscrição que dizia: “Aquele que tiver o olho de Cassandra na mão, seu olhos o futuro verão”. Com muito zelo e prontidão, os guardas vigiam as salas do museu, para que nada seja roubado ou danificado. Mas, no lado de fora do prédio, um misterioso homem sobe silenciosamente as paredes do museu. Ele chega ate a uma das janelas cortando-a cuidadosamente com um cortador de vidro, e entra em um dos corredores laterais. Mascarado e vestido completamente com uma roupa negra, ele caminha com passos silenciosos ate a sala onde esta o artefato. Porem, e abordado por um dos guardas, que grita: - Parado!Mãos ao alto! O homem vira-se vagarosamente e fica de frente com o guarda. Quando tudo dava a parecer que o meliante havia se entregado, ele surpreende o guarda desferindo uma luz forte em sua direção, que o paralisa mortalmente. Ágil e sagaz, o ladrão chega à sala onde esta o Olho de Cassandra. O estranho homem começa a emanar uma energia poderosa de seu corpo, que desliga todo o sistema elétrico do prédio, causando um black-out. Os guardas ficam atordoados na escuridão e logo se deparam com uma luz forte no fim do túnel, que os atinge mortalmente. A energia logo e restabelecida e os guardas sobreviventes ao ataque ficam espantados ao ver o esquife onde era guardada a relíquia estava intacto, porem, vazio. Os policiais foram chamados para o local, e logo diversos jornalistas estavam no local para documentar o roubo. O curador da exposição sobre a Grécia Antiga, Sir Leonel Walker foi o primeiro a chegar ao local, presenciando, com olhar espantado, a cena do crime. Ele não era apenas o curador, mas também descobridor do artefato roubado, quando era apenas um jovem arqueólogo recém-formado trabalhando nas escavações nas ruínas do templo de Apolo. Junto com ele, estava uma jovem de bela aparência, com longos cabelos ruivos e olhos verdes iguais ao brilho de duas esmeraldas. Era Ellen Walker, sua filha, que também o auxiliava na exposição. - E agora pai, o que iremos fazer? – disse Ellen, com um olhar entristecido ao ver tal cena. - Iremos atrás dos culpados e tentaremos a todo custo recuperar o que foi roubado! - disse o pai com tom serio e forte. Ele sabia que aquele não era um simples achado arqueológico, pois acreditava que a lenda de Cassandra era verdadeira. Os gregos da Antiguidade acreditavam que aquele que portava o colar era capaz de prever o futuro. E esse objeto, em mãos erradas, causaria muita dor e sofrimento para o mundo. Só a ajuda da policia não seria o suficiente para recuperar a relíquia. Ele precisava de alguém que enfrentasse o autor do roubo de igual para igual, pois não foi um roubo comum. Havia algo de maligno no lugar e ele sentia isso no ar. Como era um homem conhecedor de um dos maiores segredos da humanidade, entrou em contato com aqueles que poderiam ajudá-lo a recuperar seu maior tesouro. Apos voltar a sua residência, em Baltimore, foi ate uma sala reservada, pegou o telefone e fez uma ligação internacional para Grécia, especialmente para um lugar desconhecido, em Atenas. - Desejo falar com o mestre do santuário. -disse ele.