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GD de Conjuntura: ME e FEMEH – I EREH – NE .

UFPI 2010

Fala inicial sobre o tema: Marcelo (UECE) e Rodrigo “Nêgo” (UFAL)


Marcelo: o intuito do GD é debater sobre a conjuntura das lutas sociais e em que medida a Femeh, o
mov. Estudatil de área e o ME como um todo podem contribuir para a transformações sociais.

Nêgo: Histórico da esquerda brasileira. Coloca o impacto que o início dos anos 90 trouxeram para
as lutas sociais. A última grande luta de massas foi o “fora Collor” e que em nada contribuiu para a
transformação da sociedade brasileira. No governo FHC a criminalização dos Movimentos Sociais
se intensifica. No governo Lula a esquerda efetivou sua fragmentação. As reformas implementadas
pelo governo atual. Conlutas e Conlute surgem, nessa fragmentação, como oposições à CUT e
UNE. Anel e Conclat.

Marcelo: como o ME se insere nesse contexto. O ME bem como os demais movimentos sociais
ficou na defensiva nos 1990 e a situação acaba por piorar a situação desses sujeitos sociais, no
sentido de cooptação. Diferencial deste governo é agregar esses movimentos sociais mantendo
assim o refluxo. A fragmentação e as alternativas pra luta. Entidades de curso, fóruns unificados etc.
O ME de área se diferencia por ter mais possibilidades de diálogo com a vida concreta dos
estudantes.
__________
André Uespi: retoma o debate da mesa da noite anterior. Reafirma elementos da fala do marcelo no
tocante à reorganização. Fala sobre a necessidade de uma nova referencia de entidade e o papel da
Anel nesse sentido. Enfatiza que apesar de ela se colocar enquanto alternativa, está em processo de
contrução. Não compreende porque a oposição da UNE não encampa nessa luta.

Felipe Sillas: pra Femeh PE Une e Anel tanto faz tanto fez. ME é movimento social, é esquerda e
compartilha o refluxo. O que precisamos hoje é de uma maneira de fortalecer os mov. Sociais. Fala
do exemplo do movimento negro de PE e sobre as alternativas de coletivos de cultura. Parar de
discutir fluxo e refluxo.

Sam UECE: a criação de novas entidades nesse momento complicado é prejudicial. Cita a fala
angustiada da mesa de ontem e diz que esse é o tom do discurso da base. Acredita que a tentativa de
disputar os espaços que já existem, como a Femeh. Pensar propostas de médio e longo prazo tendo
em vista a efemeridade do ME.

André: reitera a necessidade de alternativa enquanto entidade. Foruns da UNE despolitizadissimos e


que não é a disputa central, pois disputá-la legitima a mesma.

Felipe Sillas: reafirma a necessidade de a gente pautar a proximidade com os mov sociais. Seremos
professores e certamente teremos de lutar enquanto docentes. Porque entao não desde já nos
articularmos com os sindicatos, por exemplo. Nos articularmos com mov. sociais e sidicatos da
educação.

Marcelo: fala da experiencia de seu coletivo nacional e reafirma que o problema não é a direção, é a
base despolitizada. As executivas e federações são alternativas. Pautam espaços que articulem a
politica para além dos fóruns. E reafirma que o processo tem de ser articulado com os mov sociais.

Camila: Apesar da apatia dos estudantes com o ME, na UPE eles estão conseguindo agregar
estudantes com seminários, conversas informais, etc. Estão conseguindo atrair estudantes a partir da
problemática do próprio curso, sem a defesa de uma bandeira única. Quanto a femeh diz que não a
vê como entidade muito atuante, mas acredita que nós podemos nos reorganizar e deixar de
construir espaços enquanto CA e passar a construir enquanto femeh.

Felipe: Diz que se deve começar a fazer trabalho de base ainda com os calouros, politizando
espaços como as calouradas. Propõe que a femeh articule a semana do calouro.

Vagner (UFRPE): Via o ME estudantil antes muito influenciado por partidos políticos e não
consegue ver até onde isso é viável e até onde é prejudicial, pois muitas vezes a construção do
partido se torna mais importante.

Rafael (UEMA): A UEMA passou quatro anos sem DCE, devido a uma pressão da universidade e
depois um coletivo de estudantes passou a disputar esse espaço, conseguindo reorganizá-lo. E o CA
de história deve vir construindo debates políticos e se unindo aos outros cursos de história mais
próximos. As executivas de curso cumprem um papel fundamental nessa reestruturação do ME, pois
quando se está dentro consegue-se perceber melhor os problemas que levam a essa fragmentação.

Vinícius (UFPE): Diz que a fragmentação da esquerda é bastante prejudicial ao ME visto que os
estudantes passam a ver o militantes do curso como interessados apenas em construir os partidos.
Que os representantes de esquerda em vez de se unirem por uma mesma causa se sectarizam. Diz
que não vê a ANEL como entidade independente.

Acácio (UECE): Diz que o Lula deseducou o povo politicamente. A UNE aglutina principalmente
universidades pagas, e que a UNE não contraria as propostas do governo. Diz que as pessoas
procuram várias entidades que os representem. Nós devemos fazer uso de espaços como semana de
história para reeducar os estudantes, sem desvincular o eixo político-acadêmico-cultural.

Dani (UFPI): diz que devemos desconstruir essas rotulações das pessoas que militam em partidos.
E que deve-se fazer formação política com os estudantes que militam de forma independente e que
o fato do coletivo criado por eles militarem juntos com partidos diversos fizeram o coletivo se
fragmentar. Diz que o debate político deve ser amadurecido. Propõe seminários de formação
política antes do ENEH.

Fabiana: Pessoas dos CAs a vezes, militam mais em nome dos partidos que dos estudantes, e que o
discurso fica muito acima da prática, sem atuação de fato.

Nêgo: dicotomias de partidos são uma merda! Fechamos com ujs em maceió na luta pelo transporte
público. Militancia no Necessidade de debates na base com teoria crítica. Temos de potencializar a
femeh, mudar os formatos de encontros. Se o próximo eneh não rediscutir o formato da organização
não serve de nada. Proposta de discutir o estatuto com a base.

Felipe Hiphop Uece: contemplado por Nêgo sobre o formato dos encontros, culturais ate 4h da
manha não rola. Temos de ter objetividade em nossos espaços. Semana de recepção de calouros
com formação política.

Felipe Silas: enfatiza a importância das organizações locais como alternativa a esse ME
“queimado”. Parar de ter “ideologia” pra ter ação!!!

André: amadurecer as relações de vanguarda e base, e a vanguarda tá fragmentada. Falta formação


politica e um melhor diálogo com a base. Convite ao encontro local da Anel e ao congresso da
mesma.

Marcelo: a favor da inserção dos partidos em movimentos sociais e a maior questão é de como o
partido vai fazer isso, se potencializando e se parasitando. O grande desafio dessa relação nas
entidades é a síntese. Proposta de a femeh fazer formação com movimentos sociais, exemplo:
Anpuh e MNCR para discutir regulamentação. Pautar a organização das entidades com suas bases.
Articulação com outras executivas e federações. Concorda que uma revisão do formato da
federação.

André: pautemos a organicidade da femeh NE mas não nos furtemos do debate das entidades gerais.

Vinicius: nos organizemos em regional III e busquemos construir a femeh na ufpi. Sobre o eneh, os
problemas não são culpa em totalidade da coereh. Nossa falta de organicidade NE complicou o
ereh.

Acácio: proposta de que o próximo ereh conte como XXIII, em reconhecimento a história do Ereh
N.NE.

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