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6° Π ε ρ ο δ ο Εν γ .
Μ ε χ ν ι χ α
Ι ΠΡ ϑ / Υ Ε Ρ ϑ
⊇ν φ α σ ε ε µ Π ε τ ρ ⌠λ ε ο ε
Γ 〈σ
1
Cronograma de aulas
Aulas previstas:
Ø Março: 23 / 30
Ø Abril: 06 / 13 / 20 / 27
Ø Maio: 04 (P1) / 11 / 18 / 25
Ø Junho: 01 / 08 / 15 / 22 / 29 (P2)
Ø Julho: 06 / 13 (PF)
ü Avaliação:
Média (M) = {P1 + P2} / 2 ≥ 7,0
Μ δ ι α (Μ φ ) = {Μ + Π Φ } ≥ 5,0
2
Capítulo 1 – Transferência de
elétrons, oxidação e redução
Em Química há vários processos que
Ζν + 2 Η+ + 2 Χλ − → Η2 + Ζν 2+ + 2
Χλ −
Ο σ ο ν σ Χ λ − ν ο π α ρ τ ι χ ι π α µ ,
δ ε φ α τ ο , δ α ρ ε α ο .
Ζ ν 2e
(σ- ) + 2 Η + (α θ ) → Η 2 (γ ) + Ζν 2+
3
(α θ )
No passado, a palavra oxidação foi empregada
pelos químicos para designar a reação com o
oxigênio. Atualmente, essa palavra é
empregada, de modo mais genérico, para
caracterizar a perda de elétrons por uma
espécie química. (Espécie química é o nome
genérico para átomos, molécula, íon).
Denomina-se oxidação a perda de elétrons por uma espécie química
4
Já o processo oposto ao da oxidação é
denominado redução.
ons perdidos por uma espécie química deve ser igual ao total de elétrons ganhos por outra espécie, ou
5
Podemos somar ambas as equações, a da
oxidação do zinco e da redução dos íons
hidrogênio, obtendo a equação global do
processo.
Zn (s) → Ζ ν 2+ (α θ ) + 2ε − Ο ξ ι δ α ο
2 Η + (α θ ) + 2ε − → Η 2(γ ) Ρ ε δ υ ο
Ζ ν ( σ ) + 2 Η + ( α θ ) → Ζ ν 2+ ( α θ ) +
Η 2( γ ) Π ρ ο χ ε σ σ ο γ λ ο β α λ
Ε ξ ι σ τ ε µ , π ο ρ µ , π ρ ο χ ε σ σ ο σ
δ ε ο ξ ι δ α ο /ρ ε δ υ ο ε µ
θ υ ε α τ ρ αν σφ ε ρ ν χ ι α δ ε
ε λ τ ρ ο ν σ ν ο τ ο
ε ϖι δ ε ν τ ε ν α ε θ υ α ο
θ υ µ ι χ α. ⊃ ο χ ασο , π ο ρ6
Casos como esse evidenciam a
necessidade de formular um outro
conceito para tornar clara a
identificação da ocorrência de
oxidação / redução.
Esse conceito é o de número de oxidação,
introduzido na Química para facilitar a
análise de processos de transferência
de elétrons.
O conceito de número de oxidação foi
criado com a intenção de facilitar a
análise de uma equação química a fim
de saber se a reação que ela representa
envolve a transferência de elétrons
entre espécies químicas. 7
O número de oxidação é um número associado
aos átomos de um determinado elemento,
presente em uma determinada substância, que
está relacionado à carga elétrica que esses átomos
apresentam nessa substância. Essa carga elétrica
pode ser uma carga real – é o caso da carga de
íons (Na+, S2- , Al3+ etc.) – ou uma carga
imaginária, que se atribui aos átomos em função
do ambiente eletrônico ao seu redor, na substância
de que tomam parte.
ébrico da carga elétrica dos íons num composto iônico informa o número de oxidação desse elemento
9
Exemplificando:
Na (metal) + Cl (não-metal) → [Ν α + ] [Χ λ −]
Denomina-se eletronegatividade a
tendência que o átomo de um
determinado elemento apresenta para
atrair elétrons, num contexto em que se
acha ligado a outro(s) átomo(s). Embora
essa atração se dê sobre todo o ambiente
eletrônico que circunda o núcleo do
átomo, é de particular interesse a atração
que ele exerce sobre os elétrons
12
De um modo geral, a eletronegatividade
aumenta da esquerda para direita em
um período e de baixo para cima em um
grupo
Tabela periódica
13
Em espécies químicas nas quais há ligação covalente, o número de
oxidação de um elemento expressa a carga parcial de cada
átomo desse elemento na molécula, gerada pela distribuição
não-igualitária dos elétrons das ligações covalentes em
decorrência das diferenças de eletronegatividade.
Isso engloba, além das moléculas, os íons formados por dois ou
mais átomos unidos covalentemente (íons poliatômicos), tais
como NO3-, SO42- , O22- etc.
os pares eletrônicos das três ligações covalentes. Assim, o elétron de cada átomo de hidrogênio pass
H N H
14
Para um par de átomos unidos
covalentemente, o número de oxidação
negativo é atribuído ao átomo do
elemento mais eletronegativo (que atrai
mais intensamente os elétrons da
ligação), e o número de oxidação positivo
é atribuído ao átomo do elemento menos
eletronegativo (que atrai menos
intensamente os elétrons da ligação).
H H
vidade,o compartilhamento de elétrons é igualitário, ou seja, os elétrons permanecem ao mesmo tem
15
3. Regras para determinação do número
de oxidação:
+1 -1 -1 +1
Eletronegatividade: F > Ο
F O F Fluoreto de oxigênio
-1 +2 -1
17
Sobre outros exemplos de elementos que
possuem, quase sempre, o mesmo
número de oxidação em seus
compostos:
⇒ Há alguns elementos que, de modo geral,
apresentam sempre o mesmo número de
oxidação em seus compostos. Entre eles,
podemos citar os metais alcalinos (+1),
os metais alcalino-terrosos (+2), a
prata (+1), o zinco (+2), o alumínio
(+3) e o flúor (-1).
⇒
Sobre a soma algébrica dos números de
oxidação em uma espécie química
eletricamente neutra:
⇒ A soma algébrica de todos os números de
oxidação dos elementos presentes em uma
18
Sobre a soma algébrica dos números
de oxidação em um íon poliatômico:
⇒ A soma algébrica dos números de oxidação
dos elementos constituintes de um íon
poliatômico é igual à carga desse
íon.
Exemplo:
Íon sulfato: SO42- ⇒ ξ + (−2 . 4) = −2 ∴ ξ
= +6;
⊆ο ν ν ι τ ρ α τ ο : Ν Ο 3 − ⇒ ξ + (−2 . 3)
= −1 ∴ ξ = +5;
19
Capítulo 2 – Reações de óxido-
redução
Quando, em uma reação química, ocorre
alteração de número de oxidação de
elemento(s) químico(s), isso revela a
ocorrência de oxidação e redução.
Quando um ou mais elementos sofrem
variações nos seus números de oxidação no
transcorrer de uma reação química,
dizemos que se trata de uma reação de
óxido-redução, também denominada
reação de óxi-redução, oxirredução, óxi-
red ou redox.
Oxidação e redução ocorrem sempre de modo
simultâneo, já que elétrons se conservam
20
Exemplos:
Corrosão do zinco pelo ácido clorídrico
em solução aquosa:
Zn (s) + 2 H+ (aq) → Η
2 (γ ) + Ζ ν
2+ (α θ )
0 +1 0 +2
Oxidação
Redução
Dizemos que o zinco sofreu oxidação
porque perdeu elétrons e, por isso, seu
número de oxidação aumentou.
Dizemos que o íon H+ sofreu redução
porque recebeu elétrons e, por isso,
seu número de oxidação diminuiu.
21
Produção de ferro em alto-fornos por meio
da redução do Fe2O3 pelo monóxido de
carbono (CO):
2 3 (s) + 3 CO (g) → 2 Φ ε (σ ) + 3 Χ Ο 2
Fe O
+3 (γ )
+2 0 +4
Redução Oxidação
Π ρ ο δ υ ο δ ε γ 〈σ χ λ ο ρ ο ε µ
λ αβ ο ρ ατ ⌠ρ ι ο π ο ρ µ ε ι ο
δ α ο ξ ι δ α ο δ ο 〈χ ι δ ο
χ λ ο ρ δ ρ ι χ ο π ε λ ο
π ε ρ µ αν γ αν ατ ο δ ε
+7 π ο τ 〈σ σ-1 ι ο : +2 0
Redução
Oxidação
2 Κ Μ ν Ο 4 (α θ ) + 16 Η Χ λ (α θ ) → 2 Κ Χ λ (α θ ) + 2 Μ ν Χ λ 2
(α θ ) + 8 Η 2Ο (λ ) + 5 Χ λ 2 (γ )
22
Agente oxidante e agente redutor:
Em reações de óxido-redução é frequente
usarmos as expressões agente redutor e
agente oxidante.
Agente redutor: é a espécie química que
age causando a redução de algum
elemento presente nos reagentes. O
agente redutor é, portanto, a espécie que
contém o elemento que perde elétrons,
ou seja, que sofre oxidação.
Agente oxidante: é a espécie química que
age causando a oxidação de algum
elemento presente nos reagentes. O
agente oxidante é, portanto, a espécie
que contém o elemento que recebe
elétrons, ou seja, que sofre redução. 23
O agente oxidante e o agente redutor em
uma reação de óxido-redução figuram
somente entre seus reagentes, não
entre seus produtos.
Zn (s) + 2 H+ (aq) → Η 2 (γ ) + Ζ ν 2+ (α θ )
24
2 Κ Μ ν Ο 4 (α θ ) + 16 Η Χ λ ( α θ ) → 2 Κ Χ λ (α θ ) + 2 Μ ν Χ λ 2
(α θ ) + 8 Η 2Ο (λ ) + 5 Χ λ 2 (γ )
Agente oxidante Agente
redutor
Ο ξ ι δ α ο δ ε µ ε τ α ι σ π ο ρ 〈χ ι δ ο σ ο υ
π ο ρ σ α ι σ ε σ π ε χ φ ι χ ο σ :
A oxidação de um metal nada mais é do que a corrosão do
mesmo. Um metal, ao ser oxidado, é destruído à medida
que reage para formar novos compostos. Essa oxidação
leva ao mau funcionamento de peças metálicas de
máquinas e até mesmo à deterioração de estruturas
metálicas.
Bário Ba (s) → Β α 2+ (α θ ) + 2ε −
Estrôncio Sr (s) → Σ ρ 2+ (α θ ) + 2ε −
Cálcio Ca (s) → Χ α 2+ (α θ ) + 2ε −
Sódio Na (s) → Ν α + (α θ ) + ε −
Magnésio Mg (s) → Μ γ 2+ (α θ ) + 2ε −
Zinco Zn (s) → Ζ ν 2+ (α θ ) + 2ε −
Crômio Cr (s) → Χ ρ 2+ (α θ ) + 2ε −
Ferro Fe (s) → Φ ε 2+ (α θ ) + 2ε −
Cobalto Co (s) → Χ ο 2+ (α θ ) + 2ε −
Níquel Ni (s) → Ν ι 2+ (α θ ) + 2ε −
Estanho Sn (s) → Σ ν +2 (α θ ) + 2ε −
Chumbo Pb (s) → Π β +2 (α θ ) + 2ε −
Hidrogênio H2 (g) → 2 Η + (α θ ) + 2ε −
Cobre Cu (s) → Χ υ 2+ (α θ ) + 2ε −
Prata Ag (s) → Α γ + (α θ ) + ε −
Mercúrio Hg (l) → Η γ 2+ (α θ ) + 2ε −
Platina Pt (s) → Π τ 2+ (α θ ) + 2ε −
Ouro Au (s) → Α υ 3+ (α θ ) + 3ε −
26
Uma reação de deslocamento é aquela em que
um íon em solução é deslocado ou trocado pelo
íon do elemento oxidado. Pela análise da
Tabela 1, temos:
Zn (s) + 2 HCl (aq) → Η 2 ( γ ) + Ζ ν Χ λ 2
(α θ )
Ο Η + δ ο 〈χ ι δ ο χ λ ο ρ δ ρ ι χ ο φ ο ι
χ α π α ζ δ ε ο ξ ι δ α ρ ο Ζ ν (σ ) α
Ζ ν 2+ , σο φ ρ ε ρ ρ ε δ υ ο ε σε
τ ρ α ν σ φ ο ρ µ α ρ ε µ Η 2 (γ ). Ο ο ν
Χλ − ν ο τ ε ϖε ο σε υ ν ο ξ
αλ τ ε ρ αδ ο , σε ν δ ο , π ο ρ τ αν τ ο
υ µ ο ν ε σπ ε χ τ αδ ο ρ δ α
ρ ε α ο .
Χυ (σ ) + ΗΧλ (α θ ) → Ν ο
ο χ ο ρ ρ ε ρ ε α ο θ υ µ ι χ α
Ο Η + δ ο 〈χ ι δ ο χ λ ο ρ δ ρ ι χ ο ν ο
φ ο ι χ α π α ζ δ ε ο ξ ι δ α ρ ο Χ υ (σ )
2+ 27
Uma reação interessante ocorre entre o
cobre e ácido nítrico. Nesse caso o cobre
não é oxidado pelos íons H+ do ácido,
mas sim pelos íons nitrato, o que é
evidenciado pela liberação do dióxido de
nitrogênio, um gás castanho
avermelhado. A equação que representa
esta reação pode ser escrita como:
Cu (s) + 4 HNO3 (conc.) → Χ υ ( Ν Ο 3 ) 2 ( α θ ) + 2
Η 2Ο ( λ ) + 2 Ν Ο 2 ( γ )
de coloração
azulada (pode parecer esverdeada devido à mistura
Gás tóxico
dessee de
azul
cheiro
com oirritante
castanho-avermelh
castanho-av
28
A Tabela 2, abaixo, mostra alguns agentes
oxidantes e redutores comuns, bem
como o produto de suas reações.
Agente Produto da reação Agente Produto
oxidante redutor da+ reação
Oxigênio, O2 O2- , íon óxido Hidrogênio, H2 H (aq)
Halogênio, X2 X-, íon haleto Metais, Me Men+
Ac. Nítrico, HNO3 NO e NO2 Carbono, C CO e CO2
Dicromato, Cr2O72- Cr3+
Permanganato, MnO42- Mn2+
29
Capítulo 3 – Balanceamento de equações
químicas de reações de óxido-redução
O balanceamento de equações químicas
consiste em colocar coeficientes
estequiométricos na frente das fórmulas
de cada um dos reagentes e produtos, a
fim de que o número de átomos de
cada elemento seja o mesmo em ambos
os membros da equação.
Existem equações de óxido-redução que,
por simples tentativa e erro, oferecem
razoável dificuldade para
balanceamento. Nesses casos, há uma
sequênciade ações que facilita tal
tarefa.
30
1. Calcular o número total de elétrons perdidos e
recebidos pelas espécies que sofreram
oxidação e redução. Para esse cálculo
multiplica-se o módulo da variação do número
de oxidação pela maior atomicidade com a
qual o elemento aparece na equação, esteja
ela no primeiro ou no segundo membro;
2. O coeficiente estequiométrico colocado na
frente da espécie que contém o elemento que
sofre oxidação será igual ao total de elétrons
recebidos pela espécie que contém o
elemento que sofre redução (calculado
anteriormente), e vice-versa. Esses
coeficientes devem ser colocados na frente
das espécies químicas utilizadas para o
cálculo, estejam elas no primeiro ou segundo
membro da equação química.
3. Esses coeficientes são o ponto de partida. O
restante do balanceamento é realizado por 31
Exemplo:
H S + HNO
2 3 → Η 2Σ Ο 4 + Ν Ο + Η 2Ο
-2 +6 Oxidação: = 8
Redução: =
+5 +2 3
Χο λ ο χ α ν δ ο ο χ ο ε φ ι χ ι ε ν τ ε 3 ν α
φ ρ ε ν τ ε δ ο Η 2Σ ε ο χ ο ε φ ι χ ι ε ν τ ε 8 ν α
φ ρ ε ν τ ε δ ο Η Ν Ο 3, α σ σ ε γ υ ρ α µ ο σ θ υ ε ο
ν µ ε ρ ο δ ε ε λ τ ρ ο ν σ π ε ρ δ ι δ ο σ
ι γ υ αλ αο ν µ ε ρ ο δ ε ε λ τ ρ ο ν σ32
ρ ε χ ε β ι δ ο σ . Ο ρ ε στ αν τ ε δ ο
Exemplo:
Br
2 + HClO + H2O → Η Β ρ Ο 3 + Η Χ λ
+5 -1
0 +1
Redução: =
2
Oxidação: = 5.2
Ο ν δ ι χ ε δ ε ατ ο µ ι χ ι δ αδ ε δ ο β ρ ο µ ο ν α
µ ο λ χ υ λ α δ ε Β ρ 2 2, ο θ υ ε σ ι γ ν ι φ ι χ33α
Exemplo:
Cu + HNO
3 → Χ υ (Ν Ο 3) 2 + Ν Ο 2 + Η 2Ο
0 +2
+5 Oxidação: = +4
2
Redução: =
1
Ν ε µ τ ο δ ο σ ο σ 〈τ ο µ ο σ δ ε ν ι τ ρ ο γ ν ι ο
δ ο ΗΝΟ3 σο φ ρ ε µ ρ ε δ υ ο . Ο
χ ο ε φ ι χ ι ε ν τ ε φ ι ν αλ χ ο λ ο χ αδ ο ν ο
Η Ν Ο 3 λ ε ϖα ε µ χ ο ν τ α δ ο ι σ τ ι π ο σ δ ε
〈τ ο µ ο σ δ ε ν ι τ ρ ο γ ν ι ο π ρ ε σε ν τ ε σ
ν ε σ σε ρ ε αγ ε ν τ ε : ο σ 〈τ ο µ ο σ θ υ ε
π αρ τ ι χ ι π αµ δ α τ ρ αν σφ ε ρ ν χ ι α δ ε
ε λ τ ρ ο ν σ , τ ε ρ µ ι ν α ν δ ο ν ο Ν Ο 2, ε ο σ
θ υ ε ν ο π αρ τ ι χ ι π αµ , τ ε ρ µ ι ν αν δ ο
ν ο Χ υ (Ν Ο 3) 2. Ε θ υ α ο β α λ α ν χ ε α δ α :
34
Exemplo:
os produtos, em duas substâncias diferentes, NO e H2O. Isso não é um problema, pois nossa atenção
NH3 + O2 → Ν Ο + Η 2Ο
4 NH3 + 5 O2 4 NO + 6 H2O
-3 +2
0 -2 -2
Oxidação: = 5
Redução: = 2 .
2
35
Exemplo: No
equações
balanceamento
iônicas
de
o
procedimento é o mesmo
Cr O 2- + Cl- + H+ → Χ ρ 3+ + Η 2Ο + Χ λ
adotado nos casos anteriores.
2 7 2
Ao final do balanceamento, é
conveniente verificar se a
carga total é igual em ambos
os lados da equação.
Escolhemos trabalhar com as
espécies químicas de maior
+6 +3 índice de atomicidade.
Equação balanceada:
2 Cr2O72- + 12 Cl- + 28 H+
→ 4 Χ ρ 3+ + 14
-1 0 Η 2Ο + 6 Χ λ 2
Oxidação: = 3.2 =
6
Redução: = 1.2 =
2
36
Capítulo 4 – Celas galvânicas
(pilhas)
A eletroquímica é a parte da Química que estuda a
relação entre a corrente elétrica e as reações
químicas de transferência de elétrons (reações de
óxido-redução).
Há dois casos de particular interesse para a
Eletroquímica.
e- e-
Fio m e t á lic o
-
+
Lâ m in a d e c o b re
Fluxo Fluxo
de de
ânions cátions
Se m ic e la d e Cu 2+ (a q )/Cu o (s )
Lâ m in a d e zin c o
So lu ç ã o a q u o s a d e Cu SO 4 1 ,0 m o l/L (a zu l)
m ic e la d e Zn 2+ (a q )/Zn o (s )
u ç ã o a q u o s a d e Zn SO 4 1 ,0 m o l/L (in c o lo r)
41
Se a lâmpada acendeu é porque o conjunto de eeltrodos, fios
metálicos e ponte salina forneceu as condições para a
movimentação ordenada de cargas elétricas, originando
uma corrente elétrica.
O fato de a lâmpada acender também revela que há uma
diferença de potencial elétrico entre as placas metálicas
de cobre e zinco. Substituindo a lâmpada por um
voltímetro, verifica-se (a 25°Χ ε χ ο µ 1 µ ο λ /Λ δ ε
Χ υ 2+ ε 1 µ ο λ /Λ δ ε Ζ ν 2+ ) θ υ ε :
A diferença de potencial elétrico é de 1,10 V;
O potencial do eletrodo de cobre é maior do que o do
eletrodo de zinco.
Cu2+ So(aq)
lu ç Vê m- d→
+ 2e o Χ
De pυo s it a(-sσe )
ão fio n a p la c a
m e t á lic o
43
O papel da ponte salina:
49
Tabela 1: Potencial-padrão (1
mol/L e 100 kPa) para
algumas semicelas, a 25°Χ
O2 (ar) O2 (ar)
2e- Fe (s)
Lâmina de ferro
Cátodo = redução Ânodo = oxidação
uma pequena cela eletroquímica. A oxidação do ferro acontece em um ponto fora do contato com o o
56
A semi-reação de oxidação que ocorre no
ânodo:
Fe (s) → Φ ε 2+ ( α θ ) + 2ε −
Ο σ 〈τ ο µ ο σ δ ε Φ ε θ υ ε π ε ρ δ ε µ
σε υ σ ε λ τ ρ ο ν σ σ ε
τ ρ α ν σ φ ο ρ µ α µ ν ο σ ο ν σ Φ ε 2+
ε δ ι σ σ ο λ ϖ ε µ −σ ε ν α γ ο τ α.
Εσσ ε π ρ ο χ ε σ σο ρ ε συ λ τ α ν α
φ ο ρ µ α ο δ ε π ε θ υ ε ν ο σ
β υ ρ αχ ο σ ν α συ π ε ρ φ χ ι ε δ ο
µ ε τ αλ . Οσ ε λ τ ρ ο ν σ
λ ι β ε ρ α δ ο σ ν α ο ξ ι δ α ο δ ο
φ ε ρ ρ ο µ ι γ ρ αµ π ε λ ο µ ε τ αλ
π α ρ α υ µ α ο υ τ ρ α ρ ε γ ι ο ν α
σ υ π ε ρ φ χ ι ε , ο χ 〈τ ο δ ο , ο ν δ ε
ο χ ο ρ ρ ε α ρ ε δ υ ο .
Α σ ε µ ι −ρ ε α ο δ ε ρ ε δ υ ο
θ υ ε ο χ ο ρ ρ ε ν ο χ 〈τ ο δ ο :
Η 2 Ο ( λ ) + Ο 2 ( γ ) + 2ε − → 2 Ο Η − ( α θ )
Σ ε ν δ ο ο χ 〈τ ο δ ο α 〈ρ ε Ferrugem
α χ ο µ
µ αι ο ρ χ ο ν χ ε ν τ ρ α ο δ 57ε
A ferrugem, que pode ser encarada como uma mistura de
Fe(OH)2 e Fe(OH)3, ao ser formada na superfície do ferro ou
aço, solta-se em flocos, deixando o ferro novamente
exposto e sujeito à oxidação. (Alguns autores formulam a
ferrugem assim: Fe2O3. x H2O).
Se na água já existem íons dissolvidos, ela torna-se ainda mais
condutora, acelerando assim o processo de formação da
ferrugem. É por essa razão que o ar salino das cidades
litorâneas é tão danoso aos metais expostos.
Outros exemplos de corrosão:
O cobre e suas ligas ficam, com o tempo, recobertos por uma
camada esverdeada chamada azinhavre, que é uma
mistura de óxidos e hidróxidos hidratados de cobre.
A prata escurece com o tempo, devido à formação de uma
película superficial de Ag2S, que é de cor preta; esse
fenômeno é causado pelo H2S do ar e também pelos
compostos sulfurados presentes nos alimentos que entram
em contato com talheres de prata;
É muito comum haver corrosão quando colocamos metais
diferentes em contato. Nesse caso, forma-se uma “pilha”,
na qual o metal de menor E° ρ ε δ σ ε ρ 〈 χ ο ρ ρ ο δ ο
µ αι σ ρ απ ι δ αµ ε ν τ ε . Εσσ ε δ αδ ο
µ υ ι τ ο ι µ π ο ρ τ αν τ ε , π ο ρ ε ξ ε µ π λ ο ,
ν α σ ο π ε ρ α ⌡ ε σ δ ε σ ο λ δ α γ ε µ ε ν α58σ
Equação de Nernst:
A φ ο ρ α ε λ ε τ ρ ο µ ο τ ρ ι ζ δ ε υ µ α
π ι λ ηα δ ε π ε ν δ ε δ ασ
χ ο ν χ ε ν τ ρ α ⌡ε σ δ ο σ
ρ ε αγ ε ν τ ε σ ε π ρ ο δ υ τ ο σ ε
ε στ α ρ ε λ α ο π ο δ ε σε ρ
π ρ ε ϖι σ τ α
θ υ αλ ι τ ατ ι ϖαµ ε ν τ ε π ε λ ο
π ρ ι ν χ π ι ο δ ε Λ ε Χ η τ ε λ ι ε ρ .
Ε ξ ε µ π λ ο : Πι λ η α δ ε ∆ α ν ι ε λ λ
Zn (s) | Zn2+ (aq) || Cu2+ (aq) | Cu (s)
Zn (s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cu (s)
[Zn2+ ]↓, η〈 υ µ αυ µ ε ν τ ο δ α
τ ε ν δ ν χ ι α δ ε ο χ ο ρ ρ ε ρ α
ρ ε α ο δ ι ρ ε τ α ε , ασσι µ ,
δ ε ϖ ε −σ ε ε σ π ε ρ α ρ υ µ α υ µ ε ν τ ο
δ α φ ο ρ α ε λ ε τ ρ ο µ ο τ ρ ι ζ δ α
π ι λ ηα;
[Cu2+ ]↓, η〈 υ µ δ ε χ ρ σ χ ι µ ο ν α
τ ε ν δ ν χ ι α δ ε ο χ ο ρ ρ ε ρ α
ρ ε α ο ν ο χ 〈τ ο δ ο ε ,
π ο ρ τ αν τ ο , α τ ε ν δ ν χ ι α δ 59ε
A variação da energia livre, ∆ Γ , δ ε υ µ α
ρ ε α ο ε α ϖ α ρ ι α ο δ α
σ υ α ε ν ε ρ γ ι α λ ι ϖρ ε
π α δ ρ ο , ∆ Γ °, σ ε
ρ ε λ αχ ι ο ν αµ π ο ρ :
∆Γ = ∆Γ°+ Ρ Τ . λ ν Θ
Ον δ ε Θ α ε ξ π ρ ε σ σ ο δ α
λ ε ι δ α α ο δ α σ µ α σ σ α σ
δ α ρ ε α ο .
Π α ρ α υ µ α ρ ε α ο δ ε ⌠ξ ι δ ο −
ρ ε δ υ ο , τ ε µ ο σ θ υ ε :
∆ Γ = −ν ΦΕ ε ∆ Γ ° = −ν ΦΕ °
Α σ σ ι µ , π αρ α υ µ α ρ ε α ο
ρ ε δ ο ξ , τ ε µ ο σ:
− ν Φ Ε = −ν Φ Ε ° + Ρ Τ . λ ν Θ
ο υ nF
Ε = Ε °−Ρ Τ . λ ν Θ
60
Essa equação de Nernst é assim chamada em homenagem
ao alemão Walter Nernst, que a deduziu em 1889. Pode
ser simplificada, por exemplo, para ser usada a 25°Χ ,
σ υ β σ τ ι τ υ ι ν δ ο −σ ε :
Ρ = 8,314 ϑ Κ −1 µ ο λ −1
Τ = 298,2 Κ
Φ = 96.485 Χ µ ο λ −1
Λ ν = 2,303 λ ο γ
∆ ε µ ο δ ο θ υ ε α 25°Χ :
Ε = Ε ° − 0,0592 . λ ν Θ
n
ς ι σ τ ο θ υ ε ν ο ε θ υ ι λ β ρ ι ο Θ
= Κ, n α 25°Χ ,
σι µ π λ ι φ ι χ αδ αµ ε ν τ ε ,
τ ε µ ο σ α ρ ε λ α ο θ υ ε
π ε ρ µ ι τ ε χ αλ χ υ λ αρ Ε° α
π αρ τ ι ρ δ ε Κ ε ϖ ι χ ε −ϖ ε ρ σ α :
Ε ° = 0,0592 . λ ο γ Κ 62
Capítulo 5 – Eletroquímica:
Celas eletrolíticas
O aspecto de uma peça metálica qualquer pode tornar-se
mais nobre, aumentando seu valor, desde que ela seja
revestida por uma fina película de ouro ou prata.
Peças metálicas decorativas de automóveis, motos ou
bicicletas, para se tornarem brilhantes e atrativas, são
revestidas com crômio (cromadas), e muitas peças de aço
recebem uma película de zinco para protegê-las da
corrosão.
Essa técnica de revestimento de uma peça metálica por
outro metal recebe o nome de eletrodeposição metálica
ou galvanoplastia e nada mais é do que uma aplicação da
eletrólise.
É possível, por meio dessa técnica, fazer com que uma peça
metálica se torne mais brilhante, mais valiosa ou até
mesmo mais resistente à corrosão, dependendo da
finalidade a que se destina.
Por meio da eletrólise, indústrias químicas produzem certas
substâncias relevantes, como, por exemplo, soda
cáustica, cloro, hidrogênio, ácido clorídrico e hipoclorito
de sódio. E, também, por eletrólise, é possível63 a
5.1. Celas eletrolíticas
As pilhas e baterias (associações de
pilhas), discutidas anteriormente, são
exemplos de dispositivos geradores de
corrente elétrica. A partir de agora,
simbolizaremos um gerador de corrente
elétrica da maneira mostrada abaixo,
com o traço maior indicando o pólo
positivo, e o menor, o negativo.
Gerador
O traço curto representa O traço longo representa elétrico
o pólo - o pólo +
64
5.1.1. Conceito de
eletrólise
Nas celas eletrolíticas (também chamadas
células ou cubas eletrolíticas) ocorre
uma reação química provocada pela
passagem de corrente elétrica –
eletrólise.
Eletrólise ígnea é o nome de uma reação
química provocada pela passagem de
corrente elétrica através de um
composto iônico fundido.
Eletrólise aquosa é o nome de uma
reação química provocada pela
passagem de corrente elétrica através
de uma solução aquosa de eletrólito.
65
5.1.2. Eletrólise ígnea
A passagem de corrente elétrica através do
NaCl fundido presente no interior de uma
cela eletrolítica produz as seguintes
ocorrências:
No pólo positivo (isto é, no eletrodo da cela
eletrolítica ligado ao pólo positivo do gerador
de corrente elétrica) obtêm-se bolhas de um
gás amarelo-esverdeado, de cheiro irritante.
Semi-reação no pólo positivo: 2 Cl- → Χ λ 2 +
2ε −
Νο π ⌠λ ο ν ε γ α τ ι ϖο φ ο ρ µ α −σ ε
υ µ µ ε τ αλ δ ε χ ο ρ χ ι ν ζ α θ υ ε
ρ ε αγ ε ϖι ο λ ε ν τ αµ ε ν τ ε χ ο µ
α 〈γ υ α .
Σ ε µ ι −ρ ε α ο ν ο π ⌠λ ο 66
+ −
+ -
e- e-
Fonte de voltagem
Ânodo Cátodo
Oxidação Redução
e- Cl- Na+
e- Cl- Na+
Na°
Cl2 Na°
67
Na+ + e- → Ν α ° Ε ° = − 2,71 ς
Χ λ 2 + 2ε − → 2 Χ λ − Ε ° = + 1,36 ς
Π ι λ η α (ρ ε α ο
ε σ π ο ν τ ν ε α ):
2 Να ° + Χλ 2 →2 Να + + 2 Χλ − ∆Ε°=
2e- +4,07 ς
Ε λ ε τ2e-ρ ⌠λ ι σ ε (π ρ ο χ ε σ σ ο
ι ν ϖε ρ σ ο , ν ο −
ε σ π ο ν τ ν ε ο ):
2 Να + + 2 Χλ − →2 Να °+ Χλ 2 ∆Ε°= −
4,07 ς
68
5.1.3. Eletrólise aquosa
A eletrólise aquosa é uma reação química provocada
pela passagem de corrente elétrica através de uma
solução aquosa de um eletrólito.
Em geral, na eletrólise de soluções eletrolíticas utilizam-
se eletrodos inertes, ou seja, que não tomam parte
na reação (exemplos: eletrodos de grafite ou platina).
Se o eletrodo participa da reação, ele é denominado
eletrodo ativo.
Em solução aquosa existem íons H+ e OH- provenientes
da auto-ionização da água. Os íons H+ irão
“competir” com os cátions gerados pela substância
dissolvida, ou seja, cátions do eletrólito
(“competição” por descarga no cátodo). Os íons OH-
irão “competir” com os ânions do eletrólito
(“competição” por descarga no ânodo).
Observação: descarga é usada como sinônimo de perda
de carga elétrica, ou seja, a transformação em uma
espécie eletricamente neutra.
69
A fila de facilidade de descarga dos íons nos eletrodos aparece no quadro abaixo.
Descarga dos íons H+ no cátodo: 2 H+ (aq) + 2e- H2 (g)
Descarga dos íons OH- no ânodo: 2 OH- (aq) ½ O2 (g) + H2O (l) + 2e-
No cátodo, pólo -
No ânodo, pólo +
etrólise aquosa. Eles têm menor tendência a reagir nos eletrodos (descarregar) que os íons provenientes da
70
71
72
3. Eletrólise de uma solução de AgNO3:
Cátions presentes: H+ e Ag+
Ânions presentes: OH- e NO3-
Dissociação do eletrólito: 2 AgNO3 → 2 Α γ + + 2
Ν Ο 3−
Α υ τ ο −ι ο ν ι ζ α ο δ α 〈γ υ α : 2 Η 2Ο → 2
Η+ + 2 ΟΗ−
Σ ε µ ι −ρ ε α ο ν ο χ 〈τ ο δ ο : 2 Α γ + + 2ε −
→2 Αγ °
Σ ε µ ι −ρ ε α ο ν ο ν ο δ ο : 2 Ο Η − → Ο 2
+ Η 2Ο + 2ε −
Ρ ε α ο γ λ ο β α λ :
2 AgNO3 + H2O → 2 OΗm e+io+s e 2t o rn
Νa Ο 3 − + 2 Α γ ° +
á c id o Ο
2
73
5.2. Aplicações da
eletrólise
Galvanoplastia: consiste em revestir a superfície
de uma peça metálica com uma fina camada de
outro metal, por meio da eletrólise aquosa de
seu sal. A peça deve ser colocada no cátodo, e o
sal deve conter o íon do metal que se deseja
depositar. Os exemplos mais conhecidos são o
revestimento por crômio, a cromação, ou por
níquel, a niquelação.
O nome galvanoplastia é uma homenagem ao
cientista italiano Luigi Galvani (1737-1798). Esse
processo é muito utilizado para revestir anéis,
brincos, pulseiras, correntes, relógios, faqueiros
etc. com uma fina camada (que tem espessura
da ordem de 2,0 x 10-3 cm) de ouro ou de prata.
A produção de ferro galvanizado, que consiste no
ferro que recebeu uma camada superficial de
zinco, também pode ser feita por eletrólise.
74
A composição da solução aquosa usada no banho
de galvanoplastia varia de acordo com o metal
a ser depositado.
No caso do níquel, que é empregado na maioria
dos casos para formar camadas protetoras, a
solução empregada no banho é sulfato de
níquel; no caso da cromação de objetos usa-se
uma solução de ácido crômico.
A prata depositada em um banho caso seja
utilizada uma solução aquosa de AgNO3, não
adere muito bem à superfície de outros metais.
Contudo, com o uso de uma solução de cianeto
de prata, um película brilhante irá aderir
facilmente à superfície do metal. O mesmo
acontece na deposição de cádmio e ouro.
Semi-reação do cátodo (cromação):
Cr3+ (aq) + 3e- → Χ ρ ° ( σ )
Semi-reação do cátodo (niquelação):
Ni2+ (aq) + 2e- → Ν ι ° ( σ )
75
Anodização: uma forma de resguardar certos metais
contra a corrosão é a formação de uma camada
protetora superficial de um óxido do próprio metal.
Tal proteção pode ser feita por meio de um processo
eletrolítico, que é denominado anodização. Um
exemplo de anodização bastante conhecido envolve
o alumínio.
A peça de alumínio a ser protegida é usada como ânodo
(pólo positivo) durante uma eletrólise de uma
solução aquosa de H2SO4. Nesse eletrodo ocorre a
liberação de oxigênio gasoso (graças à descarga do
OH- proveniente da água). O gás oxigênio ataca o
metal do ânodo (a peça de alumínio), formando óxido
de alumínio:
3 O2 (g) + 4 Al (s) → 2 Α λ 2 Ο 3 ( σ )
Α χ α µ α δ α π ρ ο τ ε τ ο ρ α δ ε ⌠ξ ι δ ο θ υ ε
σε φ ο ρ µ α β αστ αν τ ε π ο ρ ο σα, ο
θ υ ε π ε ρ µ ι τ ε α ρ ε τ ε ν ο δ ε
χ ο ρ αν τ ε σ ν ο σ σε υ σ π ο ρ ο σ. Εµ
σ ε γ υ ι δ α , ο σ π ο ρ ο σ σ ο σε λ αδ ο σ
µ ε ρ γ υ λ η α ν δ ο −σ ε α π ε α ε µ 〈γ υ α
θ υ ε ν τ ε .
Υµ α π ε α µ ε τ 〈λ ι χ α σ υ β µ ε τ ι δ α 76 α
ε σσε π ρ ο χ ε σσο ε στ αρ 〈
Uma das aplicações mais interessantes e economicamente atraentes
do processo de eletrólise é o refino eletrolítico ou a purificação
do cobre metálico.
Quando primeiramente separado do minério, o cobre contém cerca
de 99% de pureza. Ferro, zinco, prata, ouro e platina são suas
principais impurezas. Estas impurezas diminuem a condutividade
elétrica do cobre de tal modo que mesmo o metal com 99% de
pureza deve passar pelo refino até que seja atingido um grau de
pureza mais elevado para que possa ser usado na confecção de
fios elétricos e em circuitos eletrônicos.
O procedimento para a obtenção do cobre com 99,96% de pureza
envolve uma eletrólise. O cobre a ser refinado (cobre impuro ou
cobre metalúrgico) é usado como ânodo em uma célula
eletrolítica (pólo positivo) contendo uma solução de CuSO4 e
H2SO4 como eletrólitos. O cátodo da célula eletrolítica é
constituído por uma fina folha de cobre de elevada pureza.
Durante a eletrólise, quando a aparelhagem é operada com a
voltagem correta entre os eletrodos, somente o cobre e outros
metais que se oxidam mais facilmente que ele (ferro e zinco) são
dissolvidos no ânodo. Os metais menos ativos, ou seja, mais
difíceis de oxidar (prata, ouro e platina) simplesmente se
desprendem do eletrodo e depositam-se no fundo do recipiente.
No cátodo ocorre a redução dos íons Cu2+ a cobre metálico, mas não
de íons como Fe2+ e Cu2+ , que são mais difíceis de reduzir
(menor Eo) que o Cu2+ e permanecem em solução, garantindo a
alta pureza do cobre depositado.
Ao final, a “lama” de prata, ouro e platina é removida da célula 77
e
A semi-reação anódicaé:
Cu° → 2ε − + Χ υ 2+
Ele t ro d o d e c o b re im p u ro So lu ç ã o
Α σ ε µ ι −ρ ε α ο χ α τ ⌠δ ι χ α :
2ε − + Χ υ 2+ → Χ υ °
So lu ç ã o De p ó s it o d e c o b re p u ro
Πο ρ µ ε ι ο δ α ε λ ε τ ρ ⌠λ ι σ ε
σ ο τ αµ β µ ο β τ ι δ ασ
ι ν δ υ στ ρ ι αλ µ ε ν τ ε ϖ 〈ρ ι α σ
σ υ β σ τ ν χ ι α σ δ ε
ι ν τ ε ρ ε σ σε . Εν τ ρ ε ε λ ασ η〈
σ υ β σ τ ν χ ι α σ σ ι µ π λ ε σ,
χ ο µ ο ο ηι δ ρ ο γ ν ι ο (Η 2),
φ λ ο ρ (Φ 2), χ λ ο ρ ο (Χ λ 2),
µ ε τ αι σ αλ χ αλ ι ν ο σ ,
µ ε τ αι σ αλ χ αλ ι ν ο −
τ ε ρ ρ ο σο σ ε αλ υ µ ν ι ο , ε
σ υ β σ τ ν χ ι α σ χ ο µ π ο σ τ α σ78 ,
5.3. Estequiometria das
reações eletroquímicas
Carga elétrica (Q): em Química, é comum empregarmos a carga do
próton (a que se atribui o valor “+1”) e a do elétron (a que se
atribui “-1”) como referências para expressar a carga de íons. Para
expressar a grandeza carga elétrica de um corpo qualquer –
incluindo a de prótons, elétrons e íons – é usada a unidade
coulomb, do Sistema Internacional de Unidades, simbolizada por
C.
Corrente elétrica (i): a grandeza corrente elétrica, simbolizada por
i, é definida como a carga elétrica que atravessa a seção
transversal de um circuito (isto é, a carga que passa por um
“corte imaginário” perpendicular à direção de propagação da
corrente elétrica nesse circuito) dividida pelo intervalo de tempo
(∆ τ ). Α υ ν ι δ α δ ε δ ο Sistema Internacional de Unidades
usada para expressar corrente elétrica é o ampère, simbolizado
por A, definido como C/s (coulomb por segundo).
Em palavras mais simples, dizer que uma corrente de 1 A (um
ampère) passa por um circuito significa dizer que a carga de 1 C
(um coulomb) passa por ele em um intervalo de 1 s (1 segundo).
Ο απ αρ ε λ ηο υ σαδ ο π αρ α µ ε δ ι ρ χ ο ρ ρ ε ν τ ε
ε λ τ ρ ι χ α ο α µ π ε ρ µ ε τ ρ ο , θ υ ε φ ο ρ ν ε χ ε
ο ρ ε συ λ τ αδ ο δ α µ ε δ ι δ α ε µ αµ π ρ ε σ. Ο
αµ π ε ρ µ ε τ ρ ο µ ε δ ε , π ο ρ τ αν τ ο , θ υ αν τ ο σ
χ ο υ λ ο µ β σ π ασσαµ π ο ρ ε λ ε α χ αδ α
σε γ υ ν δ ο . 79
A carga elétrica, em coulombs, que passa por
um circuito pode ser calculada
multiplicando-se a corrente elétrica, em
ampères, pelo intervalo de tempo, em
segundos.
Θ = ι . ∆ τ
Εν τ ρ ε 1909 ε 1913, ο φ σ ι χ ο
ι ν γ λ σ Ρ ο β ε ρ τ Αν δ ρ ε ωσ
Μι λ λ ι κ α ν ε συ α ε θ υ ι π ε
δ ε τ ε ρ µ ι ν αρ αµ π ο ρ µ ε ι ο δ ε
χ ο µ π λ ε ξ ο σ ε ξ π ε ρ ι µ ε ν τ ο σ ,
ο ϖαλ ο ρ δ ο µ ⌠δ υ λ ο δ α
χ α ρ γ α δ ο ε λ τ ρ ο ν , 1,60218 . 10−19
Χ.
Υ τ ι λ ι ζ α ν δ ο ε σ σ ε ϖα λ ο ρ ε α
χ ο ν σ τ αν τ ε δ ε Αϖο γ ρ α δ ο
(6,02214 . 1023 µ ο λ −1 ), π ο δ ε µ ο σ
χ αλ χ υ λ αρ ο µ ⌠δ υ λ ο δ α
χ αρ γ α δ ε 1 µ ο λ δ ε
ε λ τ ρ ο ν σ → Φ = 1,60218 . 10−19 Χ ξ
6,02214 . 1023 µ ο λ −1 ). 80
A Lei de Faraday:
A massa de substância produzida em um
eletrodo é proporcional à carga elétrica
que circula na cela eletrolítica e à massa
molar dessa substância.
Generalização: “A massa de substância
produzida ou consumida em um
eletrodo de uma cela eletroquímica
(pilha ou eletrólise) relaciona-se, por
meio de uma proporção
estequiométrica, com a quantidade de
elétrons envolvidos na semi-reação
desse eletrodo. Os elétrons, por sua vez,
relacionam-se com a carga total que
atravessa o circuito elétrico. 81
82
83
6. Corrosão
Conceito: Deterioração de um material, geralmente
metálico, por ação química ou eletroquímica do
meio ambiente aliada ou não a esforços
mecânicos.
A deterioração causada pela interação físico-
química entre o material e o seu meio
operacional representa alterações prejudiciais
indesejáveis, sofridas pelo material, tais como
desgaste, variações químicas ou modificações
estruturais, tornando-o inadequado para o uso.
Exemplos de corrosão:
91
Corrosão por placas: a corrosão se localiza
em regiões da superfície metálica e não
em toda sua extensão, formando placas
com escavações.
92
Corrosão alveolar: a corrosão se processa
na superfície metálica produzindo sulcos
ou escavações semelhantes a alvéolos
apresentando fundo arredondado e
profundidade geralmente maior do que o
seu diâmetro.
93
Corrosão puntiforme ou por pite: a
corrosão se processa em pontos ou em
pequenas áreas localizadas na superfície
metálica produzindo pites, que são
cavidades que apresentam o fundo em
forma angulosa e profundidade
geralmente maior do que o seu
diâmetro.
94
As três últimas formas de corrosão podem não
ser consideradas da maneira como foram
apresentadas, preferindo alguns não usar os
termos placas e alveolar. As publicações em
língua estrangeira usam somente a afirmativa
corrosão por pite, tendo-se, por exemplo,
pitting corrosion (inglês), picadura (espanhol)
e piqüre (francês).
Em alguns processos corrosivos pode ocorrer
dificuldade de se caracterizar se as cavidades
formadas estão sob a forma de placas,
alvéolos ou pites, criando divergências de
opiniões entre os técnicos de inspeção e/ou
manutenção.
Entretanto, deve-se considerar que a
importância maior é a determinação das
dimensões dessas cavidades, a fim de 95se
Corrosão intergranular: a corrosão se
processa entre os grãos da rede
cristalina do material metálico, o qual
perde suas propriedades mecânicas e
pode fraturar quando solicitado por
esforços mecânicos, tendo-se a corrosão
sob tensão fraturante (CTF) (stress
corrosion cracking – SCC).
96
Corrosão transgranular: a corrosão se
processa nos grãos da rede cristalina do
material metálico, o qual, perdendo suas
propriedades mecânicas, poderá fraturar
à menor solicitação mecânica, tendo-se
também a corrosão sob tensão fraturante.
97
98
Corrosão filiforme: a corrosão se processa
sob a forma de finos filamentos, mas não
profundos, que se propagam em
diferentes direções e que não se
ultrapassam, pois admite-se que o
produto de corrosão, em estado coloidal,
apresenta carga positiva, daí a repulsão.
Ocorre geralmente em superfícies
metálicas revestidas com tintas ou com
metais, ocasionando o deslocamento do
revestimento.
99
Corrosão por esfoliação: a corrosão se processa de forma
paralela à superfície metálica. Ocorre em chapas ou
componentes extrudados que tiveram seus grãos
alongados e achatados, criando condições para que
inclusões ou segregações, presentes no material, sejam
transformadas, devido ao trabalho mecânico, em plaquetas
alongadas.
Quando se inicia um processo corrosivo na superfície de ligas
de alumínio, com essas características, o ataque pode
atingir as inclusões ou segregações alongadas e a corrosão
se processará através de planos paralelos à superfície
metálica e, mais frequentemente, em frestas.
O produto de corrosão, volumoso, ocasiona a separação das
camadas contidas entre as regiões que sofrem a ação
corrosiva e, como consequência, ocorre a desintegração do
material em forma de placas paralelas à superfície.
Essa forma de corrosão tem sido observada mais comumente
em ligas de alumínio das séries 2.000 (Al, Cu, Mg), 5.000
(Al, Mg) e 7.000 (Al, Zn, Cu, Mg).
100
Co rro s ã o g ra fít ic a : a c o rro s ã o s e
p ro c e s s a n o fe rro fu n d id o c in ze n t o e m
t e m p e ra t u ra a m b ie n t e e o fe rro
m e t á lic o é c o n ve rt id o e m p ro d u t o s d e
c o rro s ã o , re s t a n d o a g ra fit e in t a c t a .
Ob s e rva -s e q u e a á re a c o rro íd a fic a
c o m a s p e c t o e s c u ro , c a ra c t e rís t ic o d a
g ra fit e , e e s t a p o d e s e r fa c ilm e n t e
re t ira d a c o m e s p á t u la ; c o lo c a n d o -a
s o b re p a p e l b ra n c o e a t rit a n d o -a ,
o b s e rva -s e o ris c o p re t o d e vid o à
g ra fit e .
102
Corrosão em tono do cordão de solda: forma
de corrosão que se observa em torno de
cordão de solda, aparecendo sob a forma
da Figura abaixo. Ocorre em aços
inoxidáveis não-estabilizados ou com
teores de carbono maiores que 0,03%, e a
corrosão se processa intergranularmente.
103
6.2. Os meios corrosivos
Atmosfera:
Ø A importância da atmosfera, como meio
corrosivo, pode ser confirmada pelo grande
número de publicações científicas
relacionadas com ensaios de corrosão
utilizando diferentes materiais metálicos e
prolongados períodos de exposição, nos
mais diferentes países.
Ø A ação corrosiva da atmosfera depende
fundamentalmente dos seguintes fatores:
ü Umidade relativa;
ü Substâncias poluentes (particulados e gases);
ü Temperatura;
ü Tempo de permanência do filme de eletrólito na
superfície metálica.
104
Ø Além desses fatores devem ser considerados os
fatores climáticos, como intensidade e
direção dos ventos, variações cíclicas de
temperatura e umidade, chuvas e insolação
(radiações ultravioleta).
Ø A corrosão atmosférica pode ser classificada em
função do grau de umidade.
Ø Corrosão atmosférica seca: ocorre em
atmosfera isenta de umidade, sem qualquer
presença de filme de eletrólito na superfície
metálica. Tem-se uma lenta oxidação do
metal com formação do produto de corrosão,
podendo o mecanismo ser considerado
puramente químico. Exemplo: escurecimento
de prata ou cobre por formação de Ag2S e
CuS, respectivamente, devido a presença de
H2S (gás sulfídrico) na atmosfera ou meio
105
Ø Corrosão atmosférica úmida: ocorre em
atmosferas com umidade relativa menor
que 100%. Tem-se um fino filme de
eletrólito, depositado na superfície
metálica, e a velocidade do processo
corrosivo depende da umidade relativa,
poluentes atmosféricos e higroscopicidade
dos produtos de corrosão.
Ø Corrosão atmosférica molhada: a umidade
relativa está perto de 100% e ocorre
condensação na superfície metálica,
observando-se que a superfície fica
molhada com o eletrólito, como, por
exemplo, chuva e névoa salina
depositadas na superfície metálica. 106
Ø Umidade relativa:
ü Pode ser expressa pela relação entre o teor
de vapor d’água encontrado no ar e o teor
máximo que pode existir no mesmo, nas
condições consideradas, ou então pela
relação entre a pressão parcial de vapor
d’água no ar e a pressão de vapor d’água
saturado, na mesma temperatura; ela é
expressa em porcentagem (%).
107
Ø Substâncias poluentes:
ü As partículas sólidas, sob a forma de poeiras, existem na
atmosfera e a tornam mais corrosiva, porque pode-se
verificar:
→ Deposição de material não-metálico que embora não
atacando diretamente o material metálico, cria
condições de aeração diferencial;
→ Deposição de substâncias que retêm umidade, isto é,
são higroscópicas ou deliquescentes, acelerando o
processo corrosivo;
→ Deposição de sais que são eletrólitos fortes, como
sulfato de amônio (NH4)2SO4 - provenientes da
reação entre amônia (NH3) e óxidos de enxofre
presentes na atmosfera – e cloreto de sódio, NaCl;
→ Deposição de material metálico;
→ Deposição de partículas sólidas, que embora inertes
para o material metálico, podem reter sobre a
superfície metálica gases corrosivos existentes na
atmosfera – exemplo: partículas de carvão.
ü
108
Ø Gases:
ü Além dos gases constituintes da atmosfera,
principalmente, oxigênio e nitrogênio,
são frequentemente encontrados
monóxido de carbono, CO; dióxido de
carbono, CO2; ozônio, O3; dióxido de
enxofre, SO2; trióxido de enxofre, SO3;
monóxido de nitrogênio, NO; dióxido de
nitrogênio, NO2; e, em áreas mais
localizadas, gás sulfídrico (H2S), fluoreto
de hidrogênio (HF), amônia (NH3), cloreto
de hidrogênio (HCl) e cloro (Cl2).
üA presença desses gases está
evidentemente associada aos diferentes
tipos de indústrias, bem como aos
109
Ø Outros fatores:
ü A temperatura: se for elevada, irá diminuir a possibilidade de
condensação de vapor d’água na superfície metálica e a adsorção
de gases, minimizando a possibilidade de corrosão;
ü O tempo de permanência do filme eletrólito na superfície metálica: é
evidente que, quanto menor esse tempo, menor a ação corrosiva
da atmosfera. Os fatores climáticos podem ter grande influência
nesse caso; as chuvas podem ser benéficas, solubilizando os sais
presentes na superfície metálica e retirando-os da mesma; mas,
se houver frestas ou regiões de estagnação, as soluções dos sais
podem ficar depositadas e aumentam a condutividade do
eletrólito, acelerando o processo corrosivo.
ü Os ventos: podem arrastar, para as superfícies metálicas, agentes
poluentes e névoa salina;
ü As variações cíclicas de temperatura e umidade: em função das
estações do ano, pode-se ter uma ação mais intensa desses
fatores climáticos; em certos países, aumenta muito o teor de SO2
durante o inverno, devido à maior queima do carvão para
alimentar os sistemas de aquecimento, ocasionando maiores
taxas de corrosão;
ü Insolação (raios ultravioleta): causa deterioração (calcinação ou
empolamento) em películas de tintas à base de resina epóxi e em
PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro, como poliéster 110
111
Águas naturais:
Ø Os materiais metálicos em contato com a água tendem
a sofrer corrosão, a qual vai depender de várias
substâncias que podem estar contaminando a
mesma. Entre as mais frequentes contaminantes têm-
se:
ü Gases dissolvidos – oxigênio, nitrogênio, dióxido de
carbono, cloro, amônia, dióxido de enxofre, trióxido
de enxofre e gás sulfídrico;
ü Sais dissolvidos – cloretos de sódio, de ferro e e de
magnésio; carbonato de sódio; bicarbonatos de
cálcio, de magnésio e de ferro;
ü Matéria orgânica de origem animal ou vegetal;
ü Bactérias, limos e algas;
ü Sólidos em suspensão.
Ø Na apreciação do caráter corrosivo da água também
devem ser considerados o pH, a temperatura, a
velocidade e a ação mecânica.
Ø Dependendo do fim a que se destinam, diversos desses
contaminantes devem ser considerados com maiores
detalhes. 112
Ø Em decorrência dessas considerações, justificam-se como
etapas fundamentais nos tratamentos de:
ü Água potável: clarificação para eliminar sólidos em suspensão,
controle de pH e cloração;
ü Água de resfriamento: cloração, adição de inibidores de
corrosão e dispersantes e controle de pH;
ü Água para caldeiras: deaeraçãopara eliminar oxigênio,
abrandamento ou desmineralização para eliminar dureza
da água e controle de pH.
◘ Solo:
Ø O comportamento do solo como meio corrosivo deve ser
considerado de grande importância, levando-se em
consideração as enormes extensões de tubulações
enterradas, como oleodutos, gasodutos, adutoras e
minerodutos, e a grande quantidade de tanques enterrados
armazenando combustíveis. A corrosão em tubulações ou
tanques contendo combustíveis pode causar perfurações
que provocam vazamentos, com consequente
contaminação do solo ou de lençóis freáticos, e com
possibilidade de incêndios e explosões.
Ø A velocidade de corrosão do solo não é muito influenciada por
pequenas variações na composição ou estrutura113do
Ø Tomada de amostra – variabilidade:
ü Aeração, umidade e pH;
ü Potencial redox, microorganismos;
ü Condições climáticas;
ü Heterogeneidade do solo;
Ø Características físico-químicas:
ü Presença de água, sais solúveis e gases;
ü Acidez;
ü pH;
ü Resistividade elétrica;
ü Potencial redox;
Ø Condições microbiológicas:
ü Influência direta;
ü Modificação na resistência dos revestimentos;
ü Origem de meios corrosivos;
Ø Condições operacionais:
ü Condições climáticas;
ü Emprego de fertilizantes;
ü Despejos industriais;
ü Profundidade;
ü Aeração diferencial;
ü Contato bimetálico;
ü Correntes de fuga;
114
115
Produtos químicos:
Ø Em equipamentos usados em processos químicos deve-se levar em
consideração duas possibilidades: deterioração do material metálico do
equipamento e contaminação do produto químico. Os fatores que
influenciam são vários e complexos em alguns casos. Entre eles são
citados a pureza do metal, contato de metais dissimilares, natureza da
superfície metálica, pureza do produto químico, concentração,
temperatura e aeração.
Ø Produtos alcalinos como hidróxido de sódio (soda cáustica) podem ser
embalados em recipientes de aço-carbono, entretanto, alumínio, zinco,
estanho e chumbo sofrem ação corrosiva. Se a temperatura for elevada
e com aumento da concentração da solução de hidróxido de sódio, o
aço-carbono também sofre corrosão, podendo ocorrer fragilidade
cáustica.
Ø Produtos ácidos, como ácido fluorídrico, devem ser embalados em frascos
de material polimérico como polietileno, evitando-se o contato com
frascos de vidro que seriam atacados. Sais derivados de ácido
fluorídrico, como fluoretos, são embalados em frascos de vidro
revestidos com parafina. Ácidos clorídrico, nítrico, sulfúrico e acético e
seus sais podem ser embalados em frascos de vidro sem problemas de
corrosão.
Ø De uma maneira geral, devido à agressividade dos produtos químicos, eles
são embalados em recipientes de vidro, com exceção de ácido
fluorídrico e seus sais e soluções concentradas de hidróxido de sódio.
Devido à resistência química do vidro, são usados reatores116ou
Alimentos:
Ø A importância do efeito corrosivo dos alimentos
está ligada à formação de possíveis sais
metálicos tóxicos. Além do caráter tóxico dos
sais resultantes, eles podem alterar
características do alimento como sabor, aroma e
aparência, bem como ocasionar rancidez.
Dic lo ro e t a n
Tric lo ro e t ile n
o
o
Clo re t o d e
m e t ile n o
Te t ra c lo re t o d e
c a rb o n o
119
Madeira e plástico:
Ø Embora não seja muito frequente casos de
corrosão associados com madeira e
plásticos, deve-se considerar a
possibilidade de tais materiais sofrerem
decomposição, originando produtos
corrosivos.
Ø Assim, a madeira pode emitir vapores
corrosivos, geralmente constituídos de
ácido acético, provenientes da hidrólise de
substâncias orgânicas, como
polissacarídeos acetilados.
Ø No caso de plásticos, pode-se ter a formação
de vapores corrosivos originados por
decomposição, geralmente térmica ou, em
alguns casos, microbiológica. Os plásticos
contendo compostos orgânicos
halogenados são os que formam produtos
mais corrosivos quando decompostos 120