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“O Egito é uma dádiva do Nilo”

(Heródoto)
Egito: três mil anos de grandiosidade
A civilização egípcia antiga se desenvolveu no
nordeste africano, às margens do rio Nilo,
entre 3200 a.C a 32 a.C.

Os progressos foram notáveis entre os


egípcios, tanto nas artes, nos ofícios e até em
algumas ciências. Instrumentos, armas e
ornamentos eram habilmente confeccionados
em pedra,cobre e ouro.

Os egípcios criaram, entre outras coisas, um


eficiente sistema de irrigação, de saneamento
de terras pantanosas e confecção de tecidos
de linho de superior qualidade.

Desenvolveram, também, um sistema de leis


baseadas nos costumes, assim como o sistema
de escrita e o primeiro calendário solar da
história da humanidade.

A sociedade egípcia era dividida em várias


camadas, sendo o faraó a autoridade máxima,
considerado um deus na Terra.
História do Egito
Antigo –
3 Períodos:

ANTIGO IMPÉRIO
(3200 A.C. - 2100
A.C.)
MÉDIO IMPÉRIO
(2100 A.C. - 1580
A.C.)
NOVO IMPÉRIO
(1580 A.C. - 715
A.C.)
A Sociedade Egípcia
A mulher em situação de
igualdade com o homem

A civilização egípcia, ao contrário de


muitas outras civilizações, não via suas
mulheres como cidadãs de segunda classe,
seres inferiores, ou meros objetos de
propriedade dos pais e maridos.

Na sociedade egípcia a mulher possuía um


status que só foi recuperado muito
recentemente na História, sendo tratadas
com respeito e igualdade em relação aos
homens.
Povo politeísta e crente na
vida após a morte
Os egípcios acreditavam na existência de vários deuses
(eram politeístas), os quais tinham as mesmas virtudes e
vícios humanos, mas ,também, certas características
animais que interferiam na vida das pessoas.

Acreditavam na vida após a morte e, por isso, mumificavam


os cadáveres dos faraós colocando-os em mástabas,
posteriormente, nas pirâmides, com todos os seus pertences
e servos com o objetivo de preservar o corpo para quando
este ressuscitasse.

A vida após a morte seria definida, segundo as crenças


egípcias, pelo deus Osíris, em seu tribunal de julgamento: o
coração do defunto era pesado pelo deus da morte, Anúbis,
que mandava para uma vida na escuridão, aqueles cujo
órgão estava “pesado”, e, para uma outra vida boa,
aqueles de coração “leve”.

Muitos animais ,também, eram considerados sagrados


nessa época, de acordo com suas características: gatos,
crocodilos, cobras, águia, touro, vaca, leões, chacal, falcão...
Ísis (à esquerda) e Osíris (acima).
Múmia de Nefertiti,
esposa do faraó
Akhenaton.

Pintura religiosa (ao lado)


e Tutankamon (acima).
Arte egípcia: simbólica por excelência
A arquitetura, a pintura e as outras artes, no Egito
Antigo, não foram apenas inspiradas pela religião
– eram inseparáveis dela.

A arte egípcia era, por isso, profundamente


simbólica. Todas as representações eram repletas
de significados que ajudavam a caracterizar as
figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a
descrever melhor as situações.

A hierarquia social e religiosa traduziu-se, na


representação artística, ao serem atribuídos
variados tamanhos às diferentes personagens,
conforme sua importância na escala social: o
faraó, portanto, era sempre aquele representado
com a figura maior, dentro de uma cena.

Na arte egípcia não havia representação de


perspectiva, como concebemos hoje: as figuras
eram representadas em duas dimensões e as
imagens apareciam em camadas enfileiradas ou
então rebatidas para os lados.
Leis rigorosas usadas na
representação do corpo humano

O corpo humano, especialmente o de figuras


importantes, era representado utilizando dois
pontos de vista simultâneos, de modo a oferecer
maior informação e mostrar a dignidade da
personagem: os olhos, ombros e tórax eram
colocados vistos de frente; a cabeça e as pernas,
vistos de perfil.

Na arte egípcia, a representação por inteiro da


figura humana organizava-se segundo a chamada
“regra de proporção”, um rígido quadriculado com
dezoito unidades, sendo cada quadro com a medida
do seu lado igual à do dedo anular, o que garantia
uma repetição rigorosa da forma ideal egípcia, em
quaisquer escalas e posições.

O artista egípcio apreciava muito as cores. As


estátuas, os afrescos, o interior do templos e dos
túmulos eram extremamente coloridos. As cores
não cumpriam apenas a sua função primária de
decoração, mas encontravam-se carregadas de
simbolismo.
Frontalidade.
Arquitetura era monumental

Os egípcios foram grandes construtores.


Construíram palácios monumentais,
templos e túmulos.

Para eles o túmulo era o seu castelo para a


eternidade e deveria durar para sempre. Por
isso usavam, nessas construções, materiais de
extrema duração, como a pedra.

Já o mesmo não acontecia com suas casas,


pois eram feitas de tijolos e precisariam durar
apenas uma vida.

Até hoje a arquitetura do Egito Antigo – com


suas pirâmides e templos – é admirada, pelas
dimensões, engenhosidade, criatividade e
beleza.
Esfinge.
Pirâmides.
O artista – s-ankh: o que dá vida

Os criadores da Arte egípcia chegam aos dias


atuais, em sua maioria, anônimos. O
artista egípcio não impunha um sentido de
individualidade em sua obra, pois efetuava o
trabalho de acordo com a encomenda,
raramente assinava o trabalho final e sempre
cumpria com as limitações de criatividade
impostas pelas regras estéticas.

Entretanto, o artista era visto como um


indivíduo com uma tarefa divina importante a
executar. Para tanto necessitava de contato
com o mundo divino para poder receber sua
força criadora. Sem isso não seria possível
tornar visível, através de sua arte, o
conteúdo espiritual, o invisível.

O próprio termo para designar este executor,


s-ankh, significava, para os egípcios,
“aquele que dá vida”!
Prática de leitura, escrita e
atividade física entre os jovens

No Egito Antigo, a escrita (hieroglífica) tinha


grande importância no desenvolvimento de
atividades de cunho sagrado e no registro do
cotidiano. A figura do escriba ocupava uma
posição respeitável ao lado de altos
funcionários, sacerdotes e generais.

Os jovens egípcios, bem cedo, eram


introduzidos no conhecimento da escrita e da
leitura.

Embora se acredite que o povo grego tenha


sido o primeiro a praticar e organizar
competições físicas, no entanto, as
representações de cenas esportivas que
aparecem nas paredes das tumbas, templos,
obeliscos e vasos, provam que foram os
antigos egípcios os precursores de muitos
dos esportes praticados atualmente.
Hieróglifos em baixo-relevo.
Alfabeto egípcio.
Higiene e cuidado com o corpo
Tanto os homens quanto as mulheres do Antigo Egito
davam grande valor à aparência física. Hábitos de
higiene e cuidados com a aparência ocupavam boa
parte do tempo de homens e mulheres.

As pinturas nos túmulos mostram o seu cuidado com a


moda: perucas, maquilagem e vestuário. Os
cosméticos não eram considerados supérfluos, mas
uma necessidade do dia a dia e até mesmo
profiláticos.

O barbear e o depilar eram cuidados frequentes. As


mulheres mantinham os cabelos curtos, muitas vezes
raspados como os dos homens. Havia também o
hábito do banho, e, apesar de os antigos egípcios não
conhecerem o sabão, o substituíam por uma solução
sódica.

A hena era utilizada para escurecer o cabelo, tingir as


unhas e pintar o corpo. Damas abastadas possuíam
servas que auxiliavam nesses cuidados diários.

A nudez não era considerada um tabu, por isso tanto


homens quanto mulheres poderiam ser retratados nus,
sendo que a nudez parcial revelava nas pinturas, o
status social as pessoa.
Música e dança
acompanhavam as cerimônias

No Antigo Egito, a música e os músicos gozavam


de grande prestígio dentro da comunidade. Tanto
na música religiosa, quanto na de guerra , assim
como na recreativa, os egípcios davam preferência
às expressões elevadas e serenas, dando-lhes
destaque no culto aos deuses, nos banquetes e
cerimônias.

A música era praticada em coletividade, inclusive,


com a participação feminina.

No Egito, a religião exerceu grande influencia na


dança, na música como em todas as demais artes.
Vinte séculos antes da era cristã, já se realizavam,
danças em homenagem ao deus Osíris, deus da
agricultura e da fertilidade.
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