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1. As Nomenclaturas
4. MRP na Prática
5. Pontos Chave
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O cálculo de necessidades - Introdução
• Com o plano director a empresa dispõe de um programa que lhe permitirá preparar as
ordens de fabrico e as ordens de aprovisionamentos precisas;
• O cálculo das necessidades tem em conta um horizonte temporal mais curto, da ordem dos
dias, semanas ou meses, e trata de artigos e produtos individuais;
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1. As nomenclaturas
• A figura representa uma nomenclatura • A estrutura de um artigo é apenas descrita uma vez,
arborescente; mesmo que ele sirva em vários produtos;
– Para determinar o número de peças P1 basta multiplicar a quantidade de produtos finais 200 pelo coeficiente técnico
(4). O resultado é serem necessários 800 P1;
– Para a matéria prima M1 devemos multiplicar sucessivamente os coeficientes técnicos entre o produto final e o nível
de M1. Para M1 o resultado é 200 PF x 2 P1 x 0,8 M1 = 320 unidades;
• O procedimento descrito atrás chama-se cálculo das necessidades brutas, dado que não leva em conta
os stocks existentes na empresa.
PF
Gama de fabrico PF
• A nomenclatura inversa consiste na pesquisa, para uma peça ou material, das suas utilizações;
• A nomenclatura inversa serve, ainda, para calcular os custos standard: conhecidos os preços dos materiais
e dos componentes, assim como os custos standard de fabrico, é possível determinar o custo variável de
produto em todas as etapas do seu processo produtivo;
» M2 10,0 esc;
» P1 15,0 esc;
» P2 42,0 esc.
– Custo de fabrico:
» C1 75,0 esc;
» C2 110,0 esc;
» PF 222,0 esc.
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1. As nomenclaturas - Nomenclatura inversa e implosão dos custos
» Fabrico 75,0
» Total 85,0
– C2 :
» Materiais (2,0*42,0)+(2,4*10)=108,0
» Fabrico 110,0
» Total 218,0
Componente
comum
– PF:
» Materiais (4*15)+(2*85)+(1*218)=448,0
» Fabrico 222,0
» Total 670,0
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1. As nomenclaturas - Manutenção da nomenclatura
• As nomenclaturas são frequentemente modificadas pelos gabinetes de estudos (novo projecto) e pelo
gabinete de métodos (novo método de fabrico);
• O mais comum é, por razões económicas ou técnicas, ser necessário substituir um material;
• É necessário manter para cada nomenclatura, em cada ligação entre materiais e o nível superior, campos
para introduzir estas modificações;
• Um dos campos será a data da modificação e um outro será o número de série, ou de revisão do produto;
• Desta forma, especificando uma data, ou um número de série, podemos reconstituir a nomenclatura.
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2. MRP e cálculo das necessidades líquidas
• As primeiras aplicações do cálculo das necessidades Nível 0: Produto acabado Necessidades brutas =
líquidas foram desenvolvidas nos Estados Unidos nos Stock de produto acabado
Encomendas / previsões
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2. MRP e cálculo das necessidades líquidas
• O cálculo da quantidades;
• Tomemos como exemplo uma produção em 3 níveis: o produto acabado compõe-se de conjuntos, os
conjuntos de componentes, e estes de matéria prima;
• Partimos da procura de produtos acabados (encomendas firmes ou previsões das vendas). Esta procura
constitui a necessidade bruta de produto acabado;
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2. MRP e cálculo das necessidades líquidas
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2. MRP e cálculo das necessidades líquidas
• Tal como o descrevemos, o procedimento não teve em consideração os tempos necessários ao fabrico
e aprovisionamento dos produtos em cada nível;
• É portanto conveniente introduzir um intervalo de tempo entre a data para a qual pretendemos o
produto e a data de lançamento em produção dos produtos. O mesmo se verificando para os conjuntos,
para os componentes e para a matéria prima;
• Este intervalo de tempo é no mínimo igual à soma dos tempos de operação da ordem de fabrico (ou do
prazo de entrega do fornecedor) adicionado de tempos para transportes e esperas.
O conjunto
Lançamento tem de estar
do conjunto pronto nesta data
Fabricação do componente:
tempos de operação, transporte
e esperas
O componente
tem de estar pronto nesta data
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2. MRP e cálculo das necessidades líquidas
• Com estes dados podemos desenhar o diagrama de • M1 deve estar disponível em S-4 pelo que deve ser
fabrico de PF a ser entregue na semana S: encomendado o mais tardar em S-6;
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2. MRP e cálculo das necessidades líquidas
Semana Stock 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
N. brutas PF 50 10 40 20 30 50 60
Stocks PF 20 20 20 20
N. líquidas PF 30 10 40 20 30 50 60
Lançamentos PF 30 10 40 20 30 50 60
N. brutas P1 120 40 160 80 120 200 240
Stocks P1 200 200 80 40
N. líquidas P1 120 80 120 200 240
Lançamentos P1 120 80 120 200 240
N. brutas C1 60 20 80 40 60 100 120
Stocks C1 70 70 10
N. líquidas C1 10 80 40 60 100 120
Lançamentos C1 10 80 40 60 100 120
N. brutas M1 8 64 32 48 80 96
Stocks M1 100 92 28
N. líquidas M1 4 48 80 96
Lançamentos M1 4 48 80 96
N. brutas C2 30 10 40 20 30 50 60
Stocks C2 50 50 20 10
N. líquidas C2 30 20 30 50 60
Lançamentos C2 30 20 30 50 60
N. brutas P2 60 40 60 100 120
Stocks P2 220 160 120 60
N. líquidas P2 40 120
Lançamentos P2 40 120
N. brutas M2 72 48 72 120 144
Stocks M2 150 78 30
N. líquidas M2 42 120 144
Lançamentos M2 42 120 144
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2. MRP e cálculo das necessidades líquidas - Os stocks no sistema MRP
• O princípio do método MRP é o de absorver os stocks que possam existir em cada nível;
– Para estarmos seguros de que vamos produzir o que necessitamos, lançamos em fabrico quantidades superiores
criando um stock médio;
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2. MRP e cálculo das necessidades líquidas - Os stocks no sistema MRP
– Para estarmos seguros de que vamos produzir a tempo, lançamos em fabrico mais cedo do que o previsto pelo
MRP, criando desta forma um stock temporário.
– As formas mais usuais são: recorrer às horas extra, ou antecipar a produção de alguns artigos;
– A antecipação da produção vai permitir balancear a carga com a capacidade, à custa da criação de stock.
– Pode ser mais vantajoso numa oficina agrupar todas estes lançamentos na semana 15 produzindo 200 unidades;
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3. Regras de grupagem no MRP
• Imaginemos o caso de uma empresa que fabrica centenas de artigos diferentes e cada um com uma
nomenclatura a dez níveis e dentro dessas nomenclaturas um número apreciável de componentes
comuns;
• A massa de cálculos de MRP para este caso é bastante considerável, o que dá lugar a um número de
ordens de fabrico e de compra da ordem dos milhares;
• Por outro lado a fiabilidade destas ordens depende da fiabilidade das encomendas e das previsões;
• Não adianta realizar muitos cálculos quando as nossas previsões não são fiáveis;
• A manutenção de um sistema MRP exige muito trabalho e as nomenclaturas estão sempre a alterar-se e
as máquinas a ser substituídas;
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4. MRP na prática
• Quanto mais níveis tiver uma nomenclatura, maior (mais longo) será o ciclo de produção correspondente
a essa nomenclatura;
• A decisão de criar níveis numa nomenclatura é uma decisão do gabinete de métodos. Eles tentam
identificar sub-conjuntos comuns a vários artigos que permitam o lançamento agrupado desses sub-
conjuntos;
• A decisão de não criar níveis adicionais numa nomenclatura permite um ciclo de produção mais rápido
mas obriga a lançar os sub-conjuntos separadamente (mais lançamentos) e não em lotes comuns;
• Até agora descrevemos o MRP de uma forma estática, mas a realidade da empresa é dinâmica: os
dados são modificados continuamente, uma vez que, chegam novas encomendas, os fornecedores
entregam materiais, os lotes de fabrico são terminados;
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4. MRP na prática
• Periodicidade de cálculo;
• Para uma empresa que trabalha para stock, com produtos estáveis com ciclos longos, uma
actualização mensal é suficiente;
• Por outro lado, se os movimentos são numerosos e os ciclos de fabrico curtos, é necessária uma
actualização mais frequente;
• É pesado correr o MRP. Possuindo a empresa milhares de artigos ligados entre eles pela
nomenclatura, o tempo de cálculo chega a várias horas;
• De notar, ainda, que os resultados obtidos devem ser validados pelo serviço de programação da
produção e pelo encarregado. Ora estes não possuem capacidade para todos os dias reverem os
cálculos do MRP;
• Mesmo com os computadores mais sofisticados e rápidos, dificilmente conseguimos rever o MRP com
periocidade inferior à semana.
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4. MRP na prática
• Para permanentemente controlarmos as ordens de fabrico sem que seja necessário utilizar o MRP,
classificamos as ordens de fabrico da seguinte forma:
– Ordem lançada: a ordem encontra-se na fabrica, os componentes saíram de armazém, o artigo supõe-se pronto na
data prevista;
– Ordem firme: é aquela que não pode ser posta em causa, nem em quantidades, nem no prazo. Os componentes
necessários são reservados no stock sem que tenham saído do armazém;
– Ordem planificada: é aquela que foi criada pelo cálculo do MRP, que necessita ser validade em quantidades e
prazos no imediato;
– Ordem previsional: é aquela que foi calculada pelo MRP para o longo prazo;
• Com o decorrer da actividade da empresa estas ordens passam pelas quatro fases: previsional,
planificada, firme e lançada;
• Desta forma o plano de produção vai-se estabilizando progressivamente à medida que nos aproximamos
da necessidade de produzir.
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4. MRP na prática
– apagando as ordens que não foram lançadas e • Resultam ordens de fabrico que se vão
recalcular novas ordens, é o sistema regenerativo; adicionar (ou subtrair) às previamente
calculadas;
– introduzindo apenas as diferenças e recalcular
apenas as ordens afectadas por essas diferenças,
como mostra a figura: • É possível desta forma avaliar as
consequências das modificações introduzidas;
Previsões feitas em Fevereiro
Produto Mar Abr Mai Jun Jul Ago • Este último método, bastante mais rápido de
calcular, não pode ser aplicado
A 80 70 30 0 0 50
B 100 60 80 100 60 60 permanentemente, pois ele não possibilita o
C 15 0 10 20 0 10 agrupamento das ordens de fabrico;
Previsões feitas em Março
• O funcionamento do MRP pelo método das
Produto Abr Mai Jun Jul Ago Set diferenças é especialmente interessante para
A 70 30 10 0 35 40 realizar simulações da produção.
B 60 90 100 60 60 0
C 0 10 15 5 10 15
• Se a empresa fabrica para stock produtos normalizados de maneira repetitiva, ela faz grupagens por
período, em geral semanal;
• Se a empresa fabrica por encomenda, ela prefere conservar uma relação directa entre a ordem de
fabrico e a encomenda;
• Neste último caso, as necessidades brutas nunca são totalizadas num mesmo período, para que seja
possível manter a traçabilidade encomenda / lote de fabrico;
• O conhecimento da encomenda que deu origem à ordem de fabrico pode revelar-se muito útil para a
planificação da produção: por exemplo, se uma máquina avaria e a ordens de fabrico ficam atrasadas,
podemos fazer avançar em primeira lugar aquelas que têm de ser entregues no imediato;
• Uma outra situação é a que acontece quando a empresa procura assegurar a qualidade e é imperativo
saber em que momento foi produzida a ordem de fabrico e a partir de que componentes. Mais uma vez
não é possível ao MRP calcular os totais das necessidades brutas para o período.
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4. MRP na prática
• A gestão da produção de acordo com a metodologia MRP é delicada, pois que ela supõe fixar e manter
actualizados, para milhares de artigos, os parâmetros de gestão:
– stocks de segurança;
– periodicidades;
– regras de grupagem.
• Se os imprevistos são importantes o risco de aumentar os stocks médios torna-se também importante;
• O objectivo do MRP, que seria uma gestão da produção que eliminasse os stocks (como no JIT) é
praticamente impossível de conseguir;
• Em alternativa, o responsável podia aumentar a frequência de cálculo do MRP (passar de semanal para
duas vezes por semana), mas desta forma aumentaria os seus custos de gestão.
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5. Pontos chave
• O modelo MRP parte da procura final e determina as necessidades dependentes em cada estado do
processo fabril;
• O cálculo das necessidades, ou MRP, gera ordens de fabrico para cada estado do processo de fabrico e
de aprovisionamento: fazendo explodir a procura de produtos acabados de acordo com a nomenclatura e
indicando a altura do tempo em que devem são precisas e quando devem ser iniciadas;
– as regras de grupagem.
• Se bem que na teoria o MRP absorve os stocks, na prática eles podem não o ser. Devido aos lotes
económicos, às antecipações da produção e especialmente devido a una má manutenção das
nomenclaturas;
• Quanto mais níveis possuir uma nomenclatura, mais longo é o ciclo produtivo;
• As ordens de fabrico passam sucessivamente por vários estados: previsionais, planificadas, fixas e
lançadas;
• O cálculo das necessidades pode ser actualizado de uma forma regenerativa ou pelas diferenças de
previsões.
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6. Questões e Exercícios - Questões de reflexão
• Qual o impacto de uma procura incerta, determinada por um modelo de previsão, num
processo tão “mecânico” como o MRP?
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6. Questões e Exercícios - Exercício Nordeste
• A empresa Nordeste fabrica um produto A com a nomenclatura seguinte (os dígitos entre
parêntesis indicam a quantidade de componentes no composto de nível imediatamente
acima):
A
(1) (2) (4)
B C F
E D E F
(2)
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6. Questões e Exercícios - Exercício Nordeste
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6. Questões e Exercícios - Exercício Nordeste
• A fábrica está encerrada em agosto, pelo que os lançamentos em produção que deveriam
ter lugar em agosto deverão ser antecipados para julho;
• O componente D é lançado por lotes de 100 unidades no mínimo;
• O componente E é encomendado em múltiplos de 100 unidades;
• O componente F é encomendado em múltiplos de 1.000 unidades,
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6. Questões e Exercícios - Exercício Nordeste
Perguntas:
• Determinar a necessidade em fundo de maneio mensal para os primeiros 6 meses, sem ter
em conta o crédito dos fornecedores.
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