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Fp 3.1
Já não me lembro como foi que comecei a estudar por ciclos, mas acho que foi nos idos anos de
1993-94, estudando para o Técnico do Tesouro Nacional (TTN) de então, hoje Analista Tributário da Receita
Federal (ATRF). Mas, a descoberta de que se poderia ou, pelo menos, de que eu poderia estudar assim foi
quase por acaso e até certo ponto engraçada. Quando eu pegava livros na biblioteca, por causa do curso de
administração que estava cursando, eu tinha de devolvê-lo após um período curto de tempo, e somente
poderia pegá-lo de volta depois de um breve interstício de dias. Pois bem, descobri que era possível parar de
ler o livro em tal página e, pegando-o emprestado de novo, reiniciar daquela parte onde havia parado.
Maluco, eu? Só um pouquinho... =op
Baseado em observações empíricas, visto que ainda não achei um cobaia voluntário para abrir
sua cabeça e observar in loco como funcionavam seus neurônios, formulei uma teoria mista de aprendizagem
baseada em experiências próprias e de terceiros. Penso que, quando falo em neurônios e sinapses, a grande
maioria sabe do que estou falando, e mesmo tendo uma vaga ideia, deixe-me tranquilizá-lo que não é preciso
saber muita coisa sobre o objeto em si, mas sim sobre seu funcionamento.
O neurônio é a célula mais especializada do corpo humano, mas nada é sem as sinapses.
Fazendo uma analogia com o reino vegetal, o neurônio seria o tronco, e as sinapses seriam as folhas (que
captam a luz solar, vital para a fotossíntese) e as raízes (que extraem água do solo, para manter a árvore
viva). Outra analogia seria uma pessoa super-inteligente, mas que, se estivesse isolada de tudo e de todos,
sem poder relacionar-se, seus talentos não seriam aproveitados, ou seja, um “neurônio sem sinapses”.
Lembra de Stephen Hawking, o grande físico inglês? As sinapses seriam seu módulo de comunicação, que
permitem que ele, mesmo imobilizado, dê asas à sua imaginação e palavras.
Agora que já falamos sobre o básico, estamos prontos para explorar o que vem a ser o Estudo
em Ciclos e a Aprendizagem-Mosaico®. Sobre o estudo em ciclos, e difícil dizer quem foi seu idealizador ou
criador, mesmo porque é assim que aprendemos na escola, com várias matérias que se sucedem, num ritmo
de aulas cíclico e contínuo. Ou seja, somos, desde que nos entendemos por gente, condicionados e
ensinados a trabalhar em multi-tarefa que, utilizando-me de outra analogia, é um sistema operacional,
Windows™ ou Ubuntu™ (linux), p. ex., poder abrir vários programas ao mesmo tempo, e operá-los
independente e concomitantemente: um texto sendo editado, um navegador aberto e conectado à internet,
uma agenda de compromissos, um gerenciador financeiro, um download sendo efetuado, além de outros
processos invisíveis ao usuário. Isso é multi-tarefa, e é assim que o ser humano é.
Sobre a multi-tarefa, dirijo-me à classe de los hombres, da qual faço parte, dando uma má e uma
boa notícia: as mulheres são mais multi-tarefa do que o homem, ou seja, conseguem fazer muito mais coisas
[e melhor] ao mesmo tempo que os homens. Essa é a má notícia. Agora a boa: o homem, ao concentrar-se,
consegue realizar uma tarefa melhor do que as mulheres. Prós e contras de cada um, claro, e devem ser
explorados da melhor forma possível, para atingir todo seu potencial. Isso deve-se, segundo estudiosos, às
diferenças entre a predominância de atuação dos lados [hemisférios] do cérebro em cada gênero: esquerdo
[analítico] nos homens, e direito [emocional] nas mulheres. Longe de querer deflagar uma guerra dos sexos,
julgo que foram assim projetados por Deus com o intuito de se complementarem.
Voltando aos ciclos: quem criou? Não sei. Se você souber, me avise que darei os créditos. Mas,
pelo menos na área dos concursos, quem popularizou a ideia eu sei: o, hoje palestrante, Alexandre Meirelles.
Nunca antes na história dos concursos alguém deu tanta ênfase ao estudo em ciclos e demonstrou de forma
clara como ele pode ser útil na preparação e eficaz na aprovação de um concurseiro. Tentar falar algo sobre
ciclos é quase desmerecer o trabalho dele, além de “chover no molhado”, portanto não me aterei a isso.
Muitas pessoas questionam o método de estudo em ciclos, alguns por não entenderem a
sistemática ou por não concordarem com a mesma, entretanto, a maioria dos concurseiros bem-sucedidos
que conheço, em concursos de grande porte, estudaram por esse método ou adaptações dele, inclusive eu. E
são praticamente unânimes em creditar seu sucesso ao método de estudos adotado (em ciclos).
O mosaico é tanto utilizado nas artes, como pintura, escultura, etc., como na arquitetura, em
grandes construções e monumentos que, quando bem projetados e executados, também podem ser
considerados obras de arte, tanto que esse recurso foi bastante utilizado na Antiguidade por pintores e
escultores de renome.
Observe como a criatividade humana
praticamente não encontra limites quando se trata de
expressar uma faceta de seu Criador: a arte de criar, exposta
nas várias imagens de mosaicos coletadas ao redor do
mundo, e que escolho apenas uma para ilustrar esse
portentoso talento humano, que consegue unir pequenas
peças que, isoladas, não têm sentido ou valor, mas que,
unidas, dão forma a um quadro que existia apenas na mente
do artista.
➔ necessita de paciência, e não pouca, afinal são peças minúsculas que se unem com um objetivo pré-
determinado, e os resultados geralmente demoram a aparecer;
➔ necessita de persistência, pois somente assim se consegue algum progresso por esse método, basta
lembrar de como aquelas pequenas e teimosas peças insistem em não se combinar com as parceiras
que escolhemos para se casarem, então apelamos para o bom e velho método da tentativa-e-erro;
➔ necessita de disciplina, principalmente no início, para fazer as coisas de forma orquestrada, contínua
e planejada;
➔ necessita de visão, porque aquele que se propõe a estudar para concursos é alguém que tem que ser
visionário, enxergar na frente, visualizando um futuro melhor, mesmo estando no presente;
➔ necessita de um mínimo de inteligência para juntar partes que se encaixam, ou seja, não é preciso
ser gênio para se montar um mosaico, assim como também não o é para se passar em um concurso.
De fato, é preciso muito mais paciência e persistência do que inteligência para se passar em um
concurso.
A grande dica para se começar bem a montagem de um quebra-cabeças é... comece pelo
começo! Pausa para “ah, eu já sabia”. Além de começar pelo começo, comece pelo mais fácil e, em se
tratando de quebra-cabeças, o mais fácil é pelos cantos ou quinas ou, como diria um amigo meu mineiro,
“pelas beiradas”. Por quê? Porque as peças de canto são únicas e mais fáceis de serem reconhecidas, e seus
respectivos lugares facilmente identificáveis pela borda em ângulo reto. Por isso, nos estudos, é
imprescindível fixar adequadamente os pontos de início dos estudos, justamente para saber exatamente
onde encaixar as peças posteriores.
Antes de começar a estudar [a fundo] pelo método dos ciclos, é necessário entender um
conceito básico: os resultados não virão do dia para a noite, e nem da noite para o dia também. Leva tempo,
um longo tempo, em alguns casos, até 2-3 meses para aparecerem os primeiros resultados satisfatórios. Se
isso pudesse ser expresso em uma linha cartesiana de tempo x resultados, onde o tempo [gasto] seria o eixo
Y e os resultados [obtidos] o eixo X, o gráfico se pareceria com a descida de um escorregador (lá vou eu de
novo remexer em meu baú de memórias =o).
Traduzindo: há um grande esforço no início com pouco resultado, mas no fim há grande
resultado com pouco esforço, tal qual ilustra a imagem abaixo à esquerda, embora grande parte dos
concurseiros pense que, se estudar por esse método, o resultado será mais parecido com a figura da direita
(“vou me ralar se estudar assim”). Observe e tire suas conclusões:
Outra ilustração que pode ser utilizada para demonstrar a dinâmica desse tipo de aprendizagem
é a pintura de uma parede, que é feita por “mãos” ou “demãos”, ou seja, operações repetitivas e
sobrepostas, que inicialmente cobrem apenas parcialmente a parede, deixando “falhas” que serão cobertas
pelas “mãos” posteriores. Se você já observou alguém pintando (ou tentou pintar, como eu), deve ter
percebido que é quase uma arte. Bem, em minhas poucas tentativas nesse sentido pinturístico, as pessoas
que avaliaram meu trabalho chegaram à conclusão inequívoca que sou mesmo muito arteiro e que já fiz
muita obra na vida...
Bem, minha premissa é simples: se o cérebro aprende melhor por meio dos ciclos
(Aprendizagem-Mosaico®), treinar e/ou brincar resolvendo puzzles (quebra-cabeças, em inglês) pode
contribuir para acelerar e/ou potencializar a aprendizagem de matérias para concursos ou provas. Simples,
não? Aprender brincando, o sonho de toda criança e, agora, de todo concurseiro!
Quais puzzles eu recomendaria? Em que pese a gama ser vasta, com várias opções disponíveis,
eu tenho predileção por sudoku e mahjong. O sudoku possui, inclusive, uma versão portável, ou seja, sem
necessidade de instalação, podendo rodar direto de um pen drive. Apesar de ambos serem orientais, e
termos a impressão comum de que 'japas' são bons estudantes, não posso afirmar que há relação entre
ambas, mas se a resposta for sim, vamos aproveitar isso, oras! =op Quem joga xadrez e damas pode notar
uma certa facilidade em ciências exatas e matemáticas, ou vice-versa.
Sudoku Mahjongg
ps. se você quiser expressar sua opinião sobre meus artigos, por favor visite minha sala no Fórum Concurseiros
(wallysou) e deixe seu comentário nos tópicos (é necessário se registrar), ou participe da pesquisa, onde você poderá
deixar sua sugestão e/ou crítica. Agradeço antecipadamente por sua participação.
ps2. =o) não é um símbolo de sociedade secreta, seita ou algo do tipo, é apenas isso: