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Universidade do Prazer

Por lucianoaferreira

Leia o “post” abaixo e comente o que “achou” do e no que leu. Ok? Abração.

Luciano Almeida Ferreira.

Valorizar mais as baladas -a disseminação da maconha ou as festas- do que as aulas


seria uma fase passageira?

Diante da frase “baladas e jogos me motivam mais do que as aulas”, apenas 16,1% dos
estudantes das universidades da capital e região metropolitana de São Paulo disseram
discordar totalmente. Uma expressiva parcela (52,3%) admitiu que fumou maconha;
muitos certamente preferiam não revelar nada. Beijar na boca várias pessoas numa
única noite é rotina. O resultado é que muitos enxergam no ensino superior um espaço
de prazer, onde se misturam baladas, drogas e sexo.

Estamos falando aqui de 15 universidades, entre as quais USP, PUC, Unifesp,


Mackenzie, FGV, FMU, Unip, Anhembi Morumbi -ou seja, locais que produzem a
futura elite política, empresarial, cultural e social do país. Valorizar mais as baladas -a
disseminação da maconha pelos campi ou as festas universitárias- do que as aulas seria
apenas uma fase passageira, típica da liberdade e transgressão juvenis? Em parte sim,
claro.

“”Minha suspeita é que existe um jeito de encarar o mundo que vai além de uma atitude
juvenil”, comenta Marcos Calliari, responsável pela pesquisa.

O levantamento entre universitários foi feito pela Namosca, agência de marketing


focada em entender o que passa pela cabeça dos jovens -e, para isso, montou uma rede
de entrevistadores e contatos entre os próprios estudantes para facilitar a obtenção das
informações.
A suspeita de Calliari, a partir desse levantamento, é como um imediatismo exacerbado
marca uma geração. O levantamento indicou que 77% dos entrevistados já beijaram na
boca mais de uma pessoa num dia; 89% disseram que beijaram logo no primeiro
encontro. “É um pouco como se não houvesse um dia depois de hoje”, analisa.

Isso pode significar também que o consumidor vai mudar cada vez mais rapidamente de
marcas. Ou que não terá paciência para abrir a conta num banco se tiver de assinar
muitos papéis ou formulários na internet. Nem entrar num site que exija cadastramento.

Talvez explique a prosperidade da indústria de venda de trabalhos escolares (até


dissertações). Ou por que muitas pessoas mudam tanto de curso no ensino superior,
criando uma alta taxa de evasão.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/colunas/gd210909.htm

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