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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CENTRO DE GEOCIÊNCIAS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOFÍSICA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

TOMOGRAFIA ELETROMAGNÉTICA USANDO VÍNCULOS


ABSOLUTOS

VICTOR CEZAR TOCANTINS DE SOUZA

BELÉM
2001
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
GEOFÍSICA

TOMOGRAFIA ELETROMAGNÉTICA USANDO VÍNCULOS


ABSOLUTOS

TESE APRESENTADA POR

VICTOR CEZAR TOCANTINS DE SOUZA

COMO REQUISITO PARCIAL À OBTENÇÃO DE GRAU DE


MESTRE EM CIÊNCIAS NA ÁREA DE GEOFÍSICA

Data de Aprovação:

COMITÊ DE TESE:

Dr. Luiz Rijo (Orientador)

Dr. Jessé Carvalho Costa

Dr. Milton José Porsani

BELÉM - PA
2001
Aos meus pais, Dinamérica
e Antonio sempre presentes
na minha vida

i
AGRADECIMENTOS

Ao CPGF/UFPA e a todo corpo docente, técnico e administrativo por terem propiciado os


meios para a realização deste trabalho.
A Agência Nacional do Petróleo -ANP e a Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP,
através do Programa de Recursos Humanos da ANP para o Setor Petróleo e Gás Natural – PRH-
ANP/MME/MCT pelo apoio financeiro quanto bolsista.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Luiz Rijo pelo ensino e apoio dispensado durante a
realização desta dissertação.
Aos membros da banca examinadora. Professores Dr. Jessé Carvalho Costa e Dr. Milton
José Porsani pela correção deste texto e pelas sugestões para o aprimoramento do trabalho.
A todos colegas do CPGF/UFPA, especialmente João Baptista pelo apoio no
desenvolvimento do programa de inversão e Marcos Welby pela ajuda nos algoritmos de
elementos finitos.
A Renata pelo carinho e compreensão nos momentos de dificuldades.
A minha família, pelo esforço e dedicação para que eu pudesse estudar.

ii
iii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS

Figura 2.1 A definição tradicional dos problemas direto e


inverso.................................................................................................. 6

Figura 2.2 A configuração para a tomografia eletromagnética poço a


poço...................................................................................................... 7
Figura 2.3 Elemento triangular genérico............................................................... 9
Figura 3.1 Exemplo da geometria 3-D utilizada na tomografia
EM........................................................................................................ 18
Figura 3.2 Discretização da seção transversal do modelo 3-D utilizada na
formulação dos elementos finitos......................................................... 20
Figura 3.3 Exemplo de uma seção transversal do modelo 3-D apresentado na
Figura 3.1.............................................................................................. 22
Figura 3.4 Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em
relação a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c)
23
parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ..........................................
Figura 3.5 Campos magnéticos medidos para freqüência de 100kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
23
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 3.6 Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em
relação a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal ,
24
(c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .....................................
Figura 3.7 Campos magnéticos medidos para freqüência de 200 kHz, em
relação a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal ,
24
(c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .....................................
Figura 3.8 Modelo 2-D usado para uma freqüência de 200 kHz, a discretização
é duas vezes maior do que o modelo apresentado na Figura 3.4......... 25

iv
Figura 3.9 Campos magnéticos medidos para freqüência de 200 kHz, em
relação a fonte 11. Com uma maior discretização empregada, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec ,
26
(d) parte imag. de H zsec .........................................................................
Figura 3.10 Modelo 2-D apresentado na Figura 3.3, assumindo um contraste
igual a 4 entre as condutividades das heterogeneidades e o meio
homogêneo........................................................................................... 27
Figura 3.11 Campos magnéticos medidos nos receptores, em relação a fonte 11.
Contraste igual a 4 e freqüência de 100 kHz, (a) parte real de H ztotal ,

(b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag.
28
de H zsec ..................................................................................................
Figura 3.12 Modelo 2-D assumindo um contraste igual a 4 entre as
condutividades das heterogeneidades e o meio homogêneo. A
discretização é duas vezes maior do que o modelo mostrado na
Figura 3.10............................................................................................ 29
Figura 3.13 Campos magnéticos medidos nos receptores, em relação a fonte 11.
Contraste igual a 4 e a freqüência de 100kHz. A discretização é o
dobro da apresentada na Figura 3.10, (a) parte real de H ztotal , (b) parte
29
imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ..........
Figura 4.1 Modelo experimental 2-D utilizado no processo de inversão.............. 30
Figura 4.2 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial distante do meio encaixante do modelo
experimental, (a) condutividade inicial, (b) imagem............................ 32
Figura 4.3 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.006 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b) imagem.... 33
Figura 4.4 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.006 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=100, (a) condutividade inicial, (b) imagem.. 33

v
Figura 4.5 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.007 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b) imagem.... 34
Figura 4.6 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.007 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=100, (a) condutividade inicial, (b) imagem.. 35
Figura 4.7 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.007 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=1000, (a) condutividade inicial, (b) imagem 35
Figura 4.8 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.008 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b)
imagem................................................................................................. 36
Figura 4.9 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.0105 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b)
imagem................................................................................................. 37
Figura 4.10 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.0105 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=100, (a) condutividade inicial, (b)
imagem................................................................................................. 37
Figura 4.11 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.011 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b)
imagem................................................................................................. 38
Figura 4.12 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.011 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=100, (a) condutividade inicial, (b) imagem.. 38

vi
Figura 4.13 Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos.
Condutividade inicial igual a 0.011 S/m do meio encaixante do
modelo experimental, λ=1000, (a) condutividade inicial, (b)
imagem................................................................................................. 39
Figura 4.14 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial distante do meio encaixante modelo
experimental, (a) condutividade inicial, (b)
imagem................................................................................................. 40
Figura 4.15 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.007 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ = 10 e µ =1, (a)
condutividade inicial, (b) imagem........................................................ 41
Figura 4.16 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.006 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ = 10 e µ =1, (a)
condutividade inicial, (b) imagem........................................................ 42
Figura 4.17 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.005 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ=10 e µ =1, (a) condutividade
inicial, (b) imagem............................................................................... 42
Figura 4.18 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.004 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ=10 e µ =1, (a) condutividade
inicial, (b) imagem................................................................................ 43
Figura 4.19 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.003 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ=10 e µ =1, (a) condutividade
inicial, (b) imagem................................................................................ 43

vii
Figura 4.20 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.008 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ=10 e µ =1, (a) condutividade
inicial, (b) imagem................................................................................ 44
Figura 4.21 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.011 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ=10 e µ =1, (a) condutividade
inicial, (b) imagem................................................................................ 45
Figura 4.22 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.011 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ=100 e µ =1, (a)
condutividade inicial, (b) imagem........................................................ 46
Figura 4.23 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.013 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ=10 e µ =1, (a) condutividade
inicial, (b) imagem................................................................................ 46
Figura 4.24 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.015 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ=10 e µ =1, (a) condutividade
inicial, (b) imagem................................................................................ 47
Figura 4.25 Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do
modelo. Condutividade inicial igual a 0.01 S/m do meio encaixante
homogêneo do modelo experimental, λ=10 e µ =1, (a) condutividade
inicial, (b) imagem................................................................................ 47
Figura 5.1 Influência da freqüência sobre as imagens reconstruídas com, (a) 5
kHz, (b) 10 kHz, (c) 50 kHz e (b) 1100 kHz........................................ 50
Figura 5.2 Imagens reconstruídas para as heterogeneidades disposta
horizontalmente (a) modelo experimental, (b) Imagem reconstruída
em 30 kHz, (c) Imagem reconstruída em 100 kHz (d) Imagem
reconstruída em 200 kHz...................................................................... 51

viii
Figura 5.3 Resolução da imagem em 30 kHz como uma função das
condutividade da zona anômala σ P = 0.01 S/m, (a) σ = 0.04 S/m, (b)
σ = 0.06 S/m, (c) σ = 0.08 S/m e (d) σ = 0.10 S/m.............................. 53
Figura 5.4 Resolução da imagem em 5 kHz σ P = 0.01 S/m e σ = 0.10 S/m......... 54
Figura 5.5 Imagens reconstruídas para modelos com variações internas na
condutividade (a) modelo experimental, (b) Imagem reconstruída em
100 kHz, (c) modelo experimental (b) Imagem reconstruída em 30
kHz........................................................................................................ 55
Figura 5.6 Modelo da distribuição de condutividade............................................. 56
Figura 5.7 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
57
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................

Figura 5.8 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação


a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
57
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................

Figura 5.9 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação


a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
58
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................

Figura 5.10 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.6. Freq. de


10 kHz.................................................................................................. 58

Figura 5.11 Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação


a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
59
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................

Figura 5.12 Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação


a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
59
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................

ix
Figura 5.13 Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
60
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.14 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.6. Freq.
de50 kHz............................................................................................... 60
Figura 5.15 Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em
relação a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c)
61
parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ..........................................
Figura 5.16 Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em
relação a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal ,
61
(c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ....................................
Figura 5.17 Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em
relação a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal ,
62
(c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .....................................
Figura 5.18 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.6. Freq. de
100 kHz................................................................................................ 62
Figura 5.19 Modelo da distribuição de condutividade............................................. 63
Figura 5.20 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
64
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.21 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
64
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.22 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
65
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.23 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.19. Freq.
de 10 kHz............................................................................................. 65

x
Figura 5.24 Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
66
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.25 Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
66
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.26 Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
67
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.27 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.19. Freq.
de 30 kHz.............................................................................................. 67
Figura 5.28 Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
68
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.29 Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
68
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.30 Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
69
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.31 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.19. Freq.
de 60 kHz.............................................................................................. 69
Figura 5.32 Modelo da distribuição de condutividade............................................. 70
Figura 5.33 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
71
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................

xi
RESUMO

Um processo de inversão iterativa é empregado para analisar a incorporação de vínculos


absolutos, para obter imagens de alta resolução de tomografia eletromagnética (EM) poço a poço.
O esquema de imageamento assume uma simetria cilíndrica em torno de fontes do tipo dipolo
magnético e utiliza o método dos elementos finitos para solucionar os campos EM espalhados
pelas condutividades anômalas, presentes dentro do meio encaixante. Imagens ilustrativas
mostram que são necessários a incorporação de vínculos absolutos para a condutividade inicial no
processo de inversão e também em torno das bordas do modelo para garantir a convergência das
imagens para modelo experimental. A resolução do método é examinada através de mudanças na
freqüência de operação e contrastes de condutividades entre o meio encaixante e a zona anômala,
imagens recuperadas mostram que em baixos contrastes de condutividades, a resolução melhora
com o aumento da freqüência. Porém para uma dada freqüência, grandes contrastes fazem a
resolução deteriorar-se. Entretanto quando a freqüência é diminuída a qualidade da imagem
melhora, apesar dos valores das condutividades recuperadas no processo de inversão não serem
bem definidas. Modelos adicionais explorando corpos anômalos disposto horizontalmente e com
variações internas de condutividade foram também estudados.
2

ABSTRACT

An iterative inversion process is employed to analyze the incorporation of absolute


constrains to obtain high resolution image of cross-well electromagnetic (EM) tomography. The
image scheme assumes a cylindrical symmetry about vertical magnetic dipole sources and
employs the finite element method to solve the scattered EM fields by anomalous conductivity
imbedded in an homogeneous background. Images of illustrative models show that to obtain
relevant results of inversion process, we have to incorporate absolute constrains for the first guess
and also on the borders of model, to guarantee the convergence to experimental model. The
resolution of method is examined through changing of frequency and conductivity contrast
between the targets and the background. Reconstructed models show that, at low conductivity
contrasts, the resolution improves with increasing frequency. On the other hand, for one given
frequency, large contrasts make the resolution deteriorates. However when the frequency is
decreased, the quality of image improves, although the values of conductivity not are well
defined. Additional models exploring heterogeneities lying horizontally and with internal
changing of conductivity are analyzed.
3

1 - INTRODUÇÃO

Tomografia é a representação visual ou o imageamento de uma dada propriedade física


dentro de uma região inacessível diretamente. O termo foi primeiramente usado em estudos de
raio-x, onde a absorção de um feixe de raio-x passando através de um corpo, é proporcional a
integral de densidade ao longo de uma trajetória. Efetuando esta integral em múltiplos caminhos,
pode-se determinar completamente a distribuição tridimensional (3-D) do corpo. Desse modo,
esta técnica tem uma óbvia atração na geofísica, onde o objetivo é determinar a distribuição das
propriedades físicas da subsuperfície.
Logo após o sucesso na análise em raio-x, a tomografia foi introduzida na geofísica pela
sísmica, uma vez que, ondas elásticas de alta freqüência em líquidos e sólidos seguem a teoria do
raio. Em geofísica a aplicação básica da tomografia é obter uma imagem bidimensional de um
plano ou seção transversal através de um objeto sólido, em uma dada região de investigação. O
processo pode ser estendido à três dimensões para se obter uma imagem do volume do objeto.
Este processo de imageamento usualmente implica em fazer medidas de campos sísmicos,
elétricos ou eletromagnéticos (EM) em múltiplos receptores para uma determinada configuração
de fontes. No caso da tomografia eletromagnética as medidas EM são convertidas em
condutividade elétrica e/ou permissividade dielétrica, usando algum tipo de reconstrução
tomográfica ou técnicas de inversão numérica.
Em geofísica de prospecção tomografia sísmica entre poços é bastante utilizada.
Recentemente o interesse em técnicas poço a poço tem sido estendido a métodos EM para o
imageamento da condutividade elétrica, ocasionado pelos melhoramentos em instrumentação de
campo, potência computacional e métodos de interpretação. Imagens da distribuição da
condutividade elétrica em subsuperfície é uma informação vital para a dedução da estrutura
geológica, porosidade das rochas, saturação de fluido e orientações de fraturas. Entretanto a mais
promissora área no uso da tomografia EM é monitorar processos que altera as propriedades
físicas da subsuperfície, como em projetos de recuperação avançada de campos produtores de
óleo e gás.
Para alguns materiais ondas eletromagnéticas de alta freqüência (radar), também
satisfazem a teoria do raio, e a tomografia mostra-se promissora nesta área. Entretanto em baixas
4

freqüências (menores que dezenas de MHz), a teoria do raio torna-se inapropriada e a difração
deve ser levada em conta. Tomografia de difração baseada na equação de onda produz imagens
satisfatórias, mas campos EM operando em baixas freqüências são governados pela equação de
difusão, e não é evidente que a tomografia tradicional de difração seja aplicável a campos
difusos, uma das possíveis soluções para este problema, é obter os campos difusos diretamente da
equação diferencial governante, através de técnicas numéricas.
Neste trabalho é empregado a técnica dos elementos finitos para a obtenção de campos
EM espalhados, a configuração usada é a poço a poço, onde um arranjo de receptores localizados
em um poço fazem as medidas dos campos EM produzidos por fontes situadas em um outro poço
distante, o conjunto dos campos medidos formam os dados que serão usados para conseguir a
propriedade física estimada. A obtenção da propriedade elétrica, neste caso a condutividade
elétrica, é conseguida através da inversão utilizando o algoritmo de Marquardt. É mostrado que
para obter imagens razoáveis da distribuição de condutividade, é necessário a introdução de
vínculos, a fim de regularizar o processo de inversão e conseguir imagens reconstruídas coerentes
com o modelo verdadeiro.
A seqüência de apresentação desta dissertação foi organizada da seguinte maneira.
A metodologia matemática do modelo direto e do processo de inversão, são apresentados
no capítulo 2, e é verificado que o problema direto basicamente é solucionar os campos EM
secundários através da técnica dos elementos finitos e que a metodologia do processo de inversão
segue o algoritmo de Marquardt.
No capítulo 3 é mostrada a geometria do modelo com simetria cilíndrica, é visto que a
grande vantagem da simetria empregada é a redução de um problema tridimensional para um
modelo 2-D, logo a seguir é apresentado resumidamente o modelamento direto para o cálculo dos
campos eletromagnéticos espalhados, e por fim é feito uma análise da influência sobre os dados
provocados pela freqüência de operação, discretização utilizada no modelo e o contraste de
condutividade entre o meio encaixante homogêneo e as heterogeneidades existentes.
No capítulo 4 são apresentados os resultados da tomografia EM através de imagens
reconstruídas de um modelo com duas heterogeneidades verticais. Neste capítulo é discutido a
incorporação de vínculos nas fronteiras e na condutividade inicial do modelo de condutividade
usado no processo de inversão.
5

O capítulo 5 apresenta a resolução do método que é ilustrada através de imagens


recuperadas de vários modelos de condutividade, para variadas freqüências, bem como inúmeros
contraste de condutividade entre o meio encaixante e os corpos anômalos. Modelos onde são
explorados heterogeneidades dispostas horizontalmente e com variação interna de condutividade
são usados também na análise da resolução.
6

2 - METODOLOGIA

Um importante aspecto das ciências físicas é fazer deduções sobre parâmetros físicos dos
dados. Em geral as leis da física fornecem meios para a computação dos valores dos dados para
um determinado modelo. Este é chamado de problema direto, como mostra a Figura 2.1. No
problema inverso, o objetivo é reconstruir o modelo a partir de um conjunto de medidas que
formam os dados.

Problema direto

Modelo m Dados d

Problema inverso

Figura 2.1 – A definição tradicional dos problemas direto e inverso.

Neste capítulo são apresentados a formulação matemática do problema direto e o método


de inversão aplicado na reconstrução do modelo de condutividade.

2.1 FORMULAÇÃO MATEMÁTICA DO PROBLEMA DIRETO

O problema direto na tomografia eletromagnética é definido pelo conjunto de medidas de


campos eletromagnéticos avaliados nos receptores. Esses campos são produzidos por fontes
arranjadas em uma determinada configuração e pelos campos secundários produzidos por corpos
anômalos espalhadores. A configuração usada para o problema tomográfico EM é a poço a poço,
onde um poço contendo um arranjo de fontes ilumina uma região limitada por um outro poço
distante que contem os receptores. O arranjo das fontes e receptores utilizados através de toda
7

análise feita nesta dissertação é apresentada na Figura 2.2. Onde 21 fontes e 21 receptores
limitam uma região homogênea contendo corpos anômalos no seu interior.

1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 10
fontes 11 11 receptores
12 12
13 13
14 14
15 15
16 16
17 17
18 18
19 19
20 20
21 21

Figura 2.2 – A configuração para a tomografia eletromagnética poço a poço.

Os campos eletromagnéticos medidos nos receptores são formados pelas componentes


verticais dos campos primários produzidos por fontes do tipo dipolo vertical e pelos campos
secundários verticais espalhados pelas heterogeneidades presentes no interior do meio
homogêneo limitado pelos dois poços. Desta maneira os dados do problema direto são formados
pela soma destas duas componentes de campo EM.
A componente primária possui solução analítica, como será visto na seção 3.2 do capítulo
3. A componente secundária será calculada através da técnica dos elementos finitos. Deste modo
a formulação do problema direto reduz-se praticamente ao cálculo dos campos EM secundários
espalhados. A seguir será mostrada detalhadamente o formalismo dado pelos elementos finitos na
obtenção destes campos secundários. A formulação é geral para qualquer problema que explore a
simetria axial e o modo transverso elétrico TE.
8

2.2.1 Formulação dos elementos finitos para o modo TE axial

Considerando a simetria axial do modelo, em que não existe variações na direção azimutal

= 0 , as equações de Maxwell são escritas como:
∂θ

∂ Eθs
− = − zˆH rs , (2.1)
∂z

1 ∂ (rEθs )
= − zˆH zs , (2.2)
r ∂r

∂H rs ∂H zs
− = − yˆEθs + ∆yˆEθp , (2.3)
∂z ∂r
em que ŷ = σ , zˆ = iω µ , ∆yˆ = yˆ − yˆ p = σ − σ p , onde σ representa a condutividade tanto do

meio considerado primário σ p , que pode ser um espaço ilimitado, ou um semi espaço ou um
meio estratificado, ou também pode representar condutividades anômalas a este meio primário.
ω = 2π f é a freqüência angular e f é a freqüência em Hertz.
Da equação (2.1) e (2.2) podemos escrever.
1 ∂ Eθs
H rs = , (2.4)
zˆ ∂ z

1 1 ∂ (rEθs )
H =−s
z , (2.5)
zˆ r ∂ r
e substituindo (2.4) e (2.5) em (2.3) temos a equação diferencial para o modo TE axial.

∂  1 ∂Eθs  ∂  1 1 ∂ (rEθs ) 
−   −   + yˆEθs = − ∆yˆEθp , (2.6)
∂ z  zˆ ∂ z  ∂ r  z
ˆ r ∂ r 

fazendo uma aproximação para Eθs por um polinômio do tipo:

Eθs = Eθs i Ψi + Eθs j Ψ j + Eθs k Ψk , (2.7)

nos nós i, j e k de um elemento triangular genérico de um domínio (Figura 3.2),


9

i k
Ωe

Figura 2.3 – Elemento triangular genérico.

e aplicando o critério de Galerkin na equação diferencial (2.6) para um elemento genérico temos,

 ∂  1 ∂Eθs  ∂  1 1 ∂ (rEθs ) 
∫Ω − ∂ z  zˆ ∂ z  − ∂ r  zˆ r ∂ r  r dr dz + Ω∫ yˆ Ψm Eθ r dr dz = −Ω∫ ∆yˆ Ψm Eθ r dr dz ,
Ψ s p
m (2.8)
e   e e

onde m pode assumir os valores de i, j e k. Multiplicando e dividindo (2.8) por r teremos a


seguinte equação,

 ∂  1 ∂(rEθs )  ∂  1 1 ∂ (rEθ )  1
s
1
∫Ω ( r Ψ m )  − 

 ∂ z  zˆ ∂ z 

 − r 

 dr dz + ∫ yˆ (r Ψm ) ( rEθs ) dr dz =

∂ r  zˆ r ∂ r  r Ωe
r
e

− ∫ ∆yˆ (r Ψm ) Eθp dr dz , (2.9)


Ωe

fazendo o termo:

∂  1 ∂ (rEθs )  ∂  1 ∂ (rEθs )  1 ∂ (rEθs ) ∂ (r Ψm )


(r Ψm )  = (r Ψm ) −
∂ z  zˆ ∂ z  ∂ z  zˆ ∂ z  zˆ ∂ z
, (2.10)
∂z

e substituindo em (2.9), temos:


10

1 ∂ (rEθs ) ∂ (r Ψm ) ∂  1 ∂ (rEθs )  1 ∂  1 1 ∂ (rEθs )  1


∫Ω zˆ ∂ z ∂ z ∂ z  m zˆ ∂ z  r
− ( r Ψ ) dr dz − ∫Ω m ∂ r  zˆ r ∂ r  r dr dz
( r Ψ )
e e

1
+ ∫ yˆ (r Ψ
Ωe
m ) (rEθs ) dr dz = − ∫ ∆yˆ (r Ψm ) Eθp dr dz ,
r Ωe
(2.11)

considerando,

∂  1 1 ∂ (rEθs )  ∂  1 1 ∂ (rEθs )  1 1 ∂ (rEθs ) ∂ (r Ψm )


(r Ψm )   = r Ψ −
∂ r  zˆ r ∂ r  ∂ r  zˆ r ∂ r  zˆ r ∂ r
( m ) , (2.12)
∂r

e substituindo em (2.11), obtemos:

1  ∂ (r Ψm ) ∂ (rEθs ) ∂ (r Ψm ) ∂ (rEθs )  1 s 1
∫Ω zˆ  ∂r ∂r
+
∂z ∂z  r
 dr dz + ∫ yˆ (r Ψm ) (rEθ ) dr dz
Ωe
r
e

 ∂  1 ∂ (rEθs )  1 ∂  1 1 ∂ (rEθs )  
−  (r Ψm )  dr dz + ∫ (r Ψm )  dr dz 
 ∂ z  zˆ ∂ z  r Ωe
∂r  zˆ r ∂ r  
= − ∫ ∆yˆ (r Ψm ) Eθp dr dz , (2.13)
Ωe

considerando o termo,

∂  1 ∂ (rEθs )  1 ∂  1 1 ∂ (rEθs ) 
∫ ∂ z (r Ψm ) zˆ ∂ z  r dr dz +Ω∫ ∂ r (r Ψm ) zˆ r ∂ r  dr dz ,
Ωe
(2.14)
e

e lembrando a definição para as componentes r e z do campo magnético secundário dadas pela


equações (2.1) e (2.2) obtemos:

∂  1 ∂ Eθs  ∂
[ ]
∫Ω ∂ z (r Ψm ) zˆ ∂ z  dr dz + Ω∫ ∂ r (r Ψm )(− H z ) dr dz ,
s
(2.15)
e e
11

∫ ∂ z [(r Ψ ] ∫ ∂ r [(r Ψ ]
∂ ∂
m ) H rs dr dz − m ) H zs dr dz , (2.16)
Ωe Ωe

∫  ∂ z [(r Ψ ] [ ]dr dz ,
∂ ∂
m ) H rs − (r Ψm ) H zs (2.17)
Ωe
∂ r 

aplicando o teorema de Green que é dado pela relação:

 ∂Q ∂P 
∫  ∂ x − ∂ x  dxdy = ∫ P dx + Q dy = ∫ ( Piˆ + Q ˆj ) ⋅ tˆdl ,
Ω ∂Ω ∂Ω

na equação (2.17) teremos como resultado:

∫  ∂ z [(r Ψ ] [ ]
∂ ∂ 
m ) H rs − ( r Ψm ) H zs dr dz = ∫ ( r Ψm ) H zs dz + ( r Ψm ) H rs dr =
Ωe
∂r  ∂Ω

∫Ψ
∂Ω
m H s ⋅ tˆr dl , ( 2.18)

substituindo (2.18) em (2.13) obtemos

1  ∂ (r Ψm ) ∂ (rEθs ) ∂ (r Ψm ) ∂ (rEθs )  1 s 1
∫Ω zˆ  ∂r ∂r
+
∂z ∂z  r
 dr dz + ∫ yˆ (r Ψm ) (rEθ ) dr dz
Ωe
r
e

s
− ∫Ψ
∂Ω
m H ⋅ tˆr dl = − ∫ ∆yˆ (r Ψm ) Eθp dr dz ,
Ωe
(2.19)

fazendo uma mudança de variável definida por

r Ψm = ϕ m e considerando rE θs = ∑ α n ϕ n , onde n pode assumir os valores de i, j e k podemos


n

escrever (2.19) na forma:


12

1  ∂ϕ m ∂ ∂ϕ 1 1
∫ zˆ  ∑
∂r ∂ r n
α nϕ n + m
∂z
∑α ϕ n n  dr dz + ∫ yˆ ϕ m ∑α nϕ n dr dz
Ωe n r Ωe n r
− ∫ ϕ m H s ⋅ tˆdl = − ∫ ∆yˆ ϕ m Eθp dr dz, (2.20)
∂Ω Ωe

onde m e n podem assumir os valores de i, j e k, que são os nós de um elemento triângular


genérico. Definindo a matriz local k mn deste elemento como:

1  ∂ϕ m ∂ϕ n ∂ϕ m ∂ϕ n  1 1
k mn = ∫ 
zˆ Ω e  ∂r ∂ r
+ 
∂z ∂z  r
dr dz + ∫ yˆ ϕ mϕ n dr dz ,
Ωe
r
(2.21)

e o vetor local β m ,

β m = − ∫ ∆yˆ ϕ m Eθp dr dz . (2.22)


Ωe

o termo da equação
∂Ω
∫ϕ m H s ⋅ tˆdl não é considerado porque na montagem da matriz global, que é

formada pela soma de todas as matrizes locais, ele será anulado, a não ser nas bordas do domínio,
mas iremos considerar bordas afastadas das anomalias que produzem o campo secundário de tal
modo que este termo é considerado igual a zero.
Para elementos triangulares, definimos as funções bases para os nós genéricos i, j e k do
elemento como:

1
ϕi = (a i + bi r + ci z ) , (2.23)
2A

1
ϕj = (a j + b j r + c j z ) , (2.24)
2A

1
ϕk = (a k + bk r + c k z ) , (2.25)
2A
13

onde:
ai = r j z k − rk z j , bi = z j − z k , ci = rk − r j ,

a j = rk z i − ri z k , b j = z k − z i , c j = ri − rk ,

a k = ri z j − r j z i , bk = z i − z j , c k = r j − ri ,

1 ri zi
1 1
A = 1 rj z j = (bi c j − b j ci ) é a área do elemento triangular.
2 2
1 rk zk

Após os cálculos das matrizes e vetores locais dos elementos a matriz de rigidez global e
o vetor fonte é formado pela soma destes. Isto levará a um sistema de equações lineares, como
será visto na seção 3.2 do capítulo 3.

2.2.2 Metodologia do problema inverso

Inversão geofísica é um problema mal posto, devido a sua solução não ser única ou
instável. A não unicidade e a instabilidade reflete a tentativa de extrair muita informação dos
dados. Um modo efetivo de transformar um problema mal posto em um bem posto é introduzir
informação a priori sobre o modelo, de tal forma que a quantidade de possíveis resposta ao
problema seja diminuída. Existem várias maneiras de incorporar uma informação ao problema
inverso. A informação ou vínculo que é tratada nesta seção é do tipo absoluto. Este tipo de
vínculo são incorporados em pontos onde as propriedades físicas são conhecidas, na prática
geofísica isto pode ser exemplificado através de testemunhos, perfilagem de poço e afloramento.
Seguindo trabalho de Luiz, 1999, nesta seção é apresentada de modo geral a formulação
da introdução de vínculos absolutos num problema inverso não linear.
A equação resultante desta formulação será empregada posteriormente na determinação
da distribuição da condutividade estimada do modelo, ou seja uma imagem da região entre poços,
como será visto na seção 4.2 do capítulo 4.
14

Supondo que a função que relaciona o modelo com M parâmetros às N medidas é linear,
elas podem ser expressadas pela equação matricial.

()
f P = G⋅P, (2.26)

()
em que f P é o vetor contendo as N avaliações, nos pontos de observação da função f que

relaciona os M parâmetros do modelo às medidas e Gi j (i=1,...N e j=1,...M) são os coeficientes

∂f
que multiplicam os parâmetros, definidos por Gi j = .
∂ Pj
x= x j

Na busca da solução do problema de inversão procura-se encontrar o modelo,


representado por P parâmetros, mais próximo de um modelo padrão denotado de P ref , com o
vínculo de que os valores medidos e os calculados por meio da função estejam próximos. A
proximidade de um modelo padrão proposta por Tikhonov & Arsenin, (1997), tornar um
problema matematicamente bem posto, e desta forma permitindo que uma solução estável seja
alcançada, é feita tomando a norma 2 como uma medida da distância entre os vetores contendo os
valores medidos e os observados e entre P e P ref . O problema é apresentado como
2
minimizar P − P ref ,

(2.27)

sujeito a Y − f P ( )2 = δ,
em que δ é o desvio esperado para as realizações do ruído que contaminam as observações. Com
a aplicação do método dos multiplicadores de Lagrange e desprezando o ruído, constrói-se o
funcional

U = P − P ref
2
+ ν Y obs − f P ( ) 2, (2.28)

onde ν é o multiplicador de Lagrange. Considerando P ref = 0 , a equação (2.28) toma a forma

U= P
2
+ ν Y obs − f P ( ) 2. (2.29)

Para uma função não linear entre os parâmetros e às medidas, geralmente emprega-se a série de
Taylor em torno de um modelo inicial P 0 para linearizar o problema, ou seja,
15

() ( )
f P = f P0 +
∂f
∂P
(P − P )+ ...(termos de ordem ≥ 2) ,
0 (2.30)
P = P0

ou

() ( )
f P = f P 0 + J 0 ∆P , (2.31)

em que J 0 =
()
∂f P
e ∆P = P − P 0 .
∂P P = P0

Rescrevendo (2.26) para o modelo linearizado temos o funcional

U = ∆P
2
+ ν Y obs − f P ( )2, (2.32)

()
Substituindo-se f P dado na equação (2.32) e desenvolvendo-a obtém-se

T
(
U = ∆P ∆P + ν Y obs − f P 0 − J 0 ∆P( ) ) (Y
T
obs ( ) )
− f P 0 − J 0 ∆P , (2.33)

derivando-se em relação a P e igualando ao vetor nulo leva a


T
( ( )
− ν J 0 Y obs − f P 0 − J 0 ∆P + ∆P = 0 , ) (2.34)

onde µ = 1 ν e explicitando ∆P , tem-se


−1
 T  T
(
∆P =  J 0 J 0 + µ I  J 0 Y obs − f P 0 , ( )) (2.35)
 

o valor de ∆P obtido em (2.35) deve ser adicionado ao valor de P 0 e o resultado usado no lugar

de P 0 para um novo cálculo da resposta do modelo e dos valore de J . Este procedimento de

aproximações sucessivas segue-se até os valores de P , obtidas em duas interações consecutivas


sejam aproximadamente iguais.
A estimativa de P , a partir da determinação iterativa dos pequenos incrementos ∆P , é a
técnica convencional de inversão não linear e denominada de creeping .
Tomando P c = P 0 + ∆P , que representa a atualização dos parâmetros com a técnica dos

incrementos (creeping) e notando-se J 0 Y obs − f P 0


T
( ( )) em (2.35) é o gradiente do desajuste dos
dados, Y obs − f P 0 ( ) 2 , pode-se escrever P c da seguinte forma:
16

−1
 T 
( )2
P c = P 0 +  J 0 J 0 + µ I  ∇ P Y obs − f P , (3.36)
  P = P0

que significa que a aproximação inicial P 0 será atualizada por uma quantidade que será
adicionada na direção do gradiente da função que mede o desajuste.
A introdução de informação a priori para a técnica dos incrementos é dada pela a

aplicação de uma matriz contendo a informação a priori B sobre os parâmetros P e sobre os


incrementos ∆P , o que produz:

B ∆P = B P − B P 0 , (3.37)

sabendo que B P = γ , onde γ é o vetor que contém os valores da informação a priori, tem-se

B ∆P = γ − B P 0 , (3.38)
ou

B ∆P − γ + B P 0 = 0 . (3.39)
Pode-se agora formular o seguinte problema
2
minimizar B ∆P − γ + B P 0

(3.40)

sujeito a Y obs − f P ( ) 2 =δ
()
em que f P é dado por (2.31). Resolvendo teremos:

( ) ,
−1
 T T   T
( ( )) T
∆P =  J 0 J 0 + µ B B   J 0 Y obs − f P 0 + µ B γ − B P 0 (3.41)
  

para a informação absoluta B = A , assim redefinindo (3.41) teremos a equação

( )
−1
 T T   T
( ( )) T 
∆P =  J 0 J 0 + µ A A   J 0 Y obs − f P 0 + µ A γ − AP 0  , (3.42)
   
A equação (3.42) sofrerá um pequena modificação, quando for incorporado o parâmetro
de Marquardt para a realização computacional, a equação modificada é apresentada na seção 4.2
do capítulo 4.
17

3 - MODELAMENTO DIRETO

Devido tomografia ter sido introduzida na sísmica. Os primeiros trabalhos de


tomográficos EM 2-D seguiam a abordagem da tomografia sísmica, Zhou et al., (1993) onde as
fontes e o modelo geométrico apresentavam características bidimensionais, seguindo este
paralelismo as fontes EM eram consideradas como linhas de corrente infinita Devaney, (1984), o
que não é uma boa aproximação da realidade em ambientes de poços de petróleo. Neste capítulo
são apresentados a geometria do modelo e o tipo de fontes empregados na tomografia
eletromagnética com simetria cilíndrica. É visto que a geometria empregada juntamente com o
tipo de fonte utlizada simplificam o modelo tridimensional para um modelo 2-D, além de trazer o
modelamento do problema de tomografia EM mais próximo da realidade.

3.1 GEOMETRIA DO MODELO

Seguindo o trabalho de Alumbaugh & Morrison, (1995). O modelo geométrico consiste


de uma estrutura de condutividade cilindricamente simétrica, dentro de uma região homogênea
p
com condutividade primária σ .Uma possível configuração desta geometria é mostrada na

Figura 3.1. As fontes são dipolos magnéticos harmônicos e estão localizadas em r = 0 e z = z tx ,


sobre o eixo de simetria. Se condutividade anômala σ (r , z ) é distribuída simetricamente em
torno deste eixo, então as correntes elétricas induzidas pela fonte podem existir somente na
direção azimutal, desta forma excitando apenas o modo TE (transverso elétrico). Estas correntes
produzem campos magnéticos na direção r̂ e ẑ , que podem ser medidos tanto dentro do poço,
como é feito em perfilagem de poço eletromagnético, Chang & Anderson, (1984), ou em um
segundo poço, distante do poço contendo os transmissores, como é utilizado para medidas EM
tomográficas.
A geometria empregada aqui, simplifica significantemente o processo de inversão,
reduzindo um equação tensorial 3-D para uma forma escalar 2-D. Desse modo pode-se conseguir
uma seção transversal do modelo 3-D.
18

σ ( r, z )

σP

σ ( r, z )

fontes receptores

Figura 3.1 - Exemplo da geometria 3-D utilizada na tomografia EM.

3.2 O PROBLEMA DIRETO

Considerando a geometria apresentada na Figura 3.1. A equação de difusão governante


para o campo elétrico Eφ é

∂ 2 Eφ
+ ∂ 1 ∂ ( rE φ ) 
− iωµσ = i ωµ J φ ,
∂r  r ∂ r  (3.1)
∂z 2

onde J φ é a fonte externa, com corrente fluindo na direção azimutal, r é o raio em relação ao

iω t
eixo de simetria, z é a coordenada vertical, o termo dependente no tempo e é assumido, σ é a
condutividade como uma função de r e z e µ é a permeabilidade magnética que é considerada ser
igual ao do espaço livre.
19

Como é visto na Figura 3.1 a heterogeneidade anular está dentro de um espaço

homogêneo de condutividade σ e tomando o caso para um dipolo por exemplo, tem-se que
p

campo total Eφ pode ser separado em suas componentes primária e secundária. A componente

p
primária do campo Eφ é gerada por um dipolo magnético num meio homogêneo, e o campo

elétrico em um espaço ilimitado pode ser expressado analiticamente, Ward & Hohmann, (1987)
como

E φp = − iωµ4 πm z r
R3
(1 + ik R ) e
p
− ik p R
, (3.2)

p
onde m z é o momento de dipolo magnético k p = − iωµσ e R = r 2 + z 2 . O campo

s
secundário Eφ feito pela heterogeneidade no meio encaixante é dado por

Eφs = Eφ − Eφp , (3.3)

A equação diferencial para o campo elétrico secundário é

∂ 2 Eφs ∂  1 ∂ ( rE φs ) 
+  − i ωµσ Eφ − i ωµ (σ − σ ) Eφ = 0
s p p
 ( 3.4)
∂z 2 ∂r  r ∂ r 

Para calcular os campos elétricos secundários produzidos pelas heterogeneidades, a


formulação pelo métodos dos elementos finitos pode ser construída aplicando um princípio
variacional ou o método de Galerkin a equação diferencial (3.4). Neste trabalho utilizou-se o
método de Galerkin.
O método dos elementos finitos é uma técnica numérica usada na construção de soluções
aproximadas para problemas de valores de contorno. A técnica envolve a divisão do domínio da
solução em números finitos de subdomínios simples, os elementos finitos. A discretização deste
domínio é feita dividindo uma seção transversal do modelo tridimensional em células
retangulares sobre o qual a condutividade é constante, sendo que para cada célula existem dois
20

elementos finitos triangulares com a mesma condutividade. Um exemplo da discretização é


mostrado na Figura 3.2.

−200

−100

Poço 1 Poço 2
0
Profundidade (m)

100

200

300

400
0 100 200
Distância (m)

Figura 3.2 - Discretização da seção transversal do modelo 3-D utilizada na formulação dos
elementos finitos.
21

O campo desconhecido sobre cada nó da malha de discretização é aproximado por um

polinômio linear em relação as coordenadas r e z, do tipo ϕ i =


1
(a i + bi r + ri z ) onde o índice i
2A
representa o nó no elemento triangular
É importante salientar que a malha dos elementos finitos é maior que a região limitada
entre os poços, uma vez que é necessário garantir as condições de Dirichlet para o campo
secundário nas fronteiras distante desta região. As condições de Dirichlet foram aplicadas nas
fronteiras superior, inferior e a direita do poço dos receptores (poço 2), e a condição de Newman
foi assumida na fronteira onde está localizado o poço dos transmissores (poço1).
Aplicando o método de Galerkin na equação (3.4),como está demostrado na seção 2.2.1
do capítulo 2, obtém-se a equação matricial dos elementos finitos na forma

Kϕ = v, (3.5)

onde K é uma matriz de rigidez global, bandeada, esparsa e simétrica, representando a

geometria do modelo e as propriedades elétricas, ϕ é um vetor dos valores nodais dos campos

secundários desconhecidos e v é um vetor fonte obtido da última parte da equação (3.4).


Da solução da equação matricial (3.5), para os valores nodais desconhecidos, a
componente vertical do campo magnético é obtida pela diferenciação numérica da relação

1 1 ∂( rE φ )
Hz = − , (3.6)
iωµ r ∂r

3.3 OBTENÇÃO DOS DADOS

Os dados na tomografia EM são formados pelo conjunto de medidas das componentes


verticais do campo magnético total avaliados nos receptores. Como existem 21 receptores e 21
fontes, e para cada fonte as medidas são avaliadas em todos os receptores, tem-se no total 441
medidas.
Assim, o primeiro passo na tomografia EM é obter os dados gerados a partir de um
determinado modelo. Considerando, como exemplo, a seção transversal do modelo 3-D,
apresentado na Figura 3.1, obtém-se a sua versão 2-D, como está ilustrado na Figura 3.3.
22

0 0.02

20 0.018

40 0.016

60 0.014

Condutividade (S/m)
Profundidade m 80 0.012

100 0.01

120 0.008

140 0.006

160 0.004

180 0.002

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 3.3 - Exemplo de uma seção transversal do modelo 3-D apresentado na Figura 3.1.

Em experimentos realizados foi observado que as respostas das medidas são determinadas
por três fatores: discretização da malha, freqüência de operação e o contraste de condutividade
entre o meio encaixante homogêneo e os corpos anômalos. Por exemplo, considerando o modelo
apresentado na Figura 3.3, amostras das respostas obtidas nos receptores localizados no poço 2
são mostradas a seguir.
As Figuras 3.4, 3.5 e 3.6 mostram as respostas dos campos magnético total H ztotal e

secundário H zsec medidos nos receptores em relação as fontes 1, 11 e 21 respectivamente, esta


numeração é seguida de cima para baixo, tomando como referência a Figura 2.2 apresentada no
capítulo 2. A freqüência utilizada é de 100 kHz, e o contraste de condutividade entre o meio
encaixante e dois corpos anômalos é igual a 2.
Nota-se, por exemplo nas Figuras 3.5c e 3.5d, que os campos magnéticos secundários
imaginários apresentam-se de forma simétrica, isto quer dizer que a discretização ilustrada na
Figura 3.3, está compatível com o comprimento de onda dos campos espalhados gerados pelas
heterogeneidades.
23

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60

80 80 80 80
profundidade m

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −2 0 2 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−10 A/m x 10−11

Figura 3.4 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60

80 80 80 80
profundidade m

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 −1 0 1 −5 0 5 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 3.5 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 100kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
24

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60

80 80 80 80
profundidade m

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −2 0 2 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−10 A/m x 10−11

Figura 3.6 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60

80 80 80 80
profundidade m

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 0 1 −2 0 2 −2 0 2 −1 0 1
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 3.7 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 200 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
25

Por outro lado, se a freqüência das fontes é aumentada, e consequentemente o


comprimento de onda é diminuído, a discretização não será mais compatível ao comprimento de
onda dos campos eletromagnéticos espalhados, este fato é apresentado na Figura 3.7, onde a
freqüência de operação é de 200 kHz
Se agora, a discretização é dobrada, como mostra o modelo apresentado na Figura 3.8, as
respostas obtidas apresentam-se não deformada, ou seja, a discretização está novamente
compatível com o comprimento de onda dos campos espalhados, como ilustrado na Figura 3.9.

0 0.02

20 0.018

40 0.016

60 0.014

Condutividade (S/m)
80 0.012
Profundidade m

100 0.01

120 0.008

140 0.006

160 0.004

180 0.002

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 3.8 - Modelo 2-D usado para uma freqüência de 200 kHz, a discretização é duas vezes
maior do que o modelo apresentado na Figura 3.4.
26

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60

80 80 80 80
profundidade m

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −1 0 1 −1 0 1
A/m x 10−10 A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 3.9 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 200 kHz, em relação a fonte 11.
Com uma maior discretização empregada, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c)

parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

Comparando as Figuras 3.9 e 3.5 vê-se que a forma das resposta de ambas são
semelhantes, porém, na Figura 3.9 nota-se uma maior definição dos dois corpos anômalos através
da parte real do campo magnético (Figura 3.9a). Posteriormente será mostrado que este fato
acarretará em uma maior resolução das imagens reconstruídas a partir desses dados. Também
nota-se que o aumento na freqüência levou a valores em amplitudes menores do que as obtidas
com 100 kHz, isto leva a limitações operacional em levantamentos práticos, onde a sensibilidade
nas medidas do campo deve ser considerada. Assim, conclui-se que para se utilizar maiores
freqüências é recomendável fazer uma maior discretização do modelo. Contudo será visto que em
freqüências moderadas (100 kHz a 1 MHz), esta recomendação não é tão crítica, uma vez que
mesmo trabalhando com respostas distorcidas dos campos magnéticos, o processo de inversão
empregado irá recuperar a distribuição de condutividade do modelo.
Um outro fator determinante nas resposta dos campos magnéticos, é o contraste de
condutividade elétrica entre o meio encaixante homogêneo e os corpos anômalos. Usando a
27

mesma discretização apresentada na Figura 3.3, ou seja, 20 células na vertical e 10 células na


horizontal, e ajustando as condutividades dos dois corpos anômalos para 0.04 S/m, e mantendo a
condutividade do meio encaixante 0.01 S/m. Tem-se um modelo com um contraste de 4 vezes
entre a condutividade dos dois corpos anômalos e o meio encaixante homogêneo, como ilustra a
Figura 3.10.

0 0.04

20
0.035

40
0.03
60

0.025

Condutividade (S/m)
80
Profundidade m

100 0.02

120
0.015

140
0.01
160

0.005
180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 3.10 - Modelo 2-D apresentado na Figura 3.3, assumindo um contraste igual a 4 entre as
condutividades das heterogeneidades e o meio homogêneo.

As resposta dos campos magnéticos em relação a fonte 11, para uma freqüência de 100
kHz obtidas para o modelo apresentado na Figura 3.10, apresentam-se ligeiramente distorcidas,
como mostra a Figura 3.11, isto é observado mais claramente na Figuras 3.11a e 3.11b. Isto quer
dizer que novamente existe uma pequena incompatibilidade entre a discretização assumida no
modelo de geração dos dados e o comprimento de onda dos campos espalhados pelas
heterogeneidades.
28

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60

80 80 80 80
profundidade m

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 −0.5 0 −5 0 5 −5 0 5 −1 0 1
A/m −8
x 10 A/m −9
x 10 A/m −9
x 10 A/m −8
x 10

Figura 3.11 - Campos magnéticos medidos nos receptores, em relação a fonte 11. Contraste igual
a 4 e freqüência de 100 kHz, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de

H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

Se for mantida a mesma freqüência de 100 kHz, porém fazendo uma discretização duas
vezes maior do que a discretizção apresentada na Figura 3.10, como está mostrado na Figura
3.12. Os campos magnéticos obtidas apresentam-se não deformados, ou seja, a discretização está
novamente compatível com o comprimento de onda dos campos espalhados, como ilustrado na
Figura 3.13.
Deste modo, tal como no caso da freqüência de operação, o contraste de condutividade
entre o meio homogêneo encaixante e as heterogeneidades determina a discretização empregada
para a tomografia EM. Assim maiores contraste de condutividade necessitam uma maior
discretização do modelo. Contudo, assim como no uso da freqüência de operação, será visto que
em contrastes moderados (2 a 7 vezes), esta necessidade não é tão crítica, uma vez que mesmo
trabalhando com respostas distorcidas dos campos magnéticos, o processo de inversão
empregado será capaz de recuperar a distribuição de condutividade do modelo.
29

0 0.04

20
0.035

40
0.03
60

0.025

Condutividade (S/m)
80

Profundidade m
100 0.02

120
0.015

140
0.01
160

0.005
180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 3.12 - Modelo 2-D assumindo um contraste igual a 4 entre as condutividades das
heterogeneidades e o meio homogêneo. A discretização é duas vezes maior do que o modelo
mostrado na Figura 3.10.

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60

80 80 80 80
profundidade m

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−4 −2 0 −5 0 5 −2 0 2 −1 0 1
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−8

Figura 3.13 - Campos magnéticos medidos nos receptores, em relação a fonte 11. Contraste igual
a 4 e a freqüência de 100kHz. A discretização é o dobro da apresentada na Figura 3.10, (a) parte
real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
30

4 - RESULTADOS

No capítulo anterior vimos a formulação para o problema direto e inverso. Neste capítulo
são apresentadas as imagens reconstruídas a partir dos dados medidos nos receptores. Na seção
4.1 será mostrado o modelo experimental, que será usado através deste capítulo. Este modelo
servirá de base para todas análises feitas sobre a incorporação de vínculos absolutos no problema
tomográfico. Na seção 4.2 é apresentada a equação usada no processo de recuperação da imagem
da distribuição de condutividade do modelo experimental. Os resultados das imagens recuperadas
não se utilizando de nem um tipo de vínculos e usando vínculos absolutos em torno da fronteira
do modelo são mostrados nas subseções 4.21 e 4.2.2.

4.1 MODELO EXPERIMENTAL GERADOR DOS DADOS

O modelo mostrado na Figura 3.3, denotado de agora em diante modelo experimental, foi
usado para produzir os dados sintéticos, este modelo segue os trabalhos de Zhou et al.,(1993) e
Alumbaugh & Morrison, (1995). O modelo experimental foi reproduzido novamente na Figura
4.1.

0 0.02

20 0.018

40 0.016

60 0.014
Condutividade (S/m)

80 0.012
Profundidade m

100 0.01

120 0.008

140 0.006

160 0.004

180 0.002

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 4.1 – Modelo experimental 2-D utilizado no processo de inversão.


31

Como é mostrado na Figura 4.1 a região entre os poços foi dividida em 200 células. Cada
célula representa um valor de condutividade, e também um parâmetro no processo de inversão.
Duas seções transversais dos corpos anômalos estão localizadas perto do centro do modelo e
estão separadas por 20 m de distância. A condutividade dos corpos é de 0.02 S/m, que é duas
vezes a condutividade do meio encaixante homogêneo (0.01 S/m). As 21 fontes e os 21
receptores estão espaçados em um intervalo de 10 m em poços de 200 m de profundidade,
totalizando 441 medidas nos receptores. Estas medidas são composta pelo campo primário
produzido por um dipolo em um meio ilimitado e pelo campo secundário espalhados pelas
heterogeneidades presentes no meio encaixante. No esquema de inversão o conjunto dos dados
foram contaminados por ruído pseudo aleatório de distribuição Gaussiana com média zero e
desvio padrão de 5%. Se for assumindo que o ruído do sistema é constante, a razão sinal ruído
será menor quando fonte e receptor estiverem na mesma profundidade e o sinal é mais forte.

4.2 RECONSTRUÇÃO DO MODELO EXPERIMENTAL

O problema inverso é naturalmente um problema mal posto, para torná-lo regular deve-se
incorporar vínculos. Neste trabalho foi usado dois modos de vínculos absolutos no processo
iterativo de inversão: um para a condutividade inicial do meio encaixante e um segundo vínculo
acrescido nas fronteiras do modelo inicial. Seguindo o trabalho de Medeiros & Silva, (1996), a
equação para a atualização dos parâmetros estimados no processo inverso é dado por Luiz,
(1999).

[ ] (γ − A P ) ,
−1
 T T
  T T
∆P =  J 0 J + µ A A + λ I   J 0 Y obs − f ( P0 ) + µ A 0 (4.1)
  

onde ∆P é o vetor que representa os incrementos acrescentados sobre os parâmetros, J 0 é a

matriz de sensibilidade em relação aos parâmetros, A representa a matriz contendo as

informações dos vínculos absolutos nas bordas, Y obs é o conjunto das observações dos campos
magnéticos verticais, f ( P 0 ) é o vetor contendo as avaliações no processo iterativo, γ é o vetor
contendo os valores dos vínculos absolutos, µ é o multiplicador de Lagrange e λ é um parâmetro
de amortecimento (parâmetro de Marquardt).
32

4.2.1 Recuperação do modelo experimental sem a incorporação de vínculos

A Figura 4.2 mostra a imagem obtida quando nenhum tipo de vínculo foi incorporado ao
processo de inversão, isto quer dizer que o multiplicador de Lagrange na equação 4.1 é 0. O
parâmetro de Marquardt no processo inverso foi igual a 10. Na figura 4.2a tem-se a
condutividade inicial igual a 0.02 S/m, que é duas vezes a condutividade do meio encaixante do
modelo experimental (Figura 4.1) e mais nem uma informação adicional sobre o modelo. O
resultado mostrado na Figura 4.2b diverge do modelo experimental completamente, isto quer
dizer, que apenas com a informação dos dados obtidos nos receptores é impossível obter uma
imagem relevante do modelo experimental, partindo de qualquer condutividade inicial para o
modelo no processo de inversão.

(a) (b)
0 0.02 0 0.7

0.6
Condutividade (S/m)

50

Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

50 0.015
Profundidade (m)

0.5

0.4
100 0.01 100
0.3

150 0.2
150 0.005
0.1

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.2. Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial distante
do meio encaixante do modelo experimental, (a) condutividade inicial, (b) imagem.

As Figuras 4.3a e 4.4a apresentam a condutividade inicial ajustada para a 0.006 S/m, ou
seja, 60% do valor verdadeiro do meio encaixante, na tentativa de conseguir a convergência para
o modelo experimental, Foi usado valores diferentes para o parâmetro inicial de Marquardt 10 e
100 para as Figuras 4.3a e 4.4a respectivamente. Comparando as duas figuras nota-se que há uma
33

imagem definida na Figura 4.4b, embora os valores das condutividades das heterogeneidades são
diferentes do modelo experimental (Figura 4.1).

(a) (b) x 10
5

0 0.04 0 16
14

Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 0.03 12
Profundidade (m)

50

Profundidade (m)
10
100 0.02 100 8
6
150 0.01 150 4
2
200 0 200
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.3 - Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual a
0.006 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

(a) (b)
0 0.04 0 0.04
Condutividade (S/m)
Condutividade (S/m)

50 0.03 50 0.03
Profundidade (m)
Profundidade (m)

100 0.02 100 0.02

150 0.01 150 0.01

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)
34

Figura 4.4 - Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual a
0.006 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=100, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

Mantendo o parâmetro de Marquardt inicial igual a 10, e aumentando a condutividade do


modelo inicial para 70% do valor do meio encaixante homogêneo, ou seja 0.007 S/m. Consegue-
se uma imagem recuperada que é muito semelhante aquela conseguida para uma condutividade
inicial de 0.006 S/m. Isto está ilustrado na Figura 4.5b.
Assim, tentou-se obter melhores resultados com a condutividade inicial igual a 0.007 S/m,
utilizando maiores valores para o parâmetro de Marquardt inicial. A Figura 4.6b ilustra a imagem
recuperada utilizando um parâmetro de Marquardt inicial igual a 100. Nesta figura nota-se que
existe um contraste entre o meio encaixante e os dois corpos anômalos localizados no centro da
imagem, porém observa-se que condutividades de valores elevados estão presentes, desse modo
distorcendo a imagem recuperada em relação ao modelo verdadeiro. Usando agora o parâmetro
de Marquardt inicial igual a 1000 no processo de inversão, obtém-se uma imagem onde também
há presença de condutividades espúrias ao modelo, porém seus valores são menores das obtidas
quando o valor do parâmetro de Marquardt era igual a 100. Isto pode ser observado comparando
as Figuras 4.6b e 4.7b.

(a) (b)
0 0.04 0 0.04
Condutividade (S/m)
Condutividade (S/m)

50 0.03 50 0.03
Profundidade (m)
Profundidade (m)

100 0.02 100 0.02

150 0.01 150 0.01

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)
35

Figura 4.5 - Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual a
0.007 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

(a) (b)
0 0.04 0 0.3

0.25
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 0.03 50

Profundidade (m)
Profundidade (m)

0.2

100 0.02 100 0.15

0.1
150 0.01 150
0.05

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.6 - Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual a
0.007 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=100, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

(a) (b)
0 0.04 0
0.15
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)

50 0.03 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)

0.1
100 0.02 100

0.05
150 0.01 150

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)
36

Figura 4.7 - Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual a
0.007 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=1000, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

O próximo experimento foi feito para a condutividade inicial do meio encaixante igual a
0.008 S/m, isto quer dizer, 80% do valor verdadeiro do modelo experimental, como ilustra a
Figura 4.8a, a imagem recuperada é mostrada na Figura 4.8b. Observa-se na imagem recuperada
uma definição da geometria do modelo experimental. Os valores de condutividades das
heterogeneidades estão bem próximos do modelo experimental, nota-se também que existem
algumas células do meio encaixante com valores de condutividades baixas.

(a) (b)
0 0
0.02 0.02
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)

0.015 0.015

100 100
0.01 0.01

150 0.005 150 0.005

200 200
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.8 - Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual a
0.008 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

Experimentos foram realizados também para a condutividade inicial igual a 0.009 S/m e
0.0095 S/m. As imagens recuperadas apresentaram melhores definições, conforme a
condutividade inicial se aproxima do meio encaixante.
Dos resultados apresentados até agora, notou-se que, quanto mais próximo o valor da
condutividade inicial está do meio encaixante, a imagem recuperada se aproxima mais do modelo
37

experimental. Porém temos usado sempre valores abaixo da condutividade verdadeira. Assim,
foram feitos testes para valores da condutividade inicial acima deste. Para as Figuras 4.9 e 4.10 a
condutividade inicial é de 0.0105 S/m, já nas Figuras 4.11, 4.12 e 4.13 a condutividade inicial é
igual 0.011 S/m.

(a) (b)
0 0.04 0 0.04

Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 0.03 50 0.03

Profundidade (m)
Profundidade (m)

100 0.02 100 0.02

150 0.01 150 0.01

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.9 - Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual a
0.0105 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

(a) (b)
0 0.04 0 0.04
0.035
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)

50 0.03 50 0.03
Profundidade (m)

Profundidade (m)

0.025
100 0.02 100 0.02
0.015
150 0.01 150 0.01
0.005
200 0 200
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)
38

Figura 4.10 - Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual
a 0.0105 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=100, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

(a) (b)
0 0.04 0
0.04
0.035
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 0.03 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)
0.03
0.025
100 0.02 100 0.02
0.015
150 0.01 150 0.01
0.005
200 0 200
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.11 - Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual
a 0.011 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=10, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

(a) (b)
0 0.04 0
0.025
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)

50 0.03 50 0.02
Profundidade (m)

Profundidade (m)

0.015
100 0.02 100
0.01
150 0.01 150
0.005

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)
39

Figura 4.12 -. Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual
a 0.011 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=100, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

(a) (b)
0 0.04 0 0.04
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 0.03 50 0.03
Profundidade (m)

Profundidade (m)
100 0.02 100 0.02

150 0.01 150 0.01

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.13 -. Imagens reconstruídas sem a incorporação de vínculos. Condutividade inicial igual
a 0.011 S/m do meio encaixante do modelo experimental, λ=1000, (a) condutividade inicial, (b)
imagem.

Dos cinco últimos experimentos notamos que as imagens recuperadas apresentam uma
qualidade inferior, e até mesmo não nítidas, do que aquelas obtidas quando a condutividade
inicial estava um pouco abaixo do valor verdadeiro do meio encaixante. Por exemplo, vimos que
para uma variação inferior de 20 % da condutividade verdadeira (0.01 S/m), ou seja, 0.008 S/m o
resultado obtido foi satisfatório, como está mostrado na Figura 4.8b. Por outro lado para uma
variação superior de apenas 5 % a imagem resultante, apresenta-se distorcida e com valores das
heterogeneidades diferentes do modelo experimental. Desse modo o processo de inversão é mais
sensível a divergência para variações positivas do meio encaixante do modelo experimental.
40

4.2.2 Recuperação do modelo experimental com a incorporação de vínculos absolutos

Foi visto na seção anterior que sem nenhum conhecimento a priori da condutividade do
meio encaixante homogêneo do modelo experimental, o processo de inversão não converge.
Resultados relevantes foram conseguidos quando o valor da condutividade inicial estava um
pouco abaixo do valor verdadeiro do meio encaixante. Nesta seção todas as análises terão como
referência também o modelo experimental, que foi definido anteriormente. Os primeiros estudos
foram realizados para analisar a influência da incorporação dos vínculos absolutos em torno da
fronteira do modelo. Para o processo de inversão o parâmetro inicial de Marquardt (λ) e o
multiplicador de Lagrange (µ) podem ser variados.
Anteriormente foi observado que para uma condutividade inicial longe do meio
encaixante (0.02 S/m) as imagens reconstruídas foram divergentes do modelo experimental, se
agora fizermos o experimento de manter a condutividade inicial em 0.02 S/m, mas
acrescentarmos vínculos absolutos iguais ao valor do meio encaixante (0.01 S/m) do modelo
experimental nas bordas do modelo inicial no processo de inversão (com o multiplicador de
Lagrange µ =1), como mostra a Figura 4.14a, obtém-se uma imagem reconstruída também
divergente, como está apresentado na Figura 4.14b.

(a) (b)
0 0 0.35
0.02
0.3
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)

0.015 0.25

0.2
100 100
0.01 0.15

150 150 0.1


0.005
0.05

200 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.14 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial distante do meio encaixante modelo experimental, (a) condutividade
inicial, (b) imagem.
41

Conclui-se desta maneira, que a condutividade inicial do modelo no processo de inversão


está muito distante da condutividade do meio encaixante do modelo experimental e não há
possibilidade de uma convergência mesmo que as bordas do modelo sejam vinculadas
inicialmente. Os experimentos seguiram fazendo teste na condutividade inicial do modelo, no
multiplicador de Lagrange (µ) para a incorporação de vínculos na fronteira do modelo inicial, e
do parâmetro inicial de Marquardt (λ).
Lembrando que os resultados obtidos quando a condutividade inicial para 0.007 S/m e
0.006 S/m sem o uso de vínculos nas fronteiras não foram satisfatórios, foi testado o que
aconteceria se para esses modelos iniciais as bordas fossem vinculadas com a condutividade do
meio encaixante do modelo experimental, isto estão ilustrados nas Figuras 4.15 e 4.16. Conforme
estão mostrados nas Figuras 4.15b e 4.16b, as imagens recuperadas representam o modelo
experimental, tanto no que se refere a geometria, quanto nos valores das propriedades físicas.
Foram também analisados resultados para condutividade inicial de menor valor de condutividade,
na Figura 4.17 e 4.18 a condutividade inicial para o processo de inversão é 0.005 S/m e 0.004
S/m respectivamente, nota-se na Figura 4.18b um pequena deterioração da imagem recuperada.
Quando usamos um valor de 0.003 S/m (Figura 4.19), para a condutividade inicial a imagem
recuperada é totalmente distorcida, como mostra a Figura 4.19b.

(a) (b)
0 0.01 0 0.02

0.008
Condutividade (S/m)
Propriedades (S/m)

50 50 0.015
Profundidade (m)

Profundidade (m)

0.006
100 100 0.01
0.004

150 150 0.005


0.002

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.15 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.007 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ = 10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.
42

(a) (b)
0 0.01 0 0.02

0.008

Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)
0.015
0.006
100 100 0.01
0.004

150 150 0.005


0.002

200 0 200
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.16 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.006 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ = 10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.

(a) (b)
0 0.01 0
0.02
Condutividade (S/m)

0.008
50 50 Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

Profundidade (m)

0.015
0.006
100 100 0.01
0.004

150 150 0.005


0.002

200 0 200
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.17 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.005 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ=10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.
43

(a) (b)
0 0.01 0
0.02
0.008

Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)
0.015
0.006
100 100
0.01
0.004

150 150 0.005


0.002

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.18 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.004 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ=10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.

(a) (b)
0 0.01 0 0.1

0.008 0.08
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)

0.006 0.06
100 100
0.004 0.04

150 150
0.002 0.02

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.19 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.003 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ=10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.
44

Vimos na seção anterior que o melhor resultado foi obtido quando condutividade inicial
do modelo era igual a 0.008 S/m, se agora vincularmos as bordas com o valor da condutividade
do meio encaixante 0.01 S/m (Figura 4.20a), temos uma imagem que é muito superior àquela
conseguida sem a incorporação dos vínculos na fronteira do modelo inicial, nota-se uma maior
definição das heterogeneidades e do meio encaixante, como ilustra a Figura 4.20b.

(a) (b)
0 0
0.02 0.02
Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)
0.015 0.015

100 100
0.01 0.01

150 0.005 150 0.005

200 200
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.20 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.008 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ=10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.

Pela Figura 4.20b, a imagem reconstruída apresenta-se muito semelhante ao modelo


experimental, observa-se que a geometria dos dois corpos anômalos verticais são bem definidas,
assim como os seus valores de condutividade, também o valor do meio encaixante praticamente
convergiu para o valor verdadeiro (0.01 S/m). Ou seja 0.008 S/m é uma boa aproximação para a
condutividade inicial no processo de inversão.
Tal como na seção anterior, todas as análises apresentadas até agora a condutividade
inicial apresenta-se abaixo da condutividade do meio encaixante, a seguir é feito um estudo para
valores iniciais de condutividade no modelo no processo de inversão, onde estas condutividades
iniciais estão acima da condutividade do meio homogêneo do modelo experimental, mas agora
45

com um diferencial, as bordas do modelo inicial estão vinculadas com o valor de condutividade
igual ao do modelo experimental (0.001 S/m). As Figuras 4.21, e 4.22 mostram os resultados para
a condutividade inicial iguais a 0.011 S/m e com o parâmetro de Marquardt iguais a 10 e 100
respectivamente. Os resultados mostram que as imagem são praticamente as mesmas e divergem
do modelo experimental (Figuras 4.21b e 4.22b).

(a) −3 (b)
x 10
0 0
10 0.04

Condutividade (S/m)
Condutividade (S/m)

50 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)
8
0.03

6
100 100
0.02
4
150 150 0.01
2

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.21 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.011 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ=10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.

Comparando as imagens reconstruídas obtidas quando as condutividades iniciais do


modelo, para o processo inverso estão ligeiramente acima (Figuras 4.21 e 4.22), com as imagens
conseguidas quando as condutividades iniciais estão abaixo do meio encaixante (Figura 4.18 e
4.17 por exemplo), observa-se que resultados mais expressivos são conseguidos quando a
condutividade inicial está um pouco abaixo do valor do meio encaixante do modelo experimental.
Experimentos foram realizados para condutividades iniciais maiores, como por exemplo
0.013 S/m e 0.015 S/m. Os resultados estão mostrados nas Figuras 4.23 e 4.24. É notado uma boa
definição geométrica nas imagens recuperadas, porém os valorares das condutividades não estão
de acordo com a do modelo experimental.
46

(a) −3
x 10 (b)
0 0
10 0.04

Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)
8
0.03
6
100 100
0.02
4
150 150 0.01
2

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.22 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.011 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ=100 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.

(a) −3 (b)
x 10
0 0
12 0.04
Condutividade (S/m)

10 50 Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

50
Profundidade (m)

0.03
8
100 100
6 0.02

4
150 150
0.01
2

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.23 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.013 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ=10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.
47

(a) −3 (b)
x 10
0 15 0 0.04

Condutividade (S/m)

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

Profundidade (m)
0.03
10

100 100 0.02

5
150 150 0.01

200 0 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.24 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.015 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ=10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.

(a) (b)
0 0 0.02
0.02
Condutividade (S/m)

50 50 Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

Profundidade (m)

0.015
0.015

100 100 0.01


0.01

150 0.005 150 0.005

200 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 4.25 - Imagens reconstruídas com a incorporação de vínculos nas bordas do modelo.
Condutividade inicial igual a 0.01 S/m do meio encaixante homogêneo do modelo experimental,
λ=10 e µ =1, (a) condutividade inicial, (b) imagem.
48

Todos os estudos feitos até o presente usaram valores distintos para a condutividade
inicial no processo de inversão e para as condutividades incorporadas nas bordas do modelo
inicial, quando solicitadas. Porém não seria coerente ter valores diferentes para estes vínculos, já
que as bordas pertence também ao meio encaixante. Assim, usando a mesma condutividade tanto
para a condutividade inicial do meio encaixante, quanto para as bordas igual a 0.01 S/m como é
mostrado na Figura 4.25a, resulta em uma imagem recuperada de alta resolução ( Figura 4.25b).
Estes tipos de exigências aos vínculos no processo de inversão são considerado exigências
de conteúdo fraco, uma vez que a única informação requerida é a condutividade do meio
encaixante homogêneo, nada é exigido em relação aos corpos heterogêneos, como por exemplo a
sua profundidade, espessura e largura ou mesmo um intervalo de possíveis condutividades
assumidas por essas anomalias, isto porque, devido a tomografia EM ter uma ampla cobertura
sobre região de investigação os dados do processo carregam um grande conteúdo de informações
do modelo experimental, e para a técnica de inversão empregada é exigido pouco conhecimento
do modelo verdadeiro.
49

5 - RESOLUÇÃO DO MÉTODO

Uma das mais importantes propriedades de qualquer sistema de imageamento é a


resolução do método, isto é, quanto é a capacidade do processo distinguir características
individuais do meio que está sendo investigado. Neste capitulo será abordado três fatores que
influenciam a resolução do método: freqüência, contraste de condutividade entre o meio
encaixante homogêneo e os corpos anômalos e a disposição geométrica dos corpos heterogêneos.
Em todos os exemplos deste capítulo são usados vínculos absolutos nas bordas e na
condutividade inicial com o valor igual a condutividade do meio encaixante, também os dados
são contaminados com ruído pseudo aleatório com média zero e desvio padrão de 5%.
Na seção 5.1 é mostrada a influência da freqüência sobre as imagens reconstruídas. A
seção seguinte apresenta resultados que analisam o contraste de condutividade entre o meio
encaixante e as heterogeneidades. Modelos adicionais com vários contraste de condutividade,
variadas disposição geométrica dos corpos anômalos e freqüência de operação são visto na última
seção.

5.1 A INFLUÊNCIA DA FREQÜÊNCIA

O modelo usado nesta seção é o modelo experimental definido no capítulo anterior, onde
dois corpos anômalos de condutividade iguais estão localizados no centro de um meio
homogêneo, este modelo explora também a resolução vertical, uma vez que os corpos anômalos
estão dispostos verticalmente.
A freqüência é um importante fator sobre a resolução da imagem, como mostram as
Figuras 5.1a à 5.1d. Observa-se que para uma freqüência muito baixa, igual a 5 kHz a imagem
obtida tem uma fraca resolução (Figura 5.1a). Se a freqüência é aumentada para 10 kHz (Figura
5.1b) a resolução da imagem melhora, aumentando ainda mais a freqüência para 50 kHz a
qualidade da imagem cresce acentuadamente (Figura 5.1c), e finalmente utilizando uma altíssima
freqüência 1100 kHz, tem-se uma imagem reconstruída quase que perfeita, como mostra a Figura
5.1d. Porém o uso de altíssima freqüência acarreta em campos medidos de baixíssimo valores, na
ordem de 10-12,o que na prática significa ter sensores com alta sensibilidade. Também o uso de
50

altíssimas freqüência é limitado pelo contraste entre o meio encaixante homogêneo e os corpos
anômalos presentes na região de investigação, como veremos a seguir.

(a) (b)
0 0

0.015

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

0.01
100 100

150 150 0.005

200 200 0
50 100 50 100

(c) (d)
0 0 0.02

Condutividade (S/m)
50 50 0.015
Profundidade (m)

100 100 0.01

150 150 0.005

200 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 5.1 - Influência da freqüência sobre as imagens reconstruídas com, (a) 5 kHz, (b) 10 kHz,
(c) 50 kHz e (b) 1100 kHz.

O modelo apresentado acima não é um modelo apropriado para um estudo da resolução


horizontal, porque os dois corpos estão dispostos verticalmente ao invés de horizontalmente. Um
modelo que é mais indicado para descrever a resolução horizontal é mostrado na Figura 5.2a.
51

Neste caso os dois blocos com condutividades iguais a 0.02 S/m, estão separados horizontalmente
por 20m dentro de um meio encaixante de 0.01 S/m.

(a) (b)
0 0
0.02

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

0.015

100 100
0.01

150 150 0.005

200 200 0
50 100 50 100

(c) (d)
0 0
0.02

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

0.015

100 100
0.01

150 150 0.005

200 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 5.2 - Imagens reconstruídas para as heterogeneidades disposta horizontalmente (a) modelo
experimental, (b) Imagem reconstruída em 30 kHz, (c) Imagem reconstruída em 100 kHz (d)
Imagem reconstruída em 200 kHz.

As Figuras 5.2b, 5.2c e 5.2d ilustram as imagens recuperadas para as freqüências de 30


kHz, 100 kHz e 200kHz. Para uma mesma freqüência de operação, observa-se que a resolução
52

obtida é menor que a conseguida quando os corpos estão na vertical. Nota-se que, tal como no
caso onde as heterogeneidades estão disposta na vertical, a resolução melhora com o aumento de
freqüência.

5.2 A INFLUÊNCIA DO CONTRASTE DE CONDUTIVIDADE

Como demostrado acima, para o contraste de condutividade de 2 para 1 entre os corpos


anômalos e o meio encaixante, a resolução da imagem melhora com o aumento da freqüência.
Entretanto, Alumbaugh, (1993) determinou que a resolução para este tipo de fenômeno de
difusão não depende somente da condutividade do meio encaixante e da freqüência de operação,
mas também da condutividade da zona anômala.
O contraste de condutividade entre o meio encaixante e as heterogeneidades, bem como o
valor do meio homogêneo são pontos críticos na tomografia eletromagnética.
Altos valores de condutividade do meio encaixante determinam uma separação entre os
poços muito pequena, uma vez que aumentando a condutividade do meio homogêneo encaixante
a profundidade de penetração das ondas EM diminui. Grandes contraste de condutividade
ocasionam difícil recuperação das imagens, principalmente nos valores da condutividade dos
corpos anômalos.
Para examinar os efeitos de diferentes contraste de condutividade sobre a resolução da
imagem, a geometria do modelo experimental foi empregado. As Figuras 5.3a até 5.3d ilustram
as imagem reconstruídas para as condutividades de 0.04, 0.06, 0.08 e 0.1 S/m dos corpos
heterogêneos usando uma freqüência de 30 kHz, nota-se que existe uma degradação da imagem
quando o contraste entre o meio encaixante e a zona anômala é aumentada.
53

(a) (b)
0 0 0.1

0.08

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

0.06
100 100
0.04

150 150
0.02

200 200 0
50 100 50 100

(c) (d)
0 0 0.1

Condutividade (S/m)
0.08
50 50
Profundidade (m)

0.06
100 100
0.04

150 150
0.02

200 200 0
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 5.3 - Resolução da imagem em 30 kHz como uma função das condutividade da zona
anômala σ P = 0.01 S/m, (a) σ = 0.04 S/m, (b) σ = 0.06 S/m, (c) σ = 0.08 S/m e (d) σ = 0.10 S/m.

No entanto se a freqüência de operação for diminuída, haverá um ganho na qualidade da


imagem reconstruída, apesar do comprometimento na definição das condutividades anômalas.
Isto está mostrado na Figura 5.4, onde a freqüência de operação foi diminuída para 5 kHz.
54

0.07
20

40 0.06

60
0.05

Condutividade (S/m)
Profundidade (m)
80

0.04
100

120 0.03

140
0.02

160

0.01
180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.4 - Resolução da imagem em 5 kHz σ P = 0.01 S/m e σ = 0.10 S/m.

5.3 MODELOS ADICIONAIS

Todos os modelos apresentados até agora privilegiam a resolução vertical, e a resolução


horizontal, uma vez que as heterogeneidades estão disposta nestas direções. Foram feitos alguns
experimentos para outros modelos. Um outro modelo apresentado na Figura 5.5 explora a
sensibilidade do método a heterogeneidades internas
A Figura 5.5a mostra um modelo em que um corpo com condutividade de 0.03 S/m, e em
volta deste um outro corpo de 0.02 S/m. A condutividade do meio encaixante é de 0.01 S/m.
Usando uma freqüência de 100kHz obtém-se a imagem recuperada mostrada na Figura 5.5b.
Agora, como é ilustrado na Figura 5.5c, onde os valores de condutividades estão trocados, ou
seja. o corpo mais interior apresenta uma condutividade de 0.01 S/m, em seguida o corpo que o
envolve apresenta uma condutividade de 0.02 S/m e a condutividade do meio encaixante igual a
0.03 S/m. Para uma freqüência de 60 kHz a imagem reconstruída é mostrada na Figura 5.5d.
Destes dois modelos é observado que o método é também sensível a corpos heterogêneos
com variações internas.
55

(a) (b)
0 0 0.03

0.025

Condutividade (S/m)
50 50
Profundidade (m)

0.02

100 100 0.015

0.01
150 150
0.005

200 200 0
50 100 50 100

(c) (d)
0 0
0.03

Condutividade (S/m)
50 0.025
50
Profundidade (m)

0.02
100 100
0.015

0.01
150 150
0.005

200 200
50 100 50 100
Distância (m) Distância (m)

Figura 5.5. Imagens reconstruídas para modelos com variações internas na condutividade (a)
modelo experimental, (b) Imagem reconstruída em 100 kHz, (c) modelo experimental (b)
Imagem reconstruída em 30 kHz.

A seguir são ilustrados inúmeros exemplos de imagens reconstruídas para vários modelos.
A seqüência será: o modelo verdadeiro contendo a distribuição de condutividades, os campos
magnéticos verticais obtidos em relação as fontes 1, 11 e 21, conforme foi definido no capítulo 2
(Figura 2.2),e a imagem recuperada. A finalidade destes exemplos é mostrar a resolução do
método para várias freqüências e contraste de condutividades, bem como ser uma referência para
futuros trabalhos que exploram este tema.
56

0 0.03

20

0.025
40

60
0.02

Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.015

120

0.01
140

160
0.005

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.6 – Modelo da distribuição de condutividade.

O modelo de distribuição de condutividade mostrado na Figura 5.6 apresenta um meio


encaixante com condutividade igual a 0.02 S/m e dois corpos dispostos verticalmente com
condutividades iguais a 0.01 S/m e 0.03 S/m. Seguindo a numeração apresentada na Figura 2.2 as
componentes verticais do campo magnético em relação as fontes 1,11 e 21 para a freqüência de
10 kHz são plotadas na Figuras 5.7, 5.8 e 5.9 respectivamente. A imagem recuperada para a
freqüência de 10 kHz está mostrada na Figura 5.10. As Figuras 5.11, 5.12 e 5.13 mostram os
valores dos campos magnéticos verticais medidos em relação as fontes 1, 11 e 21 usando uma
freqüência de 50 kHz. A imagem obtida é apresentada na Figura 5.14. Para uma freqüência de100
kHz as componentes verticais do campo magnético para as fontes 1,11 e 21 são ilustradas nas
Figuras 5.15, 5.16 e 5.17, seguindo esta ordem. A Figura 5.18 ilustra o resultado obtido para esta
freqüência.
57

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−2 0 2 0 0.5 1 −2 0 2 0 5
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−10 A/m x 10−10

Figura 5.7 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−2 0 2 0 0.5 1 −5 0 5 −1 0 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 5.8 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
58

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−2 0 2 0 0.5 1 −2 0 2 −5 0
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−10 A/m x 10−10

Figura 5.9 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

20

0.02
40

60
Condutividade (S/m)

0.015
Profundidade (m)

80

100

0.01
120

140

160 0.005

180

200
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.10 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.6. Freq. de 10 kHz.
59

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −2 0 2 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−10 A/m x 10−11

Figura 5.11 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −5 0 5 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 5.12 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
60

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −2 0 2 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−10 A/m x 10−11

Figura 5.13 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0 0.03

20

0.025
40

60
0.02
Profundidade (m)

80
Condutividade (S/m)

100 0.015

120

0.01
140

160
0.005

180

200
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.14 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.6. Freq. de 50 kHz.
61

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)
80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 0 1 −2 0 2 −1 0 1 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−11 A/m x 10−12

Figura 5.15 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−2 0 2 −2 0 2 −1 0 1 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−10

Figura 5.16 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
62

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 0 1 −2 0 2 −5 0 5 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−12 A/m x 10−12

Figura 5.17 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0 0.03

20

0.025
40

60
0.02
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.015

120

0.01
140

160
0.005

180

200
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.18 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.6. Freq. de 100 kHz.
63

0 0.06

20

0.05
40

60
0.04

Condutividade (S/m)
Profundidade ( m)

80

100 0.03

120

0.02
140

160
0.01

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.19 – Modelo da distribuição de condutividade.

O modelo de distribuição de condutividade mostrado na Figura 5.19 apresenta um meio


encaixante com condutividade igual a 0.03 S/m e dois corpos dispostos verticalmente com
condutividades iguais a 0.06 S/m e 0.01 S/m. Seguindo a numeração apresentada na Figura 2.2 as
componentes verticais do campo magnético em relação as fontes 1,11 e 21 para a freqüência de
10 kHz são plotadas na Figuras 5.20, 5.21 e 5.22 respectivamente. A imagem recuperada para a
freqüência de 10 kHz está mostrada na Figura 5.23. As Figuras 5.24, 5.25 e 5.26 mostram os
valores dos campos magnéticos verticais medidos em relação as fontes 1, 11 e 21 usando uma
freqüência de 30 kHz. A imagem obtida é apresentada na Figura 5.27. Para uma freqüência de 60
kHz as componentes verticais do campo magnético para as fontes 1,11 e 21 são ilustradas nas
Figuras 5.28, 5.29 e 5.30, seguindo esta ordem. A Figura 5.31 ilustra o resultado obtido para esta
freqüência.
64

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


0 2 4 −1 0 1 −5 0 5 −1 0 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−10 A/m x 10−9

Figura 5.20 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


0 2 4 −1 0 1 −5 0 5 −1 0 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−9 A/m x 10−8

Figura 5.21 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
65

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60

Profundidade (m)
80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


0 2 4 −1 0 1 −5 0 5 −1 0 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−10 A/m x 10−9

Figura 5.22 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

20 0.06

40

0.05
60
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80 0.04

100
0.03
120

140 0.02

160
0.01
180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.23 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.19. Freq. de 10 kHz.
66

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

Profundidade (m) 60 60 60 60

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −2 0 2 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−10 A/m x 10−10

Figura 5.24 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 0 1 −2 0 2 −5 0 5 −2 0 2
A/m x 10−8 A/m x 10−8 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 5.25 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
67

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

Profundidade (m) 60 60 60 60

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −1 −0.5 0 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−10 A/m x 10−10

Figura 5.26 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0
0.06

20

40 0.05

60

0.04
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100
0.03

120

0.02
140

160
0.01

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.27 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.19. Freq. de 30 kHz.
68

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −2 0 2 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−11 A/m x 10−12

Figura 5.28 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −5 0 5 −2 0 2 −1 0 1
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 5.29 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
69

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −2 0 2 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−11 A/m x 10−11

Figura 5.30 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0
0.06

20

0.05
40

60
0.04
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.03

120

0.02
140

160
0.01

180

200
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.31 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.19. Freq. de 60 kHz.
70

0 0.03

20

0.025
40

60
0.02

Condutividade (S/m)
Profundidade (m)
80

100 0.015

120

0.01
140

160
0.005

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.32 – Modelo da distribuição de condutividade.

O modelo de distribuição de condutividade mostrado na Figura 5.32 apresenta um meio


encaixante com condutividade igual a 0.02 S/m e dois corpos dispostos horizontalmente com
condutividades iguais a 0.01 S/m e 0.03 S/m. Seguindo a numeração apresentada na Figura 2.2 as
componentes verticais do campo magnético em relação as fontes 1,11 e 21 para a freqüência de
10 kHz são plotadas na Figuras 5.33, 5.34 e 5.35 respectivamente. A imagem recuperada para a
freqüência de 10 kHz está mostrada na Figura 5.36. As Figuras 5.37, 5.38 e 5.39 mostram os
valores dos campos magnéticos verticais medidos em relação as fontes 1, 11 e 21 usando uma
freqüência de 50 kHz. A imagem obtida é apresentada na Figura 5.40. Para uma freqüência de100
kHz as componentes verticais do campo magnético para as fontes 1,11 e 21 são ilustradas nas
Figuras 5.41, 5.42 e 5.43, seguindo esta ordem. A Figura 5.44 ilustra o resultado obtido para esta
freqüência.
71

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−2 0 2 0 0.5 1 −1 −0.5 0 0 0.5 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−10 A/m x 10−7

Figura 5.33 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−2 0 2 0 0.5 1 −2 0 2 0 0.5 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−9 A/m x 10−7

Figura 5.34 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
72

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

Profundidade (m) 60 60 60 60

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−2 0 2 0 0.5 1 −5 0 0 0.5 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−11 A/m x 10−7

Figura 5.35 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0
0.03

20

0.025
40

60
0.02
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.015

120

0.01
140

160
0.005

180

200
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.36 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.32. Freq. de 10 kHz.
73

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −5 0 5 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−11 A/m x 10−8

Figura 5.37 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−4 −2 0 −2 0 2 −2 0 2 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−9 A/m x 10−8

Figura 5.38 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
74

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

Profundidade (m) 60 60 60 60

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −5 0 5 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−11 A/m x 10−8

Figura 5.39 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0
0.03

20

0.025
40

60
0.02
Condutividaade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.015

120

0.01
140

160
0.005

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.40 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.32. Freq. de 50 kHz.
75

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

Profundidade (m) 60 60 60 60

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 0 1 −2 0 2 −2 0 2 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−12 A/m x 10−9

Figura 5.41 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−2 0 2 −2 0 2 −1 0 1 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 5.42 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
76

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 0 1 −2 0 2 −5 0 5 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−12 A/m x 10−9

Figura 5.43 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0
0.03

20

0.025
40

60
0.02
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.015

120

0.01
140

160
0.005

180

200
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.44 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.32. Freq. de 100 kHz.
77

0 0.06

20

0.05
40

60
0.04

Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.03

120

0.02
140

160
0.01

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.45 – Modelo da distribuição de condutividade.

O modelo de distribuição de condutividade mostrado na Figura 5.45 apresenta um meio


encaixante com condutividade igual a 0.03 S/m e dois corpos dispostos horizontalmente com
condutividades iguais a 0.06 S/m e 0.01 S/m. Seguindo a numeração apresentada na Figura 2.2 as
componentes verticais do campo magnético em relação as fontes 1,11 e 21 para a freqüência de
10 kHz são plotadas na Figuras 5.46, 5.47 e 5.48 respectivamente. A imagem recuperada para a
freqüência de 10 kHz está mostrada na Figura 5.49. As Figuras 5.50, 5.51 e 5.52 mostram os
valores dos campos magnéticos verticais medidos em relação as fontes 1, 11 e 21 usando uma
freqüência de 30 kHz. A imagem obtida é apresentada na Figura 5.53. Para uma freqüência de 60
kHz as componentes verticais do campo magnético para as fontes 1,11 e 21 são ilustradas nas
Figuras 5.54, 5.55 e 5.56, seguindo esta ordem. A Figura 5.57 ilustra o resultado obtido para esta
freqüência.
78

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


0 2 4 −1 0 1 0 2 4 −1 0 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−10 A/m x 10−7

Figura 5.46 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


0 2 4 −1 0 1 −5 0 5 −1 0 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−9 A/m x 10−7

Figura 5.47 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
79

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


0 2 4 −1 0 1 0 2 4 −1 0 1
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−10 A/m x 10−7

Figura 5.48 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

20 0.06

40
0.05
60
Profundidade (m)

Condutividde (S/m)

80 0.04

100
0.03
120

140 0.02

160
0.01
180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.49 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.45. Freq. de 10 kHz.
80

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −2 0 2 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−10 A/m x 10−8

Figura 5.50 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −5 0 5 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−9 A/m x 10−8

Figura 5.51 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
81

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −2 0 2 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−8 A/m x 10−10 A/m x 10−8

Figura 5.52 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0
0.06

20

0.05
40

60
0.04
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.03

120

0.02
140

160
0.01

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.53 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.45. Freq. de 30 kHz.
82

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60

Profundidade (m)
80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −1 0 1 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−11 A/m x 10−9

Figura 5.54 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−2 0 2 −5 0 5 −2 0 2 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 5.55 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
83

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 0 2 −1 0 1 −2 0 2
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−11 A/m x 10−9

Figura 5.56 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0 0.06

20

0.05
40

60
0.04
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.03

120

0.02
140

160
0.01

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.57 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.45. Freq. de 60 kHz.
84

0 0.06

20

0.05
40

60
0.04

Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.03

120

0.02
140

160
0.01

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.58 – Modelo da distribuição de condutividade.

O modelo de distribuição de condutividade mostrado na Figura 5.58 apresenta um meio


encaixante com condutividade igual a 0.02 S/m e dois corpos dispostos verticalmente com
condutividades exterior iguais a 0.04 S/m e 0.03 S/m. No interior destas existem corpos com 0.06
S/m e 0.01 S/m respectivamente. Seguindo a numeração apresentada na Figura 2.2 as
componentes verticais do campo magnético em relação as fontes 1, 11 e 21 para a freqüência de 5
kHz são plotadas na Figuras 5.59, 5.60 e 5.61 respectivamente. A imagem recuperada para a
freqüência de 5 kHz está mostrada na Figura 5.62. As Figuras 5.63, 5.64 e 5.65 mostram os
valores dos campos magnéticos verticais medidos em relação as fontes 1, 11 e 21 usando uma
freqüência de 60 kHz. A imagem obtida é apresentada na Figura 5.66.
85

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 −0.5 0 0 0.5 1 −1 0 1 −2 −1 0
A/m x 10−7 A/m x 10−7 A/m x 10−8 A/m x 10−9

Figura 5.59 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 −0.5 0 0 0.5 1 0 1 2 −5 0 5
A/m x 10−7 A/m x 10−7 A/m x 10−8 A/m x 10−9

Figura 5.60 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
86

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

Profundidade (m) 60 60 60 60

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 −0.5 0 0 0.5 1 −5 0 5 −1 0 1
A/m x 10−7 A/m x 10−7 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 5.61 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0.055
20

0.05
40
0.045
60
0.04
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80
0.035

100 0.03

0.025
120

0.02
140
0.015
160
0.01

180
0.005

200
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.62 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.58. Freq. de 5 kHz.
87

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)
80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 0 1 −1 0 1 −1 0 1 −5 0 5
A/m x 10−8 A/m x 10−8 A/m x 10−9 A/m x 10−10

Figura 5.63 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −5 0 5 0 2 4 −5 0 5
A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 5.64 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
88

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−1 0 1 −1 0 1 −5 0 5 −5 0 5
A/m x 10−8 A/m x 10−8 A/m x 10−10 A/m x 10−10

Figura 5.65 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0
0.06
20

40 0.05

60

0.04
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100
0.03

120

0.02
140

160
0.01

180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.66 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.58. Freq. de 60 kHz.
89

0 0.08

20
0.07

40
0.06
60

0.05

Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80

100 0.04

120
0.03

140
0.02
160

0.01
180

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.67 – Modelo da distribuição de condutividade.

O modelo de distribuição de condutividade mostrado na Figura 5.67 apresenta um meio


encaixante com condutividade igual a 0.03 S/m e dois corpos dispostos verticalmente com
condutividades exterior iguais a 0.06 S/m e 0.01 S/m. No interior destas existem corpos com 0.01
S/m e 0.08 S/m respectivamente. Seguindo a numeração apresentada na Figura 2.2 as
componentes verticais do campo magnético em relação as fontes 1, 11 e 21 para a freqüência de 5
kHz são plotadas na Figuras 5.68, 5.69 e 5.70 respectivamente. A imagem recuperada para a
freqüência de 5 kHz está mostrada na Figura 5.71. As Figuras 5.72, 5.73 e 5.74 mostram os
valores dos campos magnéticos verticais medidos em relação as fontes 1, 11 e 21 usando uma
freqüência de 20 kHz. A imagem obtida é apresentada na Figura 5.75.
90

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 0 0.5 1 −5 0 5 −4 −2 0
A/m −8
x 10 A/m −7
x 10 A/m −9
x 10 A/m −9
x 10

Figura 5.68 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 0 0.5 1 −1 0 1 −5 0 5
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−8 A/m x 10−9

Figura 5.69 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
91

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

Profundidade (m) 60 60 60 60

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 0 0.5 1 −2 −1 0 −5 0 5
A/m x 10−8 A/m x 10−7 A/m x 10−9 A/m x 10−10

Figura 5.70 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0.05
20

0.045
40

0.04
60

0.035
Condutividade (S/m)
Profundidade (m)

80
0.03
100
0.025
120
0.02

140
0.015

160
0.01

180 0.005

200 0
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.71 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.66. Freq. de 5 kHz.
92

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −1 0 1 −5 0 5 −1 0 1
A/m x 10−8 A/m x 10−8 A/m x 10−9 A/m x 10−9

Figura 5.72 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 20 kHz, em relação a fonte 1, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 −1 0 −1 0 1 −5 0 5
A/m x 10−8 A/m x 10−8 A/m x 10−8 A/m x 10−9

Figura 5.73 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 20 kHz, em relação a fonte 11, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .
93

(a) (b) (c) (d)


0 0 0 0

20 20 20 20

40 40 40 40

60 60 60 60
Profundidade (m)

80 80 80 80

100 100 100 100

120 120 120 120

140 140 140 140

160 160 160 160

180 180 180 180

200 200 200 200


−5 0 5 −2 −1 0 −1 0 1 −5 0 5
A/m x 10−8 A/m x 10−8 A/m x 10−8 A/m x 10−9

Figura 5.74 - Campos magnéticos medidos para freqüência de 20 kHz, em relação a fonte 21, (a)
parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .

0
0.04

20
0.035
40

0.03
60
Condutividade (S/m)

0.025
Profundidade (m)

80

100
0.02

120
0.015

140

0.01
160

0.005
180

200
20 40 60 80 100
Distância (m)

Figura 5.75 – Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.66. Freq. de 20 kHz.
94

6 - CONCLUSÕES

Neste trabalho foi discutido a incorporação de vínculos absolutos para obter imagens de
alta resolução de tomografia eletromagnética (EM) poço a poço. O modelo experimental usado
nas análises foi proposto por Zhou, (1993) e Alumbaugh, (1995), que é um modelo consagrado
na literatura sobre tomografia eletromagnética.
Tem sido ilustrado que afim de se obter relevantes resultados nas imagens reconstruídas,
deve-se incorporar dois tipo de vínculos absolutos: um para o valor da condutividade inicial no
processo de inversão, que deve estar próximo ao valor de condutividade do meio encaixante do
modelo experimental, para que a convergência das imagens possa ser garantida, e um segundo
tipo de vínculo usado nas bordas do modelo, que permite um ganho na qualidade de imagem.
Foi observado que a resolução do problema tomográfico EM, inicia-se na escolha da
discretização da malha usada nos cálculos dos campos espalhados pelas heterogeneidades,
verificou-se que tanto para altas freqüências e para grandes contrastes de condutividades entre o
meio encaixante e a zona anômala, existe a necessidade de uma maior discretização das malhas.
Os experimentos relevantes a incorporação de vínculos mostram que se a condutividade
inicial para o meio encaixante no processo inverso estiver distante da condutividade do modelo, é
impossível obter alguma representação da distribuição de condutividade do modelo que gerou os
dados. Quando esta condutividade inicial aproxima-se do real valor do meio encaixante, obtém-se
imagens satisfatórias. Também mostrou-se que existe a possibilidade de convergência quando a
condutividade inicial esteja longe do meio encaixante do modelo experimental, mas para que isso
ocorra é necessária a incorporação de vínculos nas bordas do modelo inicial com o valor de
condutividade verdadeiro do modelo experimental. Porém se for escolhido o mesmo valor de
condutividade tanto nas bordas do modelo quanto para o meio encaixante, resulta em imagem de
alta resolução. É importante dizer que o fato de vínculos sobre o meio encaixante serem
incorporados no processo de inversão, não representa uma forte informação a priori do modelo,
uma vez que nem um dado é conhecido sobre as heterogeneidades. Na prática a informação da
condutividade do meio encaixante pode ser conseguida através de perfis de poço ou de amostras.
A resolução do método foi analisada através de variações na freqüência de operação e
contraste de condutividades entre o meio encaixante e a zona anômala, imagens recuperadas
95

mostram que em baixos contrastes de condutividades, a resolução melhora com o aumento da


freqüência. Porém para um a dada freqüência, grandes contrastes fazem a resolução deteriorar-se.
Entretanto quando a freqüência é diminuída a qualidade da imagem melhora, apesar dos valores
de condutividade não serem bem definidos. O método também mostrou-se eficaz quando os
corpos anômalos estão dispostos horizontalmente, e em heterogeneidades com variação de
condutividade interna.
96

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

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conductivity imaging. Lawrence Berkeley Laboratiry Report. LBL-34553.
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ZHOU, Q. BECKER, A. & MORRISON, H. F. 1993. Audio-frequency electromagnetic
tomography in 2-D. Geophysics, 58: 482- 495.
Figura 5.34 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
71
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.35 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
72
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.36 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.32. Freq.
de 10 kHz.............................................................................................. 72
Figura 5.37 Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
73
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.38 Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
73
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.39 Campos magnéticos medidos para freqüência de 50 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
74
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.40 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.32. Freq.
de 50 kHz.............................................................................................. 74
Figura 5.41 Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em
relação a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c)
75
parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ..........................................
Figura 5.42 Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em
relação a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal ,
75
(c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .....................................
Figura 5.43 Campos magnéticos medidos para freqüência de 100 kHz, em
relação a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal ,
76
(c) parte real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec .....................................

xii
Figura 5.44 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.32. Freq.
de 100 kHz............................................................................................ 76
Figura 5.45 Modelo da distribuição de condutividade............................................. 77
Figura 5.46 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
78
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.47 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
78
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.48 Campos magnéticos medidos para freqüência de 10 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
79
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.49 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.45. Freq.
de 10 kHz............................................................................................. 79
Figura 5.50 Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
80
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.51 Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
80
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.52 Campos magnéticos medidos para freqüência de 30 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
81
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.53 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.45. Freq.
de 30 kHz.............................................................................................. 81
Figura 5.54 Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
82
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................

xiii
Figura 5.55 Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
82
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.56 Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
83
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.57 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.45. Freq.
de 60 kHz.............................................................................................. 83
Figura 5.58 Modelo da distribuição de condutividade............................................. 84
Figura 5.59 Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a
fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
85
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.60 Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a
fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
85
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.61 Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a
fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
86
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.62 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.58. Freq.
de 5 kHz................................................................................................ 86
Figura 5.63 Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
87
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.64 Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
87
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................

xiv
Figura 5.65 Campos magnéticos medidos para freqüência de 60 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
88
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.66 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.58. Freq.
de 60 kHz.............................................................................................. 88
Figura 5.67 Modelo da distribuição de condutividade............................................. 89
Figura 5.68 Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a
fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
90
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figuras 5.69 Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a
fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
90
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.70 Campos magnéticos medidos para freqüência de 5 kHz, em relação a
fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
91
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.71 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.66. Freq.
de 5 kHz................................................................................................ 91
Figura 5.72 Campos magnéticos medidos para freqüência de 20 kHz, em relação
a fonte 1, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
92
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.73 Campos magnéticos medidos para freqüência de 20 kHz, em relação
a fonte 11, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
92
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.74 Campos magnéticos medidos para freqüência de 20 kHz, em relação
a fonte 21, (a) parte real de H ztotal , (b) parte imag. de H ztotal , (c) parte
93
real de H zsec , (d) parte imag. de H zsec ...................................................
Figura 5.75 Imagem reconstruída do modelo apresentado na Figura 5.66. Freq.
de 20 kHz.............................................................................................. 93

xv

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