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A FILOSOFIA X TERAPIA

Embora produza efeitos extraordinários sobre a saúde, o Yôga é classificado como FILOSOFIA e não
como terapia.
Os resultados que o Swásthya proporciona, devem-se ao fato de que o praticante está executando técnicas
orgânicas inteligentes, treinando respiratórios, administrando o stress, superando o sedentarismo, aprendendo a
alimentar-se melhor, a explorar seu potencial interior, etc. Impressionante seria se, com isso tudo, a saúde, a
energia e a esculturação do corpo não respondessem com um forte incremento.
Por que não gostamos que o público busque o Yôga com essas expectativas? O Yôga não produz
mesmo tais efeitos? Produz. Porém, a proposta não é essa. Esses benefícios são um acidente de
percurso, uma mera conseqüência. Tais objetivos apequenam o Yôga. Ele é muito maior e mais
nobre. Quem só tem semelhantes expectativas não devia procurar o Swásthya Yôga e sim alguma
outra especialidade.
Não se deve pensar no Yôga em termos de "toma lá, dá cá". Não devemos ir ao Yôga em busca de
benefícios. Devemos ir ao Yôga se já há algo dentro de nós que nos impele a ele tal como impele o
artista a pintar.
Freqüentemente confundem-se os meios com o fim. O fim, ou meta, em qualquer tipo de Yôga, é o
autoconhecimento. Mas como via para atingir esse estado de hiperconsciência, de megalucidez, o
Swásthya Yôga proporciona uma gama de efeitos preliminares que servirão de reforço da estrutura
biológica, incrementando a vitalidade, a saúde, a energia e a longevidade para que o yôgin consiga
atingir a meta.
Tais benefícios não passam de efeitos colaterais, simples conseqüências secundárias, meras
migalhas que caem da mesa principal. Quem se dedica ao Swásthya Yôga em função dos seus
efeitos é como se tivesse sido convidado para uma festa maravilhosa, com gente lindíssima e, ao
invés de ir ao epicentro da recepção, tivesse ficado na cozinha, faturando os salgadinhos, e achando
que estava sendo muito esperto por levar essa "vantagem".
O praticante que quer o Yôga, e não meramente os seus benefícios, lê, pesquisa, investe, dedica-se.
Já o que busca efeitos, esse não está se importando com a seriedade ou autenticidade do método,
encorajando, dessa forma malsã, a disseminação de ensinantes sem formação nem habilitação, mas
que saibam prometer benefícios.
O que busca benefícios não valoriza os estudos mais profundos nem as sofisticações técnicas que
seu instrutor se esforça por oferecer. Ele quer benefícios e tanto faz se o método é autêntico ou não,
desde que consiga usufruir dos efeitos. Mesmo que eles sejam produto de uma mistura exótica e
apócrifa que nada tenha a ver com o Yôga.
Agora, imagine uma outra situação, conseqüência da atitude acima descrita. Suponha que você é um
professor de Ballet Clássico e, cada vez que vá ensinar uma técnica mais elaborada para tornar seu
aluno um bailarino de verdade e não um mero iludido, ele reclame. No final, você é professor de
dança, mas ninguém quer aprender a dançar, pois estão todos de olho só nos benefícios para a
saúde! Que frustração! Isso é o que ocorre com certa freqüência no Yôga.
Por essa razão não gostamos de falar sobre os superlativos benefícios que a prática do Yôga pode
proporcionar. Quem vem praticar conosco é porque entendeu nossa proposta e já sabe o que quer.

André Mafra
Diretor Uni-Yôga – Unidade Brooklin - Av. Portugal, 1068
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