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Fide – Fundação Itabirana Difusora de Ensino

Curso Técnico em Eletrônica – Agosto de 2006

Conversores CC/CC

Componentes: Anderson Antônio, Deivson Mateus, Geovane , Júlio Cesar e Cleiton

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................03
CONVERSORES CC/CC................................................................................................................04
CONVERSOR ABAIXADOR OU CONVERSOR BUCK............................................................ 06
CONVERSOR CC-CC ELEVADOR – BOOST.............................................................................08
CONVERSOR CÚK........................................................................................................................10
CONCLUSÃO..................................................................................................................................11
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................12

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INTRODUÇÃO

Os conversores CC/ CC destinam-se a condicionar um nível de tensão e corrente contínuo a


outro nível de tensão e corrente contínuo, obedecendo as leis de conservação de energia
(idealmente a energia média transferida não sofre alteração). Como não se pode utilizar de
transformadores para níveis CC, pois não haveria variação de fluxo magnético neste caso, o
circuito necessita do uso de interruptores controlados (MOSFETs, IGBTs, BJTs, GTOs)
trabalhando em alta freqüência de comutação. Também faz uso de interruptores não controlados
(diodos) além de componentes passivos como indutores e capacitores.
As principais topologias de conversores estáticos CC para CC são:

• Buck
• Boost
• Buck-boost
• Inversoras
• Forward
• Flyback
• Push-pull
• Meia ponte
• Full bridge
• Ćuk
• SEPIC

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CONVERSORES CC/CC

Com o conversor temos uma transformação de energia CC contínua em uma outra energia
CC pulsada. A transformação dessa energia é feita pelo controle de duração do tempo em que a
tensão CC é aplicada na carga.

O conversor cc/cc é aplicado em :


- Acionamento e controle de máquinas de corrente contínua (tração elétrica) :
* Locomotivas
* Empilhadeiras
* Trolebus
* Automóveis elétricos
- Reguladores de tensão = fontes chaveadas
- Usados em fontes para computadores, TV, vídeos,...

O conversor cc/cc permite :


- Controle de aceleração suave ( mcc = modo de condução contínua );
- Frenagem regenerativa e dinâmica ( mcc = modo de condução contínua )
- Alta eficiência;
- Reposta dinâmica rápida;

Quanto aos dispositivos de potência, o conversor cc/cc pode utilizar:


- SCR's : necessita de circuitos de comutação forçada para provocar o seu bloqueio, o que limita a
freqüência de operação ( 10khz ), mas podendo operar em altas potências;
- GTO's : permite a comutação no próprio gate ( através da aplicação de um pulso negativo ), mas
necessita de um circuito armazenador de energia para este fim. A freqüência de operação também
é limitada ( 10khz ). Também tem sua aplicação em altas potências;
- Transistor de potência : permite o seu bloqueio pela simples redução da corrente na base (bipolar)
ou da tensão no gate (mosfet ou igbt), eliminando assim circuitos os de comutação forçada,
permitindo uma operação em freqüências bem maiores ( > 25khz ).

*Alguns exemplos de conversores CC/CC:

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*Princípio de funcionamento:

O conversor CC/CC ou chopper permite a obtenção de tensão CC variável diretamente de


uma fonte CC. O principio de funcionamento do chopper baseia-se na abertura e fechamento de
uma chave colocada num circuito alimentado por CC. Com isso, consegue-se variar a tensão média
na carga. Essa variação é conseguida variando-se o tempo de abertura e fechamento da chave,
como mostra a figura.
Normalmente, a chave S é substituída por transistores ou SCRs e circuitos eletrônicos
controlam o tempo de condução e corte desses componentes. Quando se utiliza transistor, o
circuito é mais simples, pois ele conduzirá ou não, dependendo da polarização de base.
Com SCR, o circuito precisa ser mais elaborado, porque o SCR, após ser disparado, necessita
de uma redução na corrente de manutenção, para deixar de conduzir, e precisa ser mantido
desligado por um tempo suficiente, para que ele não volte a conduzir.
Para possibilitar o corte do SCR, utilizam-se pontes para fornecer uma polarização reversa
por um curto espaço de tempo. Essas fontes são geralmente formadas por capacitores e indutores
colocados no circuito.

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CONVERSOR ABAIXADOR OU CONVERSOR BUCK

Princípio de funcionamento:

A tensão de entrada (E) é recortada pela chave T. Considere-se Vo praticamente constante,


por uma ação de filtragem suficientemente eficaz do capacitor de saída. Assim, a corrente pela
carga (Ro) tem ondulação desprezível, possuindo apenas um nível contínuo. A figura 1.1 mostra a
topologia.
Com o transistor conduzindo (diodo cortado), transfere-se energia da fonte para o indutor
(cresce io) e para o capacitor (quando io >Vo/R). Quando T desliga, o diodo conduz, dando
continuidade à corrente do indutor. A energia armazenada em L é entregue ao capacitor e à carga.
Enquanto o valor instantâneo da corrente pelo indutor for maior do que a corrente da carga, a
diferença carrega o capacitor. Quando a corrente for menor, o capacitor se descarrega, suprindo a
diferença a fim de manter constante a corrente da carga (já que estamos supondo constante a
tensão Vo). A tensão a ser suportada, tanto pelo transistor quanto pelo diodo é igual à tensão de
entrada, E.

Se a corrente pelo indutor não vai a zero durante a condução do diodo, diz-se que o circuito
opera no modo contínuo. Caso contrário tem-se o modo descontínuo. Via de regra prefere-se
operar no modo contínuo devido a haver, neste caso, uma relação bem determinada entre a largura
de pulso e a tensão média de saída.

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Características:

* A tensão de saída ( vo, va ) é menor que a tensão de entrada (vs ) - Circuito abaixador de tensão
* Alta eficiência ( > 90% ) - um só transistor;
* di/dt da corrente de carga é limitada pelo indutor l;
* Sentido da corrente de saída é unidirecional;
* Devido a posição do transistor, permite proteção contra sobrecorrentes;
* Modos de operação : contínuo e descontínuo;

Conclusões:

* Variações na corrente de carga são limitadas pelo indutor


* A condução de corrente da fonte é descontínua
* A tensão de saída conserva a polaridade da tensão de entrada
* Deve ser protegido contra curto circuito no diodo de roda livre.
* Quanto maior a freqüência de chaveamento e a indutância na saída, menor o ripple na corrente
de carga
* É desejável operação em alta freqüência para valores reduzidos de indutância e capacitância.
* Transfere energia de uma fonte de maior tensão para outra de menor tensão.
* Apresenta característica de fonte de tensão na entrada e fonte de corrente na saída.

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CONVERSOR CC-CC ELEVADOR – BOOST

Princípio de funcionamento:

Quando T é ligado, a tensão E é aplicada ao indutor. O diodo fica reversamente polarizado


(pois Vo>E). Acumula-se energia em L, a qual será enviada ao capacitor e à carga quando T
desligar. A figura 1.6 mostra esta topologia. A corrente de saída, Io, é sempre descontínua,
enquanto Ii (corrente de entrada) pode ser contínua ou descontínua. Tanto o diodo quanto o
transistor devem suportar uma tensão igual à tensão de saída, Vo. Também neste caso tem-se a
operação no modo contínuo ou no descontínuo, considerando a corrente pelo indutor.

Características:

* Elevar a tensão sem transformador;


* Alta eficiência - um só transistor;
* Corrente de entrada contínua;
* Corrente de pico no transistor é relativamente alta;
* Dificuldade em se estabilizar o regulador visto que a tensão de saída é sensível à variação do
fator de ciclo k;
* O valor médio da corrente de saída é menor que o valor médio da corrente pelo indutor l ( 1 – k )
d, uma alta corrente rms através do capacitor c, resultam em valores tanto de l quanto de c maiores
que no regulador buck.

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Conclusões:

* O conversor Boost pode elevar uma tensão sem auxílio de um transformador


* Apresenta condução contínua na corrente da fonte
* Altos picos de corrente na chave durante t1
* A tensão de saída apresenta difícil regulação para k>0,5.
* A polaridade da tensão de saída é a mesma da tensão de entrada.
* É robusto contra curto-circuito na chave ou na carga.

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CONVERSOR CÚK

Princípio de funcionamento:

Diferentemente dos conversores anteriores, no conversor Cuk, cuja topologia é mostrada na


figura 1.14, a transferência de energia da fonte para a carga é feita por meio de um capacitor, o que
torna necessário o uso de um componente que suporte correntes relativamente elevadas. Como
vantagem, existe o fato de que tanto a corrente de entrada quanto a de saída podem ser contínuas,
devido à presença dos indutores. Além disso, ambos indutores estão sujeitos ao mesmo valor
instantâneo de tensão, de modo que é possível construí-los num mesmo núcleo. Este eventual
acoplamento magnético permite, com projeto adequado, eliminar a ondulação de corrente em um
dos enrolamentos. Os interruptores devem suportar a soma das tensões de entrada e saída. A tensão
de saída apresenta-se com polaridade invertida em relação à tensão de entrada.

Em regime, como as tensões médias sobre os indutores são nulas, tem-se: VC1=E+Vo. Esta é
a tensão a ser suportada pelo diodo e pelo transistor. Com o transistor desligado, i L1 e iL2 fluem
pelo diodo. C1 se carrega, recebendo energia de L1. A energia armazenada em L2 alimenta a
carga.
Quando o transistor é ligado, D desliga e iL1 e iL2 fluem por T. Como VC1>Vo, C1 se
descarrega, transferindo energia para L2 e para a saída. L1 acumula energia retirada da fonte.

Características:

*Topologia baseada na transferência de energia armazenada no capacitor;


* Alta eficiência e baixas perdas de chaveamento;
* Corrente de pico no transistor é alta, devido as correntes dos indutores l1 e l2 circularem pelo
mesmo quando ligado;
* Ripple da corrente no capacitor c1 é alto ( devido a característica de transferência de energia );
* O circuito apresenta um capacitor e um indutor a mais, que os outros circuitos.
* A tensão de saída ( vo, va ) é maior ou menor que a tensão de entrada (vs )

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CONCLUSÃO

O controle de potência de equipamentos é parte importante do aprendizado do profissional


da eletroeletrônica. Mesmo que muitas vezes esses equipamentos não sejam mais encontrados em
nossos ambientes de trabalho, esses conceitos aprendidos através deste trabalho, sem dúvida são
essenciais para o entendimento das novas tecnologias que surgem no mercado a cada dia.

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BIBLIOGRAFIA

• Apostila – SENAI (Eletricista de Manutenção – Acionamento: Teoria);


• Apostila – FIDE (Eletrônica de Potência);
• Wikipédia, a enciclopédia livre;
• Pomilio, José Antenor – Conversores
• Rudolf – Conversores CC/CC

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