Gestão Ambiental– 2010/02

Prof. Daniel Reis Medeiros

 Etapas após celulose pronta geralmente
ocorrem em unidades autônomas
 Macro operações básicas
 Celulose virgem ou aparas (reciclagem)

 Preparação da massa (diluição)

 Etapas de purificação e refino
 Máquina de papel propriamente dita
 Pré-seleção em empresas aparistas
 Papel enfardado em prensas
 Encaminhado aos aparistas
 Classificam as partidas e revendem para fábricas
de papel como matéria-prima

 Recepção e seleção
 Grau de brancura (1a, 2a, 3a, etc.)
 Desfibramento / preparação da massa
 Fardos são encaminhados aos “Hydrapulpers”
 Adição de água (nova ou reciclada)
 Massa é desagregada
 Formação da pasta de celulose
▪ Consistência próxima ao do leite
▪ Bombeamento
 Depuração e lavagem
 Remoção de materiais grosseiros, finos e areias
 Peneira – primeira etapa após Hydrapulper
 Após seguem flotadores, separadores centrífugos
 Uso considerável de água
 Destintamento
 Opcional; somente para processo de aparas
 Massa não destintada
▪ Produção de papel jornal, de embrulho e papelão
 Insumos como soda cáustica e tenso-ativos
▪ Retiram resíduos de tintas e o passam para o efluente do
processo sob a forma coloidal
 Engrossamento
 Opcional
 Redução do teor de umidade da massa
 Engrossadores
▪ Remoção da água por pressão ou vácuo
 Branqueamento
 Somente para processo de aparas
 Processo TCF
▪ Não tem mais lignina
▪ Mais comum – peróxido de hidrogênio
 Adição de corantes à massa
 Refino ou despastilhamento
 Opcional
 Garantir maior resistência ao produto
 Reorientar fibras de celulose, melhorando sua
ligação
▪ Efeito de entrelaçamento
 Refinador ou despastilhador
▪ 2 discos face a face que giram em sentidos opostos,
aplicando tensão de cisalhamento à massa
 Máquina de papel
 Massa é bombeada e diluida e recebe últimos
aditivos (amidos, cargas minerais para conferir
brilho)
 Aspergida uniformemente sobre a máquina
(também denominda “mesa”)
 Longa série de esteriras rolantes
 Processos de secagem (vapor) até umidade final
de 5% - formação da folha de papel “seca”
 Formação de bobina (enrolamento)
 Demanda crescente por papel

 40% do lixo doméstico de países

desenvolvidos são compostos de papel

 Mantidas as atuais taxas de crescimento

econômico, a evolução do consumo chinês
poderia contribuir para a duplicação da atual
demanda por volta do ano 2031
 Questão ambiental para o setor é uma
questão de sobrevivência

 Brasil
 Quase toda polpa é produzida a partir de madeira
de eucalipto (fibra curta) pelo processo Kraft
(alcalino)
 Impactos sobre a biota e sobre a saúde humana
 Incentivo à adoção de medidas de conservação e
utilização de novas tecnologias
 Impactos sobre a natureza não são
totalmente conhecidos

 Consumo de água
 Entre 15 e 100 m3/ton
 Redução de efluentes na fonte (sistemas de
recuperação de perdas – cada área geradora de
efluentes também é responsável por gerenciar
suas perdas)
 Poluição atmosférica
 Reduzida pelo emprego de novas tecnologias
 Principalmente na queima do licor negro
▪ Caldeiras de recuperação de baixo odor
 Evaporadores antigos do tipo cascata foram
praticamente extintos
▪ Substituídos por evaporadores do tipo “Falling Film” que
geram licor negro altamente concentrado (75 a 80%)
 Resíduos sólidos
 Altamente empregada principalmente pelas
grandes indústrias
 Novas tecnologias reduziram drasticamente o
consumo de água
 Práticas voltadas para o fechamento de
circuito
 Pressão do mercado externo
 Anos 1970
 100 a 120 m3/ton

 Final anos 1990

 32 a 36 m3/ton

 Taxa de recirculação média

 1/30 – para cada m3 de água aduzida, 30m3 são
recirculados ao preocesso
 Altas taxas de recirculação

 Problemas por incrustrações

 Acúmulo de substâncias estranhas ao processo
que degradas a qualidade do produto final
 Considerado energeticamente intenso
 Ferramentas de maior consumo
 Caldeiras auxiliares (a biomassa, óleo, gás, etc.)
 Caldeiras de recuperação (que queimas o próprio
licor negro de processo)
▪ Fornece cerca de 80% das necessidades energéticas da
unidade industrial, tanto em forma de vapor de processo
(tanto as secadoras de celulose quanto as máquinas de
papel são consumidoras expressivas de vapor) quanto na
forma de energia elétrica, o que as torna praticamente
auto-sustentáveis em termos de energia elétrica e
térmica
 Comum o uso de caldeiras de biomassa
 Resíduos de madeira
 Material inadequado à produção é queimado
 Galhos, gravetos, nós, palitos e outros
 Emissões de material particulado devem ser controladas
 Gás natural

 Outros equipamentos consumidores de eletricidade

 Motores, compressores, bombas de vácuo, bombas
hidráulicas, misturadores, depuradores, refinadores
 Grande leque de produtos químicos e aditivos

 Alta potencial de danos à saúde e ao meio

ambiente
 Principalmente na produção de celulose
 Cloro gasoso

 Branqueamento da polpa em unidades mais

antigas (geralmente sob a forma líquida –
hipoclorito de sódio ou ácido hipocloroso)
 Gradativamente abandonado devido a uma série
de fatores de risco patrimonial, ocupacional e
ambiental
 Dióxido de Cloro
 Utilizado amplamente em processos de
branqueamento da polpa Kraft
 Isentos de cloro elementar (ECF)
 Utilizado em forma de solução de água
 Poderoso biocida
 Gás explosivo em concentrações > 12% no ar
▪ Corrosivo, altamente tóxico por ingestão, nocivos para
plantas e animais,
▪ Vida aquática é sensível a seus efeitos (conc. >3%)
 Enxofre e seus compostos
 Depende do processo de digestão
 Kraft utiliza sulfato de sódio
 Durante digestão, formação de compostos
reduzidos de enxofre (ETR), responsáveis pelo
odor característico
▪ Presença de substâncias como a metilmercaptana,
perceptível ao olfato humana sob baixíssimas
concentrações
 Enxofre e seus compostos
 Problemas de relacionamento com comunidades
vizinhas
 Certos sulfetos têm a propriedade de “anestesiar”
o olfato quando acima de certas concentrações
 Potencial de acidentes com óbitos por intoxicação
/ sufocamento de operadores (locais com
concentrações proibitivas de sulfetos)
 Hidróxido de Sódio (soda caústica)
 Uma das substâncias alcalinas mais fortes
 Adicionada ao digestor para extração da lignina
(Kraft)
 Pronunciado efeito corrosivo
 Problemas à saúde humana
▪ Queimaduras, irritação nos olhos (até cegueira), inalação
(vapores) pode causar edemas pulmonares
▪ Exposição severa pode levar à morte
 Vasto conjunto de aditivos e produtos
auxiliares

 Detergentes, destintantes, polímeros, corantes,

anti-espumantes, resinas e diversos outros
compostos
 Mais de um milhar de substâncias químicas já
foram identificadas

 Compostos organoclorados, metais pesados,

ácidos e resinas
 Tensoativos

 Não apresentam alta toxicidade mas são

resistentes à biodegradação
 Possuem efeito bactericida (problemas aos
processos biológicos)
 Disruptores hormonais, o que afetam a
reprodução de organismos aquáticos, alterando o
equilíbrio da biota
 Resíduos de Cloro (AOX)
 Aparecimento de certa quantidade
 Devido ao branqueamento e à própria celulose ou
aparas

 Cor
 Uma das características mais ofensivas deste tipo
de efluente
 Origem nos licores escuros resultantes dos
processo de cozimento
 Cor
 Produção de papel – destintamento

 Soda Cáustica (NaOH)

 Efeitos corrosivos e biocidas
 Altera equilíbrio ecológico através da alteração do
pH dos corpos d’água
 Branqueamento com cloro
 Reação entre compostos clorados e a polpa dá
lugar a uma série de reações químicas gerando
compostos organoclorados
 Alguns são os chamados POPs – poluentes
orgânicos persistentes, altamente nocivos
▪ Objeto de legislação internacional
▪ Disruptores hormonais
▪ Potencial de bioacumulação (aumenta na cadeia
alimentar)
▪ Mamíferos: excretam POPs pelo leite materno
 Processos isentos de cloro (TCF)

 Produção de resíduos sólidos em maior

quantidade
▪ Necessidade de operações de preparação de reagentes
 Classificação conforme ABNT-NBR
10004/2004
 Caldeira de recuperação
 Altas emissões potencial de SOx, particulados e
compostos reduzidos de enxofre
 Demanda utilização de equipamentos de controle
adequados

 Caldeiras à gás
 Emissões de óxidos de nitrogênio (NOxx)
 Digestor, evaporadores e equipamentos de
processo
 Emissõe fugitivas de compostos de enxofre
reduzidos (ETR)

 Controle
 Precipitadores eletrostáticos
 Lavadores de gases
 Filtros tipo “Bag”
 Controle das emissõe fugitivas
 Causam o maior desconforto
 Tratamento de gases não condensáveis
▪ Captação dos gases e direcionamento ao tratamento
▪ Lavagem ou incineração
 Família de substâncias químicas que ocorrem
acidentalmente em vários processos
industriais
 Sempre que há o emprego de cloro e calor
 Equipamentos que queimam combustíveis
contendo substâncias cloradas
▪ Caldeiras, fornos de calcinação
 Sempre que ocorram condições propícias à sua
formação
▪ T demasiado baixo, problemas na mistura de ar…
 Possibilidade de migração para efluente
 Vias cinzas
 Altamente tóxicos para biota e humanos
 Cancerígenos
 Causam danos ao sistema imunológico e
reprodutos
 Ciclo máximo de reciclagem
 3 a 5 vezes

 Produção em empresas pequenas

 Não possuem tratamento adequado

 Erros de classificação ou contaminação

orgânica das aparas