A Equação de S l ut s k y

• U s u a l m en t e s e a s s u m e q u e u m a el ev a ç ã o n o p r eç o d e
u m b em i n d u z i r á u m d ec r é s c i m o n a q u a n t i d a d e
d em a n d a d a d o b em .

Curva de demanda decrescente.
• C o n f o r m e m en c i o n a d o em a u l a s a n t er i o r es , o s b en s
d e G i f f en n ã o r es p ei t a m a r eg r a a c im a .
• N es t e c a p í t u l o n ó s es t u d a r em o s c o m m a i s d et a l h es
s o b q u e c o n d i ç õ es a c u r v a d e d em a n d a s er á
d ec r es c en t e (o u n ã o ) .

Ef ei t os P r eço, S ub s t i t ui ção e R en da

• Q u a n d o o p re ç o d e u m b e m v a ria , h á d o is
tip o s d e e fe ito s :

a t a x a à q u a l p o d em o s t r o c a r u m b em p el o o u t r o
(o u s ej a , o p r eç o r el a t i v o ) v a r i a ;

O p o d er a q u i s i t i v o d a r en d a é a l t er a d o .
• A v a ria ç ã o n a q u a n tid a d e d e m a n d a d a d e v id a
à m u d a n ç a n o p re ç o re la tiv o é d e n o m in a d a d e
efeito substituição.
• A v a ria ç ã o n a q u a n tid a d e d e m a n d a d a d e v id a
à a lte ra ç ã o n o p o d e r d e c o m p r a d a re n d a é
d e n o m i n a d a d e efeito r en d a . 2

1
 Ef ei t os P r eço, S ub s t i t ui ção e R en da

• A c a r a c t er i z a ç ã o d o s ef ei t o s r en d a e s u b s titu iç ã o
r eq u er q u e a r en d a d o c o n s u m i d o r s ej a “ a ju s ta d a ” d e
f o r m a q u e a c es t a o r i g i n a l m en t e d em a n d a d a c o n tin u e
l o c a l i z a d a ex a t a m en t e em c i m a d a r et a o rç a m en t á r i a
“ a ju s ta d a ” .
• V er g r á f i c o 8 . 1 (p á g i n a 1 4 6 ) .

I mp o rtante: ∆p1 < 0 ( q ueda no p reç o do b em 1 ) .

Ef ei t o P r eço, S ub s t i t ui ção e R en da

• E m q u a n t o d ev em o s a j u s t a r a r en d a p a r a p er m i t i r q u e
a c es t a o r i g i n a l s e l o c a l i z e ex a t a m en t e em c i m a d a
r et a o r ç a m en t á r i a a p ó s o g i r o ?
• O b s er v e q u e a c es t a (x1,x2) (a es c o l h a o rig in a l) p o d e
s er a d q u i r i d a s o b a m b a s a s c o m b i n a ç õ es (p1,p2,m) e
( p1′ , p 2 , m′) . D es t a f o r m a ,
m′ = p1′ x1 + p 2 x 2
m = p1x1 + p2x2
m′ − m = x1[ p1′ − p1 ]

2
 Efeitos Preço, Substituição e Renda

• O u s e ja , o a ju s te n a re n d a d e v e s a tis fa z e r
∆m = x1∆p1
• E x e m p lo : s u p o n h a q u e o c o n s u m id o r o rig in a lm e n te
d e m a n d a 2 0 d o c e s a o p r e ç o $ 0 ,5 . S e o p re ç o d o
d o c e d e c r e s c e r p a r a $ 0 ,4 , e n tã o a r e n d a d e v e rá se r
a j u s t a d a e m -$ 2 ( -2 = -0 , 1 × 2 0 ) .
• F ó rm u la d a re ta o rç a m e n tá ria g ira d a :
p1′ y1 + p2 y2 = m + x1 ( p1′ − p1 )

Efeitos Preço, Substituição e Renda

• V e r f i g u r a 8 .2 ( p á g i n a 1 4 8 ) .
• N o m e n c la tu ra :

Efeito preço: passagem de X para Z.

Efeito su b stitu içã o: passagem de X para Y.

Efeito ren da: passagem de Y para Z.
• M a te m a tic a m e n te :

Efeito preço: ∆x1 = x1 ( p1′ , p2 , m) − x1 ( p1 , p 2 , m) .

Efeito su b stitu içã o: ∆x1s = x1 ( p1′ , p 2 , m ′) − x1 ( p1 , p 2 , m) .

Efeito ren da: ∆x1n = x1 ( p1′, p2 , m) − x1 ( p1′, p2 , m′) .
• O e fe ito s u b s titu iç ã o ta m b é m é c h a m a d o d e v a ria ç ã o n a
demanda compensada.

3
 Efeitos Cruzados

• E fe ito p re ç o c ru z a d o :
x2 ( p1′ , p 2 , m) − x 2 ( p1 , p 2 , m)

• E fe ito s u b s titu iç ã o c ru z a d o :
x2 ( p1′, p2 , m′) − x2 ( p1 , p2 , m)

O Sinal do Efeito Substituição

• O e fe ito re n d a p o d e s e r n e g a tiv o o u p o s itiv o .

Quais são os significados de “positivo” e “negativo”?

P or enq uanto, associar em os aos sinais de ∆x1, ∆x1n e ∆x1s .

N om encl atur a inconveniente, pois el a depende do sinal de ∆p1.

P oster ior m ente, adotar em os um ter m inol ogia m ais apr opr iada.

P ositivo par a b em nor m al , negativo par a b em infer ior .
• O e f e i t o s u b s t i t u i ç ã o é s e m p r e n ã o -n e g a t i v o . D e m o n s t r a ç ã o :

V er figur a 8 .2 ( pá gina 1 4 8 ) .

Y foi dir etam ente r evel ada com o pr efer í vel à X.

V er ifiq ue as cestas na r .o. gir ada “à esq uer da” de X.

X foi dir etam ente r evel ada com o pr efer í vel a todos esses pontos.

L ogo, Y foi r evel ada ( indir etam ente) com o pr efer í vel a todos os pontos “à
esq uer da” de X.

C oncl usão: Y não pode ficar “à esq uer da” de X.

4
 A Variação Total na Demanda

• V a ria ç ã o to ta l (e fe ito p re ç o ):
∆x1 = x1 ( p1′, p2 , m) − x1 ( p1 , p2 , m)
• D e c o m p o s iç ã o e m
e fe ito s s u b s titu iç ã o e re n d a :
∆x1 = ∆x + ∆x o u
s
1
n
1

x1 ( p1′ , p2 , m) − x1 ( p1 , p 2 , m) =
[ x1 ( p1′, p2 , m′) − x1 ( p1 , p2 , m)] + [ x1 ( p1′, p2 , m) − x1 ( p1′ , p2 , m′)]

• D e t a l h e : a – b = [ a – c] + [ c – a] p a r a q u a i s q u e r n ú m e r o s a, b
e c. A d e c o m p o s i ç ã o d e S l u t s k y é n ã o t r i v i a l d e v i d o a o
s ig n ific a d o d a s p a rc e la s .

A Variação Total na Demanda

• S u p o n h a a g o r a q u e ∆p1 > 0 .
• O e f e i t o s u b s t i t u i ç ã o é s e m p r e n ã o -p o s i t i v o .

Por simplicidade, assumiremos que ele é negativo.
• O p o d e r d e c o m p ra d a re n d a v a ria n e g a tiv a m e n te
c o m o p re ç o . L o g o , o e fe ito re n d a é :

N egativo para um b em normal.

Positivo para um b em inf erior.

10

5
 A Variação Total na Demanda

• L o g o , se o b e m fo r n o rm a l, e n tã o o e fe ito p re ç o é
n e g a tiv o .
∆x1 = ∆x1s + ∆x1n
(−) (−) (−)

• S e o e fe ito p re ç o fo r p o s itiv o , e n tã o o b e m é in fe rio r.

∆x1 = ∆x + ∆x 1
s
1
n

(+) (−) (+)

É preciso que o b em sej a “ f ortemente” inf erior.

N em todos os b ens inf eriores sã o de G if f en.
11

Tax as de Variação

• A s v a ria ç õ e s e x is te n te s n a e q u a ç ã o ∆x1 = ∆x1s + ∆x1n

e s tã o e x p re s s a s e m u n id a d e s d o b e m .
• M u ita s v e z e s p o d e se r d e s e já v e l ( C á lc u lo D ife re n -
c ia l!) re e sc re v e r e ssa e q u a ç ã o c o m o
∆x1 ∆x1s ∆x1m
= −
∆p1 ∆p1 ∆p1

o n d e ∆x1m = − ∆x1n .

12

6
 Tax as de Variação
• E , c o n fo rm e d is c u tid o n a s p á g in a s 1 5 4 e 1 5 5 , a e q u a ç ã o
∆x1 ∆x1s ∆x1m
= −
∆p1 ∆p1 ∆p1
p o d e s e r e s c rita c o m o
∆x1 ∆x1s ∆x m
= − x1 1 .
∆p1 ∆p1 ∆m
• A ú ltim a ig u a ld a d e c o rre s p o n d e à id e n tid a d e d e S lu ts k y e m
te rm o s d e ta x a s d e v a ria ç ã o .
• Importante: daqui para frente, os termos “positivo” e
“neg ativo” estarã o assoc iados aos sinais das trê s fraç õ es
na equaç ã o ac ima!

13

A L ei da Demanda

• S e a q u a n tid a d e d e m a n d a d a d e u m b e m a u m e n ta
q u a n d o a re n d a a u m e n ta , e n tã o a d e m a n d a é u m a
f u n ç ã o d e c re s c e n te d o p re ç o d o b e m .
• C o ro lá rio : s e a d e m a n d a é u m a fu n ç ã o c re s c e n te d o
p re ç o d o b e m , e n tã o o b e m e m q u e s tã o é in fe rio r.

14

7
 Exemplos dos Efeitos Renda e Substituição

• B e n s c o m p le m e n ta re s p e rfe ito s : o e fe ito s u b s titu iç ã o é

n u lo (p á g in a s 1 5 6 e 1 5 7 ).
• B e n s su b s titu to s p e rfe ito s : o e fe ito re n d a é n u lo n o
e x e m p lo e m q u e s tã o (p á g in a s 1 5 6 e 1 5 7 ).

Ver exercício 1 do livro.
• P r e f e r ê n c i a s q u a s e -l i n e a r e s : o e f e i t o r e n d a ( s o b r e o
b e m 1 ) é n u lo (p á g in a 1 5 8 ).

15

O u tro E f eito S u b s titu ição

• O e fe ito s u b s titu iç ã o q u e e s tu d a m o s a té a g o ra é
d e n o m in a d o d e e fe ito s u b s titu iç ã o d e S lu ts k y .
• E x is te ta m b é m o e fe ito s u b s titu iç ã o d e H ic k s .
• N o e fe ito s u b s titu iç ã o d e H ic k s a c o m p e n s a ç ã o é
ta l q u e a u tilid a d e p e rm a n e c e in a lte ra d a (v e r fig u ra
8 .9 n a p á g i n a 1 6 3 ) .
• S e g u n d o a lg u n s e c o n o m is ta s , o e fe ito s u b s titu iç ã o
d e S lu ts k y c a rre g a u m a p a rc e la d o e fe ito re n d a .
• Im p o rta n te : o e fe ito s u b s titu iç ã o d e H ic k s ta m b é m
é n e g a tiv o .
16

8
 D er iv ação F or mal da Eq uação de Slutsk y
∆x1 ∆x1s ∆x1m
• E q u a ç ã o de S lu t s k y : = − x1
∆p1 ∆p1 ∆m
• Vers ã o “ dif eren cia l” da eq u a ç ã o de S lu t s k y :
∂x1 ( p1 , p2 , m ) ∂x1s ( p1 , p2 , x1 , x2 ) ∂x ( p , p , m )
= − x1 1 1 2 ,
∂p1 ∂p1 ∂m
on de ( x1 , x 2 ) corres p on de a s q u a n t ida des dem a n da da s a
p reç os ( p1 , p 2 ) e ren da m . A f u n ç ã o x1 é def in ida p or
s

x1s ( p1 , p2 , x1 , x2 ) = x1 ( p1 , p2 , p1 x1 + p2 x2 ) .

• A eq u a ç ã o de S lu s t k y é ob t ida a p a rt ir da dif eren cia ç ã o da

ig u a lda de a cim a .

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Outras Equações de S l utsk y

• E q u a ç ã o d e S lu s tk y “ c ru z a d a ”
∂x1 ( p1 , p2 , m ) ∂x1s ( p1 , p2 , x1 , x2 ) ∂x ( p , p , m )
= − x2 1 1 2
∂p 2 ∂p2 ∂m

• E q u a ç ã o d e S lu s tk y p a ra a a b o rd a g e m d e H ic k s
∂x1 ∂x1 ∂x1
= − x1
∂p1 ∂p1 u =u ( x1 , x2 )
∂m

• E q u a ç ã o d e S lu s tk y “ c ru z a d a ” p a ra a a b o rd a g e m d e
H ic k s ∂x1 ∂x1 ∂x1
= − x2
∂p 2 ∂p 2 u =u ( x1 , x2 )
∂m
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