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Anatomia Geral dos Ossos

Funções Principais dos Ossos

Suporte: ao esqueleto vão estar ligados de uma forma mais ou menos directa
todas as vísceras, todos os músculos todas as estruturas moles que
constituem o corpo humano que sem uma estrutura interna rígida
naturalmente “não estariam no formato que nós estamos actualmente.”

Movimento: estão ligados a tecido adiposo do músculo o que permite que os


segmentos do corpo humano se mobilizem o permitindo-nos avançar no
espaço. É um mecanismo de locomoção.

Protecção: faz todo os sentido quando se pensa por exemplo nos ossos do
crânio que é uma estrutura quase superficial, pese embora o facto de não ser
um exoesqueleto porque a gente não vê o osso, mas tem uma óbvia função de
protecção por causa da caixa estar praticamente fechada; o mesmo se passa
ao nível do canal vertebral e do tórax.

Tudo isto é um endoesqueleto mas nós temos algumas estruturas que são
vestigiais de exoesqueleto, como o é o caso do cabelo, de todos os pêlos do
corpo humano, das unhas, e que nós ainda temos e que naturalmente nos dão
alguma protecção.

- Armazenamento Mineral: é um local do corpo humano onde tudo o que são


sais minerais estão localizados.

Hematopoesis : é o local do corpo humano onde vão estar armazenadas as


células que vão produzir as células que circulam no sangue (os eritrócitos,
leucócitos etc.). A medula óssea encontra-se, assim, dentro dos ossos
estando desta forma protegida do exterior.

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Constituição do Osso

O osso vivo é constituído por células que têm determinadas funções e são
células com características particulares muito diferentes das do tecido
muscular, do tecido conjuntivo, etc.
Essas células estão dispersas numa matriz. Essa matriz abundante no espaço
intercelular é onde estão localizadas as estruturas que dão as características
próprias aos ossos e que lhes conferem muita resistência e ao mesmo tempo
alguma flexibilidade que se vai modelando e adaptando em caso de queda.
Essa matriz tem a composição ideal que permite a flexibilidade e ao mesmo
tempo a resistência dos ossos. A matriz é composta 40% por material
orgânico e 60% por material inorgânico. O material orgânico contém colagénio
tipo II próprio dos ossos maduros e tem composição própria. A parte mineral
é constituída por cristais de hidroxiapatite, nomeadamente fosfato de cálcio
organizado em cristais de hidroxiapatite ligados às fibras de colagénio e que
permite que o osso tenha as características supracitadas e que são
fundamentais para que o osso exerça as suas funções.

 No intervalo encontram-se os osteócitos que são células maduras do osso.


São células cuja função é manter o osso. São sensíveis a todos os factores
que interferem na variação das características do osso, nomeadamente
variações hormonais, de vitaminas, de estados nutricionais. São células que
funcionam como sensores e que vão ter de se adaptar de alguma maneira para
manter a constância do osso. São as células pequeninas.
 Osteoblastos Células maiores. São as células que formam osso,
construtoras. E formam osso porque depositam a tal matriz óssea de
colagénio e criam também condições próprias para que sejam depositados
cristais de fosfato de cálcio e assim constroem o osso.
 Tudo o que se passa ao nível do esqueleto, estrutura rígida, deve estar
permanentemente em manutenção, remodelação e modificação. Como tal
existem células responsáveis pela destruição que são os osteoclastos. São
células grandes, multinucleadas que destroem osso para que os osteoblastos
depositem osteócitos.

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Axial

Esqueleto (cerca de 206 ossos)


Apendicular

 Sabem que os ossos tal como os conhecemos podem organizar-se desta


forma a que chamamos por ossos do esqueletoconjunto de ossos em posição
normal, e que é composto por segmentos que são distintos. Alguns ossos do
esqueleto pertencem ao esqueleto apendicular enquanto outros pertencem ao
esqueleto axial. O esqueleto axial é constituído pelos ossos da cabeça,
coluna vertebral, costelas e esterno, ou seja aquilo que embriologicamente
surge primeiro. Tudo o resto surge posteriormente em termos de evolução, e
portanto, surge como apêndice à estrutura inicial daí o termo esqueleto
apendicular.
 De grosso modo o esqueleto apendicular traduz-se como os ossos do
membro superior e os ossos do membro inferior.
Membro superiorombro, braço, antebraço, mão
Membro inferiorosso da anca (osso + proximal), osso da coxa, osso da perna,
osso do pé.

Todos os ossos têm em comum a sua estrutura e são constituídos por:

Osso Compacto constituído por osso denso


Osso esponjoso ou trabecular constituído por uma malha bastante
apertada.

 O osso compacto possui uma cavidade no centro onde se localiza a medula


óssea. Já o osso trabecular é caracterizado por ter espaços pelo meio onde
se localiza a medula óssea vermelha

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 No entanto à medida que se vai envelhecendo a medula óssea deixa de ser
absolutamente vermelha na totalidade dos ossos e passa a ser substituída
por medula óssea amarela, que já não tem células hematopoiéticas mas sim
tecido adiposo o que lhe confere a cor amarelada. Assim nas pessoas existe
medula amarela em praticamente todos os ossos excepto em alguns onde
persiste sempre a medula vermelha. São exemplos disso os ossos ao nível do
externo na parte anterior do tórax, ao nível da extremidade da epifíse
proximal do fémur e do úmero, as cristas ilíacas, e ao nível das costelas.
Todos os ossos são escondidos excepto o externo e a crista ilíaca que são
muito superficiais.

 Todos os ossos podem ser classificados em 4 grandes conjuntos: Ossos


longos, curtos, chatos e irregulares.

1. Osso longo é aquele cujo comprimento excede largamente quer a


largura, quer a estrutura do osso.
Sem dúvida o osso mais complicado. Tem algumas particularidades do ponto
de vista macroscópico. É constituído por três grandes regiões:
 Parte central, também designado de corpo ou diáfise
 Extremidade superior e inferior, também designada de
extremidades proximais e distais ou epifíses. Diz-se, assim. que é constituído
por uma diáfise e 2 epifíses.
No sítio em que a diáfise está em contacto com as epifíses existe uma zona
que se chama metáfise- parte extrema da diáfise no ponto em que ela está
perto das epifíses e é por definição o local onde é depositado o osso quando
este está a crescer. É portanto a parte alargada onde se faz a continuidade
com a epifíse.
A diáfise apresenta pouca quantidade de tecido esponjoso existindo, assim,
uma cavidade medular preenchida por medula óssea. Por sua vez as epifíses
apresentam osso compacto e osso trabecular onde as trabéculas se
organizam de forma a permitir a maior distribuição de forças possível.

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Epifíse proximal ou de pressãosaliência óssea na extremidade envolvida na
transmissão das forças (peso)
Epifíse distal ou de tracção inserção do ligamento onde todos os músculos
se contraem.

2. Ossos curtosexclusivamente no esqueleto apendicular. São ossos que


por definição têm dimensões muito semelhantes entre si, não havendo
nenhuma que predomine. Existem no entanto algumas excepções. São ossos
dos segmentos proximais.

3. Ossos chatos São chatos porque são achatados. Não são ossos
planos. Têm uma dimensão, espessura, que é claramente inferior às restantes.
Diferem dos irregulares pela sua estrutura. Apresentam uma camada externa
e interna de osso compacto extremamente espessa, rígida e compacta, daí a
designação de tábua. Chama-se externa e interna porque os ossos chatos
estão em regra em torno de cavidades, dependendo a sua designação se está
mais próxima ou afastada do centro da cavidade. No meio desta estrutura
existe tecido esponjoso ou trabeculado, que tem as mesmas características
que nos irregulares e que nos curtos mas com a particularidade de ser
produzido por veias de grande calibre que estabelecem a comunicação entre
um lado e o outro do osso.

4. Ossos irregularesOssos quer do esqueleto axial, quer do apendicular.


São ossos que não cabem em nenhuma das outras definições como é o caso
das vértebras e a maior parte dos ossos do crânio
São constituídos por osso esponjoso com uma camada muito fininha de osso
compacto.
Podem ter um subtipo – ossos pneumáticosOssos esponjosos em que o tecido
trabecular é substituído por cavidades cheias de ar, cavidades essas que
comunica com o exterior de alguma maneira. Estes são os ossos onde estão
contidos os seios perinasais.

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Ossos SesamóidesOssos curtos que estão localizados nas espessura dos
tendões. Um exemplo é a rótula ao nível do joelho.
Ossos acessórios ou supranumerários não são muito importantes.

Fémur osso longo com aspecto característico ao nível da epifíse proximal e


distal. Apresenta uma camada de osso compacto que envolve uma quantidade
massiva de osso esponjoso. Mas ao nível da diáfise encontra-se um buraco
revestido por uma camada externa de osso compacto que também pode ser
chamado devido ao seu aspecto de porção cortical do osso. Pode ter um
bocadinho de tecido trabeculado a rodear um buraco denominado cavidade
medular e que é preenchido por medula óssea.
As extremidades estão envolvidas na transmissão de forças de forma que
estas sejam transmitidas de forma dispersa pela totalidade da superfície
articular, daí que a extremidade seja constituída por osso trabeculado.

 Aspectos particulares dos ossos ( permitem distinguir uns ossos dos


outros)  acidentes anatómicos que podem ser saliências ou depressões.
Tanto umas como outras podem ser arredondados ou de forma linear e têm
um nome variável que tem a ver com a sua forma e com a sua dimensão. São
estas nomenclaturas que permitem saber o que é um tubérculo, uma espinha,
uma tuberosidade, uma apófise, um canal ou um buraco.

 o tecido esquelético é composto pelos tecidos que fazem parte do


esqueletoosso e cartilagem.
O tecido esquelético tem origem a partir do mesênquima que é tecido
conjuntivo; este tecido conjuntivo consegue passar a osso por uma de duas
vias:
1. Pelo processo de ossificação endocondral ( o mais comum). Este é o
processo por que se ossifica a grande maioria do esqueleto ósseo. Os ossos

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passam de tecido mesenquimatoso a cartilagem e a cartilagem vai dar osso
.Há portanto um passo intermédio que é a presença de cartilagem que não
está presente no início nem no fim.
2. A outra via é o processo de ossificação intramembranoso. Aqui o
tecido mesenquimatoso dá origem directamente a osso, ou seja não existe o
passo intermédio de passagem a cartilagem.
 Todo o esqueleto resulta de ossificação endocondral com excepção dos
ossos da calote craniana (totalmente intramembranosa) ou seja da abóbada
craniana, ou seja da parte superior do crânio e não dos ossos da base do
crânio, também a clavícula, e também a maxila que apresenta ossificação
parcialmente intramembranosa.

Ossificação intramembranosa  inicialmente temos células mesenquimatosas


com capacidade de diferenciação (osteoprogenitoras) que a dada altura se
diferenciam em osteoblastos. Estes são pluripotenciais e começam a inchar e
a ficar mais redondos e a produzir colagénio que se vai interpor entre as
células que ali estão. A matriz óssea quando não está ossificada chama-se
osteóide.
A dada altura as células dos osteoblastos têm a capacidade de produzir uma
enzima (a fosfátase ácida) que leva à deposição de cristais de cálcio (que não
é fosfato de cálcio mas óxido de cálcio). Logo, o tecido deixa de ser mole e
passa a ser rígido pois passa a ter cálcio lá dentro. Este não é um processo de
ossificação mas sim de calcificação pois há deposição de cálcio que lhe dá
rigidez mas não lhe dá a função que um osso deve ter.

A deposição do óxido de cálcio vai encarcerar alguns dos osteoblastos no seu


interior que se vão transformar em osteócitos. A rigidez e a produção
aumentada de osteóide numa estrutura que não é vascularizada no início vai
levar a que as células degenerem e que sejam reabsorvidas. Sempre que
acontece um processo de degenerescência é como se fosse um processo
inflamatório e implica uma reacção que em regra é vascular e que arrasta

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vasos para o seu interior. Nesta primeira fase em que só temos osteóide,
mesênquima e células que já são da linha dos osteoblastos e dos osteócitos
havendo uma invasão vascular que é de extrema gravidade pois vai trazer
mais uma vez osteoblastos do exterior, vasos sanguíneos e osteoclastos que
vão actuar sobre o mesenquima e vai destruí-lo para formar cavernas onde os
osteoblastos vão produzir osso maduro (que mais a frente vamos ver o que é).

Ossificação intercartilagínea  é a mais complexa pois tem um passo


intermediário que leva à formação de cartilagem. As células mesenquimatosas
vão ficar profusamente condensadas , começam a proliferar e vão
diferenciar-se em condroblastos, que são células equivalentes do tecido
cartilaginoso aos osteoblastos do tecido ósseo, os quais vão produzir uma
matriz que é diferente da do tecido ósseo e que é a matriz intercartilagínea
e levar a formação de um modelo ósseo de forma cartilagínea.
Numa dada altura do nosso desenvolvimento por volta do 2º mês temos
um esqueleto que é feito de cartilagem, em que os ossos que temos são
modelos cartilagíneos dos ossos do adulto. A cartilagem vai crescer por
proliferação intersticial.

Cartilagem  A cartilagem é tecida conjuntiva com alguma regidez, resistente


constituída por condrócitos que se desenvolvem a partir de condroblastos.
implantados numa matriz intercartilagínea.
. A cartilagem não é vascularizada. Quando esta é invadida por vasos
transforma-se em osso.
O tecido ósseo é rígido e só cresce por um processo de deposição, ou seja,
de deposição de tecido ósseo numa superfície que está livre (não cresce no
interior). Ao contrário, a cartilagem cresce por aposição ou por
proliferação intersticial - multiplicação das células por sucessivas divisões
dentro da própria estrutura da cartilagem.

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Tudo o que é cartilagem, excepto as articulações é envolvido por uma
membrana que se chama pericôndrio. Os ossos são revestidos por uma
membrana que se chama periósseo.
Na membrana do pericôndrio que está a volta do modelo cartilagíneo do osso,
os condroblastos diferenciam-se em osteoblastos e passam a produzir osso,
formando um colar periostal à volta do osso. É um bom exemplo o osso longo,
em que ao nível da sua diáfise e ao nível do bordo temos um sector
cartilagíneo no meio e uma carapaça de osso fininho na periferia.
O colar ósseo dificulta a difusão de nutrientes para dentro da cartilagem que
a esta altura ainda não tem vasos e nervos e as células interiores mais
centrais vão ser as mais afectadas pois a difusão é mais difícil. Em
consequência deste deficiente suporte nutricional as células vão aumentar de
tamanho, vão murchar, ficar mais redondas e vão diferenciar-se em
osteoblastos que passam a produzir um matriz osteótica que é calcificada
(deposição de cristais de cálcio pelo processo já referido anteriormente).
Numa dada altura do nosso desenvolvimento deixamos então de ter só
modelos cartilagíneos e passamos a ter modelos cartilagíneos que estão
envolvidos ao nível da diáfise por um colar periostal do osso que tem uma
região bem no centro onde se está a formar osso –temos então um colar
periostal e um centro de ossificação primário.

Centro de ossificação primário → Primeiros a aparecer no corpo humano o


que ocorre até ao 4º mês do desenvolvimento intra-uterino e em regra entre
o 2º e o 3º mês. É o centro de ossificação que promove a ossificação da
diáfise dos ossos longos. Os ossos curtos e ossos irregulares não ossificam
por ossficaçaõ primária nem secundária. Pura e simplesmente ossificam. Os
ossos chatos ossificam por ossificação intramembranosa.

Centro de Ossificação Secundário → consiste na ossificação das epifíses.


As epifíses proximais e as distais podem ter um ou mais centros de
ossificação ou podem até não ter nenhum ( metacarpos e metatarsos) Surge

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mais tarde perto do nascimento ou mesmo durante o nosso desenvolvimento
(na adolescência e mesmo alguns anos depois ainda existem )
Estes centros de ossificação aparecem e desaparecem mais tarde nos
homens do que nas mulheres, razão pela qual os homens são em geral mais
altos do que as mulheres.

As epifíses férteis são as epifíses que mais contribuem para o crescimento


do osso em comprimento que são em regra as epifíses onde surge o primeiro
centro de ossificação secundário que são também aquelas cujo centro
desaparece mais tarde. Logo contribuem mais para o crescimento do osso.
Como é a que contribui mais para os vasos que entraram na parte central da
diáfise, se for esta a crescer mais, acabam por ocupar no adulto uma
disposição irregular; em vez de estarem dispostos perpendicularmente em
relação ao osso. Estes estão inclinados para um lado e a apontam para o lado
da epifíse não fértil.

Temos osso de epifíse, osso de diáfise e no meio uma cartilagem que se


chama disco epifisário (também chamado de cartilagem de crescimento) e
que tem como função permitir que o osso longo cresça em comprimento.
Esta cartilagem permite que se forme osso numa direcção. A epifíse vai
crescendo e vai empurrando o disco epifisário. . Enquanto persistir
cartilagem de crescimento o osso está a crescer.
Numa dada altura está ossificada a diáfise, está ossificada a epifíse, excepto
na parte superficial onde existe cartilagem articular e o disco epifisário.

A metáfise- é a parte mais extrema da diáfise e é sempre uma estrutura


óssea. É o sítio da diáfise onde está a ser depositado o osso que se está a
formar. É sempre adjacente ao osso que se está a formar.
À medida que as células da cartilagem vão proliferando ficam numerosas
células no seu interior e elas começam a degenerar quando têm suporte
nutritivo, acabam por morrer e vamos ter uma zona hipertrófica onde se

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deposita óxido de cálcio acontecendo o centro de ossificação. Toda esta zona
vai ser destruída pela presença dos osteoclastos que existem ao nível do osso
maduro da diáfise e vão levar à ossificação da região.
Os ossos longos têm uma cavidade medular onde a actividade osteoclástica é
muito acentuada e a osteoblástica é menos acentuada. (a cavidade existe
porque o osso que lá estava foi removido).

Entre uma epifíse e uma diáfise o osso é depositado na parte mais extrema
da diáfise e não no sentido da epifíse. Quem cresce é a diáfise e não a
epifíse.

O osso longo cresce por ossificação endocondral excepto no que diz respeito
ao aumento da largura e da espessura das diáfises em que o crescimento
ocorre por deposição e transformação directa de células do tecido conjuntivo
em osteoblastos (processo semelhante ao intramembranoso em que não há
formação de cartilagem e há passagem directa de tecido conjuntivo para
osso).

O osso que acaba de se formar é um osso imaturo e chama-se entrançado. É o


primeiro osso a ser formado no decurso do desenvolvimento. O osso que se
forma em distingue-se do maduro porque as fibras de colagénio em vez de
estarem dispostas ordenadamente e paralelamente estão anarquicamente,
estão metidas umas com as outras, entrançadas entre si.
Vantagem: Permite que as forças se dispersem em todas as direcções pelo
que os ossos não se partem.
Desvantagem: Têm menos resistência e menos força.

Sempre que há traumatismos, inflamações ou fracturas de ossos ocorre a


mesmo processo. Deposita-se osso entrançado, os osteoclastos vão lá e
removem o osso entrançado e com eles vão também os osteoblastos que
promovem a deposição organizada de osso e de colagénio agora de uma forma

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muito ordenada, lamelar. As lamelas dispõem-se como placas como no osso
trabecular ou dispõem-se de uma forma concêntrica.
O osso lamelar é a estrutura do osso maduro que pode ser do tipo compacto
quando a organização é em cilindros concêntricos e que se chamam sistemas
de Havers ou esteônios; ou na forma de placas que se dispõem, que se
entrecruzam, que se dividem e que se misturam formando osso esponjoso.
Os ossos longos têm uma cavidade medular onde a actividade osteoclástica é
muito acentuada e a osteoblástica é menos acentuada. (a cavidade existe
porque o osso que lá estava foi removido).
Na parte periférica do osso longo existem umas lamelas que circundam a
totalidade do osso e que se chamam lamelas circunferenciais são as tais que
são formadas por ossificação intramembranosa a partir de osteoblastos que
se diferenciam a partir da camada mais profunda do periósseo.

Vascularização

Ao contrário da cartilagem o osso é “profusamente”


vascularizado.
A artéria nutritiva é aquela de maior calibre e é a que
vai para a diáfise. Nos ossos longos existem buracos
nutritivos para estas artérias nutritivas que vão irrigar
a diáfise e que no decurso do desenvolvimento. enquanto
há cartilagem dividem-se dicotomicamente “vai um ramo
para cima e outro para baixo” e vão para a cavidade
medulares irrigam um bocadinho da zona compacta. As
cartilagens epifisárias e tudo o que está nas
extremidades é irrigado pelos vasos que estão
associados ao periósseo que é também profusamente
vascularizado. Este conjunto artéria principal e artérias
epifisárias para um lado e artérias metafisárias para
outro irrigam estas porções do osso separadamente
enquanto existe cartilagem de crescimento. A partir do

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momento em que a cartilagem de crescimento desaparece todas estas
artérias contribuem de forma uniforme para a totalidade do osso pois deixa
de haver aquela barreira de cartilagem que era o disco epifisário.
As artérias epifisárias e metafisárias superam quantitativamente o
suprimento diafisário.

Pese embora o facto de esta aula ter sido dramaticamente difícil de


desgravar porque os nossos caros colegas do primeiro anos têm muitos
ataques de tosse durante as aulas de anatomia =Pp fiz o melhor que podia
para conseguir desgravar a aula de uma forma facilmente compreensível.
Espero que vos ajude na preparação para a frequência..E ai de alguém que
erre algo que eu tenha aqui explicado!!!está claro não está? =)

Para qualquer dúvida falem comigo ou então mandem-me um email para


giselario_123@hotmail.com .

Gisela Rio Turma 5

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