Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar
Todos os domínios de intervenção educativa necessitam de orientações de base
que regulem, sustentem e tornem mais clara a sua missão e a sua acção. A biblioteca escolar não é excepção. Constatando-se que a biblioteca escolar constitui um contributo essencial no sucesso educativo, dado o seu carácter transversal, é fundamental intensificar essa relação, melhorando a qualidade do serviço da Biblioteca. O Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar projecta a biblioteca numa dimensão mais activa no processo de ensino/aprendizagem e evidencia o seu valor nesse mesmo processo. Assim, a biblioteca escolar deixou de ser um sítio que organiza e disponibiliza recursos para passar e um espaço que interage com a escola, através da participação em projectos e actividades em desenvolvimento na escola, e do trabalho articulado com os docentes. “A auto-avaliação da biblioteca deve ainda ser incorporada no processo de auto- avaliação da própria escola, dada a relação estreita com a sua missão e objectivos” Este Modelo assenta, sobretudo, na “análise dos processos e dos resultados numa perspectiva formativa, permitindo identificar as necessidades e as fragilidades com vista à melhoria”, “permitindo orientar as escolas, através da definição de factores críticos de sucesso” Com este Modelo constituiu-se um novo conceito de aprendizagem, “em que o sujeito/aluno se apresenta como actor activo, construtor do próprio conhecimento”; descobriram-se novos contextos e caminhos do processo ensino/aprendizagem; reinventaram-se estratégias de abordagem ao conhecimento, “baseadas no questionamento e inquirição contínuas e no trabalho baseado na pesquisa e no uso de fontes de informação”; encontrou-se um espaço com novas oportunidades de leitura e de novas aprendizagens; resultando numa “modificação global das estruturas sociais e dos processos de aprendizagem e de acesso à informação”. A avaliação suportada por este Modelo deve ser entendida como um “processo que deverá conduzir à reflexão e deverá originar mudanças concretas na prática”, beneficiando o trabalho de todos, docentes e alunos, acrescentando à biblioteca escolar um valor estratégico para a escola.