A Justiça é aquilo que nasce da natureza classificativa e até punitiva da vida em
sociedade. Surge, também, da necessidade constante de se avaliar ou julgar as acções humanas. Tudo aquilo que implica e resulta de juízos de valor ou até de facto é também possível de classificar como sendo justo ou injusto. Deste modo, a natureza avaliativa e selectiva do homem é posta em prática através do julgamento efectivo das suas acções. Resultando, por ventura, em castigos ou penalidades consoante o delito ou infracção cometida, isto é, o carácter avaliativo intrínseco ao homem é que permite o julgamento cabal das suas acções. Na vida em sociedade, a justiça revela-se, por isso, imprescindível para o seu bom funcionamento e também para a boa convivência e relacionamento social entre os seus cidadãos. Numa sociedade justa, a convivência e a interacção social é mais saudável do que numa sociedade injusta. Pois, à justiça convêm não só os valores efectivos das acções, sendo consoante a sociedade punidos de variadas formas, como também o carácter de equidade e igualdade entre os homens que é fundamental para o regular funcionamento das instituições sejam elas sociais ou políticas.