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Este é o primeiro momento que dedico à minha auto-avaliação por

escrito relativa à presente formação.


Correndo o risco consciente, mas inevitável, de ser repetitiva em relação
ao que já terá sido escrito e dito sobre esta acção, neste ano lectivo e em
outros, a primeira grande dificuldade e, simultaneamente o ponto francamente
menos positivo da mesma, prende-se com a relação contraditória e incoerente
entre “informação máxima e compacta” e “tempo mínimo e fugaz” previsto e
cedido para leituras e cumprimento de tarefas, sem espaço possível, pela
minha parte, para a devida e merecida atenção aos trabalhos disponibilizados
pelas colegas. Sublinho “disponibilizados” pois considero que para os sentir
“partilhados”, tal exigiria a devida atenção e reflexão da minha parte de forma a
concretizar aprendizagem e a produzir conhecimento. Só que, em bom abono
da verdade, mais não tenho conseguido fazer que não seja abrir alguns
ficheiros e fazer uma leitura menos do que transversal de alguns deles.
Quem tem ficado a perder, obviamente, sou eu mesma, dado que os
importantes textos orientadores e as leituras complementares de cada uma das
sessões ficariam evidentemente enriquecidos pela leitura efectiva e integral dos
trabalhos contextualizados que as colegas, com os seus saberes experienciais
e não só, divulgam nos fóruns. Para mim, nesta minha primeira incursão no
mundo das Bibliotecas Escolares (e também na formação on-line), seria uma
mais valia poder efectivamente aprender com esses saberes capitalizados.
As tarefas até ao momento concretizadas, excepto o comentário ao
trabalho de uma colega, foram produzidas com recurso ao PowerPoint, dado
que me ajuda na estruturação da informação e no domínio dos conteúdos.
Sendo principiante nas lides relativas à BE e dada a minha falta de
conhecimento prévio em relação ao seu funcionamento (25 anos de trabalho
lectivo em escolas do 1.º ciclo e nenhuma delas com BE), as sessões estão a
revelar-se extraordinariamente importantes. As leituras obrigatórias previstas,
em particular os designados textos das sessões, transmitem informação
essencial e o MAABE é um excelente instrumento orientador com um valor
pedagógico fundamental para uma professora bibliotecária inexperiente como
eu.
Contudo, tendo em conta o peso da informação veiculada, tenho uma
forte sensação de incapacidade, não no entendimento e compreensão do
Modelo, mas na apropriação suficiente para o pôr em prática. Ora, tal significa
que ainda não sinto ter adquirido competência para o aplicar. Competência,
como refere Perrenoud (entre outros autores), é um “saber em uso” e eu
entendo que ainda não adquiri esse saber. E contudo, a minha preocupação
máxima tem sido sempre e continua a ser aprender para aplicar e colocar ao
serviço da comunidade escolar onde exerço funções.
Confesso que ainda me sinto muito dispersa nas quase duas centenas
de páginas do MAABE, apesar de o considerar um documento muito bem
estruturado e sequencializado, logo de fácil leitura apesar do seu número
“incrível” de páginas e o número quase insustentável de procedimentos a
cumprir ao longo do ano lectivo (assim me parece pelo menos enquanto não há
uma equipa, apesar de todos serem chamados a participar).
As leituras inerentes a esta formação nas três sessões também me
estão a ser úteis para uma possível transposição em outros domínios da vida
escolar, em particular relacionados com a auto-avaliação da escola e do
Agrupamento, a qual foi considerada no ano lectivo passado, no relatório de
avaliação externa da IGE, como menos conseguido, como uma oportunidade
de melhoria.

Rosa Maria Silva

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