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Evangelização através da Famílias

GRUPOS FAMILIARES DE CRESCIMENTO - GFC

1) O que são
a. Não é novidade.
Os Grupos de Crescimento é uma forma de organização instituída pelo próprio
Cristo, responsável pelo crescimento da Igreja Primitiva e que continua a
apresentar resultados recentes. (Ex: Seul – Coréia)

b. Não é G-12, Igreja em Células ou similar.


i. Os Grupos Familiares de Crescimento não vêm substituir qualquer
trabalho ordinário da Igreja;
ii. Os GFC não vêm instituir qualquer mudança doutrinária,
principiológica ou de usos e costumes;
iii. Os GFC não vêm modificar ou alterar a autoridade ministerial;
iv. Os GFC não tem objetivos econômicos, sociais, ou quaisquer outros
objetivos seculares;
v. Os GFC não têm objetivo de ser foro de discussão ou resolução de
problemas individuais ou coletivos, de discussões administrativas ou
eclesiásticas;
vi. Os líderes de GFC não substituem a autoridade pastoral ou
ministerial da Igreja.

c. Os GFC são:
i. Método de evangelização;
1. Crescimento contínuo;
2. Cuidado pós conversão;
ii. Método de discipulado;
1. Aquisição de disciplina espiritual
2. Aquisição de conhecimento bíblico
3. Aquisição de solidez espiritual
iii. Método de integração;
1. Aquisição de Espírito de Corpo;
2. Detecção de talentos naturais e capacidades ministeriais;
3. Encaminhamento para as atividades da Igreja

2) O que é necessário?
a. Motivação
i. Conceito- Segundo Agostinho Minicucci, in Psicologia Aplicada à
Administração:
Motivação é a força motriz que impulsiona o indivíduo em
uma direção e o constrange a persistir na sua ação.

ii. Motivação quanto à direção


- Positiva: Leva a avançar
- Negativa: Leva a fugir

iii. Motivação quanto ao conteúdo ético


- Boa: Leva ao que é bom
- Má: Leva ao que é mal
iv. Motivação quanto a sua origem:
- Objetiva: Elementos externos ao indivíduo, podem ser
exemplificados pela Educação, Lei, Moral Coletiva, Religião,
etc...
- Subjetiva: Elementos internos ao indivíduo, marcadamente
manifestos por suas necessidades.
b. Caráter Cristão (Santidade)
c. Bom conhecimento da realidade que o cerca

3) Breve esboço da realidade que nos cerca


a. A nova realidade é urbana
Um dos tópicos da Conferência da ONU sobre Assentamentos Urbanos –
HABITAT II, 1996, que reuniu organizações de todos os lugares do mundo, foi levantas
discussões sobre urbanização e o relacionamento dos centros urbanos com o campo,
além de promover novas estratégias para o gerenciamento urbano e melhora do ambiente
das grandes cidades. A esperança da ONU era e é achar soluções arquitetônicas e
sociais pra evitar o caos com o crescimento da população mundial, uma vez que metade
da humanidade vive e trabalha nas cidades, e a outra metade está cada vez mais
dependente dos centros urbanos para sobreviver.
b. A nova realidade é principalmente pobre
O Banco Mundial define assim pobreza: “Pobreza é fome. Pobreza é falta de
abrigo. Pobreza é estar doente e sem condições de ver um médico. Pobreza é não se
capaz de ir a uma escola e não saber ler. Pobreza é não ter emprego. É medo do futuro,
vivendo um dia de cada vez. Pobreza é perder um filho por causa da contaminação da
água. Pobreza é não ter nenhum poder, não ter representação e liberdade”1
c. A nova realidade é étnica
Há um fluxo constante e inconteste de pessoas de regiões mais pobres em
busca de regiões mais ricas, com isto são cumulativas as correntes migratórias de uns
países para outros e nada há que possa ser feito para reduzir tais acontecimentos. O
Brasil é um dos maiores representantes mundiais deste fenômeno.

d. A nova realidade é multi-religiosa


No último senso foi digno de nota o volume de religiões novas. Digno de
nota também e conseqüência das constantes migrações é o espalhamento de
determinadas religiões antes concentradas agora por todo o mundo. Na nova
configuração multi-religiosa não existem mais absolutos. Esta nova realidade é de forçada
tolerância com a religião do outro.
e. A nova realidade é Pós-Moderna
Os estudiosos ainda estão em processo de definir o que vem a ser a Pós-
Modernidade e quais as implicações desta sobre a nova sociedade. Mas é inegável que
ela aí está, marcadamente caracterizada pela quebra de paradigmas, cultura de mercado,
visão menos crítica, humor, hiper-realidade, paródia, narcisismo, facilidade, figurativismo
e desvalorização da arte. É como diz Lyotard: “...a falência dos grandes sistemas, a
substituição de uma metalinguagem universal pela pluralidade de sistemas formais
axiomáticos”.
f. A nova realidade é Pós Denominacional
Pesquisa realizada pelo Instituto Gerp, utilizando como amostra o Rio de
Janeiro concluiu o seguinte:
20% dos cariocas trocaram de religião recentemente. O catolicismo foi o
credo que mais perdeu fiéis, e as igrejas cristãs evangélicas, como a
1
Undertanding Poverty: What is poverty? http://worldbank.org/poverty/mission/up1.htm. Capturado em 02.07.2004.
Assembléia de Deus, a Universal do Reino de Deus e a Pentecostal, foram
as que mais acolheram seguidores. Outros dados reafirmam a tendência:
dos evangélicos do Rio, quase metade veio de outra crença. A maior
parte(62%) era católica. Ainda assim, com o peso da religião quase oficial, o
catolicismo mantém a adesão de 55% dos moradores do Rio.2
Esta troca de religião ou denominação tem tendência de se acentuar cada
vez mais, uma vez que a visão religiosa hoje é uma visão utilitarista de Deus. Quem
oferecer mais terá mais possibilidade de ter adeptos.

4) Organização administrativa exemplificativa.


a. Os GFC estão ligados à sua Coordenação (Coordenação Geral) e esta ao
Pastor Presidente;
b. Em cada Congregação haverá:
i. Coordenador de GFC (Coordenador de GFC na Congregação)
ii. Supervisores de GFC (A partir de 10 Grupos)
iii. Líderes de GFC (Até 10 pessoas)
c. O Coordenador de GFC de cada congregação trabalhará em sintonia sob
liderança constante do Pastor da Congregação e sob orientação da
Coordenação Geral de GFC.
d. O Coordenador de GFC é um representante do Pastor da Congregação e de
suas orientações junto aos Grupos.
e. Os Grupos não estão autorizados a realizar qualquer atividade
administrativa ou eclesiástica que não as orientadas pelo Pastor da
Congregação e pela Coordenação do Projeto. (Ex: Oferta, Dízimos,
contribuição de qualquer gênero, apresentação de crianças, batismo, visto
em carta de recomendação, noivados, etc...)

5) Funcionamento administrativo exemplificativo


a. Os Grupos se reunião uma vez por semana em horário e local, fixos e pré-
definidos;
b. A programação do encontro será fixa e pré-definida;
c. Cada encontro poderá ser seguido de uma pequena confraternização entre
os membros do Grupo;
d. Até o último dia útil do mês o Líder de Grupo deve encaminhar seu relatório
ao Coordenador de GFC e receber deste a programação do próximo mês;
e. Até o dia 15 do mês imediatamente subseqüente o Coordenador de GFC
deve encaminhar ao seu Pastor e à Coordenação do Projeto o seu relatório,
de quem receberá a programação para o próximo mês;
f. Os relatório podem ser encaminhados fisicamente ou por e.mail.

6) Funcionamento exemplificativo dos Grupos


a. Leitura Bíblica (2 ou 3 versículos) – (5 minutos)
b. Momento de oração com propósito – (10 minutos)
i. Oração pelo encontro
ii. Oração pelos membros do grupo
c. Momento de Adoração e Louvor (2 hinos) – (10 minutos)
d. Momento da Palavra – (15 minutos)
i. Apostila sugerida pela liderança
2
DARIANO, Daniela. ‘A multiplicação dos evangélicos’. Jornal do Brasil, 26/04/2004.
e. Reflexão do grupo sobre a palavra – (5 minutos)
f. Testemunho de alguém do grupo ou convidado - (5 minutos)
g. Momento de oração com propósito – (10 minutos)
h. Oração intercessória e pelos conversos.
i. Oração pelo ministério e pela Igreja
j. Benção de Deus (Do líder para os membros do grupo)
k. Confraternização

7) Desafios aos Grupos Familiares


a. Precisamos de GFC’s focados no Reino de Deus
b. Precisamos de GFC’s historicamente situados
c. Precisamos de GFC’s teologicamente integrais
d. Precisamos de GFC’s (Pós) Pós-Modernos

8) Heterogeneidade nos Grupos


a. Grupo Marta: Favorecedores do desempenho
b. Grupo Maria: Favorecedores das pessoas
c. Grupo Lázaro: Favorecedores das relações sociais
d. Grupo Judas: Antagonistas

9)

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