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Comentário à reflexão de Fátima Pedro

O meu comentário incide sobre a reflexão da colega Fátima, pois refere algumas
questões pertinentes, nas quais me revejo. A Fátima refere e muito bem “O professor
bibliotecário surge então com uma responsabilidade acrescida, assumindo um
renovado papel de facilitador do acesso à informação nestes “novos” suportes. Mas,
tal como é referido no documento A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas
Escolares mais do que gerir a informação cabe à biblioteca uma tarefa enorme
preparar os seus públicos para as literacias necessárias ao acesso e uso da informação
em ambientes digitais”.
Na sua reflexão refere também, aspectos com os quais algumas BE já se confrontam e
que se irão agravar face às novas políticas educativas. Passo a citá-los:
 Os recursos humanos são escassos - o número de professores que fazem parte
da equipa têm vindo a diminuir;
 Diminuição do número de horas que são atribuídas a esses professores;
 Quando existe uma funcionária de apoio ao serviço da biblioteca, esta é
constantemente solicitada para outros serviços, acabando por terem, os
professores bibliotecários, muitas vezes de executar tarefas rotineiras.
Segundo Maness um dos princípios que caracterizam a Biblioteca 2.0 é “ser inovadora
ao serviço da comunidade - procura constantemente a inovação e acompanha as
mudanças que ocorrem na comunidade, adaptando os seus serviços para permitir aos
utilizadores procurar, encontrar e utilizar a informação”. Coloco então a seguinte
questão, com as condicionantes acima referidas será possível ao Professor
Bibliotecário e à equipa dinamizar actividades que se querem inovadoras e promotoras
da formação dos utilizadores e dar continuidade a esse trabalho. Fica a questão!

A colega inicia a sua reflexão com a afirmação de Talandis no seu Web 2.0 in the
classroom: An introdution: “Verdade cruel (dura): aprender e implementar a Web 2.0
requer recursos, tempo, esforço e paciência”, sobre a qual me interrogo, será que as
medidas para a implementação do funcionamento da BE 2.0, não deveriam partir da
tutela. Fica a questão!

Apesar de todas as condicionantes, também tenho expectativas que, com esta


formação, me sinta habilitada a iniciar algo que permita transformar a “minha”
biblioteca 1.0 numa verdadeira biblioteca 2.0, porque a “vontade”, essa existe.

Clara Oliveira

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