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Elementos: são a base do quadro de energias da astrologia.

Se derivam de
quatro qualidades primitivas, que se organizam nos dois seguintes pares de
opostos:

Quente e Frio

Úmido e Seco

Dos quais podemos obter apenas quatro combinações:

Seco e Quente Fogo }Polaridade Yang – Positiva –


Seco e Frio Ar Masculina
Úmido e Quente Terra
Úmido e Frio Água }Polaridade Yin – Negativa – Feminina

E que devido a essas mesmas qualidades

[Seco = menos denso e menos sensível


Úmido = mais denso e mais sensível
Quente = mais móvel e rarefeito
Frio = mais estático e concentrado]

podemos, portanto, ordenar os elementos, desde o alto até embaixo, deste


modo:

O Fogo [Seco e Quente]: o mais móvel dos elementos, inconstante, porém


iluminador. Fugaz. Filho do alto e que ao alto quer tornar. Originariamente
habitava o céu. O magma convulso que habita o centro dos corpos materiais e
os aquece é um pouco de céu nas coisas do mundo. Pondo vistas à
inconstância do fogo: é uma fidelidade para com o céu. Portanto o ser do fogo
é o se consumir aqui em busca de um outro lar. O tempo do fogo: é apenas no
instante que o fogo se dá.

O Ar [Seco e Frio]: se faz da mesma mobilidade do fogo, contudo para


considerar as coisas, sem torrá-las, teve de se concentrar [esfriar]. Teve de por
o inaudito à fresca e tentar concertar em convenções o que não pode ser dito.
Assim como móvel, inconstante. Porém aqui inconstância suprema, pois a
inconstância da palavra, do tradutor, que se quer fiel tanto ao que está em
cima, quanto ao que está embaixo. É o tempo que se conta em dias e horas e
que conforme sopra o vento nos leva pra onde aponta o tempo biruta dos
ponteiros do relógio.

A Terra [úmida e quente]: aqui chegamos à imobilidade do firme, do


firmado, do timbrado nas coisas que sempre hão de morrer. De resto, o
inaudito já se fizera palavra, agora era a vez da palavra se materializar numa
voz. Aqui já não há que se contar o tempo, mas sim, tem de se viver um tempo
das e nas coisas. Um tempo que se nos parece fiel tão só e exclusivamente ao
ser daquelas mesmas coisas.

A Água [úmida e fria]: a imobilidade se esfria e tende a uma queda sem fim.
A água sempre quer sumir pelas frestas do limite e tende, por fim, a tudo
dissolver. Aqui constância e inconstância já não são opostos, quando perde-se
o firme ingressa-se no mundo a que tudo abarca e que se concentra no
absolutamente escuro. Mundo sem nome, sem passado e sem futuro a que ir
ter, mas feito de eras, inteiras, de um sofrer sempre fiel à espera de que tudo,
enfim, venha a se resolver em um outro qualquer instante.

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