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Idade AntigaA

Antiguidade compreende-se de cerca de 4.000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda
do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente,
onde floresceram as primeiras civilizações, sobretudo no chamado Crescente Fértil, que
atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egipto, Palestina,
Mesopotâmia, Irão e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicas:
Grécia e Roma.

Idade Média

A Idade Média é limitada entre o ano de 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de
Constantinopla pelos turcos otomanos e consequente queda do Império Romano do
Oriente. É estudada com relação às três culturas em confronto em torno da bacia do mar
Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da
Europa.

Idade Moderna

A chamada Idade Moderna é considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da


Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos
marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção
capitalista.

Idade Contemporânea

A chamada Idade Contemporânea compreende-se de 1789 até aos dias atuais. Envolve
conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de
grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.

Urbanizção da américa na idade média

Durante os séculos XI, XII e XIII, a população teve um aumento considerável. Isso
provocou um incremento na produção agrícola e o desenvolvimento das atividades
artesanais e mercantis. As cidades antigas absorveram grande número de pessoas;
surgiram também outras, chamadas "vilas novas". As cidades tiveram várias origens, mas
cresceram em função do comércio. O aumento da população rural e urbana transformou a
cidade num centro de distribuição dos produtos agrícolas, de tráfego comercial, tanto
regional como internacional, e de produção de manufaturas. A maioria das cidades
triplicou ou quintuplicou sua população ao longo dessa época, mas as condições de
higiene continuaram precárias.

3. O espaço urbano

Um conjunto de ruas estreitas e algumas praças formavam o interior das cidades, que
eram cercadas por muralhas. As muralhas antigas se ampliaram para poder abrigar a nova
população, em geral, formada de artesãosque haviam se instalado nas proximidades.
Assim, as cidades medievais iam se constituindo por conjuntos de bairros. As casas eram
apinhadas, pois no interior das muralhas dispunha-se de pouco espaço. Fora, estendiam-
se as hortas, os campos e os caminhos. Os mercados se realizavam na esplanada
externa, ou então na praça maior no interior da parte murada.

3a. As casas
As casas eram feitas de pedra e madeira. Em geral, eram escuras, pois tinham poucas
janelas, a fim de proteger os moradores contra o frio e o calor. No andar térreo das casas
que ficavam nas ruas principais, abriam-se pequenas lojas e oficinas, onde trabalhavam os
artesãos em seus ofícios. A vida desenvolvia-se num só aposento da casa.

Para lembrar:
As pessoas que habitavam as cidades eram de tipos muito
diversos. Havia nobres, eclesiásticos, comerciantes, artesãos,
agricultores. Ricos e pobres conviviam pacificamente. No início, os
habitantes das cidades eram chamados de burgueses, mas com o
passar do tempo, o nome passou a designar apenas os ricos. Entre
os grupos minoritários, destacavam-se os judeus, que viviam em
bairros separados e se dedicavam ao artesanato, ao comércio e a
atividades financeiras e empréstimos.

Urbanização na América Latina é decepcionante, diz estudo da ONU

De um lado, uma urbanização crescente que tem permitido aumento na qualidade de vida,
maior acesso a infraestrutura, serviços e emprego, melhoria na expectativa de vida, maior
igualdade de gênero e avanço na democracia. Do outro lado, concentração econômica em
poucas e grandes cidades, alto nível de pobreza e desigualdade e cidades dotadas de
valores agregados per capita em patamar menor do que outras regiões do planeta.

A preocupação é maior na América Latina do que nas cidades caribenhas, diz o


documento. A rápida urbanização aliada à tecnologia e aos meios de transporte deu às
cidades latinoamericanas conformações e escalas nunca antes vistas na história da
humanidade, e estas formas são replicadas em outras regiões da Ásia e da África, daí a
importância de conhecer melhor os processos e consequências, explicou a coordenadora
do estudo, Cecilia Martínez Leal, durante a apresentação nesta quinta-feira.

Latinoamericanos e caribenhos emergem como os mais urbanizados e mais desiguais do


planeta. Quatro em cada cinco pessoas vivem em cidades na região, mas o estudo
identifica grandes diferenças entre os países e também entre os espaços urbanos. O
progresso tem sido muito mais rápido nas grandes cidades do que nos centros menores e
nas áreas rurais, afirma o estudo.
As primeiras foram beneficiadas nos últimos anos por pesados investimentos em
infraestrutura e serviços, muitos dos quais por meio de empréstimos do Banco Mundial e
do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Daí resulta um grande predomínio econômico das cidades. São Paulo é citada como um
exemplo dessa força. Conta com cerca de 10% da população e produz 33,7% do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro – uma relação de 3,2. Empata com Bogotá, na Colômbia,
mas perde para a também colombiana Medellín (3,4), a equatoriana Guayaquil (3,5). A
relação, no entanto, às vezes pode ser enganosa: Brasília chega a 4,7, mas produz
apenas 6% do PIB para uma população que chega a 1,3% do total do País.

Outros países exibem cidades das quais são ainda mais dependentes. É o caso do
Panamá, onde a capital Cidade do Panamá produz 82,8% do PIB; Chile, onde a capital
Santiago gera 80,9% das riquezas do País.

Baixo valor agregado

As cidades da região apresentam ainda um outro dado preocupante para a ONU.


Concentram atividades de baixo valor agregado e com baixo estoque de capital. A isso se
soma uma concentração populacional com pouco capital humano (em outras palavras:
muita gente pouco qualificada).

Resultado: se Nova York tem um PIB per capita de mais de US$ 60 mil e Tóquio, US$ 33
mil, cidades como Buenos Aires, Cidade do México e Santiago do Chile apresentam
resultados bem mais modestos (US$ 18 mil, US$ 16 mil e US$ 15,9 mil, respectivamente).

O decepcionante sobre a urbanização na região é que a pobreza continua sendo muito


comum, diz o relatório. Em outro trecho, os autores afirmam que a desigualdade na
América Latina é preocupante. Segundo o documento, o país com menor desigualdade na
América tem maior desigualdade que qualquer país da Organização para a Cooperação e
o Desenvolvimento Econômico (OCDE), incluindo qualquer país do Leste da Europa.

Essa desigualdade, afirma o estudo, leva a região a enormes dificuldades para o


desenvolvimento humano e a democracia, além de reduzir o impacto que o crescimento
econômico pode ter sobre a pobreza. Na apresentação, Jorge Torres, um dos autores,
afirmou que boa parte da redução da pobreza nos últimos anos na região tem sido
favorecida por aspectos macroeconômicos, e não estruturais. Nossa urbanização é
excludente, ressaltou.

Com tamanha exclusão, o documento revela preocupação com o futuro da democracia na


região. Os autores reconhecem o recente avanço na participação da mulher na força de
trabalho das cidades, mas critica a legislação trabalhista que, na maioria dos países está
muito regulada, não conta com mecanismos que garantem sua aplicação.

 
Os sistemas urbanos constituem redes, formadas por um conjunto hierarquizado
de cidades com tamanhos diferentes, ou seja, onde se observa a influência exercida
pelos centros maiores sobre os menores. A hierarquia urbana se estabelece a partir
dos produtos e dos serviços que as cidades têm para oferecer. Quanto mais
diversificada for a economia de uma cidade, maior será a sua capacidade de liderar
e influenciar os outros centros urbanos com os quais mantém relações.
Assim se cria um sistema de relações no qual as cidades mais desenvolvidas
lideram a rede urbana. As cidades maiores influenciam as cidades médias, e estas
influenciam as cidades menores.
As metrópoles
correspondem a centros
urbanos de grande porte:
populosos, modernos e
dotados de graves problemas
de desigualdades sociais.
Nelas predomina o trabalho
assalariado, que, aliado ao
tamanho da população,
contribui para a formação de
um significativo mercado
consumidor. Para atender a
esse mercado, os
estabelecimentos comerciais
se multiplicam e as redes de
prestação de serviços de toda
espécie se ampliam, o que
configura um grande
desenvolvimento do setor
terciário da economia.
A concentração
populacional amplia a oferta
de mão-de-obra e, desse modo, atrai investimentos produtivos que contribuem para
o desenvolvimento da indústria, com a expansão do setor secundário não apenas
na metrópole, mas também nas regiões circunvizinhas.
Quando os limites físicos das cidades estão muito próximos, formam-se
conurbações. Isso ocorre principalmente nas regiões mais desenvolvidas, onde
geralmente há uma grande rodovia, um porto ou sistemas de comunicação
aperfeiçoados que expandem continuamente a área física das cidades.
Ao contrário do que normalmente se considera, a megalópole não é uma
megametrópole, mas uma conurbação de metrópoles. É encontrada em regiões de
intenso desenvolvimento urbano, e nelas as áreas rurais estão praticamente
ausentes.
As principais megalópoles contemporâneas
Boswash. (localiza-se no nordeste dos Estados Unidos); Chippits. (também está
localizada nos Estados Unidos, ao sul dos Grandes Lagos); Tokkaido (corresponde
a uma das megalópoles mais populosas do mundo. Localizada no sudeste do
Japão); Renana (localizada na Europa ocidental, junto ao vale do Reno).
A urbanização corresponde principalmente a um processo de transferência de
população das zonas rurais para as cidades; quando ele é muito intenso, recebe o
nome de êxodo rural.
 
 

 
Os países desenvolvidos
No século XIX, a urbanização foi mais intensa nos países que realizaram a
Revolução Industrial e que constituem hoje países desenvolvidos. As novas
possibilidades de trabalho na indústria e no comércio atraíram as populações da
zona rural para as cidades.
No pós-guerra, a concentração humana e a elevação do poder aquisitivo das
populações dos países mais desenvolvidos produziram um grande aumento do
consumo de bens e serviços, que favoreceu a expansão do setor terciário da
economia. Como nesse período também ocorreu um grande desenvolvimento da
tecnologia industrial, a produtividade aumentou e as necessidades de mão-de-obra
se reduziram.
Os países subdesenvolvidos
    O século XX se caracterizou pela urbanização dos países subdesenvolvidos. O
ritmo se acelerou a partir de  1950, devido ao aumento das taxas de crescimento
populacional e, em muitos desses países, à industrialização, propiciada pelos
significativos  investimentos das empresas multinacionais. Formaram-se grandes
cidades, para as quais as populações da zona rural se deslocaram em busca  de
melhores condições de vida, pois era ali que a industrialização estava mais
presente, com maior disponibilidade de emprego, conforto e ascensão social.
Nessas cidades, contudo, a industrialização adotou um padrão tecnológico muito
mais moderno do que o utilizado pelas indústrias do século XIX, o que resultou na
criação de menos empregos. Por isso, muitas pessoas que se deslocaram para as
cidades não encontraram trabalho e passaram a viver em situação de extrema
pobreza, em locais insalubres, como favelas e cortiços sem luz, água, rede de
esgotos, transportes coletivos e demais serviços urbanos.
Por isso, nessas cidades o setor terciário informal - aquelas atividades não-
regulamentadas, como a dos camelôs e biscateiros - cresce mais que o formal.
Essa situação é chamada de Hipertrofia do terciário.
A América Latina - É a região mais urbanizada entre o conjunto dos países
menos desenvolvidos e, desde o início da década de 1970, a população urbana é
superior à população rural.
Essa região foi a primeira a conquistar a independência política, a constituir uma
economia de mercado e a desenvolver atividades industriais, ainda durante o século
XIX. Desde o início do século XX, e principalmente após 1940, outros fatores
contribuíram para acelerar a urbanização. A concentração de terras herdadas do
período colonial se perpetuou no latifúndio, o que agravou a pobreza rural e
estimulou a população de origem camponesa a migrar para as cidades. Além disso,
muitas propriedades rurais se modernizaram, adotando procedimentos
administrativos característicos das grandes empresas urbanas e passando a utilizar
máquinas agrícolas em grande escala, que reduziram a necessidade de mão-de-
obra.
Em quase toda a América Latina, os índices de urbanização são elevados, com a
população urbana ultrapassando 70% na maior parte dos países, com exceção

Urbanização no Brasil
Urbanização: Aumento do número de pessoas na cidade em relação ao campo.
Crescimento Urbano: Crescimento do número de pessoas nas cidades. Esse
crescimento pode ser vertical e/ou horizontal. Esse crescimento não é
necessariamente derivado da vinda de pessoas do campo para cidade.
Histórico da urbanização brasileira Século XVI
As primeiras cidades brasileiras surgiram ao longo do litoral, pelo fluxo comercial da
população do açúcar que iria abastecer a metrópole.
Histórico da urbanização brasileira
Embora a produção de cana de açúcar se realiza-se no campo, a sua
comercialização levou ao desenvolvimento de uma atividade urbana.
Grandes parcelas dessas cidades se tornaram centros comerciais e pollitico-
administrativos, como no caso de Salvador.
No Brasil, existem poucas cidades localizadas no litoral que tinha como base
econômica as exportações, o mercado interno, era altamente deficiente, pois a
grande parcela da população (escravos) não possuía renda para consumir.
Histórico da urbanização brasileira Século XVIII
Com a descoberta de ouro na região central do Brasil, houve a mudança do eixo
econômico do litoral para o interior, o que fez surgir uma quantidade significativa de
pequenas e medias cidades.
Embora a mineração tenha propiciado um crescimento urbano considerável, varias
das cidades formadas, entraram em crise com as estagnação da atividade nas
minas.
Esse fator fez com que no Brasil nessa época não fosse desenvolvido uma
quantidade ampla de cidade de médio porte.
Século XIX
Com o ciclo do café, houve o retorno do crescimento de cidades de médio e
pequeno porte.
Essa atividade também proporcionou o crescimento de muitas cidades,
principalmente no eixo Rio-São Paulo-Parana.
Uma das grandes cidades que se desenvolveu nesse período foi São Paulo, que
hoje é a maior metrópole brasileira.
Histórico da urbanização brasileira Século XX
A urbanização só se tornou algo significante no Brasil durante a industrialização.
Nesse período, houve um forte fluxo de pessoas do campo para a cidade (êxodo
rural).
Durante as décadas de 1960 e 1970, o Brasil tornou-se,um país urbano, sendo essa
urbanização caracterizada como uma urbanização recente.
Formações das cidades
Cidades espontâneas: essas constitui o maior grupo de cidades. Essas cidades são
formadas a partir de fatores como mineração, desenvolvimento de rodovias, bases
militares, missões jesuíticas dentre outros.
Cidades Planejadas: são cidades formadas a partir de um prévio estudo espacial,
são cidades que possuem funções definidas desde sua formação, Brasília - DF,
Palmas - TO, Goiânia – GO etc...
Funções das cidades
Cidades político-adminstrativa: Têm função principal sediar órgãos públicos,
principal Governos. Exemplos Brasília-DF, Washington (EUA).
Cidades históricas e culturais: grupo ligado também a cidades turísticas, mas como
um enfoque mais sócio cultural. Exemplos Ouro Preto GO, Pirenópoles GO.
Cidades Militares: quando abriga ou abrigou bases militares. Exemplos Resende
RJ, Natal RN.
Cidades Turísticas: quando a cidade vive principalmente em função do turismo, fato
crescente no Brasil. Exemplos: Bonito-MS e Fernando de Noronha-PE.
Cidades Portuárias: se destacam pela importância dos seus portos. SP, Paranaguá-
PR e Itapuí - MA.
Cidades Industriais: possui como pilar central de desenvolvimento o setor industrial.
Exemplo: Cubatão-SP Volta Redondo-RJ, Chicago – USA.

Cidades Comerciais: quando o setor comercial é o ponto chave do desenvolvimento


da cidade. Exemplos: Caruaru-PE, Campina Grande-PB,Feira de Santana-BA.
Cidades Religiosas: quando o destaque maior é a presença de aspectos
relacionados às religiões. Exemplos: Fátima(Portugal), Aparecida do Norte-SP,
Meca (Arábia Saudita) e Jerusalém( Oriente Médio).
Cidades Universitárias: cidades que dependem bastante das universidades, que
atraem um grande número de pessoas e movimentam o seu comercio. Exemplos:
Campinas-SP e Uberaba-MG.
Movimentos populacionais
Globalização e migrações: A partir do século XVI,no início da formação do
capitalismo ,as migrações em escala continental ocorreram de modo geral da
Europa para as regiões que ainda não haviam incorporado o desenvolvimento
tecnológico e os padrões culturais europeus.
O desenvolvimento tecnológico nas últimas décadas do século XX intensificou as
disputas no mercado internacional. Com as novas formas de produção de
mercadorias e a crescente informatização do sistema financeiro e dos serviços
bancárias e comerciais, as atividades econômicas estão absorvendo cada vez
menos trabalhadores, especialmente os de baixa qualificação.
Migrações internacionais
Os deslocamentos populacionais fazem parte da história da humanidade, tendo sido
responsáveis pela formação dos diversos povos e, em certa medida, dos próprios
elementos culturais que os caracterizam.
URBANIZAÇÃO E METROPOLIZAÇÃO NO BRASIL

As metrópoles são as maiores e mais bem equipadas cidades de um país.

No Brasil, desenvolveu-se uma urbanização concentradora, isto é, que forma


grandes cidades e metrópoles. Em 1950, só existiam duas cidades com população
acima de 1 milhão de habitantes: Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2000, ambas
apresentam mais de 5 milhões de habitantes, e 13 municípios passaram a contar
com população urbana superior a 1 milhão de habitantes.

Em 1950, São Paulo não se incluía entre as 20 cidades mais populosas do mundo.
No ano 2015, segundo estimativas da ONU, a região metropolitana de São Paulo,
com 20,3 milhões de habitantes, será a quarta maior aglomeração urbana no
mundo, antecedida por Tóquio, no Japão (28,9 milhões), Bombaim, na Índia (26,3
milhões) e Lagos, na Nigéria (24,6 milhões). Ela é a metrópole que melhor reflete o
caráter concentrador da urbanização no País.

O censo de 2000 mostrou que a população brasileira ainda se concentra nas


grandes cidades e nas metrópoles. Em 1970, as regiões metropolitanas reuniam
24,3 milhões de pessoas; em 2000, passaram a contar com 67,8 milhões de
pessoas, ou seja, esta população quase que triplicou em três décadas,
representando 40,0% do total do País.
No entanto a população das capitais estaduais vem crescendo mais lentamente do
que a do País. Este é um dado recente e importante, porque as grandes cidades
ficam um pouco mais aliviadas dos problemas gerados pelo excesso de população.

REDE E HIERARQUIA URBANAS

O processo de urbanização compõe a chamada rede urbana, um conjunto integrado


ou articulado de cidades em que se observam a influência e a liderança das
maiores metrópoles sobre as menores (centros locais). A hierarquia urbana é
estabelecida na capacidade de alguns centros urbanos de liderar e influenciar
outros por meio da oferta de bens e serviços à população. Pode ser uma metrópole
nacional (se influencia todo o território nacional) ou uma metrópole regional (se
influencia certa porção ou região do País).

O ESPAÇO URBANO: PROBLEMAS E REFORMA


De um lado, há a cidade formal, na maior parte das vezes bem planejada, com
bairros ricos, ruas arborizadas, avenidas largas, privilegiada por equipamentos e
serviços. Contrasta, de outro lado, com a cidade informal, composta pela periferia
pobre, pelos subúrbios, pelas favelas, com ruas estreitas, sem planejamento, pela
ocupação desordenada e sem infra-estrutura adequada.

Na cidade informal ou “oculta”, concentram-se os problemas urbanos, e sua


população engrossa as estatísticas dos desempregados, dos subempregados, da
violência. A cidade formal, preocupada com a violência, cerca-se de muros,
guaritas, equipamentos de segurança (alarme, interfones, câmeras), acentuando a
segregação espacial.

O rápido crescimento urbano é visto desde 1920, quando a taxa de urbanização era
de 16%. Em 1940 a taxa de urbanização atingiu 31%, em 1960 subiu para 45% e
em 2005 já atingia 85%, mostrando claramente a superpopulação dos territórios.
Na década de 90, o Sudeste já era 88% urbanizado, o Centro-Oeste 81%, Sul
74,1%, Nordeste 60,6% e o Norte 57,8%.
O rápido crescimento populacional nas cidades não foi acompanhado pelo
crescimento industrial, esse fato gerou o desemprego e criou o subemprego (ou
desemprego disfarçado), situações agravadas pela tecnologia importada que
eliminou pessoas de seus trabalhos substituindo-as pelos sistemas tecnológicos. As
pessoas tiveram que se integrar às atividades remuneradas incertas e não
regulamentadas em lei, o que consiste o subemprego, como vendedores
ambulantes, bóias frias, flanelinhas, engraxates e outras funções não menos
importantes que os grandes cargos, mas que constituem a camada marginal do
sistema econômico.
Desta forma, os migrantes que vieram em busca de trabalho foram surpreendidos
pela forte urbanização que superou o processo industrial, pois o estado não teve
renda suficiente para industrializar rapidamente as cidades.

Urbanização

Toronto.
Urbanização é um processo de afastamento das características rurais de uma
localidade ou região para características urbanas. Usualmente, esse fenômeno está
associado ao desenvolvimento da civilização e da tecnologia. Demograficamente, o
termo denota a redistribuição das populações das zonas rurais para assentamentos
urbanos. O termo também pode designar a ação de dotar uma área com infra-
estrutura e equipamentos urbanos, o que é similar a significação dada à
urbanização pelo Dicionário Aurélio - Século XXI: "conjunto dos trabalhos
necessários para dotar uma área de infra-estrutura (por exemplo, água, esgoto, gás,
eletricidade) e/ou de serviços urbanos (por exemplo, de transporte, de educação, de
saúde)". Ainda pode ser entendido somente como o crescimento de uma cidade.
São Paulo, por exemplo, é uma cidade urbanizada. Por incrível que pareça os
detentores do título de maiores aglomerações mundiais pertencem aos países
emergentes. Tudo isso apenas reforça a ideia de que quanto mais um país demora
para se industrializar, mais rápida é sua urbanização. A urbanização é estudada por
ciências diversas, como a sociologia, a geografia e a antropologia, cada uma delas
propondo abordagens diferentes sobre o problema do crescimento das cidades. As
disciplinas que procuram entender, regular, desenhar e planejar os processos de
urbanização são o urbanismo, o planejamento urbano, o planejamento da
paisagem, o desenho urbano, a geografia, entre outras.

A história da urbanização
Embora já existissem grandes cidades na Antiguidade (Roma, em 100 d.C., possuía
650.000 habitantes), a humanidade só presenciou seu extraordinário crescimento
no momento da Revolução Industrial. O baixo nível técnico da agricultura
demandava grande quantidade de recursos humanos para realizar maiores receitas,
o que impediu o emprego dessa mão-de-obra na indústria (essencialmente na
indústria de base). Graças aos progressos dos transportes, as cidades tornaram-se
menos dependentes das suas proximidades, uma vez que o alimento para o
crescente número de habitantes da cidade poderia ser transportado de distâncias
maiores. Ao mesmo tempo, isso exigiu cada vez mais trabalhadores nas fábricas. A
urbanização era, simultaneamente, tanto o resultado como a causa da Revolução
Industrial. Um exemplo é a população de Londres: esta passou de 45 mil a 865 mil
habitantes entre o século XV e início do século XIX. Ao mesmo tempo, cresceu a
parcela da população urbana no total da população mundial: no início do século
XIX, 20,3 milhões de pessoas viviam em cidades (3% da população total mundial);
em 1900, esse número já era 224,4 milhões de pessoas (13,6%); em 1950, 729
milhões de pessoas (28.8%); em 1980, já haviam 1,82 bilhão de pessoas vivendo
em cidades (41,1%).

A construção de novas cidades pela Housing Development Board de Singapura é


um exemplo de urbanização planejada.
A urbanização teve grande influência sobre os hábitos diários das pessoas. Em vez
da tradicional família patriarcal rural, onde várias gerações viviam sob um mesmo
teto, havia uma família constituída de um homem, sua mulher e seus filhos. Isto
também resultou em mais individualismo (porque os laços familiares eram mais
flexíveis).
Na Europa e na América do Norte, a primeira fase da urbanização foi concluída
entre as décadas de 30 e 50. Em alguns países da América Latina e Ásia, a
urbanização está quase completa. Nos outros países asiáticos e latino-americanos,
esse processo ainda pensam nas áreas onde os agricultores tem esperança de uma
vida melhor para viver. Em muitos países africanos, o processo de urbanização
ainda nem começou.
Urbanização na Europa 75% das pessoas hoje vivem na Europa em media no total,
a maior porcentagem dos 5 continentes. Algumas cidades chegam a quase 3000
anos de idade como Roma e Atenas so perdendo em idade para algumas cidades
no Egito e Oriente Medio; Turquia e China e India. Sera analisado somente a partir
do periodo romano, embora existissem cidades desde antes do periodo grego mas
sem toda a europa e sem a unidade europeia. Os periodos sao os seguintes:
1) Romano e etrusco= seculo VIII a.C- II d.C, apice a partir do seculo II a.C 2) A 1a
idade media e a retração urbana romano germanica medieval: seculo III d.C- X d.C
3) O renascimento urbano da idade media central dos seculos XI, XII e XIII 4) As
cidades no renascimento: seculos XIV e XV 5) As cidades na idade moderna:
seculos XVI a XVIII 6) As cidades no seculo XIX a XX
2) A retração da 1a idade media e a herança romano germanica na alta idade media
Por volta do seculo III d.C, o imperio romano que ja tinha o periodo de glorias como
passado passa a se desfacelar tanto no ocidente(Galia, Iberia, Italia, Bretanha e
Germania e Africa) como no oriente(Egito, Dacia, Tracia, Grecia, Macedonia,
Palestina e Siria e Bizancio), mas sobretudo na parte mais ocidental os impactos
foram maiores.
A economia romana de base sobretudo rural-latifundiaria-escravista em grandes
propriedades rurais no ocidente tendendo quase a monocultura, chegou ao seu
limite de contradições explicita, em por volta ja de meados do seculo III d.C pela
decadencia do sistema escravista com o fim das conquistas, a queda do numero de
escravos e o aumento de custo deles e dos produtos por eles gerados(inflação e
crise monetaria e alimenticia), e com também: as crises economicas(escravismo,
alimento e comercio) e a inflação acelerada nos seculos III, IV e V; o abandono de
cidades e aldeias no ocidente a partir dos seculos II ou III, mas mais intenso no
seculo IV e V; o fechamento das estradas que ligam as principais cidades por
estarem abandonadas; a queda do rendimento econômico total no império gerado
pela escravidão a partir da pax romana no seculo I e as crises de abastecimento de
alimentos em todo o imperio e a capital a partir do seculo II, fez ocorrer um
processo de "naturalização" da economia com o colonato ou uma ruralização, que
dariam num futuro bem distante na genese do sistema feudal ocorrido 800 anos
depois no qual um colono romano recebe do proprietário de terras alem de uma
liberdade semi-servil, um pedaço de terra para cultivar, proteção e parte da
produção na sua mão em troca de pagamentos e de um contrato fixado entre as
partes a um proprietário que mais tarde viria a se tornar seu único senhor.
No ocidente as cidades criadas em estilo romano nos seculos I a.C e I d.C como
Marselha; Londres; Paris; Bruges; Colonia; Dresden; Napoles e Roma foram
inteiramente abandonas assim como varias aldeias e cidades medias ou entraram
em retração econômica e demográfica, e o nível urbano no ocidente e o tamanho
das maiores cidades no ocidente atinge seu ponto mais baixo em perto do ano
1000.
Enquanto no ano de 120 d.C a população na cidade de Roma era de
aproximadamente 1,7 milhões, a maior do mundo e do ocidente,, em 650 e no ano
1000 chegou a apenas 20000 pessoas, entre o fim do seculo VII e inicio do XI,
quase 90 vezes menos.
As cidades no ocidente(Europa), nessa 1a idade media, com a formação e
consolidação do cristianismo no ocidente como religião oficial, a crise do império
romano nos seculos III,IV e V e a formação da igreja como corpo politico do
cristianismo, tendem a partir ja do seculo VI e VII d.C a ser sedes monasticas ou
cidades monásticas com igrejas e monastérios e uma elite extra- mundana de
monges e de entesourar obras da antiguidade clássica; relíquias e dinheiro.
Mesmo assim há exceções nesse período: com a invasão árabe na Peninsula
Iberica a Iberia passa a ser regiao mais rica ; urbanizada e intelectualizada do
ocidente nos seculos VIII, IX e X(por volta do ano 1000) com cidades como Toledo;
Coimbra; Granada e Medina del Campo.
Milão e Ravena passam a ser importantes centros urbanos construidos com a
decadencia, nos seculos IV e V e Ravena passa a ser a capital do imperio no seculo
V.
O conceito de cidades nesse periodo ou é de um centro de retirada para monges
(cristão arcaico) como os monasterios ou passa a ser o lugar de pessoas
"mundanas" como judeus; banqueiros e mercadores
Conceito de cidade
A história da cidade pode ser considerada a história da humanidade. Sempre esteve
presente nas obras dos grandes filósofos da Antiguidade. Segundo esses filósofos,
qualquer desequilíbrio na estrutura das cidade poderia significar perigo para a
unidade e organização da sociedade. Para Ratzel, um dos fundadores da
Geografia, ela representa uma forma de aglomeração durável. Utilizando-se o
critério de Ratzel e incorporando este das atividades, podemos definir uma cidade
da seguinte forma: é todo aglomerado permanente cujas atividades não se
caracterizam como agrícolas. A grande concentração das atividades terciárias
públicas e privadas do aglomerado e a forma contínua dos espaços edificados onde
se dá a proximidade das habitações da população que vive dessas atividades são
atributos que permitem caracterizar melhor a cidade. De forma muito genérica,
pode-se dizer que, nestas condições, a aglomeração é importante por ser
organizada para o trabalho coletivo em atividades não-agrícolas.
Como espaço edificado, representando uma massa composta de habitações, a
cidade cria tipos de serviço que somente as formas de organização política são
capazes de administrar. Disso resulta ser ela o centro da vida política da sociedade.
Sua história confunde-se com a do Estado.
A cidade pode ter dois tipos de conceito atualmente: A cidade é toda sede de
municipio (ditada pelo IBGE), ou que, a cidade deve possuir pelo menos, um
algomerado de 10 mil habitantes (ditado pela ONU). portanto cidade é todo
aglomerado urbano envonvendo características sociais, economicas e culturais em
um mesmo ambiente
A urbanização brasileira
O surgimento e o crescimento das cidades brasileiras até o século XIX

Planta com o traçado urbanístico de parte da cidade do Rio de Janeiro, na década


de 1970.

A cidade de São Paulo: a política de zoneamento e planejamento da cidade permitiu


a formação de áreas verticalizadas e horizontais lado a lado.

Projeto com o traçado do plano piloto de Brasília. A cidade é um exemplo de


urbanização planejada.
Diferentemente da colonização portuguesa na América, os espanhóis incentivaram
culturas altamente urbanizadas. De sua parte, os astecas no México, os maias na
Guatemala e os incas no Peru apresentaram ao colonizador não somente
paisagens de grandes monumentos arquitetônicos, como os templos e as
estatuárias, mas também uma elevada concentração populacional em cidades com
milhares de habitantes.
Quanto ao Brasil, o grande domínio da colonização portuguesa na América, as
culturas encontradas no seu território caracterizavam-se por um estágio de
desenvolvimento bastante diferente, sem nenhum vestígio de vida urbana, com os
indígenas vivendo organizados em tribos de agricultores.
Característica expressiva da urbanização que marcou a colonização espanhola na
América, o traçado em linhas retas das ruas e praças pode ser considerado como
uma imposição do plano regular das cidades. Nele não se percebe nenhuma
liberdade de adaptação desse traçado das ruas à sinuosidade do relevo, como
também não se verifica nenhuma valorização simbólica dos lugares, a exemplo das
cidades gregas e da região do Lácio, que valorizavam os sítios em acrópole. A
cidade em tabuleiro de xadrez foi a expressão da necessidade de dominar o
território conquistado.
Quanto à colonização portuguesa no Brasil, os estímulos foram diferentes para a
produção do território e da sua urbanização. Nos primórdios da ocupação, sua
economia, baseada na produção agrícola, era orientada para a exportação, daí as
planícies e os terraços litorâneos terem sido escolhidos para a implantação dos
primeiros núcleos urbanos. Os sítios escolhidos eram os localizados próximos à
baías ou enseadas junto dessas planícies. As primeiras grandes cidades brasileiras
estiveram intrinsecamente ligadas à função de porto comercial e à função militar. As
condições de tais sítios favoreciam não somente a ligação com as áreas de
produção agrícola como também o estabelecimento seguro de bases militares para
garantir a posse da colônia. Exceções foram as cidades de São Paulo, nesse
período, de Curitiba, no século XVII, e as cidades da mineração do século XVIII,
que deslocaram o eixo da ocupação para o interior do território, como Ouro Preto
em Minas Gerais e Goiás Velho em Goiás.
Enquanto as ordens espanholas mandavam evitar fundações de cidades em zonas
litorâneas, as portuguesas proibiam que se fundassem cidades no interior sem
permissão real, assim como qualquer penetração para o interior do território deveria
ser expressamente autorizada.
Somente com a crise da agricultura em fins do século XVII e do XVIII, quando a
mineração do ouro e da prata se expandiu, é que as ordenanças portuguesas se
afrouxaram e foram fundadas cidades no interior do território brasileiro, como Vila
Boa, hoje cidade de Goiás, no século XVIII, pelo bandeirante Bartolomeu Bueno da
Silva; Vila Rica, hoje Ouro Preto, em Minas Gerais, fundada em 1711; Cuiabá, em
Mato Grosso, fundada em 1727; Campinas, em São Paulo, elevada à condição de
vila em 1797, também dentro do período do bandeirismo e da mineração do ouro.
Apesar de o século XVIII ter presenciado um grande avanço na fundação de vilas e
cidades no interior do território brasileiro, esse processo se fez de forma muito
descontínua, motivado tanto pela dependência do povoamento em relação às
oscilações do mercado externo como também pelo esgotamento dos recursos ou
pela concorrência de um produto com outro (caso da cana, da mineração e do
café).
Foi um fenômeno constante a descontinuidade no crescimento das cidades do
período colonial e mesmo durante o Império. Os recursos naturais, à medida que se
esgotavam, levavam à estagnação desses centros. As grandes cidades mais bem
localizadas sempre tiveram seu crescimento de forma mais contínuas,
principalmente as portuárias. Estas podiam beneficiar-se de sua posição geográfica
como centro de exportação de vários pequenos centros regionais, em que a
estagnação de um era compensada pelo dinamismo de outro, e assim o grande
centro conseguia sempre manter sua função exportadora. A cidade do Rio de
Janeiro beneficiou-se da exportação de ouro e, quando este declinou, substitui-o
pela exportação do café, que emergiu logo em seguida como o grande produto
brasileiro.
Com a retomada do dinamismo do setor agrário da economia brasileira, no início do
século XIX, as antigas cidades litorâneas retomaram seu ritmo de crescimento. A
cana-de-açúcar, no Nordeste, permitiu que cidades como Salvador e Recife
voltassem a crescer, garantindo-lhes o segundo e o terceiro lugares quanto ao
número de habitantes entre as cidades brasileiras. O primeiro lugar passou para o
Rio de Janeiro.
A transferência da Corte portuguesa para essa cidade, em 1808, não somente lhe
permitiu o crescimento demográfico como também lhe garantiu uma transformação
urbanística que a colocou muito próxima das cidades européias. Com a implantação
da Corte, a criação da Academia Imperial de Belas Artes e a presença da Missão
Cultural Francesa, o Brasil começou a viver momentos de transformação no perfil
arquitetônico de suas principais cidades. Os edifícios públicos e a residência da
Corte passaram a ser construídos segundo os modelos arquitetônicos neo-
clássicos, isto é, segundo os padrões europeus.
As principais cidades, a partir da segunda metade do século XIX, passaram a
receber uma enorme quantidade de melhorias técnicas, desde a implantação de
sistema hidráulico, de iluminação, de transporte coletivos com tração animal e redes
de esgoto até planos urbanísticos de logradouros públicos, praças e vias
arborizadas.

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