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BRENO INGLIS FAVACHO


DANIELE DE SOUSA MIRANDA
LUIZ HENRIQUE DOS SANTOS OLIVEIRA

ANÁLISE COMPARATIVA DO DESEMPENHO DA TÉCNICA DE


VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDOR

Belém/PA
2008
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BRENO INGLIS FAVACHO


DANIELE DE SOUSA MIRANDA
LUIZ HENRIQUE DOS SANTOS OLIVEIRA

ANÁLISE COMPARATIVA DO DESEMPENHO DA TÉCNICA DE


VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDOR

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Centro de Ciências Exatas
e Tecnologia da UNAMA – Universidade da
Amazônia, como exigência parcial para
obtenção do título de Bacharel em Ciência
da Computação. Elaborado sobre
orientação do Prof. MSc. Ananias Pereira
Neto.

Belém/PA
2008
3

BRENO INGLIS FAVACHO


DANIELE DE SOUSA MIRANDA
LUIZ HENRIQUE DOS SANTOS OLIVEIRA

ANÁLISE COMPARATIVA DO DESEMPENHO DA TÉCNICA DE


VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDOR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de


Bacharelado em Ciência da Computação.

Data da Defesa: ____/____/____


Conceito:___________________

Banca Examinadora

_________________________________________
Orientador: Prof. MSc. Ananias Pereira Neto

_________________________________________
Membro: Prof. MSc. Afonso Jorge Ferreira Cardoso

_________________________________________
Membro: Prof. MSc Elisângela Santana Aguiar
4

AGRADECIMENTOS

Este trabalho só foi possível graças à colaboração direta ou indireta de algumas


pessoas e a estas pessoas gostaríamos de agradecer.
Primeiramente a Deus. Por tudo que tem feito por nós, durante toda a nossa
vida.
Agradecemos aos nossos familiares pela paciência, compreensão e apoio e por
nos acompanharem durante esta etapa da nossa vida, sempre acreditando em nosso
esforço em busca dos nossos sonhos.
À eterna equipe “cão”, David “Dadid”, Luis Gustavo, Breno “Brenoca”, Luiz
Henrique “jaminho”, Rubens, Diego “didigi”, Rafaelle e Daniele. pelos alucinantes
períodos de stress pré-entrega de projetos, e pelos projetos feitos em tempo mais que
mínimo que conseguimos entregar a tempo. A estes com todo carinho que não são
mais colegas, mas sim amigos, que encontramos na faculdade.
Agradecemos ao nosso orientador, Ananias Pereira Neto pelo seu incentivo,
ajuda e (muita ajuda), conhecimento e orientação que possibilitaram a realização deste
trabalho.
Agradecemos gentilmente, ao Coordenador do Curso Claudio Alex, por agilizar a
permissão de utilizarmos o laboratório da UNAMA da Senador Lemos.
Por fim, eu (Daniele de Sousa Miranda) agradeço especialmente ao meu pai,
Daniel Araújo por me ensinar o valor do estudo e minha mãe Maria Madalena que é o
meu muro de lamentações, onde apesar de todos os obstáculos e dificuldades
encontradas durante a realização deste trabalho, sempre me apoiaram e nunca
deixaram de acreditar em mim.
Enfim, a todos que passaram por nossa vida, colaborando direta ou
indiretamente na realização deste trabalho.
A todos esses, nossos sinceros agradecimentos.
5

“… Com um pouco de agilidade mental e algumas leituras em segunda mão,


Qualquer homem encontra as provas daquilo em que deseja acreditar …”.

(Bertrand Russel)
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RESUMO

A técnica da virtualização de servidor, embora não seja uma tecnologia recente,


só agora ganhou grande projeção no meio tecnológico. Os problemas que surgiram
com a utilização do modelo descentralizado pelas empresas e pelos departamentos de
Tecnologia da Informação, acabaram por fortalecer a utilização da técnica de
virtualização de servidor juntamente com a consolidação de servidor, devido varias
vantagens que esta técnica proporciona em detrimento ao modelo descentralizado.
Assim, este trabalho apresenta um estudo sobre a técnica de virtualização de servidor
abordando seu conceito, características, tipos de virtualização. Tais conceitos
desempenham papel fundamental, para que haja um pleno entendimento sobre o
assunto desenvolvido neste trabalho. É apresentada uma análise comparativa de
desempenho de serviços entre os serviços implementados no servidor convencional
aos implementados no servidor virtual.

PALAVRAS-CHAVE: técnica de virtualização, servidor convencional, servidor virtual,


máquina virtual e avaliação de desempenho.
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ABSTRACT

Server virtualization technique, although isn’t a recent technology, has been


taking wide projection in the technological field lately. The problems that appeared with
the use of the descentralized model by companies and by Information Technological
departments have grown the use of the servers virtualization technique in set with the
server consolidation, because of the various advantages that this technique offer, in
detriment to the descentralized model. This work presents a study about the server
virtualization technique, approaching its concept, characteristics, types of virtualization.
Such concepts are very important for the best understanding about the subject that is
developed in this work. It’s presented a comparative analysis of the performance of
services and, at the end, it’s compared the performance of these services, between the
services implemented in a conventional server and those that were implemented in a
virtual server.
Key Words: virtualization technique, conventional server, virtual server, virtual
machine and performance evaluation.
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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1: Arquitetura tipo 1 19


Figura 2.2: Arquitetura tipo 2 19
Figura 2.3: O Sistema operacional e aplicações empilhados sobre a camada de 20
software VMM .
Figura 4.1: Transferência de arquivo de tamanho 2GB por FTP do servidor 33
convencional
Figura 4.2: Transferência de arquivo de tamanho 2GB por FTP do servidor virtual 34
Figura 4.3: Transferência de arquivo de tamanho 2GB por FTP do servidor 35
convencional para o cliente
Figura 4.4: Transferência de arquivo de tamanho 2GB por FTP do servidor virtual 36
para o cliente
Figura 4.5: Término da transferência do servidor virtual 36
Figura 4.6: Transferência de arquivo FTP do servidor convencional para os 39
clientes – parâmetro página/s
Figura 4.7: Transferência de arquivo FTP do servidor convencional para os 40
clientes – parâmetro tempo de processador
Figura 4.8: Transferência de arquivo FTP do servidor convencional para os 40
clientes – parâmetro tempo ocioso
Figura 4.9: Transferência de arquivo FTP do servidor convencional para os 41
clientes – parâmetro tempo de usuário
Figura 4.10: Transferência WEB do servidor convencional para os clientes – 42
parâmetro página/s
Figura 4.11: Transferência WEB do servidor convencional para os clientes – 42
parâmetro tempo de processador
9

Figura 4.12: Transferência WEB do servidor convencional para os clientes – 43


parâmetro tempo ocioso
Figura 4.13: Transferência WEB do servidor convencional para os clientes – 43
parâmetro tempo de usuário
Figura 4.14: Transferência de arquivo FTP do servidor virtual para os clientes – 44
parâmetro página/s
Figura 4.15: Transferência de arquivo FTP do servidor virtual para os clientes – 45
parâmetro tempo de processador
Figura 4.16: Transferência de arquivo FTP do servidor virtual para os clientes – 46
parâmetro tempo ocioso
Figura 4.17: Transferência de arquivo FTP do servidor virtual para os clientes – 46
parâmetro tempo de usuário
Figura 4.18: Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro 48
página/s
Figura 4.19: Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro 49
tempo de processador
Figura 4.20: Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro 49
tempo ocioso
Figura 4.21: Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro 50
tempo de usuário
Figura 4.22: Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro 51
página/s (Linux)
Figura 4.23: Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro 52
tempo de processador (Linux)
Figura 4.24: Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro 53
tempo ocioso (Linux)
Figura 4.25: Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro 53
tempo de usuário (Linux)
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LISTA DE TABELAS

Tabela 4.1: Comparação da taxa de transmissão do serviço WEB entre o 47


servidor convencional e o servidor virtual para os clientes
Tabela 4.2: Comparação da taxa de transmissão do serviço WEB entre o 54
servidor virtual com SO convidado Windows e o servidor virtual com o SO
Suse, para os clientes.
11

LISTA DE SIGLAS

AMD – Advanced Micro devices


FTP – File Transfer Protocol
MMU – Memory Management Unit
SO – Sistema Operacional
VM – Virtual Machine
VMM – Virtual Machine Monitor
TI – Tecnologia da Informação
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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 13
1.1 - VISÃO GERAL ............................................................................................................................ 13
1.2 –TRABALHOS RELACIONADOS ................................................................................................ 14
1.3 – OBJETIVOS ............................................................................................................................... 15
1.4 – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................................................. 15
2 - VIRTUALIZAÇÃO ............................................................................................................................. 17
2.1 - DEFINIÇÃO ................................................................................................................................ 17
2.2 – MÁQUINA VIRTUAL .................................................................................................................. 17
2.3 – MONITOR DE MÁQUINA VIRTUAL .......................................................................................... 18
2.4 – TÉCNICAS DE VIRTUALIZAÇÃO ............................................................................................. 20
2.4.1 – Virtualização completa ....................................................................................................20
2.4.2 – Paravirtualização .............................................................................................................. 21
2.4.3 – Recompilação Dinâmica .................................................................................................. 21
2.5 – VANTAGENS E DESVANTAGENS ........................................................................................... 25
2.5.1 - Vantagens .......................................................................................................................... 23
2.5.2 - Desvantagens .................................................................................................................... 23
3 – FERRAMENTAS E CENÁRIOS UTILIZADOS NA ANÁLISE DE DESEMPENHO........................ 26
3.1 - VIRTUALPC ................................................................................................................................ 26
3.2 – ANÁLISE .................................................................................................................................... 28
3.2.1 – Primeira fase da análise .................................................................................................. 29
3.2.2 – Segunda fase da análise ................................................................................................. 30
4 – RESULTADOSOBTIDOS ................................................................................................................ 32
4.1 – CENÁRIOS DE TESTES DA PRIMEIRA FASE DA ANÁLISE ................................................... 32
4.1.1 – Cenário 1 – Ambiente convencional (servidor convencional) .................................... 32
4.1.2 – Cenário 2 – Ambiente virtual (servidor virtual) ............................................................. 32
4.2 – COMPARAÇÕES DE RESULTADOS DA PRIMEIRA FASE DA ANÁLISE ............................... 33
4.3 – CENÁRIOS DE TESTES DA SEGUNDA FASE DA ANÁLISE ................................................... 37
4.3.1 – Cenário 1 – Ambiente convencional .............................................................................. 37
4.3.2 – Cenário 2 – Ambiente virtual – SO convidado Windows ............................................. 37
4.3.3 – Cenário 3 – Ambiente virtual – SO convidado Linux.................................................... 38
4.4 – COMPARAÇÕES DE RESULTADOS DA SEGUNDA FASE DA ANÁLISE .............................. 38
4.4.1 – Resultados dos testes do cenário 1 ............................................................................... 38
4.4.2 – Resultados dos testes do cenário 2 ............................................................................... 44
4.4.3 – Resultados dos testes do cenário 3 ............................................................................... 51
5 – CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS .................................................................................. 56
3 – REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 58
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1 - INTRODUÇÃO

2 .1 - VISÃO GERAL

No decorrer dos anos, muitos serviços foram informatizados exigindo que as


empresas investissem na capacidade computacional, para que os serviços fossem
processados satisfatoriamente. O modelo descentralizado, até então, era uma
prática comum entre as empresas - como ainda é em muitos casos - utilizar
servidores separados para hospedar aplicações críticas, como servidores de e-mail,
bancos de dados, softwares de gestão dentre outros. O problema deste modelo é
que ele aproveita mal os recursos das máquinas, quanto mais máquinas, custo de
manutenção maior, gerenciamento complicado, aumento no consumo de energia e
conseqüentemente, acréscimo no orçamento das empresas de TI. Estas questões
impulsionaram o surgimento de técnicas que contornassem esses problemas.
Uma delas é a técnica da virtualização em conjunto com a consolidação de
servidores que, em curto espaço de tempo está sendo incorporada por um número
considerado de empresas fornecedoras de software empresariais e pelas empresas
que utilizam de tecnologia. Essa técnica baseia-se num software que simula ser um
hardware, fornecendo uma camada de abstração entre sistemas de hardware de
computador e o software que roda nestes sistemas, já a consolidação de servidores
vem ser a eliminação de máquinas, unindo múltiplos serviços que antes eram
alojados em diferentes servidores, em servidores potentes que passam pelo
processo da técnica de virtualização (WILLIAMS & GARCIA, 2007).
A técnica da virtualização não é recente, nos anos de 1990, ela já era usada,
principalmente, para recriar ambientes do usuário final em um único mainframe.
Todavia com a expansão da utilização da arquitetura cliente/servidor, a virtualização
perdeu força e parecia não ir muito além de uma novidade passageira da era do
Mainframe. Mas com o surgimento dos problemas com a utilização do modelo
descentralizado e a união da virtualização com a consolidação de servidores, a
técnica ganhou força no meio tecnológico. Segundo o analista da IDC (International
Data Corporation) Reinaldo Roveri “No Brasil, 80% das grandes e médias empresas
estão investindo na virtualização de seus servidores”.
Assim, a técnica da virtualização de servidor, embora não seja uma tecnologia
recente, somente agora ganhou grande projeção no meio tecnológico, a mesma
14

ainda é pouco explorada em nossa região, mas já mostrou ser uma técnica
promissora para reduzir as sempre crescentes infra-estruturas dos Data Center’s
(WILLIAMS & GARCIA, 2007), além de oferecer a oportunidade de obter reais
vantagens para os departamentos de Tecnologia de Informação das empresas que
venham a utiliza-lá, em detrimento ao modelo convencional. A técnica hoje é
considerada a mola propulsora do mercado.

1.2 - TRABALHOS RELACIONADOS

Com o fortalecimento da técnica de virtualização, diversos trabalhos


relacionados aplicados em diversas áreas de tecnologia da informação podem ser
encontrados.
Em (CARVALHO & ROCHA, 2005) o projeto teve como objetivo a
reestruturação da infra-estrutura informática do GIL (Grupo de Investigação de
Linux), em nível de serviços, servidores e rede, de modo a corrigir deficiências
identificadas, fornecer novas capacidades, e manter um nível de disponibilidade
adequado. Para esse efeito usou-se de paravirtualização, que permite particionar um
sistema em várias máquinas virtuais, com isolação de recursos e um impacto de
desempenho mínimo. A virtualização do hardware permite também suspender e
resumir, ou migrar, as máquinas virtuais de forma transparente e com uma
interrupção de serviço na ordem dos milissegundos. Para redundância e
manutenção distribuída do estado das máquinas virtuais, usou-se também de um
mecanismo de rede de replicação de dados com garantias de consistência. Assim
neste trabalho obteve-se uma infra-estrutura de rede dinâmica, em que os serviços
podem ser rapidamente migrados entre máquinas e a sua disponibilidade é
virtualmente constante.
Já em (ANDRADE, 2006) é apresentado os principais conceitos envolvidos em
virtualização sendo que é proposta uma análise do comportamento e o desempenho
de alguns monitores de máquinas virtuais, utilizando os principais produtos
encontrados no mercado, foi utilizado sistema operacional de testes a versão 3.1 da
distribuição Debian GNU/Linux devido sua grande confiabilidade. Por fim o trabalho
mostrou as diferenças entre as implementações dos principais concorrentes
(VMware e o Xen), podendo servir como um estudo inicial para o projeto de
15

implementação de um ambiente de múltiplas máquinas virtuais no Centro de


Informática da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
E em (OLIVEIRA, 2007) foi constatado que numerosos sistemas têm sido
desenhados usando a virtualização para dividir os amplos recursos dos
computadores modernos. O objetivo deste documento é apresentar um estudo de
caso utilizando a ferramenta de virtualização VMware para solucionar problemas de
compatibilidade entre software e hardware. O estudo de caso se baseia em uma
realidade vivida pela Caixa Econômica Federal nos últimos meses de 2006, onde a
aquisição de um novo hardware tornou a atual solução do sistema de Ponto de
Vendas (PV) indisponível. A indisponibilidade aconteceu devido ao fato da atual
solução, baseada no sistema operacional Microsoft Windows NT4 Workstation, não
ser compatível com o chipset do novo hardware.
Ao fim o trabalho chega à conclusão que os sistemas de virtualização
existentes atualmente no mercado podem ajudar as empresas a resolverem
problemas de compatibilidade entre software legado e hardware moderno. Além
disso, o uso do sistema operacional GNU/Linux como sistema base para a solução
mostra o seu grau de maturidade, bem como a visão das grandes empresas de
tecnologia mundial com relação a este sistema.

1.3 - OBJETIVO

O objetivo deste trabalho inicialmente é pesquisar sobre a técnica virtualização


de servidor, descrever os conceitos e softwares utilizados na implementação da
técnica em questão, e realizar uma análise comparativa do desempenho dos
serviços de rede (FTP - File Transfer Protocol e WEB) implementados em um
servidor virtualizado ao dos serviços disponibilizados em um servidor físico.

1.4 - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Este trabalho está organizado da seguinte forma:


No capítulo 2 é apresentada uma introdução ao tema virtualização, os
principais conceitos envolvidos com o tema estudado, os tipos de virtualização,
vantagens e desvantagens desta técnica.
16

No capítulo 3 é feito um detalhamento das ferramentas utilizadas no processo


de implementação da técnica de virtualização e dos cenários utilizados na análise e
comparação do desempenho dos serviços implementados no servidor virtual e
servidor convencional.
No capítulo 4 são mostrados os resultados da análise realizada (comparação
de desempenho dos serviços virtualizados com o desempenho dos serviços
convencionais) e comentários sobre eles.
No capítulo 5 temos a conclusão do trabalho e algumas considerações
destinadas aos trabalhos futuros.
17

2 – VIRTUALIZAÇÃO

2.1 - DEFINIÇÃO

Este capítulo apresenta uma visão geral da tecnologia de virtualização


descrevendo seu conceito, as três principais técnicas de virtualização e a
terminologia utilizada nesta área do conhecimento.
A virtualização de servidores, tão conhecida e difundida atualmente nos
servidores da plataforma x86, tem a sua origem e seus conceitos diretamente
relacionados a descobertas e pesquisas da IBM (International Business Machines).
A tecnologia como apresenta-se hoje, vem sendo preparada desde os anos 90, mas
somente ganhou grande projeção no meio tecnológico, através da VMware, empresa
responsável pelo desenvolvimento do primeiro hipervisor para arquitetura x86 na
década de 90, sendo responsável pelo “boom” da virtualização de servidores que é
presenciado atualmente.
Assim, o conceito de virtualização não é novo, essa tecnologia segundo os
autores (WILLIAMS & GARCIA, 2007) baseia-se numa técnica que adiciona entre as
aplicações e o hardware uma camada de abstração, podendo melhorar os níveis de
serviços e qualidade dos mesmos. Em virtude do crescimento desta técnica, assim
como em qualquer outra área, surgem os vários termos utilizados. Para que seja
possível o entendimento pleno deste trabalho, os tópicos a seguir visam esclarecer a
terminologia utilizada nesta área. Importante lembrar que alguns termos, às vezes,
são utilizados de maneira errada pelo simples desconhecimento de tal terminologia.
A seguir são apresentados os principais conceitos da área, adaptados de alguns
autores.

2.2 - MÁQUINA VIRTUAL

Máquina Virtual (Virtual Machine – VM) refere-se à instância de um hardware


virtualizado e um sistema operacional também virtualizado normalmente sob a forma
de simulação, ou seja, uma interface com o ambiente, diferentemente da emulação
que refletiria todos os estados internos do ambiente ao mesmo tempo. Uma máquina
virtual pode executar qualquer tipo de software como um servidor, um cliente ou um
18

desktop. Esta máquina virtual também é chamada de computador virtual, convidado,


domain U, domU ou domínio sem privilégios. Diretamente pode-se dizer que
máquina virtual é uma duplicata eficiente e isolada de uma máquina real
(LAUREANO, 2006).

2.3 – MONITOR DE MÁQUINA VIRTUAL

Entre os vários conceitos envolvidos no estudo de máquinas virtuais, o de um


monitor (também chamado de hypervisor, VMM, ou Virtual Machine Monitor) é um
dos principais. O monitor é uma camada de software introduzida entre o sistema
visitante (guest system) e o hardware onde o sistema visitante executa (XenSource,
2007). Essa camada faz uma interface entre os possíveis sistemas visitantes
(virtuais) e o hardware que é compartilhado por eles. Ela é responsável por
gerenciar todas as estruturas de hardware, como MMU (Memory Management Unit),
dispositivos de E/S, controladores DMA (Advanced Micro Devides), criando um
ambiente completo (máquina virtual), onde os sistemas visitantes executam. O VMM
é o centro da virtualização de servidores. Que gera recursos arbitrários de hardware
e os múltiplos pedidos dos hóspedes dos sistemas operacionais e das aplicações
(WILLIAMS & GARCIA, 2007).
Em computação, o VMM também é chamado de Hypervisor. O hypervisor é
uma plataforma de virtualização que possibilita a execução concomitante de vários
sistemas operacionais em um único hardware, como mostra a Figura 2.1 Para
realizar tudo isto, o VMM pode atuar de duas maneiras distintas para promover a
virtualização:
• O tipo 1 é aquele que é executado diretamente no hardware da máquina,
como se fosse um sistema operacional. Os sistemas operacionais virtualizados são
executados em um segundo nível acima do hardware, logo acima do hypervisor.
Alguns exemplos são: VMware ESX, Xen, dentre outros.
• O tipo 2 é aquele que é executado sobre um sistema operacional existente
em uma segunda camada. Já os sistemas operacionais virtualizados rodam em um
terceiro nível acima do hardware, logo acima do hypervisor. Alguns exemplos são:
VMware Workstation, VMware Player, Microsoft Virtual Server, Xen, dentre outros.
As Figuras 2.1 e 2.2 mostram esquemas das arquiteturas de Tipo 1 e Tipo 2.
19

Figura 2.1 - Arquitetura tipo 1. Fonte: (ANDRADE, 2006)

Figura 2.2 - Arquitetura tipo 2. Fonte: (ANDRADE, 2006)

De um modo geral vale destacar o que diz (WILLIAMS & GARCIA, 2007) que,
para criar partições virtuais em um servidor, uma fina camada de software chamada
de Virtual Machine Monitor (VMM), é executado diretamente sobre a plataforma do
hardware físico. Sendo que um ou mais sistemas operacionais hospedeiros podem
executar as aplicações em cima do VMM, conforme apresentado na Figura 2.3.
20

Figura 2.3 - O Sistema operacional e aplicações empilhados sobre a camada de


software VMM.

2.4 -TÉCNICAS DE VIRTUALIZAÇÃO

Existem várias técnicas usadas na virtualização. As principais são


virtualização completa, paravirtualização e recompilação dinâmica. Essas são
descritas nos subtópicos seguintes.

2.4.1 - Virtualização Completa

Virtualização completa é uma técnica de virtualização utilizada para permitir


que qualquer software possa ser executado sem alterações. Para isso, esta técnica
realiza uma simulação completa do hardware da máquina de modo que qualquer
sistema operacional possa ser executado. Na virtualização completa (full
virtualization), toda uma infra-estrutura do hardware subjacente é virtualizada, de
forma que não é necessário modificar o sistema operacional convidado para que o
mesmo execute sobre o VMM (ANDRADE, 2006). Podem ocorrer, entretanto,
penalidades em relação ao desempenho da máquina virtual, uma vez que, já que o
hardware é virtualizado, as instruções devem ser interpretadas pelo VMM. Uma
desvantagem dessa técnica na arquitetura x86 é que a mesma não foi projetada
21

tendo em vista a virtualização, mas sim teve uma evolução a partir de versões
anteriores.
Assim, algumas instruções privilegiadas que executam em modos diferentes
(modo usuário ou modo supervisor) geram resultados diferentes dependendo do
modo em que executam (XenSource, 2007). A VMware ESX Server aborda para
esta situação a solução conhecida como binary patching, que corresponde a verificar
um pedaço do código que está sendo executado na máquina virtual e modificar
(patch) as instruções que poderiam resultar em erros.

2.4.2 – Paravirtualização

Na paravirtualização o sistema que será virtualizado (sistema convidado)


sofre alterações no kernel para que a interação com o monitor de máquinas virtuais
seja mais eficiente. Embora se perda em portabilidade devido à modificação do
sistema a ser virtualizado, é permitido o mesmo acessar diretamente os recursos do
hardware. O acesso é monitorado pelo monitor de máquinas virtuais, que fornece ao
sistema convidado todos os “limites” do sistema, tais como endereços de memória
que podem ser utilizados e endereçamento em disco, por exemplo, (LAUREANO,
2006).
Assim, a paravirtualização reduz a complexidade do desenvolvimento das
máquinas virtuais, pois segundo (LAUREANO, 2006) historicamente os
processadores não suportam a virtualização nativa. Sendo que a principal razão
para utilizar a paravirtualização é a performance obtida, que compensa as
modificações que deverão ser implementadas nos sistemas convidados.

2.4.3 – Recompilação Dinâmica

A recompilação dinâmica (dynamic recompilation) de partes do código é


bastante utilizada. Segundo (LAUREANO, 2006) com a compilação durante a
execução, o sistema pode adequar o código gerado de forma a refletir o ambiente
original do programa, onde informações que normalmente não estão disponíveis
para um compilador estático tradicional são exploradas, para que o código gerado
seja mais eficiente. A recompilação dinâmica pode ser utilizada por sistemas como
22

parte de uma estratégia de otimização adaptável, para executar uma representação


portátil do programa.
A recompilação dinâmica é composta de sete passos:
1) Agrupamento de bits: Quando um programa é compilado e transformado
em um arquivo executável utilizando a linkedição, ele armazena uma determinada
quantidade de características comuns que identificam como a memória, tanto os
registradores quanto as funções do sistema operacional são manipulados. O
emulador ou a máquina virtual tendo o conhecimento sobre o formato executável, e
utilizando-se de técnicas heurísticas, recuperar os agrupamentos de bits do
executável e reordená-los.
2) Desmontagem (disassembling): os bits são desmontados e transformados
em um conjunto de instruções e operadores ordenados em pares.
3) Geração intermediaria do código: As instruções são transformadas para
uma representação de máquina independente.
4) Decompilação: A representação gerada é transformada em uma linguagem
de alto nível (como o código na linguagem C).
5) Compilação: O código gerado é novamente compilado para a nova
plataforma.
6) Montagem (assembling): Os códigos-objeto (gerados pela compilação) são
novamente montados (linkeditados), preparando a criação de um “novo” executável.
7) Armazenagem dos bits: os bits são agrupados de forma a gerar o novo
executável.

2.5 - VANTAGENS E DESVANTAGENS

Durante anos os departamentos de TI cresceram conforme as necessidades,


gerando ambientes extremamente complexos e robustos. A complexidade destes
ambientes se estende para qualquer atividade que necessite ser executada. Outro
fator importante e que, muitas vezes, passam despercebidos são os custos indiretos
gerados como, por exemplo, o consumo elevado de energia e os custos para
refrigeração do Data Center.
A técnica de virtualização de servidor surgiu como uma solução para estas
questões e com uma série de outros benefícios agregados, auxiliando no processo
23

de simplificação do Data Center e, também, ajudando a torná-lo menos nocivo ao


meio-ambiente. No entanto apesar da economia promovida pela virtualização ser
enorme, a técnica ainda tem seus transtornos e alguns desafios a contornar como
serão organizados abaixo, as vantagens e desvantagens desta técnica.

2.5.1 - Vantagens

A Virtualização juntamente com a consolidação de servidores, contribuirá para


aumentar a utilização do poder computacional dos servidores, enquanto diminui o
número de plataformas físicas necessárias (WILLIAMS & GARCIA, 2007).
A técnica fornece elevado isolamento entre a execução das máquinas virtuais.
Uma falha em um sistema da máquina virtual ou partição, não irá afetar as outras
partições sendo executadas na mesma plataforma de hardware. Este isolamento
lógico é o escudo que protege as máquinas virtuais no nível mais baixo devido que,
elas se desconhecem, e, portanto não sofrem impactos, por condições de
alocações. É uma chave da virtualização, tornar cada partição como se fosse
executar em um hardware dedicado (WILLIAMS & GARCIA, 2007).
Consolidação de servidor: Possibilitar que os clientes reduzam a quantidade
total e o custo de propriedade de servidor minimizando a utilização do hardware,
consolidando cargas de trabalho e reduzindo os custos de gerenciamento.
Cria ambiente de desenvolvimento e teste mais flexível e fácil de gerenciar,
maximizando o hardware de teste e conseqüentemente reduzindo custos,
melhorando assim o gerenciamento do ciclo de vida e a cobertura dos testes.

Produtividade e reatividade administrativas melhoradas. A Virtualização do


servidor possibilita as organizações de TI melhorar sua produtividade administrativa
e implantar rapidamente novos servidores para tratar das necessidades corporativas
sempre em transformação.

2.5.2 - Desvantagens

Abdicando do físico: A idéia de migrar para um ambiente virtual é executar


mais cargas de trabalho virtuais em um número menor de máquinas físicas, mas
isso não significa que o hardware desce no rol de prioridades. As organizações
24

podem ter problemas se não se dedicarem a analisar atentamente quais recursos


físicos serão necessários para dar suporte a cargas de trabalho virtuais e a
monitorar esses recursos de hardware (IDC Brasil Ltda, 2008).
Desempenho de aplicativos abaixo da média: Embora a virtualização esteja
cada vez mais disseminada, muitos aplicativos ainda não foram ajustados para
ambientes virtuais. Alguns fornecedores de aplicativos não se mostram dispostos a
dar suporte a seus produtos em servidores virtuais, e as empresas que querem
virtualizar seus servidores têm que achar meios de lidar com as limitações de
mercado, ocasionando resultados negativos aos seus sistemas computacionais,
como ocorreu com a organização de serviços de saúde, que possui um grande
ambiente Citrix, mas, quando migrou alguns servidores Citrix para o ambiente
VMware, descobriu que o desempenho não se manteve ( IDC Brasil Ltda, 2008).
Aprisionamento: O mercado de virtualização está evoluindo rapidamente e até
a VMware está fomentando uma maneira padrão de criar e gerenciar máquinas
virtuais. Mas padrões e interoperabilidade virão lentamente. As empresas que não
forem cautelosas poderão acabar presas ao enfoque de determinados fornecedores,
tornando-se difícil – além de caríssimo – mudar de enfoque à medida que as
tecnologias amadurecem (Copyright IDC Brasil Ltda, 2008).
Custos de licenciamento: Assim como as empresa discutem com
fornecedores de software independentes – que estabelecem taxas de licença
baseadas no uso de CPU – em torno do preço em servidores com múltiplos
processadores, elas também têm surpresas com as licenças em ambientes virtuais.
"As licenças de software podem ser uma barreira”, aponta John Enck, vice-
presidente de pesquisa do Gartner. “Talvez você queira rodar um aplicativo em um
grande servidor virtualizado, mas a licença foi criada para os núcleos de
processador físicos na máquina. Se, por exemplo, você migrar este aplicativo de um
servidor com dois processadores para um servidor virtualizado com quatro
processadores, seu custo de licença de software poderá aumentar, apesar de o
software só usar dois processadores no ambiente virtual”, explica Enck (Copyright
IDG Brasil Ltda, 2008).
Barreiras virtuais: Com servidores AMD e Intel funcionando lado a lado em
muitos Data Center’s, algumas empresas talvez pensem que máquinas virtuais
móveis podem ser movidas em qualquer hardware x86, mas não é bem assim.
25

Segundo Humphreys, da IDC, "A questão com que as pessoas estão se


confrontando é: à medida que movimento estas máquinas virtuais, preciso ter
hardware similar?"
“As máquinas virtuais de hoje não podem comutar entre sistemas baseados
em Intel e AMD, nossa tecnologia VMotion permite que você migre um aplicativo que
está sendo executado de uma máquina física para outra, mas os processadores
nestas máquinas têm de ser iguais: você pode passar de AMD para AMD ou de
Xeon para Xeon” explica Raghu Raghuram, vice-presidente de marketing de
produtos e soluções da VMware. Isto por causa da diferença das arquiteturas de
processador e do comportamento de determinadas instruções ( Copyright IDG Brasil
Ltda, 2008).
26

3 - FERRAMENTAS E CENÁRIOS UTILIZADOS NA ANÁLISE DE DESEMPENHO

Neste trabalho, foi utilizado a ferramenta de virtualização Virtual PC e


softwares para a implementação dos cenários de testes para ser realizada a análise,
onde os serviços (FTP e WEB) foram implementados nestes ambientes com objetivo
de se realizar a análise comparativa do desempenho dos mesmos.
Os softwares escolhidos levam em consideração os principais produtos
disponíveis no mercado para uma solução de virtualização, foi utilizado nos testes o
Virtual PC, o qual realiza virtualização completa. No entanto, existem ferramentas de
virtualização que utilizam a paravirtualização.
A ferramenta escolhida para realizar análise do desempenho dos serviços
disponibilizados pelos servidores, foi a do próprio Windows Server, tanto no servidor
virtual quanto no convencional. É mostrada abaixo uma descrição da ferramenta
utilizada na implementação da técnica de virtualização, assim como dos parâmetros
computacionais considerados na análise, os cenários utilizados nos testes, e os
resultados obtidos.

3.1 – VIRTUALPC

Microsoft Virtual PC é um aplicativo que fornece uma solução de virtualização


completa, possibilitando que você acesse vários sistemas operacionais dentro do
Windows. Sendo que estas máquinas virtuais podem rodar o MS-DOS, todas as
versões do Windows, a partir do Windows 95, OS/2, Linux dentre outros. Assim há
uma maneira segura e compatível para manter aplicativos em várias plataformas
economizando tempo na configuração, suporte e treinamento.
Para reforçar o conceito desta ferramenta, vale ressaltar que, o Virtual PC é
um sistema virtualizador de PCs, produzido pela Microsoft. Tem uma versão gratuita
voltada a desktops e usuários comuns, o popular Microsoft Virtual PC 2007. Nem
sempre foi gratuito, a gratuidade começou em julho de 2006, quando o Virtual PC
2004 SP1 tornou-se freeware. Na versão 2007, o programa ficou mais maduro,
rápido e estável, além de passar a suportar oficialmente o Windows Vista.
Esta ferramenta concorre com soluções como VMware e VirtualBox, além dos
mais triviais QEMU e Bochs (entre outros). Para rodar Windows na máquina virtual,
27

sob um sistema hospedeiro Windows, obtem-se bons resultados com o Virtual PC.
(Windows Virtual PC, 2008). É bom para quem utiliza o SO Windows, e precisa rodar
outra versão de Windows casualmente – ou mesmo diariamente, se o PC utilizado
possuir bastante memória RAM. Usuários comuns podem rodar softwares
incompatíveis com seu sistema atual, empresas idem. Já desenvolvedores de
software podem testar suas aplicações em diversas versões de Windows, sem
precisar manter máquinas reais separadas para cada uma delas. As possibilidades
vão das suas necessidades e interesses.
Onde, é possível com este programa implementar cenários para executar
vários sistemas operacionais, seja para suporte técnico, testes de compatibilidade de
aplicativos, treinamento ou apenas pela consolidação de computadores físicos.
Já quando se utiliza Linux. Apesar de a Microsoft ter lançado alguns drivers
para Linux (Virtual Machine Additions for Linux, para o MS Virtual Server 2005), o
desempenho ainda não é tão satisfatório quanto, quando se utiliza o SO Windows.
Abaixo segue algumas características do VirtualPC:
- Migração fácil: é possível executar aplicativos numa máquina virtual, ao
invés de atrasar o processo de depuração para um novo sistema operacional,
apenas por causa da incompatibilidade. Como ocorrem muitas vezes em
computadores físicos.
- Múltiplos sistemas operacionais: O suporte técnico pode executar vários
sistemas operacionais na mesma máquina e alternar entre eles com facilidade. É
possível restaurar as máquinas virtuais para estados anteriores quase
instantaneamente.
- Depuração: torna-se mais ágil realizar testes de softwares em diferentes
ambientes operacionais, devido à característica de isolamento das máquinas
virtuais.
- Desenvolvimento acelerado: Aumenta a qualidade da segurança ao testar e
documentar seu software em vários sistemas operacionais usando máquinas
virtuais.
O VirtualPC foi a ferramenta escolhida para implementar a técnica da
virtualização, para em seguida ser realizada a comparação dos desempenhos dos
servidores (virtual e convencional).
28

Os motivos que influenciaram na escolha desta ferramenta é devido a


facilidade de manipulação e principalmente, por se tratar de uma aplicação freeware.
Além que, as demais ferramentas de implementação de virtualização como Xen e
VMware, requerem um tempo maior, para que seja possível uma manipulação
eficiente dessas ferramentas, ressaltando ainda, as versões mais completas do
VMware são pagas.
Assim, o Virtual PC com todas as características apresentadas, fornece as
condições necessárias para que, seja alcançado o objetivo do presente trabalho.

3.2 – ANÁLISE

A análise apresentada neste trabalho está dividida em duas fases. Na


primeira fase os testes foram realizados com duas máquinas, sendo uma o servidor
(Servidor Convencional/ Servidor Virtual) e a outra máquina desempenhando o papel
do cliente.
Na primeira fase foi realizada uma análise comparativa da taxa de
transferência de um arquivo de 2GB por FTP, inicialmente nesta fase, o servidor
convencional foi submetido as requisições FTP do cliente o qual atendeu as essas
requisições, e no segundo momento o cliente solicitou o serviço FTP ao servidor
virtual, ressaltando que nos dois momentos foi requisitado o mesmo arquivo de 2GB.
Ao final dos testes foram comparados os desempenhos dos servidores. Os
parâmetros computacionais considerados foram:

- Páginas/s: É a taxa em que as páginas são lidas do ou gravadas no disco.


- Tempo de processador: É o percentual de tempo decorrido que o
processador gasta para executar um seguimento ocupado.
- Tempo ocioso: É o percentual de tempo em que o processador estar ocioso
durante o intervalo de amostragem.
- Tempo de usuário: O processador reserva um tempo para atender as
requisições do cliente.
Já na segunda fase, foram analisados os desempenhos dos serviços (FTP e
WEB) dentro de três cenários que apresentam diferentes sistemas operacionais
(Windows/Linux), os parâmetros computacionais adotados são os mesmos da
primeira fase (páginas/s, tempo de processador, tempo ocioso e tempo de usuário).
29

Nesta segunda fase os clientes fazem requisições de serviços FTP e WEB,


dependendo do cenário o servidor (convencional ou virtual) disponibiliza o serviço
(transferência de arquivo de 2GB) aos clientes. Ao fim o desempenho dos serviços
que estão implementados em diferentes cenários são comparados.

3.2.1 – Primeira fase da análise

Na primeira fase da análise foi escolhido como sistema operacional de testes


a versão 2003 da distribuição Windows Server, e como máquina virtual utilizou-se o
Virtual PC. Para a escolha do sistema operacional, foram tomados como parâmetros
o vasto conhecimento do sistema operacional e a prática de manipulação do sistema
operacional Windows, utilizado por um grande número de empresas.
O hardware desta fase é um servidor x64 de pequeno porte (PC), adotado em
pequenas e médias empresas (que, ao contrário de grandes organizações, não
possuem recursos financeiros disponíveis para a aquisição de hardware dedicado a
servidores - Sun, IBM e outros). Nesta fase, o foco é a comparação entre o
desempenho dos servidores convencional e virtual, ao disponibilizar o serviço de
transferência de arquivo por FTP ao cliente que faz a requisição.
Abaixo segue as configurações do Servidor e da máquina cliente, que foram
utilizadas nos teste desta primeira fase:

● Equipamento principal (servidor)


- Processador: DualCore AMD Athlon 64 X2, 2420 MHz (11 x 220) 4600+
- Placa de rede: Tigon3 10/100/1000BaseT Gigabit Ethernet
- Memória total: 2GB
- Disco: SAMSUNG HD160JJ (160 GB, 7200 RPM, SATA-II)
SAMSUNG HD161HJ (160 GB, 7200 RPM, SATA-II)

● Hardware auxiliar, utilizado nos testes de rede (cliente), na primeira fase da


aplicação:
- Processador: Mobile DualCore AMD Athlon 64 X2 TK-57, 1900 MHz (9.5 x 200)
- Memória total: 1GB
- Disco: WDC WD2500BEVS-22UST0 (232 GB, IDE)
30

Os softwares utilizados nos testes da primeira fase são os seguintes:


- Sistema Operacional: Windows Server 2003 versão Enterprise Edition
- Sistema Operacional : Microsoft Windows XP Professional
- Máquina Virtual (MV): VirtualPC

3.2.2 – Segunda fase da análise:

Na segunda fase da análise, utilizou-se o sistema operacional Windows


Server 2003, sistema operacional Suse versão 10 distribuição Linux e como
Máquina Virtual o Virtual PC. O hardware utilizado como servidor foi o mesmo da
primeira fase da análise.
Entretanto, no início desta fase, 10 máquinas clientes requisitaram o serviço
de transferência de arquivo por FTP ao servidor convencional e 10 clientes também
requisitaram esse mesmo serviço (FTP) ao servidor virtual, no segundo momento
desta fase 20 clientes requisitaram o serviço WEB ao servidor convencional, este
mesmo serviço também foi requisitado por 20 clientes ao servidor virtual.
E para finalizar a segunda fase, 20 máquinas clientes requisitaram o serviço
WEB ao servidor virtual, este executando como SO convidado o Suse; todas as
máquinas utilizadas nesses testes apresentam a mesma configuração. Na segunda
fase, o objetivo foi a comparação do desempenho dos serviços (FTP e WEB)
implementados em diferentes cenários, compostos por sistemas operacionais
(Windows/Linux) e utilizando a ferramenta de virtualização (VirtualPC).
Os parâmetros computacionais considerados são os mesmos descritos na
seção 3.2. Abaixo segue a configuração das máquinas clientes e os softwares
utilizados na segunda fase da análise.

● Hardware auxiliar, utilizado nos testes de rede (clientes):


- Processador: DualCore Intel Pentium D 945, 3400 MHz (17 x 200)
- Placa de rede: Realtek RTL8139 Family PCI Fast Ethernet NIC (192.168.20.173)
- Memória total: 1GB
- Disco: WDC WD800JD-00MSA1 (74 GB, IDE)

Os softwares utilizados nos testes da segunda fase são os seguintes:


- Sistema Operacional: Windows Server 2003 versão Enterprise Edition
- Sistema Operacional: Suse versão 10
31

- Sistema Operacional : Microsoft Windows XP Professional


- Máquina Virtual (MV): VirtualPC
32

4- RESULTADOS OBTIDOS

São apresentados os resultados da análise realizada, esta foi desenvolvida


em duas fases, na primeira fase, foram utilizados dois cenários já na segunda fase
os testes foram realizados em três cenários.
Abaixo são descritos as fases da análise com seus respectivos cenários e ao
fim são apresentados e comentados os resultados obtidos.

4.1 - CENÁRIOS DE TESTES DA PRIMEIRA FASE DA ANÁLISE

A análise foi desenvolvida em dois cenários:


● Cenário 1: Análise é realizada com um servidor convencional sem nenhuma
máquina virtual em execução. E um cliente faz a requisição do serviço.
● Cenário 2: Uma máquina virtual executando como um servidor. E um cliente
faz a requisição do serviço.

4.1.1 - Cenário 1: Ambiente Convencional (Servidor)

No cenário 1, a análise é realizada em um ambiente convencional. O sistema


operacional utilizado foi o Windows Server 2003 versão Enterprise Edition. O
servidor convencional executa serviço de transferência de arquivo por FTP ao cliente
que o solicita. Este cenário apresenta a seguinte configuração de servidor:
SO: Windows Server 2003 versão Enterprise Edition
Memória: 2GB (DDR2-800 DDR2 SDRAM)
Disco: WDC WD2500BEVS-22UST0 (232 GB, IDE)

4.1.2 - Cenário 2: Máquina Virtual (Servidor virtual)

No cenário 2, a máquina virtual executa, similar a um servidor convencional . O


sistema operacional hospedeiro é o Windows Server 2003 versão Enterprise Edition
e o SO convidado que executa na máquina virtual (VirtualPC) é o Windows Server
2003 versão Enterprise Edition. O servidor virtual disponibiliza o serviço que o cliente
33

solicitou, neste caso, o serviço de transferência de arquivo por FTP. Este cenário
apresenta a seguinte configuração de servidor:
VM: VirtualPC
SO hospedeiro: Windows Server 2003 versão Enterprise Edition
SO convidado: Windows Server 2003 Enterprise Edition
Memória: 1GB
Disco: Server 2003 Hard Disk.vhd

Nesta primeira fase da análise foram realizados testes no ambiente


convencional e no ambiente virtualizado, com a finalidade de analisar e comparar o
desempenho entre o servidor convencional e o servidor virtual, na transferência de
um arquivo por FTP, a um cliente que faz a requisição do serviço.

4.2 – COMPARAÇÕES DE RESULTADOS DA PRIMEIRA FASE DA ANÁLISE

Nas figuras 4.1 e 4.2 é mostrada a taxa de transmissão de um arquivo de 2 GB,


transmitido por FTP, sendo que no servidor convencional a taxa de transmissão
ficou na faixa de 9.3 MB/s, já a transmissão no servidor virtual ficou na faixa de 8.4
MB/s.

Nota-se uma grande aproximação da taxa entre as duas transmissões. Logo as


taxas de transferências apresentaram uma diferença de aproximadamente 1 MB/s
ocorrido pelo acréscimo de camadas de software e hardware da máquina virtual na
máquina hospedeira.

Figura 4.1 - Transferência de arquivo de tamanho 2GB por FTP do servidor


convencional.
34

Figura 4.2 - Transferência de arquivo de tamanho 2GB por FTP do servidor virtual.

Nas figuras que seguem (4.3, 4.4 e 4.5), são apresentados os gráficos de
desempenho dos seguintes parâmetros, tempo de processador, páginas/s e tempo
ocioso na transferência de um arquivo de 2 GB por FTP.
Sendo que na figura 4.3 tem-se o resultado da transferência do arquivo do
servidor convencional para o cliente, onde apresentou o seguinte desempenho:
É possivel observar no servidor convencional que ao iniciar a transferência de
arquivo via FTP o tempo de processador se manteve constante, aproximadamente 9
por cento, considerado um tempo de processamento baixo;
O número de página/s depois de sofrer uma elevação na taxa de páginas
lidas e gravadas no disco ficou em uma faixa de 100 por cento, o tempo de usúario
ficou na taxa de 0 por cento, e o tempo ocioso pode-se dizer que é um “espelho” do
tempo de processador, ficou em torno de 91 por cento.
35

Figura 4.3 – Transferência de arquivo de tamanho 2 GB por FTP do servidor


convencional para o cliente.

A Figura 4.4 apresenta o resultado durante uma transferência de um arquivo


FTP entre o servidor virtual e o cliente, onde se percebe a elevação do tempo de
processador, ficando em uma faixa de 50 a 60 por cento.
Nota-se que a taxa de paginação se mantém constante em 0 por cento, ao
oposto da figura anterior (Figura 4.3). É possível observar também que, a taxa de
usuário se mantém aproximadamente 10 por cento, pelo fato que a técnica de
virtualização adiciona camadas ao sistema hospedeiro.
Na Figura 4.5 apresenta-se um gráfico dessa mesma transferência, no
entanto, este retrata o término da transmissão, como pode ser observado, após
concluir a transferência o servidor volta ao estado inicial, de forma esperada, com as
taxas de processador variando na média de 3 por cento e as demais taxas de tempo
permanecem em 0 por cento.
36

Figura 4.4 – Transferência de arquivo de tamanho 2 GB por FTP do servidor virtual


para o cliente.

Figura 4.5 –Término da transferência do servidor virtual

Observando o comportamento dos gráficos acima, notou-se que durante as


transferências por FTP do servidor convencional ao cliente (Figura 4.4), a taxa de
paginação sofreu maior influência, elevando a 100%. Já na transferência por FTP do
servidor virtual ao cliente (Figura 4.4) a taxa de tempo de processador sofreu um
37

aumento se comparado ao gráfico do servidor convencional, além da taxa de


paginação que não se alterou.
Assim, considerando todos os resultados pode-se afirmar que a máquina
virtual apresentou, um desempenho aproximado da performance do servidor
convencional. Além, de demonstrar um maior aproveitamento do poder
computacional do processador. Justificando que a utilização de máquinas virtuais
oferecem algumas vantagens em detrimento ao modelo descentralizado, sem a
perda drástica de desempenho como apresentaram as figuras anteriores.

4.3 - CENÁRIOS DE TESTES DA SEGUNDA FASE DA APLICAÇÃO


Os cenários utilizados nesta segunda fase foram compostos da seguinte
maneira:

4.3.1 - Cenário 1: Ambiente Convencional

No cenário 1, a análise foi realizada em um ambiente convencional, ou seja, é


utilizado um servidor físico para a realização dos testes. O sistema operacional
hospedeiro é o Windows Server 2003 versão Enterprise Edition. O sistema
operacional executa o serviço de transferência de arquivo por FTP e WEB.
Para a requisição dos serviços mencionados acima, a aplicação utilizou 10
máquinas nas transferências FTP e 20 máquinas nas transferências Web, sendo
que estes clientes requisitaram o mesmo serviço e de forma simultânea, as
configurações destas máquinas são destacadas na seção 3.2. Este cenário
apresenta a seguinte configuração de servidor:
SO: Windows Server 2003 versão Enterprise Edition
Memória: 2048 MB (DDR2-800 DDR2 SDRAM)
Disco: WDC WD2500BEVS-22UST0 (232 GB, IDE)

4.3.2 - Cenário 2: Ambiente Virtual – SO convidado Windows

No cenário 2, o servidor virtual executa, sobre um sistema operacional


hospedeiro Windows Server 2003 versão Enterprise Edition, como sistema
operacional convidado apresenta também o Windows Server 2003 versão Enterprise
38

Edition. Executando o serviço de transferência de arquivo por FTP e WEB (um


serviço por vez) aos clientes que realizaram as requisições. Utilizou-se 10 máquinas
como clientes, no serviço de transferência de arquivo por FTP e na transferência
WEB 20 máquinas clientes foram utilizadas. Este cenário apresenta a seguinte
configuração de servidor:
VM: VirtualPC
SO hospedeiro: Windows Server 2003 versão Enterprise Edition
SO convidado: Windows Server 2003 Enterprise Edition
Memória: 1GB
Disco: Server 2003 Hard Disk.vhd

4.3.3 - Cenário 3: Ambiente Virtual – SO convidado Linux

No cenário 3, o servidor virtual executa, sobre um sistema operacional


hospedeiro Windows Server 2003 versão Enterprise Edition, como sistema
operacional convidado apresenta o sistema Suse versão 10 (Linux). Executando o
serviço de transferência de arquivo WEB, às 20 máquinas clientes que requisitaram
este serviço. O cenário apresenta a seguinte configuração de servidor:

VM: VirtualPC
SO hospedeiro: Windows Server 2003 versão Enterprise Edition
SO convidado: Suse versão 10
Memória: 1GB
Disco: Server 2003 Hard Disk.vhd

4.4 – COMPARAÇÕES DE RESULTADOS DA SEGUNDA FASE DA ANÁLISE

4.4.1- Resultados dos testes do cenário 1

Nas figuras que seguem , são apresentados os gráficos de desempenho dos


serviços de transferência (FTP e WEB) tendo como parâmetros adotados para
análise, página/s, tempo de processador, tempo ocioso e tempo de usuário. No
primeiro momento ocorreu a transferência de um arquivo de 2 GB por FTP e em
39

seguida a transferência WEB de um arquivo também de 2GB . Abaixo estão os


resultados da análise realizada no cenário 1, transferência entre o servidor
convencional e os clientes .
Na figura 4.6 tem-se o resultado da transferência do arquivo de 2GB do
servidor convencional para os clientes que apresentou o seguinte desempenho: Foi
observado no servidor convencional que ao iniciar a transferência de arquivo via
FTP o tempo de paginação se manteve constante, aproximadamente 100 por cento
o número de páginas lidas e gravadas no disco, considerado um tempo de
paginação alta, justificando-se por está no servidor convencional, cujo não apresenta
nenhum tipo de acréscimo de camada.

Figura 4.6 – Transferência de arquivo FTP do servidor convencional para os


clientes– parâmetro página/s

A Figura 4.7 apresenta o resultado durante uma transferência de um arquivo


FTP entre o cliente e o servidor convencional, onde se percebe que o tempo de
processador, ficou em uma faixa de 4 a 11 por cento.
40

Figura 4.7 – Transferência de arquivo FTP do servidor convencional para os


clientes– parâmetro tempo de processador

A Figura 4.8 apresenta o resultado durante uma transferência de um arquivo


FTP entre o cliente e o servidor convencional, onde o tempo ocioso pode-se dizer
que é um “espelho” do tempo de processador, ficando numa faixa de 96 a 100 por
cento. Percebe que a ociosidade do processador é bastante alta, o que não deixa de
ser um desperdiço computacional.

Figura 4.8 – Transferência de arquivo FTP do servidor convencional para os


clientes– parâmetro tempo ocioso
41

Na figura 4.9 é possível observar que o tempo de usuário fica na taxa


basicamente de 5 por cento, na transferência de um arquivo FTP entre os clientes e
o servidor convencional.

Figura 4.9 – Transferência de arquivo FTP do servidor convencional para os


clientes– parâmetro tempo de usuário

Abaixo, estão as figuras (4.10, 4.11, 4.12 e 4.13) dos gráficos que apresentam
o desempenho do servidor convencional em uma transferência WEB. É importante
descrever que nesta análise, foram utilizados um servidor convencional e 20
máquinas clientes sendo que todas realizaram o download de um arquivo de
tamanho 2GB.

A Figura 4.10 mostra o resultado durante uma transferência web de um


arquivo de 2GB entre os clientes e o servidor convencional, onde o parâmetro
página/s conforme é possível observar, durante a transmissão sofreu variações,
algumas provocadas por interferência de outros programas instalados no servidor, o
que deixa a taxa de transferência em torno de 65 a 100 por cento, de páginas lidas e
gravadas no disco.
42

Figura 4.10 – Transferência WEB do servidor convencional para os clientes –


parâmetro página/s

A Figura 4.11 mostra o resultado durante uma transferência WEB, onde se


observa que o tempo de processador, ficou em uma faixa de 2 a 26 por cento. Neste
caso é possível notar que o servidor convencional não exigiu tanto do processador
durante a execução dessa transmissão.

Figura 4.11 – Transferência WEB do servidor convencional para os clientes –


parâmetro tempo de processador
43

Na Figura 4.12 É possivel perceber que o tempo ocioso, tanto no teste de


transmissão de arquivo FTP como na transmissão WEB, é um “espelho” do tempo
de processador, ficando numa faixa de 96 a 100 por cento. Nota-se que a ociosidade
do processador é bastante alta, o que não deixa de ser um desperdiço
computacional.

Figura 4.12 – Transferência WEB do servidor convencional para os clientes –


parâmetro tempo ocioso

Na figura 4.13 o tempo de usuário fica na taxa de 1 por cento, na


transferência de um arquivo via WEB entre o servidor convencional e os clientes. O
servidor físico gera um desempenho superior ao servidor virtual em virtude que, não
há camadas extras no sistema como ocorre no servidor virtual.

Figura 4.13 – Transferência WEB do servidor convencional para os clientes –


parâmetro tempo de usuário.
44

4.4.2- Resultados dos testes do cenário 2

Nas figuras que seguem, são apresentados os gráficos de desempenho dos


serviços (FTP e WEB) os seguintes parâmetros utilizados na análise foram,
página/s, tempo de processador, tempo ocioso e tempo de usuário, na transferência
de um arquivo de 2GB entre o servidor virtual e os clientes.
Na Figura 4.14 tem-se o resultado da transferência do arquivo do servidor
virtual para os clientes que apresentou o seguinte desempenho:
Foi observado neste cenário que ao iniciar a transferência de arquivo via FTP
o tempo de paginação no início apresentou variações, estabilizando-se após um
período, aproximadamente a taxa ficou em 1 por cento, o número de páginas lidas e
gravadas no disco.
Basicamente esta taxa é inversa se comparada à taxa de página/s da
transferência do servidor convencional para os clientes, exceto pelas variações
ocorridas no inicio, devido o servidor está se preparando para a transferência do
arquivo, ressaltando que a virtualização tem como uma de suas características a
adição de camadas ao sistema. Logo no início da transferência essas camadas,
acabam refletindo nessa grande variação que é observada abaixo no gráfico.

Figura 4.14 – Transferência de arquivo FTP do servidor virtual para os clientes –


parâmetro página/s
45

A Figura 4.15 apresenta o resultado durante uma transferência de um arquivo


FTP entre o servidor virtual e os clientes, onde se percebe que o tempo de
processador, ficou em uma faixa de 50 a 60 por cento. Neste caso é possível notar
que no ambiente virtualizado o processador apresenta uma taxa mais elevada na
execução. Comparando-se ao resultado apresentado no cenário 1 (servidor
convencional), que ficou numa taxa de 4 a 10 por cento. Essa maior taxa é em
virtude que, além do sistema hospedeiro está em execução, a máquina virtual está
sendo controlada acima desse sistema hospedeiro. O que exige muito mais do
processador.

Figura 4.15 – Transferência de arquivo FTP do servidor virtual para os clientes –


parâmetro tempo de processador

A Figura 4.16 mostra, que o tempo ocioso assim como no cenário 1 é


basicamente um “espelho” do tempo de processador também neste segundo
cenário, ficando numa faixa de 49 a 51 por cento. No entanto, no presente cenário é
possível observar que o processador é muito mais exigido no servidor virtual do que
no servidor convencional, basta comparar as taxas de ociosidade dos cenários 1 e 2.
Assim, percebe-se que neste cenário o poder computacional do processador é mais
bem aproveitado.
46

Figura 4.16 – Transferência de arquivo FTP do servidor virtual para os clientes –


parâmetro tempo ocioso

Na figura 4.17 o tempo de usuário fica na taxa de 11 por cento, na


transferência de um arquivo FTP entre os clientes e o servidor virtual. O tempo de
usuário apresenta um valor maior, comparando-se ao teste do cenário 1 desta
segunda fase da aplicação. Pelo fato que neste cenário o número de camadas no
sistema é maior. É valido ressaltar que a ferramenta Virtual PC, utiliza virtualização
completa, logo o número de camadas adicionadas no sistema influência na hora da
transmissão do arquivo para os clientes.

Figura 4.17 – Transferência de arquivo FTP do servidor virtual para os clientes –


parâmetro tempo de usuário
47

Nas Figuras (4.18, 4.19, 4.20 e 4.21) que seguem, são apresentados os
gráficos da análise das transmissões WEB. É importante descrever que, foram
utilizados um servidor virtual e 20 máquinas clientes, o servidor foi configurado de
forma ilimitada sendo que no decorrer da transmissão WEB, das 20 máquinas
configuradas somente 19 máquinas conseguiram realizar o download de um arquivo
de tamanho 2GB, é possível perceber ainda, nesta transferência para os clientes,
que ocorreu grande variação nas taxas de transmissão, sendo que algumas
máquinas apresentaram altas taxas enquanto outras taxas bem inferiores, como é
possível observar na tabela 4.1 abaixo.

Máquinas Taxa de http Mb/s Taxa de http Mb/s


(servidor convencional para (servidor virtual para os clientes)
os clientes)
PC1 0,519 0.128
PC2 0,548 0.200
PC3 0,502 0.140
PC4 0,522 5.16
PC5 0,512 0.62
PC6 0,581 1.02
PC7 0,571 0.660
PC8 0,600 0.586
PC9 0,579 0.655
PC10 0,836 0.419
PC11 0,806 0.202
PC12 0,698 0.213
PC13 0,665 0.220
PC14 0,632 0.779
PC15 0,554 0.415
PC16 0,544 0.640
PC17 0,598 0.674
PC18 0,556 0.641
PC19 0,626 0.842
PC20 0,651 -

Tabela 4.1 Comparação da taxa de transmissão do serviço WEB entre o servidor


convencional e o servidor virtual para os clientes.
48

Como se percebe na tabela 4.1, na transferência do servidor virtual para os


clientes ocorreu grande variação de taxas de transmissão WEB, enquanto que na
transferência do servidor convencional para os clientes, manteve-se uma média das
taxas. Assim, esta questão torna-se uma desvantagem para o uso do servidor
virtual, onde demonstra certa limitação quanto ao uso deste serviço.
Em seguida são apresentadas as figuras das análises das transmissões WEB
do servidor virtual para os clientes.

A Figura 4.18 mostra o resultado de uma transferência WEB de um arquivo de


2GB entre os clientes e o servidor virtual, onde o parâmetro página/s conforme
pode-se observar, não apresentou grande alteração de valor no decorrer da
transmissão. Assim, a taxa ficou em torno de aproximadamente 0 por cento de
páginas lidas e gravadas no disco.

Figura 4.18 – Transferência WEB do servidor virtual para os clientes– parâmetro


página/s

Na Figura 4.19 é possível observar que o tempo de processador, ficou em


uma faixa de 50 a 60 por cento. Neste caso, o servidor virtual apresenta uma faixa
mais elevada de execução do processador, comparando-se a faixa de transferência
WEB do cenário 1, desta segunda fase da aplicação. Reforçando a questão que, no
ambiente virtualizado há uma maior exigência do processador. O que é um ponto
forte para a utilização da técnica de virtualização.
49

Figura 4.19 – Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro


tempo de processador

Na Figura 4.20 é observado que o tempo ocioso, fica na faixa de 40 a 50 por


cento, como pode-se notar na Figura anterior (4.19), o processador é muito mais
exigido. O tempo de ociosidade é mais baixo, que o tempo de ociosidade observado
no teste com o servidor convencional.

Figura 4.20 – Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro


tempo ocioso.

Na figura 4.21 o tempo de usuário fica na taxa de 9 a 15 por cento, na


transferência WEB entre os clientes e o servidor virtual. Essa taxa é maior se
comparado a do cenário 1 que utiliza o servidor convencional, desta segunda fase,
50

pelo motivo que no servidor virtual ocorre o acréscimo de camadas entre a aplicação
e o sistema operacional, influenciando no desempenho das transferências para os
clientes.

Figura 4.21 – Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro


tempo de usuário

Observando o comportamento dos gráficos acima, nas análises de


transmissão de serviço FTP e WEB para os clientes, comparando os cenários 1 e 2,
é possível notar várias diferenças de desempenho dos parâmetros computacionais
(tempo de processador, página/s, tempo ocioso e tempo de usuário) entre o servidor
convencional e o servidor virtual.
Ocorreram serviços que apresentaram um melhor desempenho, quando se
utilizou o servidor convencional. A razão dessa diferença é o fato que na técnica da
virtualização uma de suas características é adição de camadas. Isso reflete no
tempo de transferência de arquivo do servidor virtual para o cliente, outro motivo, a
ferramenta utilizada na aplicação foi o VirtualPC, este executa uma virtualização
completa. Realizando uma simulação total do hardware de forma que não é
necessário modificar o sistema operacional convidado, para que o mesmo execute
sobre o monitor de máquina virtual (VMM).
Devido a esta característica, podem ocorrer penalidades em relação ao
desempenho da máquina virtual, uma vez que, já que o hardware é virtualizado, as
instruções devem ser interpretadas pelo VMM. Entretanto, vale ressaltar que,
quando se utilizou o servidor virtual houve uma maior exigência do processador,
51

conseqüentemente, o tempo de ociosidade do mesmo é menor, logo é possivel


afirmar que há um melhor aproveitamento do poder computacional, isso se traduz
como uma vantagem na utilização do servidor virtual em detrimento ao servidor
convencional.

4.4.3 - Resultados dos testes do cenário 3

Nas figuras abaixo (4.22, 4.23, 4.24 e 4.25), são apresentados os gráficos de
desempenho do serviço (WEB) os seguintes parâmetros computacionais utilizados
foram, página/s, tempo de processador, tempo ocioso e tempo de usuário, para
analisar a transferência web de um arquivo de 2 GB entre o servidor virtual e as 20
máquinas clientes . Ressaltando que neste cenário o servidor possui como SO
hospedeiro o Windows Server e o SO convidado o Suse versão 10 Linux.
Na Figura 4.22 tem-se o resultado da transferência do arquivo do servidor
virtual para os clientes que apresentou o seguinte desempenho: Neste cenário foi
observado que ao iniciar a transferência de arquivo via WEB o tempo de paginação
sofreu algumas variações, no entanto na maior parte do tempo manteve-se
estabilizada, aproximadamente a uma taxa de 0 por cento o número de páginas lidas
e gravadas no disco. Refletindo basicamente, o que ocorreu no cenário 2 nesta
segunda fase da análise, na transferência WEB, quando o sistema operacional
convidado era o Windows. Essas variações ocorrem devido a adição de camadas ao
sistema.

Figura 4.22 – Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro


página/s (Llinux)
52

A Figura 4.23 mostra o resultado durante uma transferência WEB entre o


servidor virtual e os clientes, onde se observa que o tempo de processador, ficou em
uma faixa de 50 a 64 por cento. Neste caso o servidor virtual apresenta uma faixa
mais elevada de execução do processador, se comparado a do tempo de
processador do cenário 2. Demonstrando que no ambiente virtualizado que possui
como sistema convidado o Linux, ocorreu uma maior exigência do processador. O
que é uma vantagem para a utilização da técnica de virtualização. E um ponto
positivo para o uso do sistema operacional Linux.

Figura 4.23 – Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro


tempo de processador (Linux)

Na Figura 4.24 nota-se, que o tempo ocioso fica na faixa de 37 a 49 por


cento. Como observado na Figura anterior (4.23), o processador é mais exigido, logo
o tempo de ociosidade é menor, comparando-se ao analisado no servidor virtual
com SO convidado Windows (cenário2).
53

Figura 4.24 – Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro


tempo ocioso (Linux)

Na figura 4.25 o tempo de usuário fica na faixa de 3 a 11 por cento. Esse


valor é em virtude que, no servidor virtual ocorre o acréscimo de camadas entre a
aplicação e o sistema operacional. Influenciando na transferência de serviço do
servidor para os clientes.

Figura 4.25 – Transferência WEB do servidor virtual para os clientes – parâmetro


tempo de usuário (Linux)

Nestes testes, utilizando como sistema operacional convidado o Suse (Linux),


o desempenho apresentado na análise da transferência WEB, comparando as taxas
de desempenho entre os cenários 2 e 3, pode-se afirmar que não ocorreram
disparidades de desempenho entre ambos. No entanto, a faixa do tempo de
processador foi maior no cenário 3, percebendo-se uma maior exigência do
processador. O que é uma vantagem, pois se utiliza maior poder computacional.
54

Vale ressaltar que, no cenário 3 o servidor foi configurado de forma ilimitada,


para atender as 20 máquinas que requisitaram o serviço WEB, todas as máquinas
conseguiram realizar o download do arquivo de 2GB nesta transmissão. Mas, no
cenário 2 o procedimento completo não foi possível, apenas 19 máquinas realizaram
o download. Os demais desempenhos tiveram taxas bem próximas. É possivel notar
um destes desempenhos, na tabela (4.2) abaixo; está descrita a comparação das
taxas de transferências WEB entre o servidor virtual do cenário 2 (que possui como
sistema convidado o Windows) e o servidor virtual do cenário 3 (que possui como
sistema convidado o Suse). Segue as taxas de transferência abaixo:

Máquinas Taxa de http Mb/s Taxa de http Mb/s


(servidor virtual para os clientes) (servidor virtual para os clientes)
SO Windows SO Convidado Suse
PC1 0.128 0,78
PC2 0.200 0,68
PC3 0.140 0,74
PC4 5.16 0,72
PC5 0.62 0,64
PC6 1.02 0,62
PC7 0.660 0,70
PC8 0.586 0,67
PC9 0.655 0,71
PC10 0.419 1,04
PC11 0.202 1,23
PC12 0.213 0,63
PC13 0.220 0,67
PC14 0.779 0,65
PC15 0.415 0,67
PC16 0.640 0,64
PC17 0.674 0,70
PC18 0.641 0,68
PC19 0.842 0,69
PC20 -- 0,84
Tabela 4.2 Comparação da taxa de transmissão do serviço WEB entre o servidor
virtual com SO convidado Windows e o servidor virtual com o SO convidado Suse,
para os clientes.
55

Assim, considerando todos os resultados expostos, pode-se afirmar que tanto


o servidor virtual com o SO convidado Windows, quanto o servidor virtual com o SO
convidado Linux, ambos com SO hospedeiro Windows Server 2003, apresentaram
um desempenho aproximado da desempenho do servidor convencional. É válido
ressaltar, que o servidor virtual com o SO convidado Linux, em alguns parâmetros
obteve um maior desempenho que o servidor virtual com o SO convidado Windows,
devido às características de adição de camadas, ferramenta de virtualização
utilizada (VirtualPC), como já foram discutidas em seções anteriores.
Houve alguns pontos positivos, que reforçaram a utilização da técnica de
virtualização, e outros que reforçam a idéia que se deve ter cautela na hora de
decidir em virtualizar todos os serviços do servidor convencional. Pois como foram
apresentados, alguns serviços perdem desempenho. Logo, os resultados
apresentados aqui neste trabalho, justificam que a utilização da técnica de
virtualização de servidor pode trazer vantagens reais em detrimento ao modelo
descentralizado, sem a perda drástica de desempenho como apresentaram os
resultados das análises representados pelas figuras anteriores.
56

5 – CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS

Neste trabalho, foram abordados os principais conceitos relacionados à


virtualização, que são essenciais para um melhor entendimento da técnica de
virtualização de servidor. Além disso, foi descrito as ferramentas de virtualização,
utilizadas na realização da análise comparativa do desempenho dos serviços
implementados no servidor convencional aos implementados no servidor virtual.

Durante o desenvolvimento deste trabalho também foi possível perceber, as


características da técnica da virtualização, que podem trazer vantagens reais para o
cotidiano das empresas de TI e às empresas que possuem departamentos
tecnológicos. Vale ressaltar que a mesma, está sendo incorporada pelas empresas
em uma crescente velocidade.

A utilização da técnica de virtualização apesar de trazer vantagens reais, o


desenvolvido reforçou também a idéia, que se deve ter cautela no momento de
decidir virtualizar todos os serviços que são disponibilizados por um servidor
convencional, pois neste trabalho nota-se, que alguns serviços quando virtualizados
apresentaram uma perda de desempenho, então é necessário levar em
consideração esta característica na hora de decidir virtualizar os serviços.

Como contribuição principal, o presente trabalho procurou mostrar com os


testes que, utilizando a técnica de virtualização de servidor, em detrimento ao
modelo descentralizado (que utiliza exclusivamente o servidor convencional) é
possível obter resultados satisfatórios, quanto ao desempenho dos serviços (FTP e
WEB) os quais foram analisados, além de várias outras vantagens como foram
mostradas em tópicos anteriores.

Este ainda pode ser utilizado como mais uma bibliografia para indivíduos que
pretendem iniciar um estudo sobre o assunto, técnica de virtualização de servidor.

Assim, o desenvolvimento deste trabalho, permitiu um aprofundamento e o


aperfeiçoamento do estudo da técnica de virtualização de servidor e que, em ultima
análise, poderá direcionar para os seguintes trabalhos futuros a seguinte situação:
O trabalho utilizou como ferramenta de virtualização o VirtualPC, no entanto,
esta é uma ferramenta que utiliza a virtualização completa ou seja simula um
hardware total, alguns resultados dos testes foram influenciados diretamente por
57

esta característica, pois ela insere um número considerável de camadas ao sistema,


influenciando no desempenho de alguns serviços.

Como trabalho futuro seria possível analisar o desempenho dos serviços (FTP
e WEB), utilizando uma ferramenta que realizasse a virtualização parcial do
hardware, ou seja, que utilizasse a paravirtualização, onde embora neste tipo de
virtualização o kernel do sistema sofra modificações, como recompensa obtêm-se
um melhor desempenho comparada a virtualização completa. Além que, diferente
da virtualização completa esta adiciona um número menor de camadas ao sistema,
o que poderá influenciar no desempenho das transferências dos serviços.

Outra questão para trabalho futuro, seria utilizar diferentes distribuições Linux,
para implementar a técnica de virtualização de servidor, verificando se há
disparidades de desempenho entre as versões utilizadas.

Por fim o foco do presente trabalho, foi a análise da virtualização de servidor,


poderia-se utilizar outras técnicas de virtualização como, virtualização de software,
virtualização de aplicação, são exemplos.
58

6- REFERÊNCIAS

Microsoft VirtualPC. 2008. Disponível em http://Download/Microsoft-Virtual-Pc.htm,


acesso em 06 jul.2008.

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Disponivel em: <http:// www.novell.com/ collateral/ 46220151422015.pdf>, acesso
em 27/06/2008.

OLIVEIRA, Guilherme Veloso Neves. Solução de virtualização completa


utilizando VMware e software livre: Um estudo de cão na CEF. Lavras, 2007, 69f.
Monografia (Pós-graduação “Latu Sensu” em Ciência da Computação) –
Departamento de Ciência da Computação para obtenção do título de Especialista
em “Administração em Redes Linux”. 2007.

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CLARK, Christopher. XEN, User’s Manual. University of Cambridge, UK,


XenSource Inc., IBM Corp., Hewlett-Packard Co., Intel Corp., AMD Inc., and others.
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LAUREANO, Marcos. Máquinas virtuais e Emuladoras: conceitos, técnica e


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59

ANDRADE, M. T. Um estudo comparativo sobre principais técnicas de


virtualização. Recife, 2006. Trabalho de graduação (graduação em Ciência da
Computação) – Centro de Informática, UFPE, 2006.

RAMOS, Marco Aurélio. Virtualização do trabalho: Um estudo de caso


Administração Pública Federal. Florianópolis, 2005, 158f. Dissertação (mestrado
em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de
Produção, UFSC, 2005.

CARVALHO, N.; ROCHA, L. Virtualização e alta disponibilidade: Caso prático –


GIL. Minho - Portugal, 2004/2005.35f. Artigo – (Licenciatura em Engenharia de
Sistemas de Informática) – Departamento de Informática, UMINHO. 2005.

TANENBAUM, Andrew S. Redes de computadores. 4. ed. São Paulo: Campus,


2003.

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