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Texto Poético Popular
Texto Poético Popular
Respondeu o hoteleiro:
- Pois não, a casa é capaz
Agora mesmo eu já ia
Entregar a este rapaz
Cem contos que guardei dele
Há pouco dias atrás
Aí o Sabido disse:
- Ladrão se pega é assim
Você enganou o tolo
Mas foi lesado por mim
Vou metê-lo na polícia
Ladrão, safado, ruim
O hoteleiro caiu
Nos pés dele lhe rogando:
- Ó meu senhor não descubra
Disse ele: - só me dando
A metade do dinheiro
Que você ia roubando
O hoteleiro prevendo
A derrota em que caía
Além de ir pra cadeia
Perder toda freguesia
Teve que gratificar-lhe
Se não ele descobria
E chegando no hospital
Disse à turma de enfermeiros:
- Vocês podem ir embora
Eu sou médico verdadeiro
De amanhã em diante aqui
Vocês não ganham dinheiro
De fato um aleijado
Que tinha as pernas pegadas
Foi dormir, quando acordou
Não achou os camaradas
A casa estava deserta
E as camas desocupadas
Juazeiro, Juazeiro
jamais a adversidade
extinguirá o luzeiro
da tua comunidade.
morreu o teu protetor,
porém a crença e o amor
vive em cada coração
e é com razão que me expresso
tu deves o teu progresso
ao Padre Cícero Romão
Juazeiro, Juazeiro
tua vida e tua história
para o teu povo romeiro
merece um padrão de glória.
De alegria tu palpitas,
ao receber as visitas
de longe, de muito além,
Grande glória tu viveste!
Do nosso caro Nordeste
tu és a Jerusalém.
Sempre me lembro e relembro,
não hei de me deslembrar:
O dia 2 de Novembro,
tua festa espetacular
pois vem de muitos Estados
os carros superlotados
conduzindo os passageiros
e jamais será feliz
aquele que contradiz
a devoção dos romeiros.
FIM