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Com base nas análises feitas a partir de casos concretos podemos observar a

aplicação do princípio da proporcionalidade da execução em inúmeras demandas


aforadas. Vários tribunais, como os de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul,
Paraná e Mato Grosso do Sul e inclusive o próprio STJ vêm aplicando o princípio
supracitado, relativizando, como podemos ver no caso escolhido para estudo, a
penhorabilidade do bem de família de fiador.

A definição do mencionado princípio, basicamente é a maior satisfação da


pretensão de um direito através da menor restrição possível de outro, onde o ônus
deve ser até a medida do necessário, para que haja, ponderação dos valores
envolvidos com o objetivo de harmonizar os direitos que se confrontam.

Para WAMBIER, ALMEIDA e TALAMINI, o princípio da proporcionalidade é o limite


do ônus imposto ao sacrifício de um direito em detrimento de outro dentro do
estritamente necessário. [1]

Resta ainda falar da máxima igualitária, o princípio constitucional da isonomia, que


vem sendo extremamente usado quando o assunto é penhorabilidade do bem de
família. Seguindo uma linha de raciocínio muito similar, vários tribunais vem utilizando
tal princípio para demonstrar que se o bem de família do devedor principal é
impenhoravel o mesmo deve ocorrer com o bem de familia do fiador. Grande parte da
doutrina vem apoiando decisões e justificando-as como uma “garantia ao não-
favoritismo”.
[1]]
WAMBIER, Luiz Rodrigues; ALMEIDA, Flávio Renato Correia de; TALAMINI,
Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil. Vol. 2,  6ª ed. Ed. RT – 2004, p. 141.

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