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Fortaleza de São

José da Ponta
Grossa
Introdução
As fortalezas
 Construídas pelos portuguêses
quando o Sul do Brasil era disputado
por Portugal e Espanha, os fortes da
Ilha de Santa Catarina compuseram um
sistema defensivo para impedir a
invasão espanhola nas então
desconhecidas terras do Sul.
As fortalezas são o legado desta época
fascinante e turbulenta em que Silva Paes,
engenheiro militar e primeiro governador
da Capitania de Santa Catarina, toma posse
(1739) e , cumprindo uma decisão real,
inicia a construção de várias fortalezas.
Deste modo, constituiu-se um triângulo
fortificado à barra norte da Ilha de Santa
Catarina.
A Fortaleza de São José da Ponta
Grossa

Começou a ser construída em 1740,


segundo projeto original do Brigadeiro José
da Silva Paes tendo sido concluída cerca de
quatro anos após.
No Século XVIII, contava com
três baterias de canhões,
armadas com 31 peças de
artilharia. Estes armamentos
vieram, na sua maioria, das
fortificações da Bahia, sendo
alguns ingleses e outros
anteriores ao século XVII.
Em 1777, a fortaleza de São José
foi tomada pelos espanhóis que
invadiram a região. Após este
episódio, ela foi abandonada.
Em 1987, ao ser cadastrada como sítio
arqueológico protegido por lei federal,
foram realizados os primeiros trabalhos
de prospeção arqueológica por técnicos
do IPHAN, e que tiveram seqüência em
1989-1990 dentro do "Projeto Fortalezas
da Ilha de Santa Catarina, 250 anos na
História Brasileira" com a equipe do
Museu Universitário da UFSC
Finalmente em 1991-1992 graças a
um convênio da UFSC com o
Ministério do Exército, no "Projeto
Fortalezas da Ilha de Santa Catarina "
a primeira assumiu as tarefas de
administração e conservação.
Com recursos da Fundação Banco do
Brasil, a Fortaleza teve o restante de
seus edifícios restaurados, podendo ser
apreciados as muralhas, o Pórtico, a
Capela, e o Quartel da Tropa. A iniciativa
foi promovida pelo IPHAN e pela UFSC.
Arquitetura
A fortaleza apresenta planta em formato
poligonal orgânico adaptada ao terreno.
Com três planos distintos, protegidos à
retaguarda pela encosta do morro, com as
baterias voltadas para o mar.
Os edifícios estão distribuídos pelos
três diferentes níveis interligados
por rampas e cercados por espessas
muralhas em alvenaria de pedra e
cal. O portão de acesso perdeu a
ponte levadiça e o frontão originais,
e o corredor de acesso, a abóbada
em alvenaria de tijolos.
Os edifícios
A fortaleza tem os edifícios principais: Casa
do Comandante, Paiol da Pólvora, Quartel
da Tropa, Cozinha, Capela, Casa da Guarda
e Calabouço.
No terrapleno superior ergue-se a Casa do
Comandante, um imponente sobrado de
dois pavimentos, geminado com o Paiol da
Pólvora, também com dois pavimentos.
A capela
No terceiro terrapleno localiza-se a
Capela de São José. De linhas sóbrias,
este edifício foi o primeiro restaurado
pelo IPHAN no conjunto, ainda em
1977, uma vez que o mesmo ainda é
utilizado pela comunidade.
De formato retangular, com nave
única separada da Capela-mor
por um arco cruzeiro, o seu piso
é de alvenaria de tijolos,
notando-se a ausência de uma
torre sineira, o que é
característico das capelas
catarinenses do século XVIII,
projetadas por arquitetos
militares.
A fortaleza situa-se ao Norte
da Ilha de Santa Catarina,
entre as praias de Jurerê e do
Forte, a 25 km do centro de
Florianópolis.

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