Você está na página 1de 3

Disciplina: Automação e informação

Docente: José Eduardo Santarem Segundo


Discente: Ana Carolina Palma F. Avila 3ºano CID
Nº USP: 6877761

Atividade
Escreva uma resenha com no máximo 2 páginas indicando a relação entre o texto
“Proposta de um método para escolha de software de automação de bibliotecas” e a
visita a biblioteca central realizada no dia 18/03/2011.

A partir da leitura do artigo “Proposta de um método para escolha de software de


automação de bibliotecas”, dos autores CAFÉ, SANTOS e MACEDO e das
informações, impressões e conclusões (ou não) resultantes da visita à BCRP, o texto a
seguir pretende traçar um panorama entre a realidade que nos foi, parcialmente,
apresentada, a partir de breve palestra e visita, e as propostas, configurações e padrões
de automação que são referenciais em softwares de automação de bibliotecas.
Em seu curso histórico, a importância da BCRP esteve associada ao curso das
áreas de saúde, especialmente à Medicina. No entanto, nos últimos anos, a criação de
outras graduações e pós graduações, (34 de pós-graduação e 25 de graduação) nos mais
diferentes ramos do conhecimento, resultou no aumento do volume de publicações,
cujas guarda e organização foram destinadas à Biblioteca Central. Naturalmente que a
dinâmica tecnológica dos anos 80/90 proporcionou o abandono das “fichas” e uma
maior velocidade no acesso/busca da informação, a partir do desenvolvimento de
softwares de automação de bibliotecas, porém incorporou ao cotidiano do bibliotecário
outras preocupações, e por que não funções, que a era “pré automação” não conhecia.
No século XXI, a automatização das Unidades de Informação se constitui como a
“vida” da biblioteca, a garantia de sua sobrevivência neste mundo cada vez mais digital
e online. Atualmente, o software responsável pela automação das informações na BCRP
é o líder de mercado Aleph.
A escolha de um software de automação de bibliotecas requer habilidades e
competências. Compreender, através de analises, as características especificas locais da
Unidade de Informação e decidir o software entre as opções oferecidas no mercado
exigem algumas etapas, de acordo com CAFÉ et all:
1. Definir os objetivos da automação
2. Elaborar diagnóstico: infra estrutura, dados bibliográficos, diretrizes
organizacionais, produtos e serviços oferecidos, fluxograma de rotinas
3. Identificar as necessidades da biblioteca, a partir das informações
coletadas
4. Levantar informações dos softwares disponíveis
5. Agendar demonstrações
6. Analisar as demonstrações
Os autores são enfáticos na importância do diagnóstico, como o mecanismo que
“retrata as reais necessidades da instituição”. Neste caso, há que se atentar para a
estrutura hierárquica à qual a BCRP faz parte, já que seu caráter de biblioteca publica
universitária invoca uma tradição institucional. Dentro desta tradição, a Reitoria
representa o “grau” maior, sendo assim todas outras esferas subordinam-se a ela. Ao
SIBI está subordinada a BCRP e todas as demais da Universidade de São Paulo.
Acredito que a grandiosidade do volume de fluxos e suportes de informação que
circulam nas universidades geram, na perspectiva da segurança/economia, uma
tendência à escolha de softwares “experientes” e com mais estabilidade no mercado. A
critica feita a esta “compra coletiva” de software, responsabilidade do SIBI e da
Reitoria, refere-se ao provável desrespeito às especificidades das necessidades de cada
unidade de informação. De acordo com CAFÉ et all, nos países desenvolvidos é “por
meio da customização que as bibliotecas tem superado a rigidez dos softwares
comerciais, adaptando-os às demandas especificas de cada biblioteca.”
Outra observação, concluída durante discussões em aula, referem-se às
suposições sobre a pouca produtividade no setor publico, e também a inerente
acomodação por ele permitida, que ganharam espaço e acabaram figurando, junto a
outros, como entrave ao bom uso da tecnologia de automação.
Um pertinente questionamento do prof. Eduardo Santarém à diretora da BCRP,
Fátima, abordou a geração de relatórios e dados estatísticos referentes a processos
específicos, especialmente os centrados nas ações/necessidades do usuário, tais como:
assunto mais pesquisado/procurado, perfis de usuários: por exemplo, a partir da
quantidade de retiradas ou estudando seu comportamento informacional, o tempo médio
de empréstimo. A resposta ao questionamento foi negativa para a BCRP nestes quesitos.
Sabemos que há no Aleph a “Central de Relatórios do ALEPH (ARC)” que
contempla mais de 80 relatórios e estatísticas pré-definias, baseadas nos
dados administrados pelos diversos módulos do sistema ALEPH 500 — Web
OPAC, Catalogação, Circulação, Aquisição/Periódicos, EEB e Reserva de
Bibliografia de Disciplina. Com um cliente Web, esses relatórios pré-definidos
podem ser facilmente customizados http://www.exl.com.br/aleph.htm

Acredito que a BCRP também tem grandes desvantagens derivadas de sua infra
estrutura em desacordo com a quantidade e as necessidades dos estudantes. No mais,
acredito que ela esteja cumprindo seu dever de promover o acesso à informação de
maneira mais eficiente que em tempos anteriores. Pena que as políticas publicas de
acesso ao conhecimento não acompanharam as evoluções e os investimentos do
lucrativo setor de software.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

CAFÉ, L., SANTOS, C., MACEDO, F.. Proposta de um método para escolha de
software de automação de bibliotecas. Ciência da Informação, Brasília, DF, Brasil, 30,
out. 2001. Disponível em: < http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/198/175 >

Você também pode gostar