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Escola secundária do Castêlo da Maia

Ano lectivo 2010/2011


Escola secundária do Castêlo da Maia

Relatório elaborado por:

Ricardo André Maia Faria nº 24 12ºB

Grupo “Um Outro Olhar”

No âmbito da disciplina de Área de projecto:

Vida, Saúde e Ambiente

Professora: Ana Meireles

Data de execução:

18 De Março de 2011

“Num instante qualquer de ignorância. A luz da alma


direcciona o meu ser. Mostrando o caminho que reduz a
dissonância. (…) Cegar os olhos é doar visão aos dedos da
mão. Intensificando a sensibilidade de todos os sentidos.
Caminhar seguro ouvindo a voz da intuição

Helen De Rose

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Índice
Pág.
Introdução……………………………………………………………………………………………………………… 1

1º Período

1.O princípio do Projecto………………………………………………………………………………………….. 4

1.1. Anteprojecto ……………………………………………………………………………………. 4


1.2. Defesa Oral ……………………………………………………………..……………………… 4
1.3. Saídas de Campo...……………………………………………………………………….. 4 e 5

2º Período

2. Actividades desenvolvidas

2.1. Entrevista à Professora Dolores ……………………………………………………….6 e 7


2.2. Campanha de sensibilização mistério……………………………………………………. 7
2.3. Inquéritos …………………………………………………………………………………………8
2.4. Actividade “Ver para Crer”……………………………………………………………… 8 e 9

3. Angariação de fundos

3.1. Vendas na “Barraquinha Verde”

3.1.1 Bijutaria ……………………………………………………………………………...10


3.1.2 Alimentos……………………………………………………………………… 10 e 11

3.2 Patrocínios

3.2.1 “Diagonal Óptica”.…………………………………………………………………. 11


3.2.2. “ Casilcópia” …………………………………………………………………………. 11
3.2.3 “Shock Cosméticos” ………………………………………………………………. 11

4. Conclusão
4.1. Perspectivas futuras………………………………………………………………….. 12 e 13
4.2. Avaliação
4.2.1. Auto-avaliação………………………………………………………………………….13
4.2.2. Hetero-avaliação……………………………………………………………………….13

5. Bibliografia/Webgrafia ……………………………………………………………………………..…...... 14

Anexo 1………………………………………………………………………………………………………………… 15
Anexo 2………………………………………………………………………………………………………………….15
Anexo 3……………………………………………………………………………………………………..…….16 e 17
Anexo 4………………………………………………………………………………………………………………… 18
Anexo5…………………………………………………………………………………………………………………. 19

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Introdução

A visão ajuda-nos a compreender o mundo à nossa volta, é um dos sentidos mais úteis
no relacionamento do homem com o mundo e uma vez afectada, é consequentemente,
responsável pelas mais diversas alterações nas perspectivas de vida e no dia-a-dia de quem vê
o mundo com outros olhos.

Uma vez que este tema é muito extensivo e apesar adoptarmos como tema central as
pessoas com cegueira, vamos abordar outros problemas de visão que afectam de um modo
geral a população. Visto que a nossa |rea de projecto é “Vida, saúde e ambiente”, as
deficiências visuais são uma temática que se adequa plenamente a esta.

Um dos principais objectivos do nosso trabalho é sensibilizar as pessoas da


comunidade escolar para importância do cuidado da saúde visual, pois hoje em dia existem
cerca de 40milhões de cegos no mundo e pelo menos metade deles podiam ainda ver se
tivessem consultado um oftalmologista num espaço de tempo adequado.

A sensibilização da população para a problemática da cegueira também é um dos


nossos objectivos, isto porque as pessoas invisuais são esquecidas na sociedade, enfrentam
dificuldades de acesso à formação e ao emprego, encontram ainda inúmeros obstáculos no
seu dia-a-dia que impedem a sua mobilidade e um decurso normal das suas tarefas. É
imperativo dar resposta a estes problemas, pois na vida de um cego, a cegueira já é um
obstáculo suficiente.

Posto isto, nosso grupo achou interessante abordar este tema, uma vez que
gostávamos de conhecer a vida de uma pessoa invisual, de saber como ultrapassa os
obstáculos criados pela sociedade e sobretudo como lida com a sua condição. O mundo dos
invisuais era um mistério para mim e queria saber mais sobre ele.

Com este projecto, surgiu a oportunidade de contribuir de forma positiva para o


esclarecimento de todas as questões que se levantam perante esta temática. Com este vamos
clarificar como é a vida de um invisual, sensibilizar e alertar para o cuidado da saúde visual na
comunidade escolar e verificar quais os problemas de visão frequentes nesta. Para que isto
seja possível vamos realizar inquéritos, entrevistas, campanhas e actividades.

Ao longo deste relatório vai ser possível tomar contacto com tudo o que foi
desenvolvido durante o projecto até à data.

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1º Período

1. O princípio do projecto:

Após uma investigação, o grupo decidiu como tema as “Deficiências visuais”. Para que
este pudesse ser desenvolvido o grupo iniciou uma série de pesquisas que nos levou à criação
de várias ideias e consequentemente à estrutura do nosso projecto.

O 1º período foi essencialmente a estruturação e preparação do nosso projecto, pelo


que o grupo iniciou uma série de contactos com instituições e pessoas.

1.1. Anteprojecto:

O anteprojecto foi um dos nossos elementos de avaliação do 1º período, que na minha


opinião foi uma grande ajuda, uma vez que conseguiu orientar o grupo para o
desenvolvimento do tema. Com o anteprojecto, fomos obrigados a encontrar alternativas a
vários problemas e a programar meticulosamente o projecto para todo o ano. A classificação
obtida foi muito boa, sendo merecida mas também um grande incentivo para iniciar o
desenvolvimento do projecto.

1.2. Defesa Oral:

Na aula de sexta-feira, dia 10 de Dezembro o grupo fez a apresentação e defesa oral


do nosso projecto.

Na defesa oral do nosso projecto tentamos ser os mais claros possíveis de forma a
passar toda a informação correspondente ao tema.

O balanço final da defesa oral é bastante positivo. Tentamos abordar todas as


temáticas que achamos necessárias de forma coerente e concisa para esclarecer a professora
e também os nossos colegas de área de projecto sobre o nosso tema.

Também sentimos que o nosso esforço para desenvolver este tema foi de alguma
forma valorizado pela reacção que obtivemos dos nossos colegas durante a apresentação,
uma vez que se mostraram interessados.

1.3. Saídas de campo

Depois da pesquisa de instituições/associações encontramos algumas que nos


despertaram mais interesse e entramos em contacto com estas. Destes contactos algumas
não responderam e outras deixaram de ser tão interessantes, pelo que apenas a ACAPO e a
ESEIPP nos responderam positivamente e estavam nos nossos horizontes de preferência.

A finalidade destas visitas foi averiguar qual o possível papel de associações como a
ACAPO e a ESEIPP, no desenvolvimento do nosso projecto.

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ACAPO:

No dia 15 de Novembro o nosso grupo visitou a ACAPO (Associação de cegos de


Amblíopes de Portugal) e reuniu-se com o Dr. Luís de Almeida, director da delegação regional
Norte da ACAPO.

A equipa desta associação tem um papel muito importante na reintegração do cego


na sociedade, pois ajuda a pessoa a lidar com a sua nova condição e ensina o cego a fazer as
tarefas do seu quotidiano autonomamente.

Nesta conversa aprendemos que devemos tratar as pessoas invisuais por cegas, sendo
esta uma das grandes lições que retiramos desta conversa.

Assim, a ACAPO parecia ser um importante apoio no nosso projecto, através da


colaboração da sua psicóloga e da sua técnica de orientação e mobilidade.

ESEIPP:

Fizemos ainda uma outra visita, no dia 22 de Novembro, às instalações da Escola


Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, para uma reunião com o Dr. Rui Teles,
responsável pelo serviço NAID.

O NAID é um centro de recursos especializado em tecnologias de apoio, que promove


essencialmente a integração social e profissional de cidadãos com deficiência e/ou
incapacidade, sendo um dos objectivos facilitar a comunicação com o mundo exterior e
tudo o que os rodeia. Este disponibiliza todos os serviços à sociedade, podendo trabalhar em
parceria com as escolas e docentes de ensino especial.

O núcleo disponibiliza diversos mecanismos que visam o ensino da leitura e escrita


do Braille. Posto isto, o grupo vai utilizar o NAID para fazer algumas filmagens para o
vídeo do produto final do projecto, uma vez que achamos de grande interesse o material
lá existente.

Estas visitas contribuíram sobretudo para o nosso crescimento e desenvolvimento


pessoal, pois com elas aprendemos muito e tomamos noção do mundo que existe à nossa
volta.

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2º Período
2. Actividades Desenvolvidas:

No inicio do nosso projecto uma das preocupações centrais era torna-lo o mais
tangível e cativante possível dentro das capacidades que nos eram permitidas. Desta forma
tentamos desenvolver algumas actividades que pudessem acima de tudo envolver a
comunidade escolar, de maneira a que esta pudesse conhecer o nosso trabalho e
momentaneamente ficasse sensibilizada para o tema que estamos a tratar.

2.1. Entrevista a uma professora invisual:

A entrevista a uma pessoa invisual tinha dois propósitos, o facto de passarmos a


conhecer melhor a sua vida, podendo o grupo, falar sobre este assunto com bases bem
consistentes e sensibilizar na primeira pessoa os professores e alunos.

Esta entrevista foi possível devido à informação que a nossa professora de área de
projecto Ana Meireles nos disponibilizou. A nossa professora informou-nos que professora
Fátima Fradinho tinha uma amiga invisual, e que talvez esta nos pudesse ajudar com o nosso
projecto. Desta forma entramos em contacto com a professora Fátima Fradinho para pedir a
sua ajuda, esta foi muito simpática para o nosso grupo e disponibilizou-se para nos ajudar e
trazer a sua amiga à escola.

Para que esta entrevista fosse possível, o grupo elaborou uma série de perguntas que
achou interessantes colocar à professora invisual. A Joana Pinho elaborou a estrutura da
entrevista que foi realizada a esta, professora Dolores.

No início da aula de área de projecto de sexta-feira dia 11 de Fevereiro, o grupo


encontrou-se com a Professora Dolores com o intuito de a conhecer melhor.

No decorrer da conversa, constatamos que a Professora Dolores era, sem dúvida


alguma, uma pessoa fantástica! Ajudou-nos na nossa actividade “Ver para Crer”, que ser|
abordada mais à frente, dando alguns exemplos de situações simples do quotidiano de uma
pessoa invisual que podíamos reproduzir na escola sem perigo algum para os nossos colegas.

O diálogo que antecedeu a entrevista foi riquíssimo para o nosso grupo, porque
ficamos esclarecidos sobre muitos assuntos, mas o melhor ainda estava para vir, pois a
entrevista à Professora Dolores correu muito bem.

Na entrevista conseguimos colocar todas as questões, uma vez que a Professora


Dolores é uma pessoa muito acessível, com um enorme sentido de humor e com um poder de
discurso oratório muito bom, o que leva todos os ouvintes a entender as coisas de forma mais
clara e simples.

No final desta, ficamos com a sensação de missão cumprida! As pessoas presentes


levantaram questões, interessaram, emocionaram-se e, acima de tudo, sensibilizaram-se.

A entrevista com a Professora Dolores ajudou-nos a compreender melhor a


problemática da cegueira, uma vez que contou a sua história e todas as dificuldades que

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enfrentou desde criança. Após a conversa e a entrevista o grupo ficou ainda mais envolvido no
seu projecto.

2.2. Campanha de sensibilização mistério

Uma das actividades já desenvolvidas pelo grupo no mês de Fevereiro foi a


“Campanha de Sensibilização Mistério” que visa chamar atenção dos alunos, professores,
auxiliares de educação e a pessoas exteriores à nossa escola. Esta campanha consistiu em
afixar cartazes por toda a escola, com frases como: “Se vivesses na escuridão como seria o teu
dia?”, em locais estratégicos levando todas as pessoas a pensar sobre a problemática da
cegueira. Mas para que esta campanha fosse possível, muito foi o trabalho desenvolvido.

Num primeiro momento era necessário pensar como seriam os cartazes, que frases
aplicar, onde colocar, onde imprimir e como arrecadar dinheiro para fazer face às despesas
provenientes desta campanha. Depois de todas as frases seleccionadas e os locais escolhidos,
faltava fazer o formato do cartaz. (O formato do cartaz encontra-se no anexo 1.)

Existia a frase (“Se vivesses na escuridão como seria o teu dia?”) que passava uma
mensagem de maior importância e merecia um lugar de destaque nesta campanha, pelo que
decidimos fazer um cartaz com maiores dimensões e afixar num local em que todas as
pessoas o vissem. Este cartaz foi o mais importante, além disso foi o mais visto e comentado.

O grupo teve de imprimir vinte e quatro cartazes em tamanho A3 e decidiu entrar em


contacto com a papelaria “Casilcópia” e pedir o seu patrocínio no nosso projecto.

Com efeito, para o cartaz grande, o grupo decidiu visitar a loja de publicidade “Bytes e
gifts” com a qual eu tinha contacto. Nesta apresentei o cartaz em suporte digital e perguntei
quais eram as soluções que eles nos ofereciam. Foi-me aconselhado uma lona, pois era
resistente à água e a qualquer outro tipo de situação desfavorável. Decidimos fazer este
cartaz, pelo que eu tratei de tudo relativo à lona, suporte digital, visitas à loja e pagamento.

No nosso anteprojecto, esta campanha está calendarizada para o mês de Janeiro,


porém só se realizou em Fevereiro, uma vez que a preparação dos cartazes demorou mais que
o planeado e a impressão só podia ser feita depois da autorização da direcção. Também a
ideia do cartaz grande em lona e a confecção das pulseiras foi um dos factores que contribuiu
para o atraso da campanha.

O feedback desta campanha foi agradável, já que todos os alunos comentavam


efusivamente os cartazes e ficavam sensibilizados. Com toda a certeza, os alunos gostaram de
ler os cartazes já que procuravam encontrar alternativas para contornar os problemas
apresentados nas frases, de tal forma que estamos muito satisfeitos com os resultados da
campanha.

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2.3. Inquéritos

Um dos intuitos enquanto grupo é verificar a saúde visual da nossa comunidade


escolar. Para conseguirmos um resultado fiável com esta iniciativa, decidimos fazer cento e
cinquenta inquéritos aos alunos da escola com algumas questões.

Na elaboração do inquérito tentamos ser os mais racionais possíveis, porque nenhum


pormenor pode falhar. Depois de elaborado e com a aprovação destes, fizemos a impressão
dos inquéritos, onde mais uma vez o patrocínio da papelaria apresentou resultados no preço
final. (O formato do inquérito encontra-se no anexo 2)

Com estes impressos, dividimos os cento e cinquenta inquéritos pelos cinco


elementos do grupo, tendo como objectivo nas manhãs dos dias 28 de Fevereiro e 01 de
Março fazer a inquirição aos alunos.

No preenchimento dos inquéritos obtivemos também um feedback positivo da


campanha de sensibilização mistério, pois na interacção com os alunos, a primeira reacção
maioritariamente era: Vocês são os responsáveis pelos cartazes? A qual respondíamos que
sim e os alunos iam comentando as frases dos cartazes e também o próprio inquérito.

Mas nem tudo é feito de coisas boas, durante a busca do preenchimento dos
inquéritos alguns alunos mostraram-se pouco interessados, mas estes felizmente foram uma
minoria.

Com estes inquéritos obtemos resultados no mínimo surpreendentes.

Concluímos que cento e dezassete alunos dos 12 aos 18 anos já consultaram o


oftalmologista e setenta e quatro têm problemas de visão. O problema de visão mais
frequente foi a miopia que afecta trinta e nove alunos, mas também o estigmatismo com 8
alunos afectados, para além disto existem dezasseis alunos que possuem em simultâneo os
dois problemas de visão. Dos alunos com problemas de visão cinquenta e dois usam óculos e
dezasseis usam lentes de contacto. (Os gráficos correspondentes aos resultados dos
inquéritos encontram-se no anexo3)

Dos alunos inquiridos cerca de metade têm problemas de visão, pelo que se justifica
mais uma vez a temática do projecto, uma vez que é um problema muito frequente na
população. Com estes inquéritos podemos ter uma visão clara da incidência dos problemas
visuais na comunidade escolar.

2.4.Actividade “Ver para crer”

A actividade “Ver para crer” surgiu em colaboração com os professores de Área de


Projecto de 8º ano. Pensamos numa aula desta disciplina confrontar os alunos com as
dificuldades de uma pessoa invisual. Nesta actividade pedimos aos alunos para realizarem
simples actividades do nosso dia-a-dia, como encher um copo com água, vestir uma camisa,
distinguir sabores, orientar-se pelo som entre muitas outras, mas estas foram realizadas com
uma pequena grande diferença, de olhos vendados!

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No desenvolvimento desta actividade, verificamos os horários dos vários anos


escolares e seleccionamos as turmas de 8º ano que mais se adequaram ao nosso horário
escolar. De seguida sondamos os professores relativamente a esta actividade.

Felizmente os professores foram prestáveis, e disponibilizaram uma das suas aulas


para a nossa actividade, o que para nós foi óptimo, dado que facilitou em larga escala o nosso
trabalho.

O facto de interagirmos com os alunos durante a actividade, levou-nos à ideia da


utilização de camisolas com o logótipo do grupo. Realizei uma maqueta das camisolas de
cores preta e branca, mas quando fui à loja de publicidade descobri, para meu espanto, que a
preta era o dobro do preço da camisola branca. Optamos pela camisola branca pois iria causar
o mesmo resultado, é mais barata e até mais bonita. (As camisolas encontram-se no anexo 5)

Voltei de novo { “Bytes e Gifts” e o senhor fez um preço especial, apenas pediu-me
para eu enviar o logótipo e as letras que eu tinha idealizado, assim em casa tentei reproduzir o
logótipo e as letras com a melhor resolução possível para a loja fazer as camisolas.

No dia 28 de Fevereiro, fui buscar as camisolas e efectuei o pagamento. As camisolas


ficaram bonitas e até despertavam a atenção das pessoas que por nós passavam.

A primeira actividade foi realizada no dia 15 de Março às 15h00, na qual dois


elementos do grupo dirigiram-se às salas, onde apresentaram o projecto e o objectivo da
actividade.

Durante actividade os alunos andavam muito agitados, porque enquanto estavam


num dos pontos da actividade, queriam logo ver o que se passava nos outros. Esta actividade
para além de muito engraçada foi muito instrutiva para eles, já que aprenderam muitos
truques e ficaram sensibilizados para a problemática da cegueira e dos problemas visuais.
Como é natural uns alunos ficaram mais sensibilizados do que outros, principalmente aqueles
que já tinham problemas de visão, dando um pouco mais de valor àquilo que era dito.

No final da actividade o grupo entregou um panfleto e um rebuçado a cada um dos


alunos, como forma de agradecimento pela sua comparência. (O panfleto encontra-se no
anexo 4)

As actividades decorreram na perfeição e tal como tínhamos planeado, pelo que


estamos muito satisfeitos com o resultado desta.

Apesar de o grupo estar a contar com o apoio da ACAPO nesta actividade, coisa que
não aconteceu, o grupo conseguiu elaborar e concretizar perfeitamente o que tinha em
mente.

Para o grupo foi muito gratificante dar este exemplo aos mais novos, mas também foi
muito gratificante ser reconhecido na escola pelos alunos pela actividade que fizemos. Esta
actividade foi um sucesso!

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3.Angariação de fundos

Tal como referimos no nosso anteprojecto, inicialmente recorremos a financiamento


próprio para fazer face a algumas despesas do grupo. Mas como não poderia deixar de ser, o
grupo “Um Outro Olhar” tinha de criar uma situação financeira autónoma para conseguir
cumprir com todos os objectivos a que nos propusemos.

Num primeiro momento tivemos a ideia de criar um mealheiro de grupo, onde todas
as semanas cada elemento foi depositando a quantia de um euro, assim em cada semana o
grupo soma na sua conta cinco euros. Esta ideia foi fundamental no inicio do nosso projecto,
porque desta maneira conseguimos angariar dinheiro sem um esforço económico grande por
parte de cada elemento, mas não ficamos por aqui.

3.1. Vendas na “Barraquinha Verde”

3.1.1. Bijutaria

No anteprojecto referimos o fabrico de bijutaria, pelo que produzimos, colares,


pulseiras, fitas de cabelo e porta-chaves para vendermos na barraquinha verde.

Para poder produzir as pulseiras, o grupo foi a uma retrosaria comprar dois rolos de trapilho e
observar os preços dos acessórios, mas como os valores eram um pouco elevados decidimos
encontrar outra opção. A Débora Pereira conseguiu arranjar tecido de várias cores para
fazermos bijutaria, só tínhamos de cortá-lo para o transformar em trapilho.

Na aula de área de projecto 04 de Fevereiro de 2011, a Débora levou o tecido para


cortarmos e dividirmos pelo grupo de maneira a fazermos bijutaria em casa.

No fim-de-semana, fizemos imenso material para vendermos. Os dois primeiros dias


de vendas correram bem, vendemos muitos colares, pulseiras e obtemos algumas
encomendas, alcançando uma boa quantia.

3.1.2. Alimentos

A venda de alimentos foi uma solução encontrada pelo grupo para angariar dinheiro
uma vez que a venda das pulseiras não teve o sucesso que nós idealizamos e vender
novamente pulseiras na segunda semana de vendas da “Barraquinha Verde” não iria ter
sucesso. Assim decidimos vender alimentos, no qual o grupo decidiu fazer um investimento
razoável para a uma manhã e duas tardes de vendas.

Tentamos preparar esta semana de vendas de acordo com a comida que é mais
vendável na nossa escola.

O balanço das vendas de alimentos é positivo, porém coincidiu com a semana da


actividade “Ver para crer” e sobrecarregou um pouco o grupo. Mesmo assim, e como nada se
faz sem trabalho, as vendas na “Barraquinha Verde” foram uma experiencia muito

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interessante para nós, pois para além da confecção e venda da comida interagimos com os
alunos e professores.

3.2.Patrocínios

3.2.1.Diagonal Óptica

Outras alternativas que encontramos para angariar dinheiro foram os patrocínios de


empresas. Visitamos uma óptica perto da nossa escola, “Diagonal Óptica”, onde
apresentamos o nosso projecto e a proposta de distribuir vales de desconto da Óptica. O Dr.
Miguel preferiu oferecer-nos um donativo no valor de 25 euros. O grupo para levantar o
donativo apresentou as despesas que teve com a lona da campanha mistério, mostrando a
seriedade do nosso trabalho e deixando a pessoa que dá o donativo mais confortável.

3.2.2. Casilcópia

O patrocínio da papelaria “Casilcópia” foi também uma alternativa que encontramos para
reduzirmos as nossas despesas, pois nas nossas actividades como já foi possível verificar,
necessitamos de muitas impressões. Com este patrocínio temos direito a desconto em todo o
tipo de material e serviços que a papelaria possui. Desta forma, conseguimos poupar algum
dinheiro que pode ser necessário ao grupo para outros afins.

3.2.3. Shock Cosméticos

A “Shock Cosméticos”, patrocínio de um familiar da Joana Pinho, patrocinou as camisolas do


nosso grupo, pagando-as na sua totalidade. Este patrocínio foi um alívio financeiro para o
grupo, uma vez que se tornava extremamente dispendioso o grupo pagar as camisolas.

O grupo achou que não se justificava pedir mais patrocínios, dado que angariamos dinheiro
com as vendas da Barraquinha Verde e uma vez que não vamos necessitar de muito mais
dinheiro para o nosso projecto.

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4. Conclusão

Com o decorrer do 2º período o nosso projecto entrou na fase de desenvolvimento e


sentimos que realmente começamos a cumprir com todos os objectivos a que nos propusemos
inicialmente no anteprojecto.

A realização da entrevista foi muito enriquecedora e gratificante para nós, de modo


que tomamos contacto com outra realidade e conseguimos mostrar essa realidade à
comunidade escolar para que estes ficassem sensibilizados.

Também a campanha de sensibilização mistério correu na perfeição. Posso mesmo


dizer que a comunidade escolar parou por alguns instantes para ler e pensar nos nossos
cartazes. Desta forma, o intuito da campanha foi completamente consumado.

A actividade “Ver para crer” exigiu de nós muita organização e dedicação que foi
retribuída com o interesse que os alunos mostraram nas actividades. Conseguimos sensibilizar
os alunos de forma simples e engraçada, dado que eles sofreram as consequências de um
quotidiano passado na “escuridão”.

A entrevista, a campanha de sensibilização mistério e a actividade “Ver para crer”


tiveram essencialmente como finalidade cumprir um dos nossos objectivos, a sensibilização
para importância do cuidado da saúde visual, mas em simultâneo sensibilizam também para a
problemática da cegueira.

Os inquéritos revelaram que dos cento e cinquenta inquiridos, 74 alunos têm


problemas de visão e 29 nunca consultou o oftalmologista. Estes foram bem precisos nos
resultados que apontam. Surpreendeu-nos o facto de metade dos inquiridos ter problemas de
visão, porem é uma realidade bem presente. Os inquéritos para além de nos esclarecer da
situação dos problemas visuais na nossa escola, tiveram em simultâneo o intuito de satisfazer o
objectivo da sensibilização para o cuidado da saúde visual.

O grupo pode alegrar-se igualmente pelas “Vendas na Barraquinha”, apesar de todo o


trabalho e tempo que estas nos impuseram, conseguimos angariar mais dinheiro para as
despesas do nosso projecto.

Com todas as actividades e campanhas cumprimos o objectivo a que nos propusemos


no inicio do nosso projecto.

4.1. Perspectivas futuras:


As nossas perspectivas futuras são as melhores, uma vez que tínhamos objectivos
que por vezes eram bastante ambiciosos e conseguimos superá-los na íntegra. Assim para o
3ºperiodo o grupo tem na sua calendarização a execução do produto final do projecto bem
como, a preparação da apresentação/defesa oral, preparação do relatório de finalização do
projecto e preparação do dossier final do projecto.

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Esperamos seguir a calendarização do anteprojecto tal como fizemos até aqui, de


maneira a satisfazer todos os nossos objectivos e ambições.

Os problemas de visão são muito frequentes nos alunos da nossa escola, e estes são o
espelho exacto da população em geral.

4.2. Avaliação

4.2.1. Auto-avaliação

Este projecto foi alvo da minha dedicação, cooperando em todas as actividades e


trabalhos, daí considerar justo a nota pedida. Para além disso, fui autónomo em todas as
minhas tarefas individuais e dei sempre o meu melhor para a concretização destas. Fui criativo,
aplicado e trabalhador, pelo que me auto-avalio com 19 valores, mesma avaliação que obtive
no período anterior.

4.2.2. Hetero-avaliação

Quanto à avaliação dos meus colegas de grupo, será muito difícil avalia-los, uma vez
que também eles na sua maioria, têm uma dedicação muito grande a este projecto.

A Joana Pinho, é uma pessoa cheia de ideias, muito aplicada sendo um dos
elementos fundamentais ao grupo. Foi o elemento que ficou responsável pelo mealheiro e
cumpriu a sua missão com distinção. A nota que lhe atribuiria é 20 valores.

A Daniela Vieira, também é um elemento trabalhador e empenhado, no entanto por


vezes, tem a dificuldade em expressar as suas ideias, o que na minha opinião a prejudica um
pouco. No entanto, ela cumpriu com todos os trabalhos e é muito responsável, assim atribuo-
lhe 18 valores.

A Débora Pereira é um elemento que toma iniciativa própria para resolver alguns
problemas e desenvolver ideias. Também tem a capacidade de apresentar novas propostas ao
grupo, pelo que atribuo-lhe 19 valores.

A Joana Sousa, cumpre com todos os trabalhos e com todos os prazos, porem às
vezes é um pouco imparcial. Apesar disso, também contribuiu significativamente para o
projecto, pois o projecto é feito por um todo e não por um elemento. Assim atribuo-lhe 17
valores.

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Bibliografia

Para a realização deste relatório não foi utilizada nenhuma referência bibliográfica.

Webgrafia
http://saude-publica.blogspot.com/2005_04_01_archive.html

http://ies.portadoresdedeficiencia.vilabol.uol.com.br/DeficienciaVisual.htm

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=173707

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Anexos

Anexo 1:

Exemplo dos cartazes afixados.

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Anexo 2:

Anexo 3:

Questão 1: "Já alguma vez consultaste um oftalmologista?"


25

20

15
Sim
10
Não
5

0
12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos

16
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Questão 2: "Tens algum problema de visão?"


16
14
12
10
8 Sim
6
Não
4
2
0
12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos

Questão 2.1: "Qual(ais) o(s) teu(s) problema(s) de visão?"


9
8
Miopia
7
6
5 Estigmatismo
4
3
Miopia e
2
Estigmatismo
1
0 Outro
12 13 14 15 16 17 18
anos anos anos anos anos anos anos

Questão 2.2: "Há quanto tempo tens conhecimento deste(s) problema(s)?"


8
7
6
5 < 1 ano
4
1 a 3 anos
3
3 a 5 anos
2
1 > 5 anos
0
12 13 14 15 16 17 18
anos anos anos anos anos anos anos

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Questão 2.3: "Usas óculos ou lentes de contacto?"


12

10

8 Óculos

6
Lentes de
4 contacto
2 Nada
0
12 13 14 15 16 17 18
anos anos anos anos anos anos anos

Anexo 4:
Panfleto entregue na actividade “Ver para crer”

18
Ano lectivo 2010/2011
Escola secundária do Castêlo da Maia

Anexo 5:

Camisola do grupo

19
Ano lectivo 2010/2011

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