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 Todo mundo ria do termo, técnico, - 'repeteco'- quando surgia nas telas das televisões
em cores na Copa de 70,  no México. Ria-se de alegria por ver a repetição dos lances de
gol, de estranheza pela graça do próprio termo, pelo tricampeonato mundial de futebol
em tempos de ufanismo semi-induzido, face ao espinhoso período político-institucional
(Março de 1964 até a diverticulite do Tancredo...), sobretudo - todo mundo ria-, exceto
aqueles a quem fariam ranger os dentes. Simpático e eficaz, marcou história em
momento histórico. E pra retomar outro desses momentos é que o invoco nesta crônica
que, ela própria, me depara um semi-repeteco da crônica "O Ceni e outras Cenas" que
escrevi para minha coluna Cotidiano, da revista Showroom, pouco antes da Copa da
Alemanha. As outras cenas, já que tematizar futebol soaria pouco sério*, eram a
possibilidade da bomba atômica coreana e o bulim que, hoje em dia prefiro grafar
assim mesmo porque todo mundo já sabe muito bem do que se trata etc.

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