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2000, a sua moradia, sita em Penafiel, pela forma legalmente prescrita, a Joana da Silva,
doméstica e viúva. Joana não regista a sua aquisição, permanecendo o imóvel inscrito
no registo, em nome de Luís de Sousa. Em 25 de Janeiro de 2010, o Banco Millenium
intenta contra o Luís de Sousa um processo executivo, em que é penhorado este imóvel
sito em Penafiel, tendo a penhora sido registada. Joana da Silva que vivia na moradia há
cerca de 10 anos, desgostosa com o risco de perder a sua casa, deduz embargos de
terceiros, alegando que é proprietária da referida moradia e que o Banco tinha
conhecimento do negócio celebrado entre si e Luís de Sousa, devido a um pedido de
empréstimo formulado por Clara da Silva na mesma instituição bancária.
Resolva este conflito, à luz do conceito de terceiros para efeitos de registo, tendo em
conta a evolução das posições da jurisprudência nesta matéria.
c Em 2000, A vende a B, por escritura pública, um determinado imóvel. Este negócio
violava uma norma imperativa. Em 2002, B faz uma doação, por escritura pública, a C.
Em 2004, C vende, por escritura pública, o mesmo imóvel a D que ignora, sem culpa o
que se passou para trás e regista o seu direito, em 2005. Em 2006, D promove, com os
requisitos formais indispensáveis, uma constituição onerosa de usufruto em favor de E,
que nada sabia, mas não procedeu ao registo. Em 2007, D celebra com F um contrato de
compra e venda, através de escritura pública. Apesar de F ter conhecimento dos vícios
anteriores, regista imediatamente o seu direito.
Em Janeiro de 1998, A vende a B um prédio rústico, de sua propriedade, por escritura
pública. Em Janeiro de 1999, sabendo que B não registou, A efectua uma doação a C,
padecendo este negócio de um vício que determina a sua nulidade. C regista de
imediato. Em Janeiro de 2000, B consentiu, por negócio realizado com D, receber, no
dito imóvel, as àguas provenientes do prédio vizinho, encanadas a descoberto, que
estavam poluídas por resíduos industriais, dado ser essa a actividade a que o prédio de
D se destinava. Simultaneamente, B concede que D, aos fins-de-semana, utilize o dito
prédio rústico para a prática de tiro ao alvo a pratos. D não regista. Em Janeiro de 2001,
B vende o imóvel a E, livre de quaisquer ónus e encargos. E regista imediatamente.
Em Janeiro de 2002, C doa o mesmo prédio a F, que ignorava tudo quanto sucedera e
regista imediatamente.