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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TÉCNOLOGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL
CAMPUS SERTÃO

RELATÓRIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

BRAULIO KARLING
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SERTÃO, OUTUBRO DE 2010.


BRAULIO KARLING

RELATÓRIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Trabalho apresentado como requisito parcial do


curso de Técnico em Agropecuária – Habilitação em
Agropecuária do Instituto Federal de Educação Ciência
e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão

Orientador: Wellington Zanini

SERTÃO, JUNHO DE 2010.


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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus


familiares, e a todas as pessoas que de
alguma ou outra maneira me ajudaram
para que eu conseguisse concluir este
curso.
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AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a minha família por ter me ajudado nos estudos e
ter me dado força nas horas mais difíceis.
Também gostaria de agradecer ao meu Supervisor de estágio Engº Agrônomo Alan
Martins, pois através dos seus conhecimentos, pude me qualificar para poder realizar este
relatório.
A empresa Produza pela oportunidade de realizar o estagio nesta empresa.
Também quero agradecer ao Prof.º Wellington Zanini meu Orientador do estágio ,
o qual me incentivou e me ajudou na elaboração deste relatório.
Para finalizar gostaria de agradecer a todos que me ajudaram para que este trabalho
tivesse um grande aproveitamento.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................6

1.0 – EXPERIÊNCIAS REALIZADAS................................................................................7

2.0 – CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL.............................................................................7

3.0 – RELATO DE CASOS...................................................................................................7

3.1 – DOENÇAS DA SOJA...............................................................................................8

3.2 – Pragas da Soja.........................................................................................................13

3.2.1 – Lagarta da Soja..............................................................................13


CONCLUSÃO.....................................................................................................................18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................19

ANEXOS..............................................................................................................................19
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INTRODUÇÃO

O estágio curricular supervisionado tem por objetivo de desenvolver na prática as


atividades realizadas durante o curso técnico em agropecuária, desta maneira concluindo o
curso de Técnico Agrícola, além de adquirir maior experiências em determinadas áreas da
agricultura, o estagiário pode ser testado por profissionais da área, também podendo
desfrutar do estágio para extrair dúvidas e curiosidades de seu interesse.
A escolha da empresa Produza, deve-se principalmente a esta se relacionar
diretamente com o ramo das culturas anuais, levando em conta o interesse do estagiário
nesta área e também devido à localização da mesma.
O período de desenvolvimento do estágio compreendeu-se do dia 03 de janeiro a
4 de março de 2011, correspondendo há 45 dias, totalizando uma carga horária de 360
horas.
O estágio foi realizado na empresa Produza, Matriz, esta sendo localizada no
município de Carazinho – RS, esta atua na área de assistência técnica e venda de insumos.
Durante o estágio as visitas a campo eram acompanhadas pelo Engenheiro Agrônomo Alan
B. B. Martins. Esta assistência técnica era fornecida a todos os clientes, pois muitos
produtores se deparavam diante de algum problema, na maioria dos casos o problema
estava relacionado com doenças e pragas relacionadas à cultura.
Diante de um problema o Engenheiro Agrônomo verificava o mesmo e então este
era discutido com o produtor, forneciam-se então sugestões para que o produtor
solucionasse o problema da melhor forma possível. As visitas em sua maioria foram a
lavouras de soja (Glycine max L), sendo dado ênfase a esta cultura devido a esta época se
coincidir com o pleno desenvolvimento desta cultura e por esta ser plantada em maior
escala na região, além de possuir maior cotação de mercado que a cultura do milho.
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1.0 – EXPERIÊNCIAS REALIZADAS

No decorrer do estágio, existiram inúmeras ocasiões em que se pode por em


prática aquilo que foi visto no Instituto, no decorrer do curso Técnico em Agropecuária.
Desta maneira pode-se tirar muitas experiências à nível de campo, de aspectos que algumas
vezes nem são muito divulgados em literaturas ou então, que são observados com maior
facilidade na prática.

2.0 – CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL

A empresa Produza possui sua matriz sediada em Carazinho – RS, na Rua Travessa
Aloisio Linck , 67 - Gloria -Carazinho / Rs. Foi Fundada em 1995, oferece assistência
especializada a campo e também é revenda de insumos. Apresenta Nove filiais. Sendo
estas sediadas nos Municipios de Boa Vista do Incra, Ibirubá, Cruz Alta, duas filiais em
Tapera, Não-Me-Toque, Sarandi, Chapada e Saldanha Marinho.

3.0 – RELATO DE CASOS

No decorrer do estágio curricular, foram observados inúmeros casos, que serão


relatados no decorrer deste relatório, sendo que a maioria destes, ligados a doenças e
pragas da cultura da soja.
A cultura da soja ocupa no Brasil, cerca de 49% da área ocupada com grãos,
chegando à ultrapassar 24 milhões de hectares, em alguns casos alcando rendimentos
próximos ou até superiores à 4800 kg por hectare. A soja é atualmente umas das formas de
fornecimento de proteína vegetal, constituindo-se em um componente importante na
alimentação animal e até mesmo na dieta humana.
Na região onde foi realizado o Estágio Curricular a soja é a cultura de verão que
ocupa a maior área plantada, desta maneira os relatos serão voltados para essa cultura,
também levando em consideração que a cultura do milho já encontrava-se em um estádio
avançado e não foram acompanhadas nenhuma lavoura.
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3.1 – DOENÇAS DA SOJA

A cultura da soja está sujeita ao ataque de várias doenças durante todo seu ciclo,
apresentando em alguns casos doenças de muita importâncias, outras menos importantes.
Desta maneira é importante que se diferencie as inúmeras doenças existentes,
sabendo distinguir, as que podem causar maiores danos as plantas, e assim se necessário
efetuar controles.

3.1.1 - Oídio ( Mycrosphaera diffusa )

Ao longo de todo o estagio, esta doença se notou freqüentemente nas lavouras de


soja, e em alguns casos teve ataques muito severos. O oídio se caracteriza pela formação de
um micélio branco ou em alguns casos acinzentado na superfície da folha, em ataques
muito severos as folhas podem secar, pois este micélio reduz o índice de área fotossintética
da planta e isto faz com que ela diminua seu desenvolvimento.
A infecção pode ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento da cultura, sendo
que temperaturas de 18 °C a 24 °C e climas menos chuvosos, favorecem o
desenvolvimento da doença, quando a temperatura se eleva acima de 30 °C ocorre
paralisação do processo de infecção. A umidade relativa do ar baixa é altamente favorável
à doença.
Um controle que se mostra bem eficiente é o uso de cultivares resistentes, mas quando a
cultivar é suscetível e ocorre o ataque, apresentando-se uma severidade de 20 % ou
superior a isso, se recomendam aplicações de fungicidas. Nas áreas onde este índice era
constatado era aplicado os produtos: Carbendazin (Derosal 500 SC, Carben 500 SC,
Portero 500SC) na dose de 0,5l/ ha, Difenoconazole (Score 250 CE) com a dose de 0,2 l/
ha + Óleo Natural (Assist), Tebuconazole (Folicur 200 CE, Tebuco) na dose de 0,5 l/ ha,
Miclobutanil (triazol) ( Systhane 250 EC) na dose de 0,5 l/ha.
Desta maneira notou-se que esta doença é preocupante em lavouras de soja, sendo
que a partir do momento em que a doença estiver instalada deve se realizar a aplicação de
fungicidas.
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3.1.2 - Míldio ( Peronospora manshurica )

No decorrer do desenvolvimento da cultura da soja o míldio apareceu com


freqüência. Esta doença se caracteriza pelo aparecimento de manchas amarelo-brilhantes
ou em certas ocasiões verde-claras que surgem na face superior das folhas mais jovens. Em
folhas mais desenvolvidas as lesões são menores, mas em grande número.
As folhas que sofrem um ataque severo tornam-se amareladas, passando à
coloração marrom e apresentam curvaturas nas margens caindo prematuramente.
O míldio é favorecido por temperaturas de 20°C a 22°C, quando as temperaturas
ultrapassam os 30°C ou quando são inferiores a 10°C o fungo paralisa sua atuação,
umidades elevadas também favorecem o desenvolvimento da doença.
Na fase vegetativa, quando a doença apresenta-se com grande severidade há um
grande impacto visual, atualmente existem algumas pesquisas que falam que esta doença
causa algum dano, pelo motivo de ela diminuir a área fotossintetizante. Em algumas
literaturas são encontradas informações dizendo que os fungicidas indicados para a soja
são ineficientes para o controle do patógeno, porém ele pode ser controlado a partir de
fosfito.
Uma forma de controle total seria a utilização de materiais resistentes ao míldio,
porém quando se faz a utilização de materiais suscetíveis e onde existiam mais que 10
manchas por folha, se recomendam a utilização de fosfito. Nestas áreas onde se
constatavam este índice recomendava se o produto Phytogard Mn na dose de 2 l/ha.
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3.1.3 - Crestamento Bacteriano (Pseudomonas savastanoi)

Esta doença é mais uma das que foram encontradas com grande intensidade nas
áreas de soja. O crestamento bacteriano afeta principalmente as folhas mais jovens da
planta, podendo atingir também as hastes e as vagens.
Os sintomas são caracterizados por manchas translúcidas de aspecto oleoso, essas
são angulares circundadas por um halo de coloração verde-amarelada. As manchas tornam-
se necróticas com contornos angulares, na face inferior da folha as manchas apresentam
coloração negra, quando as condições forem favoráveis, as lesões sofrem rasgaduras em
função do vento.
Esta doença pode ocorrer desde o início da fase vegetativa, principalmente sob
condições de alta umidade e de temperaturas amenas.
Notou-se que os danos causados por essa doença são pequenos, não justificando o
uso de controles específicos, sendo que o produtor pode obter um controle através de
cultivares resistentes, sementes livres do patógeno, ou então fazer uma aração profunda
que promova o enterrio dos restos culturais infectados, esta se mostra uma boa alternativa
para o controle do crestamento bacteriano.

3.1.4 – Podridão Vermelha da Raiz (Fusarium solani)


Esta doença não ocorre em grandes áreas normalmente é encontrada em plantas
aleatoriamente distribuídas na lavoura. A Podridão Vermelha da Raiz afeta o lenho da raiz
e seu sistema vascular, obstruindo assim a passagem da seiva da planta.
Seus sintomas são caracterizados por o amarelecimento das folhas da planta,
deixando ela popularmente com o aspecto de folha-carijó. A forma de analisar se a planta
está com a doença ou não é arrancar a planta e constatar se a raiz apresenta alguma
podridão em sua raiz, caracterizada pela sua cor avermelhada no início e quando ela está
em um estágio mais avançado apresenta coloração vermelho-arroxeado e até negro.
Esta doença ocorre principalmente na fase reprodutiva, quando a planta está mais
sensível às doenças, as condições favoráveis ao aparecimento da doença são o clima quente
e úmido, pois ele habita locais com matéria orgânica.
Notou-se que os danos referentes a esta doença são mínimos, pois ocorrem em
plantas isoladas na lavoura e em pequeno número.
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Não há necessidade de controle, mas isso pode ser feito através do tratamento de
semente com a utilização da molécula de dicarboximida (Captan 750 TS) na dose de 160
g/100kg de semente.

3.1.5 – Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhyzi)

A ferrugem asiática da soja foi uma das doenças mais preocupantes ao longo do
desenvolvimento da cultura. Ela ataca principalmente as folhas baixeiras por estas estarem
com baixa proteção pelo fato de que os fungicidas não conseguirem penetrar até atingir
estas folhas.
A ferrugem é uma doença extremamente agressiva, tem um grau de disseminação
muito elevado, sendo que se dissemina nas lavouras principalmente pela atuação do vento,
também é favorecida por longos períodos de molhamento foliar. É causada por um fungo,
podendo ocasionar perdas de 30 – 70% no rendimento da soja.
Os sintomas da ferrugem são caracterizados por minúsculos pontos escuros no
tecido sadio da folha, estes pontos apresentam-se de coloração marrom a marrom-
avermelhada. Na parte inferior da folhas apresentam-se pústulas, denominadas de urédias
que são vistas facilmente através de uma lupa (20X), este sintoma é o que facilita definir a
presença ou não da ferrugem.
Quando constatado a presença da ferrugem, nota-se queda abundante de folhas,
inclusive queda prematura das mesmas. Na fase de enchimento de grãos ocorre o
abortamento e a queda de vagens, o que faz com que se tenha grande queda no rendimento.
O controle da ferrugem é baseado em métodos como, a rotação de cultura com
milho ou sorgo, realizar a semeadura na época ideal, fazer uso de cultivares mais precoces,
e que sejam adaptadas à região. Mas além destes cuidados o monitoramento das lavouras
deve ser constante, a fim de constatar a doença logo no início, evitando grandes perdas.
Caso seja constatada a presença de ferrugem, deve-se fazer a aplicação de fungicida o mais
rápido possível.
O baseamento desta doença deve ser de aplicação de fungicida preventivamente,
pelo fato de ela ter um grau de severidade muito alto. Os produtos utilizados para o seu
devido controle foram Ciproconazol + Trifloxistrobina (Sphere Max) na dose de 150 ml/ha
Ciproconalzol + azixistrobina (Priori Xtra) na dose de 300 ml/ha Epoxiconazol +
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Piraclostrobina (Opera) na dose de 0,5 l/ha, Carbendazim (Derosal 500 SC) na dose de 0,5
l/ ha , Tebuconazole (Folicur 200 CE) na dose de 0.750 l/ ha.

3.1.6 - Mancha Alvo (Corynespora cassiicola)

Esta doença foi encontrada em algumas áreas de soja, porém com severidade
pouco intensa.
Os sintomas da mancha alvo são observados em folhas, ramos, vagens, sementes,
hipocótilo e raízes. Mas o sintoma mais característico da doença é observado nas folhas,
apresentando lesões circulares rodeadas por um halo esverdeado ou levemente clorótico,
estes sintomas iniciam-se por pequenas pontuações de coloração castanho-avermelhadas,
com halo amarelado, que em condições favoráveis evoluem para grandes manchas
arredondadas de coloração castanho clara, atingindo até 2 cm de diâmetro.
A doença pode ocorrer em qualquer fase de desenvolvimento da cultura, porém
aparecendo com maior freqüência a partir do estádio R1, ou seja, início da floração. É
favorecidas por alta população de plantas, alta umidade e temperatura.
O controle da mancha alvo pode ser obtido através de resistência varietal, rotação
de cultura com gramíneas. Em áreas onde se constatou esta doença foi sugerido ao
produtor que fizesse a aplicação de fungicida. Os produtos usados neste controle foram os
seguintes: Azoxystrobim + Ciproconazol (Priori Xtra) na dose 0,300 l/ ha, Carbendazim
(Derosal 500 SC) na dose de 0,5 l/ ha , Tebuconazole (Folicur 200 CE) na dose de 0.750 l/
ha. Nestas aplicações era sugerido acrescentar óleo natural, sendo 1litro de óleo natural
para cada 100 litros de calda.
Desta maneira observou-se que é viável economicamente fazer-se a aplicação de
fungicida quando estiver presente a mancha alvo, levando em conta que esta pode reduzir o
rendimento de 18-32%.
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3.1.7 – Doenças de Final de Ciclo (Septoria glycines e Cercospora kikuchii)


No Rio Grande do Sul, o oídio e as doenças de final de ciclo são os maiores
problemas que afetam a parte aérea da soja. Entretanto nas lavouras visitadas no decorrer
do estágio, não se constatou grande incidência a mancha parda, também chamada de
septoriose (Septoria glycines) e o crestamento foliar de cercospora (Cercospora kikuchii),
este que já foi relacionado anteriormente.
Estas doenças podem causar um impacto significativo no rendimento da cultura,
chegando a 35 % de perdas, principalmente em final de ciclo. Levando-se em consideração
que a maioria dos cultivares de soja são suscetíveis às doenças de final de ciclo, nota-se a
importância de fazer-se uma aplicação preventiva com tratamentos específicos (fungicida),
para minimizar as perdas do produtor.
Estas doenças podem apresentar sérios danos a produtividade da cultura, porém
as aplicações de fungicida sempre sendo indicadas preventivamente, no fechamento da
cultura, diminuiu os índices de incidência desta doença.
Quanto às doenças de final de ciclo, pode-se observar que estas podem reduzir
em muito o rendimento da cultura, desta maneira se faz importante à aplicação preventiva
de fungicida, para que o produtor tenha certeza que não irá ter diminuição do rendimento.

3.2 – Pragas da Soja


O manejo integrado de pragas na cultura da soja, principalmente em sistema
plantio direto é muito importante, considerando o potencial de danos que afetam a
produção e o grande potencial de desenvolvimento da cultura.
Desta maneira é fundamental que o produtor estabeleça práticas de manejo, para
que se evite perdas ocasionadas por pragas. Este manejo consiste em fazer vistorias
regulares as lavouras, para verificar o nível de ataque de uma determinada praga e se
necessário adotar medidas de controle específicas.

3.2.1 – Lagarta da Soja


Essa praga é uma das mais importantes da cultura da soja, no decorrer do estágio
ocorreram surtos intensos de lagartas, sendo inevitável o controle. A lagarta-da-soja causa
desfolhamento intenso na planta, principalmente quando as lagartas se apresentam adultas.
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Quando o ataque for muito generalizado, as lagartas além de causar desfolha intensa,
começam a consumir as hastes mais finas das plantas.
Nos estádios de floração e formação de vagens os prejuízos podem ser maiores,
pois as lagartas começam a atacar as vagens superiores.
Recomenda-se que seja feito o monitoramento das lavouras, quando a infestação
atingir cerca de 10 lagartas por pano de batida, considerando um índice de desfolha de até
15% após a floração deve-se fazer a aplicação de inseticida.
Outro fator que deve ser levado em conta é o índice de área foliar da soja, quanto
menor for o índice de área foliar menor deve ser o nível de desfolhamento.
A lagarta ataca a cultura da soja com grande freqüência nos meses de janeiro e
fevereiro principalmente, seu aparecimento pode ocorrer já em dezembro e também em
meados de março. Seu controle é inevitável na maioria dos casos, pois as lagartas causam
intensa desfolha causando prejuízos aos produtores. Desta maneira justifica-se a aplicação
de inseticida, levando em conta que não é difícil exterminar a lagarta das lavouras, pois
esta praga consome as folhas da parte superior da planta, desta maneira aplicando-se o
inseticida nesta parte da planta se extermina o surto de lagartas presentes na área.
Nas áreas onde era necessário fazer o controle indicava-se a aplicação de
inseticidas fisiológicos ou biológicos, porém em alguns casos onde se apresentavam níveis
maiores de lagartas e essas adultas, ou seja, com mais de 1,5 cm de comprimento, fazia-se
necessário a aplicação de produtos não seletivos como piretróides, organofosforados,
deltrametrinas, monocrotofós, que exterminassem as pragas com maior rapidez, levando
em conta que os produtos fisiológicos não atuam em lagartas adultas.

3.2.2- Tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus)

O tamanduá-da-soja, chamado também de bicudo-da-soja apareceu com freqüência


nas áreas de soja. O tamanduá, quando adulto possui o hábito de raspar as hastes das
plantas, sendo que estas ficam desfiadas no local da raspagem e neste local são depositados
seus ovos.
As plantas atacadas ficam com as folhas murchas e na maioria dos casos morrem,
isto porque não ha passagem de seiva para a parte superior da planta devido à lesão. Desta
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maneira ha uma redução no estande da lavoura, nos casos em que as plantas sobrevivem
ocorre uma redução no número de vagens e no peso de grãos.
As lavouras devem ser monitoradas principalmente nos meses de dezembro e
janeiro, onde o ataque é mais intenso, deve-se procurar fazer o controle logo no início da
infestação, antes que os insetos desenvolvam seus músculos de vôo e se disseminem por
toda a lavoura. Na maioria das vezes as infestações iniciavam-se nas bordaduras da
lavoura, encostas de matos e divisas com milho.
O controle do tamanduá deve ser feito quando se atingir o nível de 2 insetos por
m². Também se podem adotar medidas preventivas como a rotação de cultura com milho,
girassol, sorgo ou pastagens.
Nos casos acompanhados no decorrer do estágio, foi indicado o controle químico
desta praga com inseticida, onde foram usados os seguintes beta-ciflutrina (Turbo), com
dosagem 0,200 l/ha beta-ciflutrina + imidacloprida(Connect) na dose de 0,700 l/ha
Metamidofós (Tamaron) com a dosagem de 0,800 l/ ha.
Após constatarmos a presença do tamanduá-da-soja, e observarmos seus danos,
pode-se notar que onde ha o ataque desta praga é fundamental fazer o monitoramento das
áreas e se necessário fazer o devido controle, para que o produtor não tenha prejuízos.

3.2.3 - Percevejos (Nezara viridula e Euschistos heros)

Houve uma grande presença de percevejos nas áreas de soja visitadas durante o
estágio. Os percevejos, tanto na forma adulta como na fase de ninfas podem inibir o
desenvolvimento dos grãos, resultando na queda de vagens.
Para se alimentar os percevejos inserem seus estiletes nas plantas, desta forma
retiram substâncias nutritivas que as plantas necessitam. A cultura da soja tolera o ataque
de percevejos na fase vegetativa, porém na fase reprodutiva e principalmente no estádio em
que a planta se encontra em formação de grãos, o dano pode se severo. Grãos de soja
danificados por percevejos possuem maior teor de proteínas e menor teor de óleo,
resultando em grão de menor qualidade.
O sintoma mais característico apresentado por áreas atacadas pelo inseto é a
retenção foliar, denominada de “soja louca”, que é causada pela queda de legumes e falta
de grão na planta, que causa grandes perdas de rendimento, além das dificuldades e
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diminuição do rendimento operacional do maquinário devido à retenção foliar e às hastes


verdes.
É preciso então que se faça o monitoramento das áreas para identificar a presença
de percevejos, é importante que as vistorias sejam feitas pela manhã, pois é nas horas mais
frescas do dia que se tem maior facilidade de o encontrá-lo, quando se encontrar 4
percevejos por pano de batida deve-se efetuar o controle. Em áreas destinadas para
semente quando se encontrar 2 percevejos por pano de batida a aplicação deve ser feita.
Nas áreas onde foi constatada a necessidade de se fazer à aplicação de inseticida
o departamento técnico da empresa recomendava fazer a aplicação de um dos seguintes
inseticidas: Endossulfan (Thiodan CE) na dose de 1 l/ha; Imidacloprida + beta ciflutrina
(Connect) com dosagem de 0,700 l/ha
Pode-se observar então que o ataque dos percevejos pode causar danos severos
às plantas de soja, e que é de suma importância fazer seu controle, para que não se tenha
prejuízos nas lavouras de soja.

3.2.4 - Lagarta Falsa-Medideira (Pseudoplusia includen e Rachiplusia nu)

No decorrer das visitas a campo o aparecimento desta lagarta foi muito


significativo, houve áreas em que foi constatada uma grande incidencia da lagarta falsa-
medideira.
Esta lagarta é bastante semelhante à lagarta da soja (Anticarsia gematalis),
apresentando-se de coloração verde, com uma série de linhas esbranquiçadas no sentido
longitudinal ao longo de seu dorso. Uma característica que faz com que se diferencie com
facilidade esta lagarta é o fato dela possuir apenas dois pares de patas na região abdominal,
fazendo com que o deslocamento seja realizado por movimentos do corpo, parecendo
medir palmos.
A lagarta falsa-medideira ataca a área foliar da cultura, porém não se alimenta das
nervuras das folhas, mas causa desfolhamento intenso nas plantas. Desta maneira se faz
importante a aplicação de inseticida para seu controle. Em áreas onde se teve presença
desta lagarta, foi recomendado que o produtor aplicasse inseticidas. Levando em conta que
esta lagarta não é controlada por produtos biológicos ou fisiológicos, as aplicações
deveriam ser de inseticidas não seletivos. Nessas ocasiões foi recomendado os produtos a
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base de permetrina (Talcord 250 CE na dose de 0,100 l/há , metoxifenozida (Intrepid 240
SC) na dose de 0,150 l/ha, flubendiamida (Belt) na dose de 0,050 l/ha, Endussulfan
(Thiodan CE na dose de 1,25 l/ha).
Percebeu-se que o controle da lagarta falsa-medideira se faz importante para que
se garanta uma boa produtividade, principalmente se o ataque desta praga for nos estádios
de formação de legumes e vagens.

3.2.5 – Lagarta Militar (Spodoptera frugiperda)


No decorrer do estágio foram encontradas em algumas lavouras a Lagarta Militar,
em áreas de soja, é uma praga de difícil controle, porém ela ainda não está acarretando
muitos danos, pelo motivo de ela ter preferencialmente como dieta o milho, porém com a
tecnologia BT em milho elas estão migrando para as lavouras de soja.
Habitava originalmente lavouras de milho, porém com a utilização dos milhos BT
migrou para as lavouras de soja, a lagarta militar também é conhecida como lagarta do
cartucho.
Para seu devido controle foram sempre recomendados produtos destinados à
outras lagartas, porém com doses superiores, no caso de incidência da lagarta militar com
número superior a 4 por pano de batida, recomendava-se a aplicação de inseticidas, os
produtos receitados eram, flubendiamida (Belt) na dose de 0,070 l/ha, Metamidofós
(Tamaron) com a dosagem de1,3 l/ há, Endussulfan (Thiodan CE na dose de 1,5 l/ha).

3.2.6 – Lagarta Preta (Spodoptera eridania)

Ao vistoriar as lavouras de soja, foi encontrada, em algumas delas, a lagarta preta,


ela por sua vez não é tão devastadora quanto uma falsa-medideira, ou até mesmo a lagarta
da soja, porém também trata de uma praga de difícil controle.
Quando se constatava a presença de 4 ou mais lagartas por pano de batida se
recomendava-se a aplicação de inseticida, eram recomendados então ao produtor a
aplicação de inseticida entre eles, flubendiamida (Belt) na dose de 0,070 l/ha, Metamidofós
(Tamaron) com a dosagem de1,3 l/ há, Endussulfan (Thiodan CE na dose de 1,5 l/ha).
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CONCLUSÃO

Ao finalizarmos este trabalho que tratou da vida e carreira de um dos mais


importantes autores nacionais, podemos concluir que Guimarães Rosa foi um escritor de
muita importância no cenário brasileiro, pois seus trabalhos foram ha muito tempo
estudados e hoje em dia ainda fazem parte do acervo nacional, sendo obras consideradas
relíquias da literatura.
Este trabalho foi um complemento para o nosso aprendizado, levando em
consideração nosso futuro profissional e o conteúdo estudado em sala de aula. É de
extrema importância para todos nós, fazermos trabalhos desse nível que vem a interferir
positivamente em nossa vida, além de podermos transmitir informações obtidas pelo
concluído à outros colegas.
Através do esforço de todos os integrantes do grupo conseguimos juntos alcançar
nossos objetivos com o determinado trabalho, adquirindo assim maior conhecimento sobre
o assunto tratado, e sabendo realmente a importância dos escritores brasileiros na literatura.
Foram usados métodos práticos para a execução do trabalho, levando em conta
sempre o melhor desempenho possível durante a realização do mesmo. Primeiramente
buscamos informações em sites de pesquisa, foram retirados os conteúdos mais
importantes, aprofundando-se em pesquisas pela internet, na qual foram tirados conteúdos
mais complexos, e amplos. Após foi feito resumo dos assuntos solicitados pelos
professores para que o trabalho atinja as exigências do mesmo.
Concluindo o trabalho foi de suma importância, porque com ele aprofundamos
nossos conhecimentos sobre o autor e sobre suas obras, objetos que jamais podem ser
esquecidos nas bibliotecas nacionais devido a sua grande importância.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(Referências não presentes por motivo da ausência dos livros).

ANEXOS
(Os anexos serão apenas entregues após a revisão e conclusão do relatório)

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