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Nome da Organização: Associação Indígena Pariri

CNPJ da Organização: 03.024.340/001-40

Responsável pela organização: Anderson Painhum da Silva

E-mail da Organização: aiparirip@gmail.com

Endereço: Praia do Mangue, s/n. Jardim Araras,

Cidade: Itaituba Estado: Pará

CEP: 68.181-140 País: Brasil

Telefone: (93)9923-46377 whatsapp: +55 93 9234-6377

HISTÓRICO:

O povo indígena Munduruku ocupa tradicionalmente o Médio e o Alto rio Tapajós. Na região
do Médio vivem aproximadamente 1025 indigenas da etnia Munduruku,ocupamos o Tapajós e
as proximidades do rio Jamanxim - Terras Indígenas Sawre Muybu, Sawre Ba’pin (em
identificação) - e a cidade de Itaituba - Reservas Indígenas Praia do Mangue e Praia do Índio
(homologadas).
Os Munduruku se organizam a partir de suas lideranças, caciques, chefe dos guerreiros, chefe
das guerreiras, pajés, artesãos, cantores e puxadores. A partir da organização social configuram
sua política própria, realizando seus rituais com cânticos tradicionais Munduruku, e com suas
atividades de subsistência aprimorando seus sistemas agrícolas tradicionais e confeccionando
seus artesanatos.

Muraicoko, que deu origem à vida cultural, é o grande sábio que descobriu como trazer marcas
para história do povo Munduruku, e sempre é rememorado em todos os ofícios da arte e da
escrita Munduruku, pois foi quem repassou esses ensinamentos ao povo Munduruku.
Temos vestígios dele em todo o nosso território, sobretudo nas pinturas que deixou nas pedras
em locais encachoeirados (pinturas rupestres).
Atualmente, nos preocupamos em preservar essa arte, deixada pelo antepassado.
A Associação Indígena Pariri foi criada no dia 8 de novembro de 1998, com a missão de lutar
pela sobrevivência física e cultural do povo Munduruku do Médio Tapajós, representando
legalmente onze aldeias. Ao longo dos últimos vinte e um anos, a Pariri desenvolveu projetos de
ensino da língua nativa nas aldeias urbanas e próximas à cidade de Itaituba, organizou
encontros anuais e itinerantes, no Dia do Índio (19 de abril), para promover a integração das
comunidades do Médio Tapajós, reafirmar os valores Munduruku e discutir ameaças aos seus
direitos; implementou projeto de roça diversificada, na Aldeia Praia do Mangue, de criação de
peixe em gaiola, também na Praia do Mangue, projetos de avicultura na Praia do Índio, além de
ser parceira do projeto de Ensino Médio Integrado, Ibaorebu, da FUNAI.
Executou projeto de autodemarcação da Terra Sawre Muybu, produção de farinha e
implementação de roças tradicionais nas aldeias enquanto o governo federal e empresas
responsáveis pelo mega projeto da usina hidrelétrica de São Luis do Tapajós consideram o povo
Munduruku impecilio para o desenvolvimento do país.
O povo Munduruku por meio da Associação Pariri organiza o povo e protege a natureza e a
nossa cultura dos projetos de destruição impostos pelo desmatamento, pela mineração, pelos
mega empreendimentos. São muitos e são enormes os desafios.

TÍTULO DO PROJETO: PROTEÇÃO E SEGURANÇA DE LIDERANÇAS INDÍGENAS DAS ALDEIAS


MUNDURUKU

GEOGRAFIA DA REGIÃO:

Na cidade de Itaituba existem duas aldeias urbanas Aldeia Praia do Mangue e Aldeia Praia do
Índio. O deslocamento terrestre da cidade de Itaituba até a Terra Indígena Sawre Bapin somam
aproximadamente 43 quilômetros. Do município de Itaituba para a Terra indígena Sawre
Muybu são aproximadamente 75 quilômetros via terrestre para chegar no Porto de Burburé
(Burburé é um local muito movimentado de garimpeiro e madeireiro) e de lá segue-se via
fluvial de voadeira subindo o Rio Tapajós por 40 minutos.

JUSTIFICATIVA:

“Karo Ebak” é uma história Munduruku de uma senhora idosa e muito velhinha da aldeia e
tinha um neto que chorava muito querendo comer frutas que nem mesmo existia e todos
achavam que era louco e chegou um dia que a sua avó resolveu dar a sua vida para surgir
várias plantas como mandioca, cará, milho, batata e outros. Ela explicou como seria feito a
colheita, ou seja, orientou o pessoal da aldeia quando poderia fazer a colheita e de seus
produtos derivados das frutas.
Por essa história deu origem a fazer um projeto de fundar uma aldeia com estratégia de fazer a
vigilância e monitoramento do nosso território.
Após finalizarmos a execução do “Projeto Karo Ebak” fundamos a aldeia Karo Ebak. Com dois
meses de fundação da nova aldeia, invasores madeireiros voltaram a entrar no nosso território
explorando e retirando madeira ilegal nas proximidades da aldeia, aproveitando a falta de
fiscalização durante o surto da pandemia Covid 19,

Com 04 meses de exploração e retirada de muitas toras de madeira, o ICMBio fez uma
operação naquele local, mas queimaram somente a maloca comunitária da aldeia e nem
sequer destruíram os equipamentos dos madeireiros.

Nós indígenas da Associação Pariri que tomamos a linha de frente na proteção de nosso povo e
território, sofremos ameaças de morte constantemente pelos pistoleiros a mando dos
proprietários donos de madeireireiras da região e sentimos medo de a qualquer momento
sermos mortos. Nos trabalhos logísticos da organização, não temos veículos e usamos sempre
fretes de caminhonetes e até mesmo de táxi de pessoas estranhas que não conhecemos, onde
os donos desses veículos tem ligação com madeireiros e garimpeiros que passam informações
para os mesmos.

Iniciamos ações em nosso território e após alguns dias não se sabe de que maneira ainda,
conseguem informações, que são repassadas à madeireiros e garimpeiros. Estamos sentindo
uma grande fragilidade também na nossa comunicação.

A Associação Indígena Pariri não tem nenhum transporte e por isso necessita urgentemente de
recursos para a compra de uma caminhonete para dar segurança e proteção na logística e
também para fazer o serviço administrativo na cidade para os membros que estão na linha de
frente.

A Associação Indígena Pariri é uma organização não governamental sem fins lucrativos e por
esse motivo necessita de apoio com recursos externos para aquisição de um veículo, realizar a
manutenção do mesmo e ajuda de custos com o combustível por pelo menos um ano.
Necessitamos ainda de recurso para habilitar um indígena para que tenhamos um motorista
de confiança.

Pedimos apoio pois a Associação Pariri não possui neste momento condições próprias para
adquirir um veículo que servirá para garantir a mínima segurança e proteção aos caciques,
lideranças e indígenas que precisam deslocar-se para realizar atividades nas aldeias do Médio
Tapajós, e constantemente sofrem ameaças por lutarem contra os projetos que impactam a
vida não somente do povo Munduruku mas de toda a região.
ORÇAMENTO:
Aquisição de veículo/caminhonete:
Nº Discriminação Quantidade Valor Unitário Valor Total
01 Hillux 01 R$160.000,00 R$160.000,00
Total parcial R$160.000,00

Aquisição de manutenção:
Nº Discriminação Período Valor Unitário Valor Total

01 Manutenção 12 meses R$8.500,00 R$102,000,00


Total parcial R$102,000,00

Aquisição de combustível:

N Discriminação Duração Qtde Und Valor Valor Total


º Unitário
01 Óleo S10 12 meses Lt 400 R$3,85 R$184.800,00
Total parcial R$184.800,00

Aquisição da carteira de habilitação:

Nº Discriminação Quantidade Unidade Valor Unitário Valor Total


01 Carteira de 1 Único R$3.000,00 R$2.600,00
habilitação
Total parcial R$2.600,00

Total geral do orçamento:

Nº Discriminação Quantidade Valor Total

01 Aquisição de veículo/caminhonete Único R$160.000,00


02 Aquisição de manutenção Único R$102.000,00
03 Aquisição de combustível Único R$184.800,00
04 Aquisição da carteira de Único R$2.600,00
habilitação
Total geral R$449.400,00

INFORMAÇÃO BANCÁRIA

Nome do Banco: Caixa Econômica Federal

Número da Agência: 0552

Número da Conta da Organização:

672001-0

Operação: 003

Nome da Conta da Organização (titular): Conta Corrente

Endereço do Banco:

(Informação imprescindível)

Cidade: Itaituba Estado: Pará C.E.P: País: Brasil

Gerente da Conta:

Telefone do Banco: FAX:

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