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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SNTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS – CAV


II SEMANA DE ENGENHARIA AMBIENTAL
Aquecimento global
 Combustíveis fósseis

 Emissão de gases causadores do efeito estufa

 Catástrofes climáticas

 Convenção do clima

 Redução das emissões

 Créditos de Carbono
Energias renováveis
 Hídrica

 Eólica

 Solar

 Biomassa

BIOCOMBUSTÍVEIS
Biocombustíveis
“... biocombustível derivado de biomassa renovável
para uso em motores a combustão interna com
ignição por compressão ou, conforme regulamento
para geração de outro tipo de energia, que possa
substituir parcial ou totalmente combustíveis de
origem fóssil”.
Biodiesel
A RESOLUÇÃO ANP Nº42 de 24 de novembro de
2004 define biodiesel como um combustível
composto de alquil ésteres de ácidos graxos de
cadeia longa, derivados de óleos vegetais ou de
gorduras animais.
Biodiesel de microalgas
O biodiesel de microalgas não é significativamente
diferente do biodiesel produzido a partir dos óleos
de plantas oleaginosas, considerando que ambos
são produzidos de óleos de origem vegetal.
Microalgas
Importância
Dentro dos ecossistemas, as algas são as
responsáveis pelo abastecimento de alimento e
oxigênio. Uma das maiores fontes para respiração
de seres vivos

 responsável por cerca de 70% da fotossíntese


mundial.
Quais são os reinos dos seres que podemos
encontrar as algas como representantes?

Reino Monera:
● cianobactérias ou cianofíceas ou algas azuis
(são todas procariontes/unicelulares/autótrofas);

 Não possuem cloroplastos, mas fazem


fotossíntese devido a presença das lamelas
fotossintetizantes ;
 Reproduzem-se apenas de forma assexuada
(bipartição ou cissiparidade);
Algas do Reino Protista

 Euglenofíceas: algas unicelulares;


 Crisofíceas ou algas douradas;
 Pirrofíceas ou algas cor-de-fogo;
 Clorofíceas ou algas verdes;
 Rodofíceas ou algas vermelhas;
 Feofíceas ou algas pardas.
Algas do Reino Protista
 Eucariontes;
 Uni ou pluricelulares, sendo que os
componentes pluricelulares não formam
tecidos verdadeiros;
 Autótrofas fotossintetizantes;
 Possuem clorofila porém nem todas elas
são verdes devidos a diferentes pigmentos
que mascaram a cor verde da clorofila.
Algas do Reino Protista
 Corpo das algas chamado de TALO, não há
diferenciação de tecidos ou órgãos. Não há raiz,
nem folha nem caule.
 Podem formar dois tipos de comunidades:
 A) fitoplâncton: comunidade formada por
microalgas, produtoras de alimento e oxigênio. É
a base das cadeias alimentares aquáticas
(“pasto marinho”).
 B) fitobentos: comunidade de algas
macroscópicas fixas no solo marinho.
Microalgas × vegetais superiores

Atualmente a maior parte dos biocombustíveis são


produzidos por vegetais superiores →
OLEAGINOSAS

Outras matérias-primas renováveis estão sendo


estudadas para suprir necessidades futuras →
MICROALGAS
Aplicações das microalgas
 Suplemento alimentar:
 Carotenóides, pigmentos, omega-3, omega-6,
antioxidantes;
 Sequestro de CO2;
 Biorremediação;
 Cosméticos;
 Aquicultura;
 Aplicações farmacêuticas;
 Produção de biocombustíveis
Microalgas × vegetais superiores
 Vantagens das microalgas:
 Consumo de água menor;
 Crescem em água doce, água do mar e salobra
(imprópria para agricultura);
 O sistema de cultivo pode ser construído em solo não
arável (regiões desérticas);
 A produção da biomassa de microalga pode ser
combinada com fixação direta de CO2;
 Produz o ano inteiro (não têm safra);
 Maior rendimento por área ocupada, 10 × maior que
uma oleaginosa de boa produtividade;
Dificuldades na produção de microalgas
 Cepas com alta produtividade de biomassa e lipídeos;
 Susceptibilidade à contaminação biológica;
 Adaptação ao ambiente;
 Alto custo de processamento;

Reduzir custos

 Avaliação dos processos


Sistemas de cultivo

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Sistemas de produção em grande escala
 Sistemas abertos - Lagoas

Petroalgae, Melbourne,USA

Cyanotech Inc. Hawaii


Sistemas de produção em grande escala
 Sistemas fechados - Fotobiorreatores

Algaelink, Netherland, Europa

Sapphire energy, USA

MIT Photobioreator, USA


Cultivo em Fotobiorreatores
 Alta relação de volume por área ocupada;
 Processo contínuo;
 Contaminações minimizadas;
 Maior troca gasosa;
 Produção elevada;
 Colheita facilitada;
 Controle.

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Etapas do processo
 Obtenção de biomassa
 Inoculação
 Crescimento → controle
 Colheita → floculação, centrifugação, filtração
 Secagem → Spray-dryer, estufa, fluxo de ar, liofilizador

Volumes grandes – Escala industrial


1L – apenas 0,1 a 1% de biomassa seca
10.000 L – 10 a 100 kg de biomassa

Área = 440.000 m2
Earthrise, Ca
Obtenção da biomassa
Recovery of microalgal biomass and metabolites: process and economics (GRIMA et
al.,2003).

 Spray-dryer → produtos de alto valor agregado


 Liofilização é muito cara → escala laboratorial
 Filtração → depende do tamanho das células
 Centrifugação → é uma boa opção, mas para volumes muito
grandes pode ter uma alto custo de energia
 Floculação → é o método mais barato

IDEAL – FLOCULAÇÃO seguida de CENTRIFUGAÇÃO

Meio de Redução10% Biomassa Biomassa


cultura Floculação floculada Centrifugação centrifugada
10.000 L 1.000 L 100 kg
Cultivos realizados pela
H2ALL Pesquisa e desenvolvimento

Nos cultivos experimentais foi utilizada a microalga da espécie


Scenedesmus sp., escolhida por apresentar dados já descritos
na bibliografia e por ser de fácil obtenção, além de ser
largamente utilizada com alimento para os microcrustáceos
utilizados em ensaios de ecotoxicologia (Knie; Lopes, 2004).

Micrografia da microalga Scenedesmus sp.


Caracterização da espécie
Reino Plantae
Sub-Reino Viridaeplantae
Filo Chlorophyta
Classe Trebouxiophyceae
Ordem Chlorococcales
Família Scenedesmaceae
Gênero Scenedesmus
Espécie Scenedesmus sp.

Fotografia da microalga Scenedesmus sp.


Aumento de 400x
Meio de Cultivo
 Todas as culturas das microalgas realizadas
experimentalmente conduzidas com o meio de cultura
denominado meio de CHU (Chu, 1942);

 O meio fornece os micro componentes necessários ao


crescimento microalgal como por exemplo, a fonte de
carbono, a fonte de cálcio, a fonte de potássio entre outras;

 Meio escolhido por ser amplamente empregado nos cultivos


da microalga;

 Cultivo mixotrófico idealizado pressupôs a utilização de fonte


dupla de carbono: na forma de EDTA e o carbono da inserção
de ar atmosférico contendo;
Condições de Cultivo em Micro-Escala
de Laboratório

Experimentos preliminares foram conduzidos em uma micro-


escala de laboratório (segundo recomendado por Harmel,
2004);

 Para o crescimento algáceo, a relação entre superfície e


volume de líquido no frasco de cultivo não ultrapassou ¾ do
seu volume, com uma temperatura de 20 a 30°C, iluminação
constante e aerados e vazão de ar ± 3 l/min.
Frascos de cultura de Scenedesmus sp empregados no
cultivo experimental em micro-escala de laboratório
Estes experimentos preliminares geraram informações
sobre os parâmetros mais adequados para os
experimentos cinéticos na escala de bancada,
conforme é apresentado na Tabela abaixo:

Variáveis Valores
Temperatura 29,1 a 31,0 °C
Luminosidade 2500 a 4500 lux
Aeração 2,5 a 3,5 L/min
pH 6,9 a 8,0

Condições adequadas de cultivo da Scenedesmus sp encontradas


nos experimentos preliminares em micro-escala.
Fotobiorreator em escala de bancada
 Para a realização do aumento da micro-escala para uma
escala de bancada, foi utilizado um biorreator batelada com
capacidade de 3 litros, munido com sistema de aquisição de
dados e controle automático, modelo TECBIO V.1.0 da
TECNAL.
Fotografia do aparato experimental para estudos em escala de bancada
Meio de Cultivo

 Foram selecionados experimentos em triplicata com o


objetivo de obter informações experimentais suficientes
para a constituição de modelo cinético de crescimento;

 No caso do cultivo de microalgas considera-se que o


produto desejado é quantificado pela concentração de
biomassa;
Variáveis
 Temperatura;
 Luminosidade;
 Agitação/Aeração;
 pH;
 Densidade Celular ([X]Cel/mL): Concentração Celular em
Base Seca (CM (g/L));
 Concentração de Substrato (CS (mg/L));
Modelo Matemático para o Cultivo
Mixotrófico em Batelada
 Considerando-se o cultivo mixotrófico da Scenedesmus sp
ocorrendo com concentração constante de substrato e pelo
fornecimento contínuo do CO2 atmosférico, o modelo
apresentado anteriormente reduz-se à seguinte expressão de
balanço de massa das microalgas no sistema de cultivo:

 dC M
 = rM − rD ; C M (t ) ; t > 0
 dt
Para t = 0 → C M (0 ) = C Mo
 Como a concentração de substrato é constante e não existe uma
substância tóxica no meio as equações constitutivas ficam
resumidas a:
rM = µC M

rD = k D C M

 Substituindo-se as equações, tem-se o modelo matemático do


biorreator expresso na forma de um problema de valor inicial com
dois parâmetros a serem ajustados com dados experimentais da
escala de bancada:
 dC M
 = (µ − k D )C M ; C M (t ) ; t > 0
 dt
Para t = 0 → C M (0) = C Mo
 Integrando-se e linearizando os modelos, chega-se a equação final
para correlacionar a concentração de microalgas com o tempo de
cultivo mixotrófico em biorreator batelada:

 CM 
ln  = (µ − k D )t
 C Mo 

 Assim, com esta equação e os dados experimentais de crescimento


microalgal (CM(t)), pela regressão linear encontra-se constante de
crescimento, contaminada pela constante de morte celular (µ-kD);
Modelo Matemático para o Cultivo
Continuo
 O modelo para o biorreator batelada, pode ser estendido
para um sistema contínuo do tipo fluxo empistonado, pela
consideração de que t=z/vz para fornecer o seguinte
modelo:
 dC M 1
 = (µ − k D )C M ; C M (z ) ; 0 < z > L
 dz vz
Para z = 0 → C (0 ) = C
 M Mo

 Com o auxílio desta equação é possível predizer as


condições de operação de um sistema contínuo de forma
a se ter a máxima produção de microalgas.
Aumento de Escala em Laboratório
A partir dos dados cinéticos coletados nos ensaios de
laboratório, foi possível aumentar o tamanho do fotobiorreator
para criação de microalgas, aumentando o volume que era de
3 litros para 30 litros.
Fotobiorreator para produção de Microalgas com capacidade de 30 litros.

Scenedesms sp

Inóulo

1° Dia 2° Dia 5° Dia


“Scale up” para Fotobiorreator
Esterificação/Transesterificação
Esterificação

É uma reação química onde um ácido


carboxílico reage com
um álcool produzindo éster mais uma água.
Utilizando um catalisador e a aplicação de energia
térmica, essa reação ocorre mais rapidamente;
Esterificação/Transesterificação
Transesterificação

Esta reação ocorre entre um éster (RCOOR’) e


um álcool (R’’OH) da qual resulta um novo éster
(RCOOR’’) mais um álcool (R’OH).
Etapas para produção de biodiesel
Microusina Esterificação
Microusina Esterificação
Custos para produção de Biodiesel
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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H2ALL Pesquisa e desenvolvimento em energias
renováveis
Luiz Alessandro da Silva, MSc.

Site: www.h2all.com.br
E-mail: contato@h2all.com.br

Blumenau – SC

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