Equipe: Beatriz Bianca Fábio Joseane Paula Deficiência Mental
Caracteriza-se por indivíduos que apresentam um
desenvolvimento global atrasado, ou seja, há uma redução notável do funcionamento intelectual significativamente inferior à média, associado a limitações ao menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo, como habilidades sociais, cuidados pessoais, autonomia, aptidões escolares, lazer, trabalho entre outros, e que são evidenciados durante o desenvolvimento infantil. Definição de acordo com desvios padrões
A OMS definiu níveis pelo Q.I. de acordo com o
número de desvios padrões, abaixo da média.
Q.I. 70-84 Limítrofe: Não é considerado retardo
mental, a aprendizagem se dá em classes comuns, porém seu ritmo é mais lento.
Q.I. 53-70 Deficiência Leve: Não são atendidas na
Apae, e são casos educáveis, apresentando algumas dificuldades. Mas, podem chegar a realizar tarefas mais complexas com supervisão. Definição de acordo com desvios padrões Q.I. 36-52 Deficiência Mental Moderada: Necessitam de estimulação mais intensiva para aprender atividades de cuidado a si próprio, comunicação e sociabilidade. Podem ser capazes de adquirir hábitos de autonomia e realizar certas atitudes bem elaboradas, sempre com supervisão.
grande atraso no desenvolvimento global, e necessitam que se trabalhe constantemente e intensamente para instaurar alguns hábitos de autonomia. Sua capacidade de comunicação é muito primária. São crianças que necessitam revisões constantes. Definição de acordo com desvios padrões
Q.I. 0-24 Deficiência Mental Profunda: Grande
prejuízo global e danos no Sistema Nervoso Central, que podem vir acompanhados de outras patologias. São pessoas com uma incapacidade total de autonomia. Podem alguns até viver em um nível vegetativo. Possíveis causas Pré-concepcionais: São os fatores que incidirão desde a concepção até o início do trabalho de parto, como doenças infecciosas na mãe, desnutrição materna, alterações cromossômicas, entre outras.
Peri-Natais: São os fatores que
incidirão do início do trabalho de parto até o 30º dia de vida do bebê, como má assistência ao parto e traumas de parto, prematuridade e baixo peso. Possíveis causas
Causas Pós-Natais: incidirão do 30º dia de vida até
o final da adolescência, como os acidentes, intoxicações, desidratação grave, carência de estimulação, doenças transmissíveis, entre outras causas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 10% da
população em países em desenvolvimento, são portadores de algum tipo de deficiência, sendo que metade destes são portadores de Deficiência Mental. REFLETINDO O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE MENTAL
[...] os portadores de deficiência
mental apresentam um nível muito mais baixo de autonomia e inserção social do que seria permitido por sua condição orgânica, por terem sido tratados a sua vida toda como pessoas dependentes e incapazes de participar do convívio social" (Glat & Freitas). REFLETINDO O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE MENTAL
O papel do psicólogo é restrito a dar o diagnóstico e
encaminhar para classes especiais. Essa postura é a conseqüência direta do modelo clínico tradicional, que enfatiza o uso de testes padronizados de inteligência e personalidade.
O papel do psicólogo no atendimento ao deficiente
mental deve ampliar-se. Ele deixa de simplesmente apontar e quantificar o grau de desvio, para buscar estratégias que promovam o crescimento interno, autonomia e independência pessoal. REFLETINDO O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE MENTAL
O Psicólogo pode estar inserido na Educação
Especial em diversos níveis ou atuações complementares. Trabalhando diretamente com a pessoa portadora de deficiência; Orientando sua família e professores; Motivando os demais profissionais envolvidos, no sentido de ensinar as habilidades ou comportamentos adaptativos que faltam em seu repertório e que impedem o seu desenvolvimento e autonomia; Explicitando as características dessa pessoa e habilidades a serem estimuladas e desenvolvidas. REFLETINDO O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE MENTAL
Todos os pais de crianças
que possuem deficiências, qualquer que seja o grau devem contar com uma orientação de como lidar com seus filhos. Muitas vezes a dificuldade de relacionar-se com uma criança deficiente são originadas por que há pouca informação que os pais possuem. REFLETINDO O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE MENTAL
Uma tarefa a que o psicólogo pode ser chamado é
para a avaliação diagnóstica da criança. É de fundamental importância o diagnóstico diferencial, isto é, esclarecer em que medida as dificuldades perceptivas e cognitivas podem ser computadas a uma real limitação e em que grau estas são devidas a problemas emocionais ou físicos, interferindo em sua aprendizagem. REFLETINDO O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE MENTAL
Sabe-se que não é a deficiência
cognitiva ou intelectual a principal responsável pela estigmatização e mesmo à baixa auto-estima das pessoas com deficiência mental, mas sim a incapacidade de agir no seu dia- a-dia como seus companheiros da mesma faixa etária. (Glat 2003). REFLETINDO O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE MENTAL
O psicólogo pode ajudar a desenvolver habilidades
nessas crianças, juntamente com a equipe interdisciplinar. Do mesmo modo através do estabelecimento de uma relação "saudável" em que exista a aceitação do indivíduo e valorização de suas qualidades e não exaltação de suas dificuldades. REFLETINDO O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE MENTAL
Pode também auxiliá-los em seu processo de
crescimento pessoal e compreensão de seu mundo interior, assim como prepará-los para as dificuldades que enfrentarão no seu processo de adaptação e integração à comunidade, onde certamente sofrerão discriminação e rejeição. REFLETINDO O PAPEL DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AO DEFICIENTE MENTAL
Vale ressaltar que muitos pais subestimam a
capacidade de seus filhos, que são continuamente tratados de modo infantilizado e superprotegidos, fazendo muitas vezes que esses não desenvolvam tudo o que poderia realizar, de acordo com seu grau de comprometimento.
O trabalho com os deficientes mentais têm um efeito
muito bom até no próprio psicólogo, pois este toma consciência de nossos limites, e, nos impele a ter que constantemente romper com estes limites e ampliar nossa habilidade e conhecimento profissional.