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Eça de Queirós

A biografia;
A geração de 70 e os vencidos da Vida;
A Questão Coimbrã;
O Realismo e o Naturalismo

Prof. Pedro Viana - 11.º ano - Português


- Nasceu a 25 de Novembro de 1845, na
Póvoa de Varzim.
- Estudou Direito em Coimbra, tendo sido,
Alguns dados juntamente com Antero de Quental, um dos
biográficos elementos mais proeminentes da Questão
Coimbrã e da Geração de 70.
- Já em Lisboa, participou nas Confe-rências
do Casino, onde apresentou o Realismo como
nova expressão de arte.
-Depois seguiu a vida diplomática.
-Escreveu: O Crime do Padre Amaro, O Primo
Basílio, O Mandarim, A Relíquia, A Ilustre Casa
de Ramires, A Cidade e as Serras, entre outras
obras.
- Faleceu em Neuilly, Paris, a 16 de Agosto de
1900.
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A Geração de 70 e Os Vencidos da Vida

Nome pelo qual ficou conhecido um grupo de onze intelectuais


portugueses que tiveram destaque na vida literária e política do final do
século XIX.

Deste grupo faziam parte Oliveira Martins (autor da denominação


Vencidos da Vida), Ramalho Ortigão, António Cândido, Guerra
Junqueiro, Carlos Mayer, o marquês de Soveral, Carlos Lobo d'Ávila, o
conde de Ficalho, Bernardo de Pindela e o conde de Sabugosa.

Eça de Queirós juntou-se-lhes em 1889.

Reuniram-se com certa regularidade entre 1888 e 1894.

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Estiveram associados a iniciativas de renovação da vida social e cultural
portuguesa de então, como as Conferências do Casino.
Como um grupo, ficaram conhecidos pelo seu diletantismo*, por um certo
mundanismo desencantado. Estes não eram, contudo, sinais de falta de
profundidade intelectual, como comprovam as abundantes realizações dos
seus membros na política, na diplomacia, na historiografia e na literatura.

* O que é entendedor,
apaixonado de uma arte
ou a ela se dedica por
gosto

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Questão Coimbrã
 
- Uma das mais importantes polémicas literárias portuguesas e a
maior em todo o século XIX.
- Com origem nos anos 60, um grupo de jovens intelectuais
coimbrãos reagiram contra a degenerescência romântica e o atraso
cultural do país.
- Escritores e intelectuais defensores de um romantismo sem fulgor,
como António Feliciano de Castilho, e jovens intelectuais, criticaram-
se fortemente, lançaram polémicas onde não faltava o sarcasmo
mordaz e o ataque pessoal.
- A questão alargou-se a áreas como a cultura, a política e a filosofia.
-Marca o início de um espírito de modernidade nas letras
portuguesas, (que foram o fermento da posterior Geração de 70), no
pensamento e na Literatura em Portugal.

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O Realismo (em oposição ao Romantismo)
1. Análise e síntese da objectividade, da realidade, da verdade,
em oposição ao subjectivismo e idealismo românticos.

2. Indiferença do “eu” subjectivo e pensante diante da Natureza


que deve ser reproduzida com exactidão, veracidade e
abundância de pormenores, num retrato fidelíssimo.

3. Neutralidade do coração e do espírito diante do bem e do mal,


do vício e da virtude, do belo e do feio.

4. Análise corajosa dos aspectos baixos da vida, sobretudo dos


vícios e taras, não os ocultando e chamando-lhes pelo seu nome.

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5. Relacionação lógica entre as causas (biológicas e sociais) do
comportamento das personagens do romance e a natureza
(interior e exterior) desse comportamento.

6. Admissão na literatura do País de temas cosmopolitas, em


vez dos nacionais e tradicionais dos românticos.

7. Uso de expressão simples e tom desafectado, de modo que


as ideias, sentimentos e factos transpareçam sem esforço e
sem convencionalismos (o oposto ao tom declamatório dos
românticos).

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O Naturalismo

Movimento estético-literário ligado ao Realismo, podendo


considerar-se, de certa maneira, como o seu prolongamento. As
fronteiras entre as duas correntes (Realismo e Naturalismo) são
muito fluídas e, por isso, é muito difícil perceber onde acaba uma
e começa outra.

Temas:
- o alcoolismo, como deformação social e dos caracteres;
- o jogo, encarado como consequência de determinadas
situações de injustiça;
- o adultério, como denúncia de certo modo de vida resultante
duma errada educação romântica;

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- a opressão social, como resultado de conflitos de interesses,
denunciando as suas causas económicas, políticas e sociais;
- até a própria doença (a loucura, por exemplo), enquanto
manifestação de taras hereditárias.

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