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http://www.monica.com.br/index.htm.

Acesso em 28/2/2011

http://www.monica.com.br/index.htm. Acesso em 28/2/2011

http://www.monica.com.br/index.htm. Acesso em 28/2/2011

(O Estado de S.Paulo. C2+músicas. D15. 31/7/2010.)


(Fernando Gonsales. Níquel Náusea: a perereca da vizinha. São Paulo: Devir, 2005. p.48).

(Fernando Gonsales. Níquel Náusea: um tigre, dois tigres, três tigres. São Paulo: Devir, 2009. p. 3)

(Folha de S. Paulo. Ilustrada. E15. 11/6/2010).


http://www.monica.com.br/index.htm. Acesso em 3/2/2011.
METADE

(Oswaldo Montenegro)

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que eu sei.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a
boca.
Porque metade de mim é o que grito,
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda 'inda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que
distante.
Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, e nem
repetidas com fervor,
apenas respeitadas
como a única coisa em que resta ao homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que eu ouço,
mas a outra metade, o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na
paz que eu mereço.
E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia
recompensada.
Porque metade de mim é o que penso,
mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro
ter dado na infância.
Porque metade de mim é lembrança do que fui,
e a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria a me fazer
aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo,
mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para
fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor
e a outra também.

http://letras.terra.com.br/oswaldo-montenegro/72954/Acesso em 3/3/2011.
GULLAR, Ferreira. Toda poesia (1050-1999). 18 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. p. 335.
Monte Castelo
Legião Urbana
Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22490/Acesso em 3/3/2011.
SOCIEDADE BÍBLICA CATÓLICA INTERNACIONAL. Bíblia Sagrada. Edição pastoral. Trad.
Ivo Storniolo. Euclides Martins Balancin. José Luiz gonzaga do Prado. São Paulo: Paulinas, 1990.
p.1474.
CAMÕES., Luíz Vaz de. (1525-1580). In. ABDALA JR. Benjamim. Camões: épica e lírica. São
Paulo: Scipione. 1993. p.54-55. (Margens do texto).

Quadrilha
(Carlos Drummond de Andrade)

João amava Teresa que amava Raimundo

que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história.

(http://www.culturabrasil.pro.br/cda.htm. Acesso em 3/3/2011.)


FERNANDES, Millôr. Novas fábulas e contos fabulosos, v.2; ilustrações de Angeli. Rio de
Janeiro: Desiderata, 2007.

(ZIRALDO. Diário da Julieta: as histórias mais secretas da menina maluquinha. São Paulo: Globo,
2006. p.40.)
(SOUSA, Maurício de. Histórias em quadrões: pinturas de Maurício de Sousa. São Paulo: Globo,
2001. p. 15).
(SOUSA, Maurício de. Histórias em quadrões: pinturas de Maurício de Sousa. São Paulo: Globo,
2001. p. 52).
(SOUSA, Maurício de. Histórias em quadrões: pinturas de Maurício de Sousa. São Paulo: Globo,
2001. p. 61).
http://www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-parodia/Acesso em 10/3/2011.

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