Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Inter Textual Ida Des
Inter Textual Ida Des
Acesso em 28/2/2011
(Fernando Gonsales. Níquel Náusea: um tigre, dois tigres, três tigres. São Paulo: Devir, 2009. p. 3)
(Oswaldo Montenegro)
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que eu sei.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a
boca.
Porque metade de mim é o que grito,
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda 'inda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que
distante.
Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, e nem
repetidas com fervor,
apenas respeitadas
como a única coisa em que resta ao homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que eu ouço,
mas a outra metade, o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na
paz que eu mereço.
E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia
recompensada.
Porque metade de mim é o que penso,
mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro
ter dado na infância.
Porque metade de mim é lembrança do que fui,
e a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria a me fazer
aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo,
mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para
fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor
e a outra também.
http://letras.terra.com.br/oswaldo-montenegro/72954/Acesso em 3/3/2011.
GULLAR, Ferreira. Toda poesia (1050-1999). 18 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. p. 335.
Monte Castelo
Legião Urbana
Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22490/Acesso em 3/3/2011.
SOCIEDADE BÍBLICA CATÓLICA INTERNACIONAL. Bíblia Sagrada. Edição pastoral. Trad.
Ivo Storniolo. Euclides Martins Balancin. José Luiz gonzaga do Prado. São Paulo: Paulinas, 1990.
p.1474.
CAMÕES., Luíz Vaz de. (1525-1580). In. ABDALA JR. Benjamim. Camões: épica e lírica. São
Paulo: Scipione. 1993. p.54-55. (Margens do texto).
Quadrilha
(Carlos Drummond de Andrade)
(ZIRALDO. Diário da Julieta: as histórias mais secretas da menina maluquinha. São Paulo: Globo,
2006. p.40.)
(SOUSA, Maurício de. Histórias em quadrões: pinturas de Maurício de Sousa. São Paulo: Globo,
2001. p. 15).
(SOUSA, Maurício de. Histórias em quadrões: pinturas de Maurício de Sousa. São Paulo: Globo,
2001. p. 52).
(SOUSA, Maurício de. Histórias em quadrões: pinturas de Maurício de Sousa. São Paulo: Globo,
2001. p. 61).
http://www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-parodia/Acesso em 10/3/2011.