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Segundo Kierkegaard, "a ética" é vista como algo inteiramente abstrato e é por isso que ela é detestada em
segredo. Quando se pensa que ela é estranha à personalidade, é difícil alguém entregar-se a ela, porque não se
sabe ao certo que disso resultará”.
Com base nessa citação e nos conhecimentos sobre ética, pode-se afirmar:
d) - A ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar
explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica.
a) - A moral é uma reflexão sobre a ética.
b) - No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é extremamente divergente.
c) - Os códigos de ética independem da cultural, variando apenas entre os grupos sociais.
e) - A ética embora esteja centrada na sociedade e no comportamento humano, tem, de forma concreta, o seu
objeto de estudo.
Questão 2
"O que me faltava era: viver uma vida perfeitamente humana, e não somente uma vida especulativa, de modo
que assim pudesse chegar a fundar a evolução do meu pensamento... nalguma coisa concernente às raízes mais
profundas da minha existência, pelo qual seja por assim dizer introduzido ao divino, e a ele me apegue, mesmo
que todo o mundo desabe em ruínas."
HIRSCHBERGER, Johanes. História da filosofia na antiguidade. Tradução de Alexandre Correia. São Paulo, Herder, 1969. P.68.
Pela análise do excerto, é correto afirmar que, para o filósofo Kierkegaard:
“O homem é corda estendida entre o animal e o Super-homem: uma corda sobre um abismo; perigosa travessia,
perigoso caminhar; perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar. O que é de grande valor no homem é ele
ser uma ponte e não um fim; o que se pode amar no homem é ele ser uma passagem e um acabamento. Eu só
amo aqueles que sabem viver como que se extinguindo, porque são esses os que atravessam de um para outro
lado.
NIETZSCHE, Friedrich. Assim Falou Zaratustra. São Paulo, 1999, p. 27.
Questão 6 (UEG-GO) (0,5)
a) - A vontade de potência: motivo básico da ação do homem, a vontade de viver e dominar
b) - O super-homem: indivíduo que é capaz de superar-se e possui um valor em si
c) - O eterno retorno: recorrência permanente dos mesmos eventos
d) - O ideal dionisíaco: conciliação do saber apolíneo e do saber dionisíaco
e) - A moral dos escravos: ressentimento dos que não podem realmente agir e são compensados com uma
vingança imaginária
Questão 8
a) - a atitude niilista de Sócrates de recusar a vida e optar por ingerir a letal dose de cicuta.
b) - a busca e aferição da verdade por meio de um método que Sócrates denominou de maiêutica.
c) - o fato de Sócrates ter negado a intuição criadora da filosofia anterior, pré-socrática.
d) - a total falta de vinculação da filosofia socrática aos preceitos básicos de uma lógica possível, o que o
tornava obscuro.
e) – Todas as alternativas estão erradas
Questão 9
A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de
todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro
lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem
imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está
contido o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
Questão 11
Friedrich Nietzsche (1844-1900) é um importante e polêmico pensador contemporâneo, particularmente por sua
famosa frase “Deus está morto”. Em que sentido podemos interpretar a proclamação dessa morte?
a) - O Deus que morre é o Deus cristão, mas ainda vive o deus-natureza, no qual o homem encontrará uma
justificativa e um consolo para sua existência sem sentido.
b) - Não fomos nós que matamos Deus, ele nos abandonou na medida em que não aceitamos o fato de que essa
vida só poderá ser justificada no além, uma vez que o devir não tem finalidade.
c) - O Deus que morre é o deus-mercado, que tudo nivela à condição de mercadoria, entretanto o Deus cristão
poderá ainda nos salvar, desde que nos abandonemos à experiência de fé.
d) - A morte de Deus não se refere apenas ao Deus cristão, mas remete à falta de fundamento no conhecimento,
na ética, na política e na religião, cabendo ao homem inventar novos valores.
e) - A morte de Deus serve de alerta ao homem de que nada é infinito e eterno, e que o homem e sua existência
são momentos fugazes que devem ser vividos intensamente.
Questão 12
“Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se uma
doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi inútil; o nosso
vinho tornou-se veneno; o mau olhado amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos de todo, e se caísse fogo
em cima de nós, as nossas cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo. Todas as fontes secaram para nós,
e o mar retirou-se. Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não nos querem tragar!”
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra, Rio de Janeiro. Ediouro, 1977.
O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um entendimento da doutrina niilista, uma vez que:
Questão 13
Nietzsche foi um dos mais importantes críticos da modernidade. Na obra A vontade de poder, o filósofo afirma
textualmente que:
"Não é verdade que o homem procure o prazer e fuja da dor. São de tomar em conta os preconceitos contra os
quais invisto. O prazer e a dor são consequências, fenômenos concomitantes. O que o homem quer, o que a
menor partícula de um organismo vivo quer, é o aumento de poder: é em consequência do esforço em consegui-
lo que o prazer e a dor se efetivam: é por causa dessa mesma vontade que a resistência a ela é procurada, o que
indica a busca de alguma coisa que manifeste oposição. A dor, sendo entrave à vontade de poder do homem, é,
portanto, um acontecimento normal - a componente normal de qualquer fenômeno orgânico. E o homem não
procura evitá-la, pois tem necessidade dela, já que qualquer vitória implica uma resistência vencida".
Sobre o pensamento do autor julgue as assertivas abaixo.
I. A tragédia grega, diz Nietzsche, depois de ter atingido sua perfeição pela reconciliação da embriaguez e da
forma", de Dionísio e Apolo, começou a declinar quando, aos poucos, foi invadida pelo racionalismo, sob a
influência "decadente de Sócrates. Assim, Nietzsche estabeleceu uma distinção entre o apolíneo e o dionisíaco:
Apolo é o deus da clareza, da harmonia e da ordem: Dionísio, o deus da exuberância, da desordem e da música.
Segundo Nietzsche, o apolíneo e o dionisíaco, complementares entre si, foram separados pela civilização.
II. Nietzsche enriqueceu a filosofia moderna com meios de expressão: o aforismo e o poema. Isso trouxe como
consequência uma nova concepção da filosofia e do filósofo: não se trata mais de procurar o ideal de um
conhecimento verdadeiro, mas sim de interpretar e avaliar.
III. Segundo Nietzsche, o cristianismo concebe o mundo terrestre como um vale de lágrimas, em oposição ao
mundo da felicidade eterna do além, Essa concepção constitui uma metafisica que, à luz das ideias do outro
mundo, autêntico e verdadeiro, entende o terrestre, o sensível, o corpo, como o provisório, o inautêntico e o
aparente. Trata-se, portanto, diz Nietzsche, de “um platonismo para o povo", de uma vulgarização da
metafisica, que é preciso desmistificar.
a) - São verdadeiras as afirmações l e II.
b) - Apenas a afirmação III é verdadeira.
c) - Todas as afirmações são falsas.
d) - Apenas a afirmação I é falsa.
e) - Todas as afirmações são verdadeiras.
Questão 14
a) - Na arte trágica, a sabedoria instintiva deve ser reprimida pelo saber racional.
b) - Ao reunir os elementos apolíneo e dionisíaco, a arte trágica apresenta a luta dos contrários.
c) - A arte trágica é substancialmente irracional, portanto, deve ser desprezada.
d) - A arte trágica submete seus valores e técnicas à racionalidade filosófica e científica.
e) - A arte trágica valoriza o saber de Apolo, deus da clareza e da beleza, desqualificando o saber de Dionísio,
deus do êxtase
Questão 17
I) O dinamarquês Søren Aabye Kierkegaard é considerado o pai do racionalismo. Sua frase mais conhecida é
“Penso, logo existo”.
II) O pensamento de Søren Aabye Kierkegaard é marcado pelo objetivismo. Para ele, a filosofia deveria ser
demonstrada por argumentos lógicos.
III) A filosofia de Søren Aabye Kierkegaard é sistemática e pretende incluir em um sistema integrado todas as
grandes questões da filosofia.
V) A filosofia de Søren Aabye Kierkegaard apresenta um vocabulário técnico que possui um sentido próprio
no interior de sua obra. Para compreender o que um conceito significa é preciso entender toda a sua obra.
a) Nenhuma. A obra de Kierkegaard não tem nenhuma relação com sua existência concreta e, por isso, pode ser
chamada de existencialista;
b) Parcialmente relevante. Embora Kierkegaard tenha sido levado a reflexões filosóficas por fatos de sua vida,
ele não os menciona. Ou seja, sua biografia foi o ponto de partida da sua obra filosófica, mas os
desdobramentos não são a ela tributários;
c) Muito relevante. Seu pensamento é marcado pela ênfase na experiência pessoal e sua biografia é o veículo
para suas reflexões filosóficas. Por isso, falar da filosofia de Kierkegaard é falar dele mesmo.
Questão 19
A religiosidade tinha uma grande relevância para o filósofo Søren Aabye Kierkegaard, e isso está relacionado
ao seguinte fato da sua vida:
a) O filósofo, ateu na juventude, teve uma enfermidade física. Depois de uma cura milagrosa, converteu-se ao
cristianismo.
b) O filósofo recebeu, na infância, uma educação religiosa rigorosa por parte de seu pai, Michael Pedersen. O
pai de Kierkegaard nasceu e viveu
seus primeiros anos de vida na Jutlândia e a expressão religiosa jutlandesa era marcada por um pietismo triste e
ancorada na culpa e no medo da punição.
c) O filósofo, após a morte do pai, Michael Pedersen, ficou muito pobre e precisou trabalhar como pastor para
terminar seus estudos de filosofia e teologia, como também para garantir sua subsistência. Mesmo assim, não se
converteu ao cristianismo e, por isso, dissemos que seu existencialismo é ateu.
d) O filósofo, abandonado pela noiva Régine Olsen, encontrou na religião uma forma de se recuperar da
decepção amorosa. Depois de se converter, tornou-se pastor, casou-se com uma mulher que trabalhava como
doméstica em sua casa e foi pai de sete filhos.
Questão 20