Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Sumário
1. Resumo..............................................................................................................01
2. Introdução..........................................................................................................01
3. Ferramentas que serão utilizadas
3.1. Folha de Verificação (rol) ............................................................................01
3.2. Histograma..................................................................................................02
3.3. Estratificação (Amostragem) .......................................................................03
3.4. Diagrama de Dispersão................................................................................04
3.5. Diagrama de Pareto.....................................................................................05
3.6. Diagrama de causa e efeito..........................................................................08
4. Conclusão...........................................................................................................12
5. Bibliografias.......................................................................................................12
Resumo
Objetiva-se com este trabalho um entendimento geral do que vem a ser controle de
processos. Dessa forma, foram pesquisados conceitos e exemplos práticos das ferramentas:
folha de verificação, estratificação (amostragem), diagrama de Pareto, histograma, diagrama
de dispersão e diagrama de causa e efeito, com o intuito de se familiarizar com o tema.
Procurou-se ao máximo a utilização de exemplos práticos relacionados com processos de
manufatura (soldagem e usinagem).
1. Introdução
O controle da qualidade se faz cada vez mais necessário no contexto atual de mercado,
no qual a satisfação do cliente se apresenta como primeiras prioridades. O controle da
qualidade é importante, não só para a satisfação do cliente, como também para o aumento da
segurança das pessoas. É o responsável por garantir que as atividades saem conforme o
planejado. Colabora indiretamente com a redução de custos e o aumento da produtividade.
Assim, tendo em vista os efeitos do controle da qualidade, métodos para solução de
problemas e aprimoramento dos produtos foram sendo desenvolvidos e implementados,
fazendo dessa prática uma constante no planejamento e execução de processos.
2
Surgem, então, várias metodologias para solucionar os problemas do processo
produtivo. Destacaremos no prosseguir do trabalho algumas das ferramentas utilizadas e
como elas podem ser aplicadas em determinados processos. O sucesso dessas ferramentas
esta no uso relativamente simples e rápido das mesmas. Elas constituem um processo de
análise lógica baseado em fatos e dados de forma sequencial.
3
2.2. Histograma
São gráficos de barras que mostram a variação sobre uma faixa específica. Possibilita
conhecer as características de um processo bem como a variação de um conjunto de dados. A
forma como os dados estão distribuídos nos dá informações rápidas sobre o problema e a
condição do mesmo. Outra vantagem é o uso relativamente rápido dessa ferramenta, que com
o auxílio de softwares, torna esta conveniente.
Informações importantes são retiradas de um histograma, como por exemplo: onde
está a maior concentração de dados, a frequência de certa classe, a média dos dados e a
amplitude. Fica fácil a visualização dos problemas e as condições em que os mesmos são
intensos.
Logicamente esta ferramenta deve ser precedida pela folha de verificação, uma vez
que esta última é que possibilita a análise dos dados e o cálculo das frequências, amplitudes,
classes, médias e desvios padrão, além de outros parâmetros necessários para construção de
um histograma.
Como construir o histograma
Coletados os dados, devemos seguir da forma descrita:
Determinar a amplitude (maior valor - menor valor);
Determinar o número de classes, geralmente é a raiz quadrada do número de
dados (pode ser determinada por bom senso);
Determinar o intervalo de cada classe (amplitude/número de classes);
Calcular a média de cada classe (média aritmética do limite superior e inferior);
Calcular a frequência relativa de cada classe;
Construir um gráfico de barras com altura proporcional à frequência relativa e
base constituída das classes (intervalos).
No caso da folha de verificação exemplificada, temos que as classes são variáveis
nominais e não quantitativas, resultando no histograma abaixo:
4
2.3. Estratificação (amostragem)
Estratificação é uma das técnicas de amostragem da estatística. Começaremos, então,
o estudo dessa ferramenta, definindo o que vem a ser amostra e consequentemente
amostragem.
Amostra é um pequeno conjunto de dados retirados de uma população. A amostragem
(tomar uma parte da população) facilita muito o estudo da população, pois necessita de menos
tempo para análise de dados e apresenta resultados satisfatórios. Quando isto ocorre,
podemos admitir que a amostra representa a população. No entanto, devemos salientar que
esta parte do conjunto de dados de uma população (amostra) não apresenta o resultado exato
da população, apresenta apenas um resultado aproximado.
A amostragem estratificada é um dos métodos de se obter uma amostra de certa
população, assim como se tem: amostragem aleatória, amostragem sistemática, amostragem
por conglomerados e assim, por diante. Ela consiste essencialmente em pré-determinar
quantos elementos da amostra serão retirados de cada estrato. A predeterminação pode ser
feita de várias maneiras, sendo as mais comuns chamadas de: uniforme (na qual se sorteia um
número igual de elementos para cada estrato) e proporcional (na qual o número de elementos
sorteados em cada estrato é proporcional ao número de elementos no estrato). Geralmente, o
objetivo de se estratificar um espaço amostral é estimar a média verdadeira ou o total da
população que afasta dessa media em cada estrato.
A amostragem estratificada uniforme é recomendável se os estratos da população
forem aproximadamente do mesmo tamanho. Caso isso não ocorra, será preferível a
estratificação proporcional pelo fato de fornecer uma amostra mais representativa (real) da
população.
Seguindo dessa forma, a amostragem pode ser considerada como boa, já que
podemos considerá-la representante de nossa população.
Considerando a estratificação como ferramenta de controle, pode-se encontrar como
exemplo a seguinte divisão para um processo de soldagem:
Posição de soldagem: plana, horizontal, vertical, sobre cabeça;
Metal de base: aço de baixa liga, aço inoxidável, ferro fundido, níquel,
alumínio;
Tipo de eletrodo.
5
variáveis a serem analisadas e colocando os valores em suas respectivas coordenadas.
Dependo do nível de relação entre as variáveis o diagrama ficara mais, ou menos focado.
Positiva Forte
Fraca
Correlação Negativa Forte
Fraca
Nula
Deve-se salientar que apesar existir uma dependência entre duas variáveis, não
necessariamente existe uma relação de causa e efeito.
Conceito
O Diagrama de Pareto é uma das sete ferramentas da qualidade que nos auxilia,
através de um gráfico, a estabelecer uma ordenação nas causas de perdas que devem ser
sanadas.
Sua origem é decorrente de diversos estudos realizados pelo economista italiano
Vilfredo Pareto (1848–1923) e pelo engenheiro de controle de qualidade romeno Juran (1904-
2008).
O Diagrama de Pareto torna visivelmente clara a relação ação/benefício, ou seja,
prioriza a ação que trará o melhor resultado. O seu gráfico em barras consiste em colocar em
uma ordem de maior para a menor frequência de ocorrências que causam perdas de materiais,
produtos, etc. Juntamente com as barras segue uma linha que pontifica as frequências
acumuladas dos defeitos estudados no diagrama.
6
Passos para se fazer o diagrama
1º - Determinar de que forma os dados serão classificados: por operador, por turno, etc.
2º - Montar uma tabela obedecendo às características do Diagrama, ou seja, organizar os
dados de forma decrescente (do mais frequente, para o menos frequente).
3º - Fazer o cálculo da porcentagem de cada defeito sobre o total e seu valor acumulado
4º - Através da montagem da tabela organizar o gráfico acusando em forma de barras cada
defeito e em linha a porcentagem acumulada.
O exemplo dado a seguir refere-se à produção de condensadores aramados (peças que vão
atrás das geladeiras) e que são responsáveis pela refrigeração.
O condensador aramado, mostrado na figura , é um produto feito a partir de um tubo de
aço SAE 1006/1008 com 10 metros de comprimento, 4,76 milímetros de diâmetro e 0,63
milímetros de espessura da parede; dobrado em serpentinas onde são soldados cerca de 100
arames com 1,34 milímetros de diâmetro e 1 metro de comprimento; pintado com uma
camada de tinta de 0,08 milímetros de espessura.
7
Os números levantados mostram a instabilidade do processo. Os índices de refugo
(sucata) são de 1,7% na etapa mais complexa de todo o processo e 2,4% considerando toda a
linha produtiva. Os números de retrabalho, que seria um processo de recuperação de peças
produzidas com um determinado desvio de qualidade, são de 3,1% no total.
No caso analisaremos como exemplo o sucateamento desse produto causado por
defeitos ou erros no processo de soldagem de uma empresa localizada em Joinville.
8
Já na próxima imagem temos o Diagrama de Pareto formado a partir da tabela dada
logo acima.
Sendo assim através do conceito dado sobre o diagrama podemos tirar desses dados
que se quisermos acabar com mais ou menos 61% dos sucateamentos gerado pela 2ª dobra
temos de agir mais sobre a danificação da serpentina e tomar mais cuidados com o
amassamento da mesma.
9
problema a ser eliminado, então o diagrama é utilizado para o levantamento e a apresentação
visual de suas possíveis causas e de seu relacionamento com o problema. Além de mostrar as
causas do problema estudado, o Diagrama de Causa e Efeito também mostra as origens do
mesmo. Busca as causas reais e não as que parecem ser óbvias, pois estas últimas em geral são
apenas consequências das causas anteriores. Essa ferramenta busca a expansão do leque de
informações acerca do problema, aumentando a probabilidade da correta identificação das
suas principais causas, para que se possa atacá-las. Esta abertura do campo de visão deve ser a
mais ampla possível, desenvolvida preferencialmente por um grupo de colaboradores que têm
envolvimento e conhecimento sobre o processo e o problema.
O Diagrama de Causa e Efeito possui uma seta principal horizontal apontando para um
quadro com a indicação do problema a ser estudado. São feitos ramos ligados à seta principal,
sendo que esses ramos representam diferentes critérios que podem ser escolhidas pelo grupo,
ou então pode-se utilizar os critérios dos M’s:
1. Mão de obra
2. Método
3. Material
4. Máquina
5. Meio ambiente
6. Medição
7. "Management" (gestão)
Em cada um dos ramos principais são listadas as possíveis causas a eles relacionadas,
registradas como "ramos menores". O processo é repetido em cada um dos ramos menores,
de forma a indicar sempre um maior nível de detalhe.
O processo para enumerar as causas é o brainstorming, em que o pensar livre é
fundamental, gerando um maior número de ideias. O diagrama estará pronto quando todas as
causas conhecidas pelo grupo estiverem devidamente registradas.
Segundo a maioria dos autores concorda que o Diagrama de Causa e Efeito não tem a
função de identificar, entre as diversas possíveis causas, qual é a causa fundamental do
problema em questão. Ele serve basicamente para:
Expandir a visão sobre o problema;
Obter a participação e registrar o conhecimento do pessoal envolvido com o
problema;
Orientar e focalizar as discussões;
Difundir o conhecimento;
Aumentar o nível de concordância dos membros do grupo em relação às melhores
oportunidades de trabalho para a solução do problema.
Uma vez elaborado, o diagrama deve ser guardado como referência futura. Isto
porque ao listar diferentes causas primárias em um dado momento, o problema poderá sofrer
consequências de outras causas em um momento futuro devido a alterações nas variáveis do
processo.
Depois de elaborado o diagrama, é recomendável retornar a sequência a partir de cada
causa primária anotada até o problema, avaliando se a causa implica no próximo passo. Ou
seja, verificar se há coerência na sequência, e se é necessário alterar a redação das causas
intermediárias para tornar a sequência mais clara para os participantes do grupo ou para
terceiros. É recomendável também verificar se está faltando alguma causa que permitiria a
coerência da sequência do diagrama.
10
O Diagrama de Causa e Efeito é muito importante para o levantamento das causas
raízes dos modos de falha presentes em estudos de PFMEA.
1. Defina o problema que você pretende investigar de forma precisa, isto é, evite termos
abstratos e ideias muito genéricas.
2. Identifique as causas do problema sob-investigação em reuniões ou em sessões de
brainstorm. Convide para a reunião todas as pessoas envolvidas no processo.
3. Resuma sugestões em poucas palavras
4. Concentre-se nas causas passíveis de serem sanadas. Afinal, se as causas de um
problema não podem ser removidas, o diagrama de causa e efeito será simples
exercício intelectual, sem qualquer aplicação prática.
5. Escrever o diagrama em tamanho grande para que todos os participantes possam
enxergar claramente o que está sendo registrado. O diagrama deve ser utilizado como
foco da discussão e todos devem estar atentos ao que está sendo registrado, tanto
para garantir o seu entendimento como para evitar dispersões e repetições de
discussões anteriores.
11
Exemplo 2:
O segundo diagrama (Diagrama Causa e Efeito: Problema) refere-se a um efeito
indesejado, o consumo excessivo de combustível por um automóvel.
12
Exemplo3:
O exemplo 3 mostra um diagrama realizado com o intuito de identificar os possíveis
fatores que podem ocasionar um defeito na peça em um processo de usinagem.
3. Conclusão
Podemos concluir que a utilização das ferramentas de controle de forma sistemática e
sequencialmente lógica tem grande eficácia na solução de problemas. Esta metodologia de
solução de problemas está cada vez mais disseminada em diversos setores da sociedade e
assume grande importância no desenvolvimento de processos, melhorando produtos e a
segurança no trabalho, reduzindo tempo e custos, desenvolvendo tecnologias e aumentando
a produtividade.
13
Contudo, mesmo apresentando resultados satisfatórios, estes, por serem obtidos
através de processos estatísticos, contêm erros inerentes a estimativas e aproximações
durante a amostragem e a análise estatística.
4. Bibliografia
Estratificação:
http://www.mbi.com.br/mbi/biblioteca/tutoriais/estratificacao/
http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info60/60.html
http://www.ufsm.br/ceq/arquivos/fonte_www.lgti.ufsc.br.pdf
http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1940/estratificacao_-
_importante_ferramenta_para_qualidade_
Balestrassi, Pedro Paulo - Identificação de Padrões em Gráficos de Controle Estatístico de
Processos, em Tempo Real - Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação da UFSC.
Folha de verificação:
http://www.ufsm.br/ceq/arquivos/fonte_www.lgti.ufsc.br.pdf
http://portal.ferramentasdaqualidade.com/folhas-de-verificacao.html
http://www.uff.br/sta/textos/nf041.pdf
http://www.qualidade.adm.br/uploads/qualidade/ferramentas.pdf
http://www.lugli.com.br/2009/08/grafico-de-pareto-2/
Histograma:
http://www.qualidade.adm.br/uploads/qualidade/ferramentas.pdf
http://www.sato.adm.br/rh/circulos_de_controle_de_qualidad.htm
Diagrama de Pareto:
http://www.producao.joinville.udesc.br/tgeps/2010-01/2010_1_tcc24.pdf
www.brasilacademico.com/maxpt/links_goto.asp?id=1015
http://pt.scribd.com/doc/19750932/Diagrama-de-Pareto
Diagrama de Dispersão:
Takeuchi, Erika Eiko – As sete ferramentas de qualidade e Metodologia de Solução de
Problema – Tese de diploma apresentado a Unifei.
Triola, Marcio F. – Intodrução à Estatistica – Editora Livros Técnicos e Científicos. – 7ª edição.
14