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ÍNDICE

Introdução............................................................................................................05
Desenvolvimento.................................................................................................06
Plantas que Afetam o Sistema Gastroentérico.........................06
Plantas que Causam Estomatite...............................................07
Conclusão............................................................................................................08
Referências Bibliográficas..................................................................................09
Anexos................................................................................................................10

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INTRODUÇÃO

O médico veterinário pode encontrar maior dificuldade no diagnóstico de


intoxicação por plantas tóxicas, por ser menos frequente que a incidência de doenças
infecciosas; e muitas vezes os sinais clínicos da intoxicação se confundem com
alterações produzidas por doenças infecciosas.
Portanto, o diagnóstico de intoxicação por plantas tóxicas raramente pode ser
feito apenas pelos sinais apresentados, e como regra geral, é necessário que essas
alterações clínicas venham acompanhadas do histórico de exposição à planta para que se
possa fechar o diagnóstico.
Neste trabalho será abordado a toxicologia de plantas ornamentais, dentre as
escolhidas: Copo-de-leite, Azaléia, Comigo-ninguém-pode e Flor-de-natal.

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DESENVOLVIMENTO

Existem várias situações que predispõem o animal a ingerir a planta tóxica e,


consequentemente a intoxicação. São elas:
Idade – cães e gatos jovens são por natureza curiosos. Essa exploração faz-se por
meio da boca. Por exemplo, a irritação da gengiva causada pela erupção da nova
dentição, pode levar o animal a mordiscar diferentes objetos e, assim ingerir algumas
substâncias tóxicas, como as plantas.
Fastio – tanto animais jovens como adultos podem sofrer de fastio. Os cães em
particular têm esse problema quando não possuem área livre suficiente.
Mudanças à sua volta – são duas as situações que podem ser entendidas por essa
denominação. A primeira refere-se a alterações físicas no ambiente do animal: por
exemplo, novos objetos como plantas colocadas no seu espaço, ou quando os
proprietários viajam para um novo local, com novos objetos. Uma outra situação na
qual se entende por mudanças à volta do animal é quando este, que é o centro das
atenções da família, perde essa condição, por exemplo, com a chegada de um bebê.

PLANTAS QUE AFETAM O SISTEMA GASTROENTÉRICO

Neste grupo está a Azaléia (Azalea sp) e a Flor de Natal (Euphorbia


pulcherrima).
Características gerais
Apesar de a sintomatologia dessa intoxicação não ser severa, sabe-se que
pequenas quantidades dessas plantas já podem causar intoxicação. A ingestão de Azalea
sp corresponde a 0,2% do peso corporal do animal já pode desencadear a
sintomatologia.
Quando os princípios ativos tóxicos, conhece-se apenas aquele contido em
plantas da família Ericaceae: um glicosídeo denominado andrometotoxina.
Sinais clínicos
As alterações aparecem em, aproximadamente seis horas após a ingestão da
planta e são caracterizadas por anorexia, sialorréia, deglutição repetidas, depressão,
fácies de náusea e vômitos. As alterações gastroentéricas podem causar cólica com

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tenesmo. Há aumento da freqüência de defecação, mas as fezes não têm consistência
alterada.
Tratamento
Não há um tratamento específico para a intoxicação por plantas desse grupo.
Deve-se realizar o tratamento sintomático, procurando corrigir especialmente, os
distúrbios eletrolíticos.

PLANTAS QUE CAUSAM ESTOMATITE E GLOSSITE

Várias são as plantas da família Araceae que produzem sintomatologia tóxica


semelhante, destacando-se: Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta) e o Copo-de-
leite (Zantedeschia aethiopica).
Características gerais
Muita confusão ocorre em relação ao princípio ativo tóxico dessas plantas.
Antigamente acreditava-se tratar do oxalato de cálcio. Entretanto, verificou-se que ele
não é o principal causador de estomatite/glossite, apenas aumentava ou potencializava a
ação de um outro princípio ativo. Posteriormente, sugeriu-se uma substância protéica
como a responsável pela liberação de histamina dos mastócitos, sendo trocada, mais
recentemente por um lipídeo.
Sinais clínicos
Os sinais dessa intoxicação são alarmantes e frequentemente, necessitam de uma
resposta imediata por parte do médico veterinário. Poucos minutos após o animal
morder o material vegetal, há sinais claros de dor e irritação. O animal manifesta
maneios da cabeça ao procurar água, visando dessa maneira aliviar a dor. Há salivação
profusa, edema intenso da mucosa da faringe e das cordas vocais. Por esse processo
inflamatório exuberante o animal apresenta dispnéia severa, e em casos mais graves,
pode haver obstrução completa da faringe.
Tratamento
O tratamento consiste basicamente no uso de antihistamínicos H¹. Não se deve
usar, em nenhuma hipótese, eméticos. Recomenda-se ainda, o uso de demulcentes,
como o leite e o hidróxido de alumínio. O uso de protetores de mucosa, como o
sucralfato, também é indicado. Se o animal manifestar dor, pode-se administrar
hipnoanalgésicos, como o butorfanol (em cães e gatos: 0,1 mg/kg por via intravenosa ou
0,4 mg/kg por vias intramuscular ou subcutânea).

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CONCLUSÃO

Tendo conhecimento dos problemas que as plantas tóxicas podem causar,


devemos tomar cuidado com elas. Mantê-las longes dos animais é um dos melhores
métodos para prevenção.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Página da Internet:
http://www.jardimdeflores.com.br/JARDINAGEM/A32especiestoxicas.htm
Página da Internet:
http://www.achetudoeregiao.com.br/Arvores/plantas_toxicas.htm

Livros:
OSWEILER, D. Toxicologia Veterinária, 1ª edição, Porto Alegre – RS: Editora
Artes Médicas Sul, 1998.

SPINOSA, Helenice de Souza. et al. Toxicologia Aplicada á Medicina


Veterinária, 1ª edição, Barueri – SP: Editora Manole, 2008.

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ANEXOS

Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica)

Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta)

Flor de Natal (Euphorbia pulcherrima)

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Azaléia (Azalea sp)

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Comigo-ninguém-pode

Nome científico: Dieffenbachia picta

Nomes populares: Comigo-ninguém-pode, Aningá-do-Pará (Amazonia), Bananeira d'água (Céara).

Princípio ativo: oxalato de cálcio, saponinas

Sintomas: A ingestão de qualquer parte da planta ou o simples ato de mastigá-la pode causar
irritação na boca, edema de lábios, língua e palato com dor em queimação, salivação, esofagite,
dificuldade de se alimentar, cólicas abdominais, naúseas e vômitos.

Copo-de-leite

Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng

Nome popular: copo-de-leite.

Sintomas: o contato ou ingestão causa inchaço de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia,
salivação intensa, dificuldade de deglutição e asfixia; o contato com os olhos pode provocar
irritação.
Princípio ativo: oxalato de cálcio.

FLOR DE NATAL

Família: Euphorbiaceae.

Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.

Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.

Parte tóxica: todas as partes da planta.

Princípio ativo: Látex Irritante

Quadro Clínico: Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor
em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorréia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas,
vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.

Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de potássio 1:10.000,
pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO
.Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico.Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa (leite, óleo
de oliva).
Casos graves: corticóides.Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação
oftalmológica.

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