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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO

CAMPUS MONTE CASTELO


DEPARTAMENTO DE ELETRO-ELETRÔNICA-DEE
ENGENHARIA ELÉTRICA INDUSTRIAL – EE3
ARQUITETURA DE SISTEMAS DIGITAIS

Samuel

Barramentos USB e Firewire

Lista de exercícios.
Prof: Washington Luís
São Luís, 29 de novembro de 2010
Lista de exercícios sobre USB e firewire.

1. Quais são as principais dos barramentos características USB e FIREWIRE.

R.: USB Universal Serial Bus (USB):

Nos 1.x as portas transmitem a 12 Mbits, que é uma velocidade baixa para HD´s, pendrives, entre
outros,.

Nos USB´s 2.0, no padrão atual a velocidade foi mudada para 480 Mbits, que é suficiente até
mesmo para HD´s rápidos.

A maioria dos dispositivos USB não precisa de bateria visto que na própria conexão USB temos
pinos de alimentação e por conta disso pode ser usado como carregador de até 2.5watts de potência.

Permite a facilidade em conectar vários dispositivos ao computador, contudo se forem conectados


127 dispositivos USB´s em uma única porta através de hubs, máximo permitido, a velocidade de
transferência de dados dos dispositivos começa a ser comprometida, mas com poucos dispositivos
em uma única porta as conexões podem funcionar perfeitamente;

- Padrão de conexão: qualquer dispositivo compatível como USB usa padrões definidos de
conexão. Sendo um barramento serial que possui quatro contatos, dois para enviar dados e dois para
alimentação, assim não é necessário ter um tipo de conector específico para cada aparelho;

- Plug and Play (algo como "Plugar e Usar"): Quase todos os dispositivos USB podem ser
usados logo após serem conectados ao PC. Apenas alguns exigem a instalação de drivers ou
softwares específicos. No entanto, mesmo nesses casos, o sistema operacional reconhecerá a
conexão do dispositivo imediatamente;

- Ampla compatibilidade: O Windows suporta o padrão USB desde a versão 98. Sistemas
operacionais Linux e Mac também possuem compatibilidade com esse padrão. Atualmente,
encontramos portas USB em vários outros aparelhos além do PC, como em televisores, sistemas de
comunicação de carros e até aparelhos de som;

- Hot-swappable: dispositivos USB podem ser conectados e desconectados, do PC, por exemplo, a
qualquer momento. Com isso não é necessário reiniciar o PC ou desligá-lo para conectar ou
desconectar o dispositivo;

-Cabos USB´s de até 5 metros: Esse limite pode ainda ser aumentado por hubs ou por dispositivos
que possam repetir os sinais de comunicação.

FIREWIRE (ou IEEE 1394 ou, ainda, i.LINK):


Usado principalmente para transmissão de som e vídeo e conta com mais de uma versão.
Características da primeira versão FireWire (IEEE 1394):
- Velocidade de transmissão de dados de 400 Mbps (aproximadamente 50 MB por segundo);

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- Velocidade flexível: possibilidade de funcionar em três velocidades: 100 Mbps (S100), 200 Mbps
(S200) e 400 Mbps (S400);
- Capacidade de trabalhar com até 63 dispositivos ao mesmo tempo;
- Também é plug and play como o USB, pode ser reconhecido rapidamente pelo sistema
operacional.
- Também pode ser conectado e reconectado, ao PC, por exemplo, sem necessidade de desligar o
PC.
- As conexões podem contar com até 45 Watts de potência;
- Pode funcionar com cabos de até 4,5 metros.
Foi lançada uma nova versão FireWire em 2002 com as seguintes características:
-Velocidade de transmissão de dados de 800 Mbps (dobro da versão anterior)
-Compatibilidade com cabos de conexão de até 100 metros;
- Compatibilidade com dispositivos que usam o barramento FireWire 400 (na prática, essa
característica pode depender do equipamento).

2. Faça uma descrição detalhada da configuração elétrica do barramento USB.


R.: O barramento USB pode ser utilizado para fornecer energia elétrica a determinados dispositivos,
servindo como carregador para esses dispositivos. Para que isso seja possível, os cabos USB
contam com quatro fios internos: VBus (VCC), D+, D- e GND. O primeiro é o responsável pela
alimentação elétrica de dispositivos que necessitarem dela. O segundo e o terceiro são utilizados na
transmissão de dados (a letra "D" provém de data, dado em inglês). O quarto, por sua vez, é para
controle elétrico, serve como negativo.
Podem ser encontrados dois tipos de dispositivos USB : hubs e funções, onde hub é responsável
pela expansão do número de conexões dos sistemas e função é capaz de transmitir ou receber dados
ou informações de controle pelo barramento.
Em um sistema USB existe ainda o host que encarrega-se de detectar a inserção e a remoção de um
dispositivo, gerenciar o fluxo de dados e de controle, monitorando o estado das transferências e por
controlar a interface elétrica entre ele e os dispositivos.
Existem hubs e funções que possuem alimentação própria e hubs e funções alimentados pelo
barramento através de VBus padronizado em +5V.
Em aplicações de alta velocidade os fios D+ e D- são entrelaçados. (Essa configuração é usada para
cancelar as interferências eletromagnéticas de fontes externas e interferências mútuas (linha cruzada
ou, em inglês, crosstalk) entre cabos vizinhos).
As diferenças de tensão entre os cabos D+ e D- fornecerão o valor do dado que está sendo
transmitido. A codificação usada para essa transmissão é chamada NRZI que pode ser descrita da
seguinte maneira: quando o bit a ser transmitido passa a ser um (1), o sinal muda de estado. Quando
a bit passa a ser zero (0), o sinal não sofre nenhuma mudança de estado.
Os cabos são conectados aos dispositivos conforme ilustrado na figura abaixo.

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Esquema
Físico de Conexão do Barramento
Na figura acima vemos os resistores configurados de forma pull-up e pull-down. A posição dos
resistores de pull-up muda à medida que tratar-se de alta ou baixa velocidade. Quando não existe
função conectada ao hub, os resistores de pull-down fazem com que ambos D+ e D- fiquem abaixo
de um valor de tensão de limiar para a detecção da presença do dispositivo. Se D+ e D- ficarem
assim por mais que 2,5 microssegundos, isso é entendido como dispositivo desconectado e se
acontecer o contrário, D+ ou D- estiver acima da tensão de limiar por mais de 2,5 microssegundos,
isso é entendido como dispositivo conectado.

3. Como o barramento USB transfere dados e como é verificada a qualidade dessa


transferência?
R.: O protocolo de transferência do USB é baseado em pacotes. A comunicação é iniciada
quando o host envia um pacote inicial conhecido como "Token Packet", o qual indica o endereço, o
tipo de transmissão, o sentido e o número do endpoint. O sentido pode ser tanto Host-Dispositivo
como Dispositivo-Host. O dispositivo USB decodifica o pacote e verifica o campo endereço para
verificar se o pacote tem como origem ele. O endpoint é o único campo endereçável de um
dispositivo USB, que é a fonte ou ponto de chegada de informação na comunicação entre o host e o
dispositivo. Após o pacote inicial é enviado o pacote de dados "Date Packet" ou indicado que não
há transferência a ser efetuada. O destinatário responde em seguida com um pacote de Handshake
"Handshake Packet" indicando se a transferência obteve sucesso.

Os três tipos de pacotes são demonstrados nas figuras a baixo:

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Token Packet

Data Packet

Handshake Packet

-PID (Packet Identifier): Bloco composto por oito bits. Os quatro bits mais significativos
identificam e descrevem o pacote, os restantes são bits de verificação para prevenir possíveis erros
(Check Bits).
-ADDR (Address): Bloco destinado ao endereço do dispositivo USB envolvido. Composto de sete
bits, limita o número de dispositivos endereçáveis em 127.
-ENDP (Endpoint): Bloco constituído por quatro bits que representam o número do endpoint
envolvido. Permite maior flexibilidade no endereçamento de funções que necessitem de mais de um
subcanal.
-CRC (Cyclic Redundancy Checks): Bloco destinado à detecção de erros na transmissão.
-DATA: Bloco composto pelos dados à serem enviados.
O “Tocken Packet” é constituído pelos campos PID, ADDR, ENDP e CRC. O CRC no
“Tocken Packet” possui cinco bits e atua apenas aos campos ADDR e ENDP. O “Data Packet” é
composto pelos campos PID, DATA e CRC que possui 16 bits e atua apenas sobre seu campo
DATA. O “Handshake Packet” é composto apenas pelo campo PID e pode ser classificado em
ACK, NAK ou STALL.
-ACK é enviado ao emissor quando o pacote chega ao receptor sem erros.
-NAK é enviado quando o receptor não pode aceitar pacotes de dados, ou quando o emissor não
pode enviar pacotes de dados.
-STALL é enviado quando o Endpoint está parado.
As transferências aceitas pelo protocolo USB podem ser classificadas em quatro tipos diferentes;
Control, Bulk, Interrupt e Isochronous.
-Control: Tem a função de configurar ou transmitir parâmetros de controle a um dispositivo.
-Bulk: É utilizado para transmissão de grande quantidade de dados. Ela garante uma transmissão
livre de erros, pois utiliza a detecção de erro e a retransmissão se necessário.
-Interrupt: Consiste em uma transferência de pequena quantidade de dados.

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-Isochronous: Permite um trafego de dados que são criados, enviados e recebidos continuamente em
tempo real. Neste caso não é utilizado a pacote do tipo Handshake, pois levaria a atrasos na
transmissão em tempo real.

4. Explique quais são os limites de transferência de dados no USB e FireWire.


R.: -USB.
A versão padrão USB 1.1 sua velocidade era de 1.5 Mbps (Low-Speed) que equivale a cerca de
190KBps, isso para baixas velocidades. Já nas conexões mais rápidas a velocidade era de até 12
Mbps (Full-Speed), cerca de 1.5 MB por segundo.
Com o lançamento do USB 2.0 (Hi-Speed), a taxa de transferência de dados oferecida foi de 480
Mbps, o equivalente a cerca de 60 MB por segundo.
Contudo já está sendo lançado no mercado o USB 3.0 que possui velocidade transferência de dados
de até 4,8 Gbps, equivalente a cerca de 600 MB por segundo, extremamente mais alto que os 480
Mbps do padrão USB 2.0;
-FireWire.
A primeira versão também conhecida como FireWire 400 possui velocidade de transmissão de
dados 400 Mbps (aproximadamente 50 MB por segundo) que pode funcionar em três velocidades
100 Mbps (S100), 200 Mbps (S200) e 400 Mbps (S400);
Em 2002 foi lançado o “FireWire 800” (ou "IEEE 1394b") com velocidade de transmissão de 800
Mbps (o dobro do padrão anterior);

6. Explique como se faz o compartilhamento da largura de banda no barramento USB.


R.: Após cada dispositivo conectado ser endereçado e o modo de comunicação com o host ser
definido o host mantém um registro da largura de banda requerida para esses dispositivos. Com isso
vai sendo atualizada a largura de banda que os dispositivos isócronos e de interrupção contínua
exigem. Isso é importante, pois esses dispositivos podem consumir até 90% da largura de banda.
Quando essa porcentagem é atingida, o host não permite outro dispositivo desse mesmo modo de
comunicação (isócrono) requerer mais da largura de banda reservando, assim, 10% para outros
dispositivos.
O USB divide a largura de banda disponível em frames e o host controla os frames. Os frames
contêm 1.500 bytes e um novo frame tem início a cada milissegundo. Durante um frame,
dispositivos isócronos e de interrupção obterão um slot, assim as larguras de banda necessárias
serão garantidas. As transferências que são realizadas com pacotes de dados e de controle utilizam
qualquer espaço deixado.

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Referências:
• www.clubedohardware.com
• www.guiadohardware.com
• www.wikipedia.com

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