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Coleta de sangue I

Composição do sangue
O sangue se divide em duas fases:
• Sólida e Líquida

A fase Sólida é constituída por células


(glóbulos brancos, vermelhos e
plaquetas), já a fase líquida é responsável
pelo plasma
O plasma possui dois elementos básicos:
• SORO E FIBRINOGÊNIO
O fibrinogênio é responsável pela
coagulação do sangue, transformando-se
em fibrina quando ocorre o sangramento
formando-se o coágulo
O plasma possui substâncias orgânicas (proteínas,
uréia, glicose e colesterol) e inorgânicas (sódio,
potássio, magnésio) que serão analisadas nas
amostras obtidas
O plasma é a parte líquida do sangue, de cor amarela,
composto por água (90%), proteínas e sais. Através dele
circulam por todo o organismo as substâncias nutritivas
necessárias à vida das células.
• As hemácias são conhecidas como glóbulos vermelhos
por causa do seu alto teor de hemoglobina, uma proteína
avermelhada que contém ferro. A hemoglobina capacita
as hemácias a transportar o oxigénio a todas as células
do organismo. Transportam também o dióxido de carbono,
que é produzido pelo organismo, até os pulmões, onde
ele é eliminado.
•      Os leucócitos, também chamados de
glóbulos brancos, fazem parte da linha de
defesa do organismo e são acionados em casos
de infecções, para que cheguem aos tecidos na
tentativa de destruírem os agressores, tais como
vírus e bactérias. Existem entre 5 mil a 10 mil
leucócitos por milímetro cúbico de sangue.
• As plaquetas são pequenas células que tomam
parte no processo de coagulação sanguínea,
agindo nas hemorragias. Existem entre 200.000
e 400.000 plaquetas por milímetro cúbico de
sangue.
• Dependendo da análise desejada, o
exame poderá ser feito no sangue total
(hemograma), no plasma (glicose) e no
soro (bioquímicos e sorológicos)
Anamnese

• DEFINIÇÃO: A anamnese ( do grego aná


= trazer de novo e mnesis = memória).

É considerada uma da fases mais


importantes no laboratório clinico pois
auxilia no fechamento de inúmeros
diagnósticos.
Perguntas Freqüentes:
OBS: Parte de cadastramento

• Nome
• Sexo
• Idade
• Cor
• Estado Civil
Perguntas de Interesse Clínico:
• Tempo de jejum?
• Ingestão de bebida alcoólica no dia anterior?
• Alimentação do dia anterior (leve ou pesada)?
• Se faz uso de medicamentos, se toma
anticoagulantes?
• História de distúrbios metabólicos (diabetes,colesterol
ou triglicérides elevado)?
• Se fez algum exercício fisíco antes de vir ao
laboratório?
• Gestante?
• Anemia ?
• Ultima vez que fez exame estava tudo normal?
• Se fez assepsia quando colheu a urina?
• Em caso de PSA perguntar se o paciente possui
próstata, ou faz quimioterapia.
Como se portar perante o paciente:
• Demonstre simpatia.
• Trate o paciente da melhor maneira
possível.
• Desenvolva um diálogo com o paciente,
pois alivia a tensão da coleta.
• Não demonstre medo ou insegurança no
que irá realizar
Na colheita de sangue venoso ou
arterial, recomenda-se os seguintes
passos:
1. Verificar a solicitação do médico e o cadastro do
pedido;
2. Apresentar-se ao paciente, estabelecendo
comunicação e ganhando sua confiança;
3. Explicar ao paciente ou ao seu responsável o
procedimento ao qual o paciente será submetido;
4. Realizar a identificação de pacientes:
5. Definir cuidadosamente o local da colheita
6. Usar o garrote o menor tempo possível:
7. Retirar o sangue rapidamente sem mover a agulha
8. Homogenizar o sangue no tubo vagarosamente
RELAÇAO LABORATÓRIO E
PACIENTES
• Como em todas as áreas dos serviços de
saúde, o campo do laboratório clínico
existe para o paciente. Para que o
paciente receba o melhor cuidado
possível, o médico deve fazer o
diagnóstico apropriado. Para fazer esse
diagnóstico, o médico confia nas análises
do laboratório junto com as informações
obtidas com a história do paciente, exame
físico e sintomas clínicos.
• Desta maneira é importante que as
análises do laboratório sejam feitas
cuidadosa e precisamente, usando as
melhores técnicas disponíveis e com a
maior responsabilidade possível. Muitas
vezes o único contato do paciente com o
laboratório será através da recepcionista
e/ou do auxiliar de laboratório.
• Não é agradável para ninguém a retirada
de sangue da veia ou do dedo. Em todos
os momentos, o profissional de saúde
deve estar consciente do stress que o
paciente sente quando está hospitalizado
ou doente. O funcionário deve ser
profissional, cortês e atencioso com o
paciente.
ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA
• É obrigação do profissional manter a
ordem e a limpeza do seu local de
trabalho, bem como zelar pelos materiais
de uso e aparelhos.
Erros
60% das falhas no laboratório está na
fase pré-analítica
• amostra insuficiente;
• amostra incorreta;
• amostra inadequada;
• identificação incorreta;
• problemas no acondicionamento e
transporte da amostra.
Áreas a serem evitadas para a
venopunção
• Preferencialmente amostras de sangue não devem ser
coletadas nos membros onde estiverem instaladas
terapias intravenosas.
• Evitar locais que contenham extensas áreas cicatriciais
de queimadura.
• Áreas com hematomas podem gerar resultados errados
de exames, qualquer que seja o tamanho do hematoma.
Se outra veia, em outro local, não estiver disponível, a
amostra deve ser colhida distalmente ao hematoma.
• Fístulas arteriovenosas, enxertos vasculares ou cânulas
vasculares não devem ser manipulados por pessoal não
autorizado pela equipe médica, para a coleta de sangue.
• Evite puncionar veias trombosadas. Essas veias são
pouco elásticas, assemelham-se a um cordão e têm
paredes endurecidas.
A Ocorrência Desses Erros Leva
Freqüentemente a:
• Hemólise;
• Trocas metabólicas devido a estase venosa;
• Diluição do sangue ou sua contaminação pelo líquido intersticial
• Erros nas provas de coagulação;
• Contaminação do paciente;
• Contaminação do sangue e alteração dos seus componentes, no
caso de limpeza inadequada do material;
• Coagulação do sangue quando o anticoagulante é impropriamente
dissolvido;
• Erros nas contagens de células por técnica inadequada na punção
digital;
• Erros na dosagem de substâncias dissolvidas no sangue;
• Formação de hematoma e, mesmo, a não obtenção do sangue;
• Diluição do sangue, concentração elevada de substâncias
administradas: glicose, potássio, sódio, etc.
• Microcoágulos.
Coleta
• Objetivo:
Extrair o sangue do paciente da
melhor maneira possível, para que através
do mesmo possa ser feito todos os
exames laboratoriais requeridos com
confiabilidade.
Condições do material
• Ele deve ser todo estéril, devidamente
integro livre de qualquer defeito, ou
contaminação
Material para coleta
• Luvas
• Seringas (3mL, 5mL,10mL e 20mL)
• Agulhas (25X7)
• Algodão
• Álcool 70%
• Garrote
• Curativo
• Tubos de ensaio contendo o anticoagulante
específico
Locais para a coleta de sangue
1. Região antecubital veia antecubital mediana
2. veia cefálica
3. veia basílica
4. dorso do punho e mãos
Normas para uma boa coleta de
sangue
1. O paciente deve estar psiquicamente preparado
2. É fundamental que a agulha permaneça dentro do
vaso puncionado até o final da coleta. Para isso temos
de garantir a mobilização do local da coleta
3. O sangue deve fluir facilmente
4. Se usado garroteamento, este não deve ultrapassar
de um minuto
5. Usar tubo seco, sem anticoagulante, quando se quer
obter soro
6. Usar tubo com anticoagulante apropriado quando se
quiser obter plasma
7. Depois de terminada a coleta, fazer hemostasia
compressiva no local
Procedimento
• Prepara-se o material, seringa, agulha, álcool no
algodão. Acoplando a agulha estéril a seringa
estéril, identifica os tubos do paciente, sempre
em um local visível ao paciente
• Deve-se pedir para o paciente por o braço no
suporte de apoio e fechar a mão
• Depois garroteia o braço do paciente 4 a 5
dedos acima da dobra do braço
• Pede-se para o paciente manter a mao fechada
• Depois palpa-se com o dedo indicador e
localiza-se a direção da veia, então se faz
a assepsia com álcool 70% e deixa secar
• O cotovelo deverá ficar estendido. Com o
polegar a pele do braço deverá ser
esticada e com o bísel voltado para cima,
introduz a agulha no vaso em um ângulo
de 15 graus, penetrando cerca de 1 cm
• O sangue fluirá para dentro da seringa,
então o êmbolo deverá ser puxado
levemente, até atingir o volume de sangue
desejado
• Depois, deve-se soltar o garrote e colocar
um algodão limpo e seco no local da
punção, retirar a agulha do braço do
paciente, e depois pressionar o algodão
no local da punção, sem dobrar o braço
• Então pede-se ao paciente para fazer
pressão no local
• Transferir o sangue para os tubos e
homogenizar cerca de 8 vezes, para que
não ocorra hemólise. Descarta a agulha
no descarpack e a seringa no lixo que vai
ser autoclavado.
Problemas da coleta
• Se o bísel da agulha não penetrou totalmente na
veia, a punção deverá ser continuada até que a
agulha penetre adequadamente, ou realiza-se a
punção em outra veia
• Se a agulha penetrou ao lado da veia, deve-se
apalpar a veia com a mão e corrigir a trajetória
da agulha, voltando um pouco para trás sem
retirar a agulha do braço e mudar para a direção
certa
• Se o bísel aderir na parede interna da veia
deve-se girar suavemente a seringa,
separando a agulha da parede da veia. Se
mesmo assim o sangue não fluir, é
provável que a veia tenha sofrido um
colabamento total. Nesse caso o garrote
deverá ser solto e recolocado novamente
com o auxílio de outro profissional.
Erros na coleta de sangue
• Usar agulhas de calibre muito fino ou muito grosso;
• Aspirar o sangue violentamente após atingir a veia;
• Transferir o sangue da seringa sem retirar a agulha e
sem deixa-lo escorrer pela parede do frasco;
• Agitar violentamente o sangue para misturá-lo ao
anticoagulante;
• Não homogenizar o frasco para misturar o
anticoagulante com o sangue;
• Provocar estase venosa prolongada pelo uso do garrote;
• Não atingir a veia logo na primeira picada
• Demorar para fazer a coleta ou para transferir o sangue
para o tubo com anticoagulante;
• Puncionar veias às quais esteja ligada ao soro e
retirar sangue pela mesma agulha ou cateter
Coleta em criança
• A criança deverá ser preparada
psicologicamente para a coleta
• Crianças menores (meses), devem ser
colocadas em macas, e deve ser usado
um lençol para a imobilizar seu corpo,
ficando o braço escolhido para fora. Um
ajudante, deverá firmar o braço na altura
do ombro e a mão.
Locais Para Coleta De Sangue
Arterial

• Femoral
• Artérias braquial
• Radial
• A coleta pode ser realizada na fossa antecubital
(artéria braquial), no pulso (artéria radial) e no
ligamento inguinal (artéria femoral)
• Ela fornece grandes volumes de sangue
• E de execução difícil e traz riscos ao paciente
quando não realizada adequadamente por
profissionais capacitados
• É utilizada em exames que necessitam de
sangue arterial (Gasometria)
• Nessa punção não se utiliza garrote
Procedimento
• Com o dedo indicador apalpa-se o local
escolhido (Pulsação da artéria), até ser sentida
a pulsação
• Faz-se a assepsia rigorosa do local da punção e
deixa-se secar e dos dedos do operador (luvas
estéreis)
• Punciona-se para dentro da artéria pulsátil,
introduzindo-se a agulha perpendicularmente
(posição vertical) ao trajeto do vaso, até obter-
se o fluxo de sangue, que pode ser observado
em sua passagem para a seringa heparinizada,
cujo o êmbolo sobe espontaneamente,
mostrando que a artéria foi atingida
• Mantém-se a posição da agulha até se
obter a quantidade suficiente de sangue;
• Após colher o volume desejado, retira-se
a agulha, puxando a seringa para trás e
fazendo uma compressão forte e
demorada (8 a 10 minutos), com algodão
seco.
COLETA À VÁCUO
• A coleta de sangue à vácuo é usada para
a obtenção de sangue sem o uso da
seringa. Além da facilidade e da rapidez
na coleta o sistema influi positivamente na
qualidade e na preservação da amostra
Procedimento
• Observa-se a melhor veia para fazer a
punção
• Escolhe-se o calibre de agulha mais
adequado para o tipo de veia
• A agulha é rosqueada no momento da
coleta num adaptador especial,
introduzindo a ponta menor da agulha
dentro desse adaptador
• Introduz-se o tubo de coleta escolhido dentro do
adaptador, sem que a rolha seja perfurada pela agulha
• A sequência dos tubos são: tubos sem anticoagulantes
primeiros, depois os tubos com EDTA e por ultimo os
tubos de fluoreto, isto para evitar uma possível
contaminação entre os tubos com anticoagulantes
• Após assepsia e garroteamento, a agulha é introduzida
na pele com o bísel voltado para cima
• Assim que a agulha penetrar na pele, empurra-se o
tubo até o fundo do adaptador com o auxílio do polegar
como se estivesse aplicando um injeção. Sendo o tubo
auto-aspirante visualiza-se imediatamente a penetração
da agulha na veia, pois o sangue começa a fluir. Então
retira-se imediatamente o garrote
• Em casos de veias muito finas mantenha o
garrote e peça para o paciente abrir a
mão.
• Ao retirar o tubo para a troca utilize os
dedos médio e polegar fazendo uma
contra-pressão no adapatador para
prevenir mudanças na posição da agulha e
facilitar a remoção do tubo
• Ao término da coleta retire o sistema
agulha-adaptador e pressione o local com
algodão
• Deve-se fazer uma pequena
homogenização nos tubos até mesmo no
tubo seco pois em suas paredes existem
substâncias que aumentam a velocidade
da cascata de coagulação
• Após a coleta a agulha é desrosqueada e
com a ajuda da pinça é colocado no
descarpack;
Obsevações
• A coleta á vácuo possibilita a obtenção de
volumes grandes de sangue com apenas
uma picada
• Em coletas onde as veias são muito finas
a seringa é mais apropriada, pois a
pressão do vácuo normalmente provoca
colabamento do vaso
COMPLICAÇÕES
DECORRENTES DAS PUNÇÕES
• Hematoma é a presença de sangue no
tecido subcutâneo. É formado quando o
local da punção não é comprimido ao ser
retirada a agulha, quando a agulha
ultrapassa a veia ou quando atinge
apenas a parede venosa (o sangue não
escoa para a seringa)
• Trombose ocorrem pelo traumatismo da
veia por picadas múltiplas
• Lipotimia ocorre especialmente em
pacientes emotivos, subnutridos ou
hipoglicêmicos (Corpo amolecido, sem
força, tontura e frio, palidez sudorese).
Pode ser evitada e corrigida pelo prepardo
psicológico prévio do paciente, que deve
ser colocado em posição confortável, de
preferência deitado
• OBSERVAÇÃO: nunca se deve
administrar medicamentos ou alimentos
por via oral a pacientes inconscientes ou
semi-conscientes
Anticoagulantes
• Conceito: São substâncias que evitam a
coagulação do sangue
• Os tubos de anticoagulantes estão
disponíveis em uma variedade de tipos e
tamanho, podem ser estéreis ou não.
• As tampas coloridas demonstram
claramente qual o anticoagulante contido
no tubo, ou se não há anticoagulante.
• Além de não haver um anticoagulante de
uso geral, as técnicas utilizadas no
laboratório e o tipo de exame determina
qual o anticoagulante a ser usado.
• Quando se necessita de sangue total ou de
plasma, usam-se anticoagulantes

COR DA
ANTICOAGULANTE EXEMPLOS DE USO
TAMPA

Exames que requerem soro. Ex: (bioquímica e


Vermelha Nenhum
sorologia.

Lilás EDTA hematologia e Tipagem sanguínea.

Azul Claro Citrato de Sódio Exames de coagulação (TAP, TTPa, Fibrinogênio)

Cinza Fluoreto de Sódio Glicose (impede a glicólise)

Verde Heparina Alguns exames especiais.


• Como já foi citado antes, os anticoagulante são
substâncias usadas para prevenir a coagulação
e retardar a deterioração do sangue. A escolha
do anticoagulante e da sua quantidade é
importante. Escolhido impropriamente interfere
com as investigações bioquímicas, como o
EDTA potássico na dosagem do potássio e o
oxalato de amônio na dosagem da uréia. O
excesso de anticoagulante líquido dilui o sangue
interferindo nas determinações quantitativas.
• Alguns anticoagulantes se prestam melhor à
hematologia pelas suas propriedades
conservadoras da morfologia celular e dos
componentes do plasma, especialmente os
fatores da coagulação.
EDTA
Apresenta propriedade conservadora das
células sanguíneas. Impede a aglutinação das
plaquetas no sangue. Não deve ser usado
para o tempo de protrombina e testes de
função plaquetária. O EDTA impede a
coagulação ao formar quelatos com o cálcio.
• VANTAGENS:
1. Proporciona uma ótima conservação das
plaquetas
2. 3 a 4 horas após a coleta, obtém-se bons
esfregaços
3. É o melhor anticoagulante para a hematologia
4. Contagens celulares podem ser realizadas até
24 horas após a coleta
HEPARINA
Inibe a formação de trombina, impedindo
a conversão de fibrinogênio em fibrina.
Não altera a morfologia e o tamanho
celular.
1. È o anticoagulante de escolha para a
realização da gasometria
CITRATO DE SÓDIO
• É utilizado como anticoagulante no estudo da
coagulação quando em solução aquosa a
3,8% ( Atividade de protrombina, PTT e
fibrinogênio).
1. É usado nos estudos de coagulação
(plaquetas e VHS)
2. Provocam a saída de água das hemácias, não
devem ser usados nas dosagens bioquímicas
FLUORETO DE SÓDIO

• Impede a degradação da glicose.


(glicólise).
COAGULOGRAMA
• É formado por um conjunto de exames
específicos que tem por finalidade avaliar as
diferentes vias de coagulação do nosso
organismo, além de ser utilizados também para
avaliar o risco cirúrgico. Fazem parte deste
conjunto:
• Tempo de sangramento
• Tempo de coagulação
• Teste de retração do coágulo
• Prova do laço.
• Contagem de plaquetas
• TAP (Tempo de protrombina)
• TTPa (Tempo de tromboplastina parcial ativada)
Tempo de sangramento- método
de Duke

• A determinação do tempo de sangria,


representa o espaço decorrido entre uma
incisão praticada artificialmente em um
paciente, e o momento em que cessa a
hemorragia provocada.
• Depende, sobretudo do número e da
eficiência das plaquetas, bem como da
contrabilidade capilar.
PROCEDIMENTO
• Fazer a assepsia do lóbulo da orelha do
paciente
• Introduzir a lanceta na orelha do paciente
• Quando começar o sangramento, disparar o
cronômetro
• Com um papel filtro, absorver gota a gota o
sangue (tocar suavemente sem limpar),
• O fim do sangramento determina o fim do teste
• Valores normais: 1 a 3 minutos
Tempo de coagulação-Método de
Lee e White (sangue venoso)
• Compreende ao tempo que leva o sangue
para se coagular à temperatura de 37ºC,
quando em contato com a superfície de
vidro.
• Há vários métodos com valores diferentes,
determinados em sangue capilar ou
venoso.
Procedimento
• Sem provocar estase sanguínea prolongada
com o garrote, colher o sangue do paciente em
seringa de plástico.
• Transferir 1 mL de sangue para cada dois tubos
de vidro, e rapidamente acionar o cronômetro
• Colocar os tubos em banho-maria à 37ºC
• Examinar os tubos a cada 30 segundos, quando
ocorrer a formação de coágulo, pára-se o
cronômetro. Esse tempo é o resultado do teste.
• Valores normais: 5 a 10 minutos
Prova do Laço (teste de Rumpel-
Leed)
• É um teste que estabelece as condições
de permeabilidade e fragilidade capilar,
pelo aumento da pressão interna dos
capilares feita por garroteamento do
retorno venoso.
• È importante na avaliação das plaquetas,
tanto qualitativamente como
quantitativamente, bem como dos
capilares (mecanismo vaso-plaquetário)
• Nos casos de alterações da
permeabilidade capilar, há passagem de
células sanguíneas para o tecido,
demonstrado pelo aparecimento de
petéquias.
PROCEDIMENTO
• Verificar se existem petéquias no braço do
paciente, se presentes marca-las com uma
caneta
• Colocar o manguito colocado no braço,logo
acima do cotovelo. Determinar a pressão média
e entre a máxima e a mínima e mantê-la por 5
minutos
• Desinflar o manguito e retira-lo
• Reexaminar a área e anotar o aparecimento de
petéquias
• Valores de referência
• Negativo: Ausência de petéquias
• Positivo: maior que 5 petéquias
TESTE DE RETRAÇÃO DO
COÁGULO
• Normalmente, após a coagulação
completa do sangue, o coagulo começa a
se retrair, descolando-se gradualmente as
paredes do tubo e separando-se
nitidamente do soro
• O teste mede a qualidade das plaquetas e
a atividade de sua enzima trombastenina
Procedimento
• Utiliza-se o mesmo tubo usado para a
coagulação
• Então deixa-o no banho-maria por 2 horas
• Após as duas horas, deve-se observar a
retração do coágulo
• Resultado
• Retrátil
• Parcialmente retrátil
• Não retrátil

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