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Centro Universitário Jorge Amado
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1. DO POSITIVISMO JURÍDICO
O Positivismo Jurídico por Norberto Bobbio é uma obra muito importante no cenário
jurídico atual, sobretudo no país onde vivemos. Bobbio é considerado um dos grandes
positivistas, suas idéias e pensamentos são demasiadamente relevantes, vez que a partir da
leitura do clássico “O Positivismo Jurídico: Lições de Filosofia do Direito” (2006) percebe-se
que se discute o direito posto e sua aplicação.
Para Bobbio (2006), “por obra do positivismo jurídico ocorre a redução de todo o
direito a direito positivo, e o direito natural é excluído da categoria do direito: o direito
positivo é direito, o direito natural não é direito.” Reflete o ilustre filósofo no sentido de que o
positivismo jurídico é aquela doutrina segundo a qual não existe outro direito senão o positivo
– das leis.
Com o surgimento do Estado moderno, o juiz torna-se um órgão desse Estado
vinculado diretamente ao direito positivo, que é aquele direito posto e aprovado pelo Estado
(leis), não sendo restringindo à apenas estas normas emanadas do Poder Legislativo, mas
também os costumes e os princípios gerais que são considerados fontes do direito desde que
aprovados pelo Estado (único criador do direito).
Assim, em decorrência deste entendimento sobre o direito positivo, o autor descreve
que o positivismo jurídico nasce do impulso para a legislação, quando a lei torna-se fonte
exclusiva de direito, sendo representada pela codificação. O referido propulsor para a
legislação, segundo Bobbio (2006) “nasce de uma dupla exigência, uma que é a de pôr ordem
no caos do direto primitivo e a outra de fornecer ao Estado um instrumento eficaz para a
intervenção na vida social.”.
Num dado momento os positivistas se propuseram à analisar o direito de uma maneira
diferenciada, isto é, axiologicamente, ao tempo em que consideraram o ordenamento como
fechado, completo e coerente, desta forma estavam olhando o direito da maneira pela qual
melhor lhes satisfazia.
Segundo Kelsen, outro positivista importantíssimo, o Direito é um conjunto de regras
que tem por objetivo a regulamentação do exercício da força na sociedade. Onde a Lei, que
emana exclusivamente do Estado, é expressão da vontade do poder normativo estatal e
representa a da imperatividade da norma, ou seja, o corte epistemológico causado por Kelsen
refere-se a definição do objeto da ciência jurídica, que passou a ser a legalidade. No
positivismo kelsiniano, não há relação entre ciência jurídica, moral e justiça, porque a ciência
jurídica para ser Ciência tem de ser avalorativa. (GRIBOGGI)
O Direito enquanto objeto de conhecimento, para ambos, estudado pela ciência
jurídica para se tornar um saber científico deveria ser empírico, descritivo, exato, objetivo e
pautado na idéia da neutralidade.
Porém, é cediço que nas ciências sociais, como o Direito, a análise não axiológica, ou
seja, sem empregar valores, é praticamente impossível. Considerar o direito como alheio ao
mundo social, em outras palavras, independente da sociedade não pode ser verídico, tendo em
vista que o direito deve ser o reflexo da sociedade, em seu modo mais organizado possível.
Portanto, o positivismo jurídico olha o Direito de uma maneira que lhe é peculiar, e
influenciado por todas as idéias da época, pela sociedade tal como ela se encontrava. Posto
que ninguém começaria do nada, isto é, sem ter motivos e influências necessárias, para pensar
de determinada forma, que tem como fundamento o meio vigente.
2. DO DIREITO
4. REFERÊNCIAS
CELLA, José Renato Gazieiro. Positivismo jurídico no século xix: relações entre direito e
moral do ancien régime à modernidade. Seminário Temático “Às Vésperas do Leviathan:
o Nascimento do Estado Moderno Europeu”. Disponível em:
<http://www.cella.com.br/conteudo/Hespanha-Arno-Artigo.pdf> Acesso em: 30. Jun. 2011.
GODOY, Arnaldo Sampaio de Moraes. O positivismo jurídico. Jus Navigandi, Teresina, ano
12, n. 1452, 23 jun. 2007. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/10060>. Acesso
em: 1 jun. 2011.