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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

INDICADORES DE INOVAÇÃO

1. Qualificação e Conhecimento

1. População jovem com ensino secundário


2. População com diplomas de ensino superior
3. Diplomados em Ciência e Tecnologia
4. Investigadores por mil empregados
5. Percentagem de agregados familiares com ligação à Internet em Banda
Larga
6. Formação ao longo da vida

2. Ciência e Tecnologia

7. Novos doutorados em Ciência e Tecnologia


8. Produção científica por milhão de habitantes
9. Pessoal total (ETI) em I&D por permilagem da população activa
10. Investigadores (ETI) por permilagem de população activa
11. Despesa pública em I&D
12. Despesa das empresas em I&D

3. Competitividade e Inovação

13. Emprego nas indústrias de media e alta tecnologia


14. Emprego nos serviços de alta tecnologia
15. Valor acrescentado dos sectores de média e alta tecnologia na indústria
16. Valor acrescentado dos serviços de alta tecnologia
17. Exportação de produtos de alta tecnologia
18. Criação de empresas em sectores de alta e média alta tecnologia
19. Patentes EPO por milhão de habitantes
20. Marcas comunitárias registadas por milhão de habitantes
21. Investimento em capital de risco

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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

1. QUALIFICAÇÃO E CONHECIMENTO

Este grupo é composto por indicadores com informação sobre a disponibilidade de competências e
aptidões dos recursos humanos, abrangendo vários níveis de ensino e formação.

No conjunto da oferta de competências, inputs essenciais para uma melhor performance inovadora da
economia, uma vez que traduzem condições de base em termos de potencial inovador, Portugal
apresenta, em geral, tendências positivas de crescimento, mas continua aquém da média da UE15.

1. População jovem com ensino secundário

População jovem que completou, pelo menos, o ensino secundário


(em % do grupo etário dos 20-24 anos)
%
100 2000 2001 2002

90 2003 2004 2005

80

70

60

50

40

30
Finlândia

Itália
Reino Unido
Eslováquia

Polónia

Irlanda

Bélgica
Áustria

Suécia

Hungria

Estónia

Grécia

Dinamarca

Holanda

Alemanha

UE15

UE25
Rep. Checa

França

Espanha

PORTUGAL

Fonte: Eurostat, Indicadores Estruturais

Interpretação:
Trata-se de um indicador genérico que mostra a taxa de população jovem, entre os 20 e os 24 anos, que
completou, pelo menos, o ensino secundário. Permite medir a percentagem de população jovem com as
qualificações mínimas necessárias para participar activamente na vida económica e social.

Portugal apresenta a % mais baixa da União Europeia relativa à população jovem, entre os 20 e os 24
anos, que completou pelo menos o ensino secundário. O valor obtido, em 2005, não chega a 50% da
população nesse escalão etário (48,4%), o que fica muito aquém da percentagem média da UE25
(77,3%). Apresentou, no entanto, uma dinâmica bastante positiva, até 2004, com um ligeiro
decréscimo em 2005, sendo a evolução ainda muito insuficiente para atingir os níveis da UE.

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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

2. População com diplomas de ensino superior

População com diplomas de ensino superior


(em % do grupo etário dos 25-64 anos)

%
40 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

30

20

10

Japão
Finlândia

Espanha

EUA
PORTUGAL

UE15

UE25
Fonte: 2004 e 2005 - European Innovation Scoreboard, EU

Interpretação:
Trata-se de um indicador genérico que traduz a oferta de competências avançadas, não limitadas aos
campos científico e tecnológico, uma vez que a adopção de inovações em muitas áreas, nomeadamente
no sector dos serviços, depende de um alargado campo de competências.

Em termos de população com diplomas de ensino superior, no grupo etário entre os 25 e 64 anos, o
valor obtido em 2004 por Portugal foi de 12,5%, significativamente abaixo da média da UE25
(21,9%). Apresenta, contudo, uma dinâmica positiva.

3. Diplomados em Ciência e Tecnologia

Diplomados do ensino superior em C&T, por mil habitantes


(grupo etário dos 20-29 anos)

30
1998 1999 2000 2001 2002 2003
25

20

15

10

0
França

Japão
Unido
Irlanda

Espanha

PORTUGAL

EUA
Alemanha

UE15

UE25
Reino

Itália

Fonte: Eurostat, Indicadores Estruturais; Nota: C&T=Ciência e Tecnologia

Interpretação:
A disponibilidade de recursos humanos de alta qualidade é essencial para a criação e difusão do
conhecimento e o peso de diplomados em C&T representa um potencial de capacidades que são
essenciais para a melhoria da performance inovadora da economia.

Em termos de diplomados em ciência e tecnologia por mil habitantes, o número obtido por Portugal
em 2003 foi de 8,2, evidenciando algum distanciamento face a países mais avançados, como por
exemplo a Irlanda, com um valor, em 2003, de 24,2. O indicador tem apresentado, contudo, uma
dinâmica notável, que vai no sentido de alcançar a meta definida até 2010, de aumentar o número de
graduados em áreas científicas e tecnológicas para 12 por 1000, na população com idades entre 20 e
29 anos.

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4. Investigadores, por mil empregados

Investigadores em ‰ do total do emprego


20
1997 1998 1999 2000 2001 2002

15

10

Japão
EUA
Espanha

PORTUGAL

UE15

UE25
Alemanha

Irlanda
Finlândia

Fonte: OECD, Main Science and Technology Indicators 2004

Interpretação:
Este indicador, ao medir a capacidade em I&D dos recursos humanos de um país, reflecte o seu nível de
produção de conhecimento e a possibilidade da criação de condições para a apropriação e uso desse
conhecimento pelas empresas na produção de novos produtos inovadores.

Em termos de investigadores em permilagem do total do emprego, o valor obtido por Portugal em


2001 foi de 3,5, comparativamente à média da UE15 (5,9) e da UE25 (5,3) e ao valor destacado da
Finlândia (15,8). Evidenciamos uma tendência positiva, embora lenta.

5. Percentagem de agregados familiares com ligação à Internet em Banda Larga

Percentagem de agregados familiares com ligação à Internet em Banda Larga

%
40
35 2003 2004 2005
30
25
20
15
10
5
0
Espanha

PORTUGAL

UE15

UE25
Unido

Alemanha

Irlanda
Reino
Finlândia

Fonte: Eurostat, Indicadores de Longo Prazo

Interpretação:
Indicador que mede a disponibilidade de ligação à Internet em banda larga dos agregados familiares
que têm pelo menos um membro no grupo etário compreendido entre os 16 e os 74 anos. Fornece
também indicação do grau de penetração das TIC e da generalização da sociedade de informação.

Em 2005 a percentagem de agregados familiares em Portugal, com ligação à Internet em banda larga,
atingiu os 20%, abaixo da média da UE15 (25%) e da UE25 (23%), evidenciando-se a Finlândia
(36%) e o Reino Unido (32%) entre aqueles que apresentam taxas mais elevadas. A dinâmica de
evolução em Portugal tem sido positiva, visando-se triplicar o número de agregados familiares com
acesso à Internet em banda larga, até 2010.

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6. Formação ao longo da vida

Aprendizagem ao longo da vida


(em % do grupo etário dos 25-64 anos)
%
40
35
1999 2001 2003 2004 2005

30
25
20
15
10
5
0

Irlanda

Rep Checa

Itália
Reino Unido

Dinamarca
Suécia

Letónia

França

Alemanha

Lituânia

Estónia

Polónia

Espanha

Eslováquia

Hungria
Finlândia

Eslovénia

UE15

UE25
PORTUGAL
Fonte: Eurostat, Indicadores Estruturais

Interpretação:
Este indicador assume uma importância crescente uma vez que qualquer economia baseada no
conhecimento requer contínuo desenvolvimento técnico e inovação conduzindo, por isso, à necessidade
de um processo contínuo de aprendizagem de novas ideias e aptidões.

A aprendizagem ao longo da vida (formação permanente) é um dos elementos fundamentais para o


desenvolvimento de uma sociedade, bem patente nas premissas da Estratégia de Lisboa. Portugal
apresentou, em 2005, um valor de 4,6% abaixo da média da UE15 (11,9%) e da UE25 (10,8%). A
tendência tem sido positiva, em conformidade com a possibilidade de alcançar a meta definida de
aumentar a taxa de participação em acções de educação/formação da população dos 25 aos 64 anos
para 12,5%, em 2010.

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2. CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Este grupo inclui indicadores que pretendem avaliar a produção científica e a actividade de
investigação e desenvolvimento, em termos de investimentos e despesas em I&D, quer públicos, quer
empresariais

Os investimentos em actividades de I&D são considerados elementos chave para o sucesso de uma
economia baseada no conhecimento. Em Portugal, o investimento do Estado em I&D atinge níveis
próximos da média comunitária, enquanto que o crescente esforço de investimento em I&D nas
empresas não tem sido suficiente para alavancar Portugal para patamares competitivos mais
elevados.

Neste conjunto de indicadores (que reflectem a capacidade inventiva e de investigação, fundamentais


na criação de conhecimento) Portugal apresenta debilidades que o colocam em posição desfavorável
face à média comunitária.

7. Novos doutorados em Ciência e Tecnologia

Novos doutorados em C&T, por mil habitantes


(grupo etário dos 25-34 anos)

1,2
1997 1998 1999 2000 2001
1,0

0,8

0,6

0,4

0,2

0,0

Fonte: UE, STI -ERA, Key Figures 2002 e 2003; Nota: C&T=Ciência e Tecnologia

Interpretação:
Este indicador traduz a evolução da base de recursos humanos altamente qualificados, cuja
disponibilidade é essencial na criação e difusão do conhecimento e é, também, de importância crucial
para a indústria.

Em termos de novos doutorados em Ciência e Tecnologia por mil habitantes, entre os 25 e 34 anos, o
valor obtido para Portugal, em 2001, foi de 0,3, comparativamente à média da UE15 (0,55) e da UE25
(0,49). Contudo, o número de doutorados nesta área tem registado uma tendência crescente que vai
no sentido de alcançar as metas definidas até 2010 de fazer crescer, em 50%, os recursos humanos
em I&D e de incrementar, em 1500 por ano, o número de doutoramentos em Portugal e no
estrangeiro.

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8. Produção científica, por milhão de habitantes

Publicações científicas, por milhão de habitantes


1 400
1996 1997 1998 1999 2000 2003
1 200
1 000
800
600
400
200
0

Japão
EUA
Espanha

PORTUGAL

UE15*
Unido

Alemanha
Reino
Finlândia

Fonte: GEE com base em Science and Technology Indicators for the European Research Area (STI-ERA), Key Figures 2001;
Nota*: UE25, em 2003

Interpretação:
Este indicador mede o output científico de um país e pode ser visto como um sinal da capacidade de
investigação e crescimento do conhecimento, a nível da sua comunidade científica.

Com relação às publicações científicas por milhão de habitantes, Portugal apresentou, em 2003, um
valor de 406, bastante distante da média da UE25 (639), evidenciando debilidades subsistentes ao
nível da capacidade de investigação e produção do conhecimento pela comunidade científica. Contudo,
o indicador tem revelado uma dinâmica muito positiva, o que vai ao encontro da meta definida de
fazer crescer, em 50% e até 2010,a produção científica referenciada internacionalmente.

9. Pessoal total (ETI) em I&D por permilagem da população activa

Pessoal Total (ETI) em I&D por permilagem da população activa

nº 1997 1998 1999 2000 2001 2002


22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Japão
Espanha

PORTUGAL

UE-25

UE-15
Alemanha

Irlanda
Finlândia

Fonte: OCDE, Main Science and Technology Indicators 2004 e Base de Dados AMECO

Interpretação:
O pessoal total em I&D inclui as pessoas empregadas directamente em áreas de I&D, bem como o
pessoal que fornece serviços de apoio directo tais como os gestores e o pessoal administrativo. Este
indicador fornece uma medida do peso de todo o pessoal envolvido em actividades de I&D.

O pessoal total em I&D representou em Portugal, em 2002, 4,6 em permilagem da população activa,
valor bastante distante da média da UE15 (10,2) e da UE25 (9,4). Contudo, o indicador tem revelado
uma dinâmica positiva, o que vai ao encontro da meta definida de fazer crescer, em 50% e até 2010,
os recursos humanos em I&D.

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10. Investigadores (ETI) por permilagem de população activa

Investigadores (ETI) por permilagem da população activa

nº 1995 1997 1999 2001 2003 2004


16
14
12
10
8
6
4
2
0
Finlândia

Irlanda
Unido
Alemanha

EUA
EU25

Japão
Espanha

PORTUGAL
Reino

EU15
Fonte: EUROSTAT, Indicadores de Longo Prazo e Base de Dados AMECO

Interpretação:
Este indicador reflecte o peso no total da população activa, da ocupação a tempo inteiro dos
investigadores, ou seja, dos profissionias que estão empenhados na criação de novos conhecimentos,
produtos, processos, métodos ou sistemas e também na gestão dos respectivos projectos. ETI
(equivalente a tempo inteiro) corresponde a um ano de trabalho por pessoa.

Em termos de investigadores (ETI) em permilagem da população activa, o valor obtido por Portugal
em 2003 foi de 3,8, comparativamente à média da UE15 (5,7) e da UE25 (4,8). A Finlândia (15,8)
destaca-se, em 2004. Evidenciamos uma tendência positiva.

11. Despesa pública em I&D

Despesa pública em I&D, em % do PIB

%
1,2
1997 1999 2001 2002 2003
1,0

0,8

0,6

0,4

0,2

0,0
Japão
EUA
Espanha
PORTUGAL

UE15

UE25
Finlândia

Fonte: 2004 e 2005 - European Innovation Scoreboard, EU

Interpretação:
As despesas em I&D representam um dos principais drivers do crescimento económico numa economia
baseada no conhecimento.
Assim, as tendências de evolução do indicador da despesa pública em I&D fornecem indicações chave em
termos do crescimento e da competitividade futura de um país.

Relativamente à despesa pública em I&D, em % do PIB, Portugal apresentou em 2003 um valor de


0,52%, abaixo da média comunitária da UE25 (0,7%). A tendência portuguesa nos anos mais recentes
tem sido de redução da despesa pública em I&D.

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12. Despesa das empresas em I&D

Despesas das empresas em I&D, em % do PIB

%
2,8
2,4 1997 1999 2001 2002 2003
2,0
1,6
1,2
0,8
0,4
0,0

Japão
Espanha

EUA
PORTUGAL

UE15

UE25
Finlândia

Fonte: 2004 e 2005 - European Innovation Scoreboard, EU

Interpretação:
Este indicador capta a criação formal de conhecimento novo nas empresas.
É particularmente importante em sectores baseados na ciência (farmacêuticas, químicas e algumas
áreas da electrónica) onde grande parte do novo conhecimento é criado em laboratórios de I&D ou com
a sua colaboração.

Em 2003, Portugal apresentou uma despesa das empresas em I&D em % do PIB, de 0,3%. Este valor
é muito inferior à média comunitária da UE25 (1,3%) e aos objectivos fixados pela Estratégia de
Lisboa. Pretende-se triplicar o investimento privado em I&D até 2010, como contributo para que a
despesa de I&D na UE atinja, naquele horizonte temporal, a meta de 3% do PIB. A tendência tem sido
positiva. Contudo apresenta um grande gap face aos objectivos que se pretendem atingir.

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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

3. COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO

Este grupo agrega indicadores que medem o peso do emprego e do VAB na indústria e nos serviços de
alta tecnologia e que traduzem o grau de inovação tecnológica destas actividades, a exportação de
produtos de alta tecnologia que traduz o nível de competitividade tecnológica do país e a criação
líquida de empresas em sectores de alto valor acrescentado.

Com este conjunto de indicadores de output pretende-se medir a aplicação do conhecimento, expresso
em termos de actividades empresariais e de emprego, e do seu valor acrescentado em sectores
inovadores, nomeadamente exportadores. Portugal tem vindo a apresentar, genericamente, um fraco
desempenho nesta área, revelando dificuldades de upgrading de valor acrescentado, mas denotando
algum dinamismo na exportação de produtos de alta tecnologia.

13. Emprego nas indústrias de média e alta tecnologia

Emprego nas indústrias de média e alta tecnologia, em % do total do emprego

%
1997 1998 1999 2000 2001
10 2002 2003

Japão
Espanha

EUA
PORTUGAL

UE15

UE25
Finlândia

Fonte: 2004 e 2005 - European Innovation Scoreboard, EU

Interpretação:
Indicador relativo à indústria transformadora que tem por base a inovação contínua, através de uma
actividade criativa e inventiva.
Mede a parcela do emprego nos sectores transformadores de média e alta tecnologia, em função do total
do emprego.
Estes sectores incluem: químicas (NACE24), maquinaria (NACE29), equipamento de escritório (NACE30),
equipamento eléctrico (NACE31), telecomunicações (NACE32), instrumentos de precisão (NACE33),
automóvel (NACE34) e aeroespacial (NACE 35).

Relativamente ao emprego nas indústrias de média e alta tecnologia em % do total do emprego, em


2003 Portugal apresentou um valor de 3,2, bastante aquém dos valores da média da UE15 (7,1) e da
UE25 (6,6). Nos últimos três anos, o indicador apresenta uma tendência de estabilização.

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14. Emprego nos serviços de alta tecnologia

Emprego nos serviços de alta tecnologia, em % do total do emprego


%
1997 1998 1999 2000 2001
6
2002 2003

Espanha

UE15

UE25
PORTUGAL
Finlândia

Fonte: 2004 e 2005 - European Innovation Scoreboard, EU

Interpretação:
Os serviços de alta tecnologia fornecem quer serviços directos ao consumidor, quer inputs para
actividades inovadoras de outras empresas em todos os sectores da economia.
O indicador mede o peso dos sectores de serviços de alta tecnologia no total do emprego.
Estes sectores englobam: correios e telecomunicações (NACE64), tecnologias de informação incluindo
desenvolvimento de software (NACE72) e serviços de I&D (NACE73).

Em 2003, em relação ao emprego nos serviços de alta tecnologia em % do total do emprego, Portugal
apresenta um valor de 1,45 abaixo da média da UE15 (3,5) e da UE25 (3,2). Deste modo, o país
possui pouco emprego nesta área e está bastante distanciado de países líderes, tais como a Finlândia
que apresentou um valor de 4,7. A tendência tem sido de estabilização do emprego em % do emprego
total.

15. Valor acrescentado dos sectores de média e alta tecnologia na indústria

VAB das indústrias de média e alta tecnologia, em % do VAB da economia


%
45
1997 1998 1999 2000 2001 2002
40
35
30
25
20
15
10
5
0
EUA

Japão
Espanha

PORTUGAL

UE15
Finlândia

Fonte: GEE, com base em Groningen Growth and Development Centre "60-Industry Database", O'Mahony and van Ark.

Interpretação:
Indicador relativo à indústria transformadora que tem por base a inovação contínua, através de uma
actividade criativa e inventiva.
Mede a parcela do VAB nos sectores transformadores de média e alta tecnologia, em função do total do
VAB da economia, medido a preços constantes de 1995, sem entrar em conta com as ppc.
Estes sectores incluem: químicas (NACE24), maquinaria (NACE29), equipamento de escritório (NACE30),
equipamento eléctrico (NACE31), telecomunicações (NACE32), instrumentos de precisão (NACE33),
automóvel (NACE34) e aeroespacial (NACE 35).

Relativamente aos sectores de média e alta tecnologia na indústria, em 2002 Portugal apresenta um
valor de 4,9%, cerca de metade do da Espanha (10,2%) e de um terço do da média da UE15 (15,8%)
facto que, comparativamente, revela uma fraca capacidade de criar valor. Agravando a situação, a
evolução deste indicador para Portugal tem sido negativa.

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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

16. Valor acrescentado dos serviços de alta tecnologia

VAB dos serviços de alta tecnologia, em % do VAB da economia

%
8
1997 1998 1999 2000 2001 2002

Japão
EUA
Espanha

PORTUGAL

UE15
Finlândia

Fonte: GEE, com base em Groningen Growth and Development Centre "60-Industry Database", O'Mahony and van Ark.

Interpretação:
Os serviços de alta tecnologia fornecem quer serviços directos ao consumidor, quer inputs para
actividades inovadoras de outras empresas, em todos os sectores da economia.
O indicador mede o peso dos sectores de serviços de alta tecnologia, no total do VAB da economia.
Estes sectores incluem: correios e telecomunicações (NACE64), tecnologias de informação englobando
desenvolvimento de software (NACE72) e serviços de I&D (NACE73).

Relativamente ao valor acrescentado dos serviços de alta tecnologia, em 2002 Portugal apresenta um
valor de 4,0%, ao nível do da Espanha (4,1%), mas mais baixo do que a média da UE15 (6,4%). Este
dado revela, comparativamente, uma menor capacidade de criar valor acrescentado. A tendência
deste indicador tem, no entanto, sido positiva, apesar de mais lenta do que na UE15.

17. Exportação de produtos de alta tecnologia

Exportação de produtos de alta tecnologia, em % do total das exportações

%
30 1997 1998 1999 2000 2001
2002 2003
25

20

15

10

0
Japão
EUA
Espanha
PORTUGAL

UE15

UE25
Alemanha
Finlândia

Fonte: Eurostat Comext e UN-Comtrade


Nota: O total das exportações da UE não inclui o comércio intra UE

Interpretação:
Este indicador mede a competitividade tecnológica do país/UE, ou seja, a capacidade de comercializar os
resultados da I&D e da inovação nos mercados internacionais, além de reflectir a especialização
produtiva do país.

Portugal, em 2003, exportou 7,4% de produtos de alta tecnologia face ao total das suas exportações.
O valor é inferior à média da UE15 (17,2%) e da UE25 (17,8%), mas situa-se acima do da Espanha
(5,9%). Evidenciamos uma dinâmica crescente de exportações de produtos de alta tecnologia.

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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

18. Criação de empresas em sectores de alta e média-alta tecnologia

Criação líquida de empresas em sectores de maior valor acrescentado, em % do total


%
3,0
2002 2003 2004
2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0
Ind-AT

Ind-MAT

Serv-AT
Fonte: GEE, com base em INE, Constituição e Dissolução de Sociedades

Interpretação:
Os movimentos de entradas e saídas de empresas facilitam a inovação e a adopção de novas
tecnologias, contribuindo para a transferência de recursos das empresas menos produtivas para as mais
produtivas, sendo o respectivo contributo potencialmente mais significativo quando se trate de empresas
dos segmentos geradores de elevados valores acrescentados.

A dinâmica de criação de empresas tem sido mais elevada nos serviços de alta tecnologia -com 2,8%
do total de criação de empresas, em 2004 -comparativamente à criação de empresas nas indústrias
de alta tecnologia (AT) e de média-alta tecnologia (MAT), respectivamente com 0,1% e 0,5% do total.

19. Patentes EPO por milhão de habitantes

Patentes registadas no EPO, por milhão de habitantes


400 1996 1997 1998 1999 2000
350 2001 2002
300
250
200
150
100
50
0
Japão
EUA
Espanha

PORTUGAL

UE15

UE25
Finlândia

Fonte: 2004 e 2005 - European Innovation Scoreboard, EU ; Nota: EPO= European Patent Office

Interpretação:
Este indicador reflecte, em parte, a actividade inventiva de um país e a sua capacidade para criar e
transformar o conhecimento em potenciais ganhos económicos.
Em termos globais, mede a performance tecnológica dos países.

É fundamental a capacidade de criar conhecimento e de o transformar em potenciais ganhos


económicos. O número de patentes registadas no European Patent Office (EPO) por milhão de
habitantes, efectuada por Portugal foi, em 2002, de 4,3 bem distante da média da UE15 (158,5) e da
UE25 (133,6), o que demonstra debilidades subsistentes nesta área. A dinâmica deste indicador não
tem sido regular, muito embora se tenha como meta triplicar, até 2010, o número de patentes
registadas.

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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

20. Marcas comunitárias registadas por milhão de habitantes

Marcas comunitárias registadas, por milhão de habitantes



120 Valor médio 1998-2000
Valor médio 2001-2003
100 2004
80

60

40

20

Japão
EUA
Espanha

PORTUGAL

UE15
Unido

Alemanha
Reino

Itália
Finlândia
Fonte: GEE, com base em OHIM, Statistics of Community Trade Marks, 1998 a 2004 e EUROSTAT (População)

Interpretação:
As marcas registadas assumem um papel importante no processo de marketing de novos produtos e
serviços provenientes de inovação bem sucedida. A marca constitui um sinal distintivo que identifica bens
e serviços produzidos por uma pessoa ou empresa específicas e auxilia os consumidores na identificação
e aquisição de produtos e serviços cuja natureza e qualidade, indicadas pela sua marca única, vão ao
encontro das suas necessidades.

Em relação às marcas registadas por milhão de habitantes, o valor obtido em 2004 por Portugal foi de
21, bastante reduzido face à média da UE15 (59). A tendência deste indicador tem sido positiva para
o conjunto dos países analisados.

21. Investimento em capital de risco

Investimentos de capital de risco, em % do PIB


%
0,30
2001 2002 2003 2004
0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00
PORTUGAL
Espanha

França
Unido

UE15
Dinamarca

Irlanda

Grécia
Alemanha
Holanda
Reino

Itália
Finlândia

Fonte: Eurostat, Indicadores Estruturais e APCRI

Interpretação:
O montante de capital de risco em percentagem do PIB constitui uma proxy para o dinamismo relativo da
criação de novos negócios e para a expansão de negócios existentes, em particular para empresas
inovadoras, que utilizam ou desenvolvem novas (arriscadas) tecnologias. O capital de risco é muitas
vezes, para estes casos, o único meio disponível de financiamento.
O capital de risco inclui o financiamento nas fases preliminares (seed e start-up) e para expansão e
substituição, destinado ao crescimento ou expansão (por exemplo, aumento da capacidade de produção,
marketing, fundo de maneio, reestruturação). Inclui, ainda, capital para compra de acções em posse de
outras entidades de capital de risco ou outros accionistas, ou para refinanciamento da dívida.
Management buy-outs e management buy-ins estão excluídos.

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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

Relativamente ao investimento em capital de risco, em % do PIB, apresentamos valores em 2004 de


0,12% -valor superior ao da média de EU15 -com 0,11. A tendência tem sido positiva. Evidenciamos
alguma distância face a países mais desenvolvidos nesta matéria, tais como o Reino Unido (0,23%), a
Espanha (0,15%) e a Dinamarca (0,14%).

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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

METAS

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INICIATIVA PARA A INOVAÇÃO

Referências:

European Commission (2005), Base de Dados AMECO

European Commission (2003), 2003 European Innovation Scoreboard: Technical Paper n.º 1
Indicators and Definitions

European Commission (2004), European Innovation Scoreboard 2004. Comparative Analysis of


Innovation Performance

European Commission (2005), European Innovation Scoreboard 2005

European Commission (2004), Annual Innovation Policy for Portugal

European Commission (2005), European Trend Chart on Innovation: Methodology Report on European
Innovation Scoreboard 2005

European Commission (2005), European Trend Chart on Innovation, SIS-Sectoral Innovation


Scoreboards

European Commission (2002), Science and Technology Indicators for the European Research Area
(STI-ERA), Key Figures 2001

EUROSTAT (2005), Structural Indicators

EUROSTAT (2005), Long Term Indicators

Gabinete de Estratégia e Estudos (2005), Barómetro da Produtividade

INE (2005), Constituição e Dissolução de Sociedades

OECD (1990), Technology Balance of Payments Manual

OECD (2002), Frascati Manual

OECD (2003), Science, Technology and Industry Scoreboard 2002

OECD (2004), Main Science and Technology Indicators 2004

OHIM (2004), Statistics of Community Trade Marks, 2004

SiPRIME (2005)

UMIC (2004), Mapear Conhecimento em Portugal: uma proposta para um sistema de indicadores e um
programa de observação

UNCTAD (2005), World Investment Report 2005

University of Groningen (2005), Groningen Growth & Development Centre

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