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Freud e a Pedagogia Segundo Millot, quando o pedagogo imagina estar se dirigindo ao Eu da criana, o que est atingindo, sem sab-lo,

seu inconsciente. O que h propriamente eficaz na influncia exercida por uma pessoa em outra pertence ao registro dos respectivos inconscientes. Numa relao pedaggica, o Inconsciente do educador demonstra possuir um peso muito maior que todas as suas intenes conscientes. Diante disso o que resta ao educador preparar-se para o inaudito, para eventuais situaes que possam aparecer na relao pedaggica. Para Freud o amor constitui o motor principal da educao, que a demanda de amor que a criana dirige aos seus pais e educadores. Cabe ao educador conquistar este amor, conserv-lo, na tentativa de provocar o desejo da criana. A descoberta da sexualidade infantil levou a questo da educao ao primeiro interesse de Freud, mas logo depois reconheceu que a represso da sexualidade pela educao excessiva quando atinge a curiosidade

sexual infantil, ameaando recalc-la e extinguir posteriormente a curiosidade intelectual que normalmente sua derivada. Compete ao educador trabalhar com mais empenho no que diz respeito questo da sexualidade, dirigindo as pulses para outros fins que no seja propriamente sexual. Para Freud a educao tem primordial papel neste processo, que ele denomina de sublimao. A sublimao em Freud a dessexualizao do objeto, ou seja, h um processo em que a energia que empurra a pulso continua a ser sexual, mas o objeto no o mais. Para Freud a sublimao pode fornecer ao educador uma funo da educao, embora ele mesmo fale da desconfiana a respeito de a sublimao no vir a ser operada, pois a sublimao no um mecanismo ao alcance da conscincia. Tudo que o educador pode aprender da e pela psicanlise saber por limites a sua ao, que consiste em uma arte de inesgotvel valor.

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