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THALES BARRETO

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Sua boca e seus dentes


Dia de tédio Seu cabelo e seu rosto embriagante
Desejo cada milímetro de você.
Acho que vou morrer num dia de tédio Por apenas um sonho.
como esse...
Onde tudo que mais quero é ocupação
pra mente. Esses amores...
Alguma coisa pra criar, inventar, fazer...
Alguma pessoa para amar. Eu tenho um desses amores doces...
E um sonho pra viver. Amores estranhos...
Queria um mundo só pra eu mudar... Amores bandidos...
Um amor só pra eu viver Amo essa sua boca pequena
Um gato só pra ouvir ronronar Seus olhinhos tristes
E uma boca pra beijar. Seu cabelo desarrumado
Queria idéias minhas. Suas mordidas...
Lutas próprias e carinhos Te amo minha menina
Só pra mim Te amo minha criança
Queria viajar... Conhecer o mundo Te amo meu bebê
E não perder tempo... Amo essa sua cara ingênua e sedutora
E também não queria morrer Amo suas pernas... Curtinhas...
num dia de tédio... Esse seu olhar apavorado
Como esse... E provocante
Amo suas confusões
Sei que me ama...
Olhares... E que nos deixem em paz!

Corpo nu de cicatrizes gigantes


De tatuagens incolores
Coisas...
Metal escondido perto do céu
Lugar onde quero repousar
Sol que nasce torto
Olhos que vigiam meu olhar fixo
A manha dos apaixonados.
Observo suas perfeições
Toda a noite é dos desesperados.
Seus seios e seu pescoço

Thales Barreto - Poetas pela Paz e Justiça Social - 1


A escuridão vazia e cega do amor. Vomitei poemas e engoli sonhos
A bala perdida que encontra o peito
As pequenas crianças africanas Já inventei milhares de beijos
O maldito sol que arde. pra milhares de bocas.
Terras sempre prometida Já sonhei vidas do lado de várias
Vaga ilusão de céu, pessoas que acha possível.
Vago sonho de amor. Já morri tantas vezes
Fé no que sentimos. Que nem sei se estou vivo.
Já me apaixonei tanto que só sei viver
De amor.
Vomitei poemas e engoli sonhos.
Me cortei com palavras apaixonadas.
Morri de tédio
Passado a limpo em declarações de amor.
Queria pegar um trem e sumir, evaporar.
Vivo no meu paralelo... E esse amor que quero e não sinto.
Cheio de flores, cadernos, canetas... Esse amor que peço em EHsilêncio
Penso no meu amor que nunca vem... e nem olhares recebo.
Na minha vida que aos poucos se vai... Às vezes acho que quero um carinho
Amores, solidão... que ninguém tem pra me dar.
Tenho uma vida imperfeita...
Sou um poço de mágoas, de erros
Sou um defeito... Sou vários... Caderno de espinhos
Amo quem me despreza,
desprezo quem me ama... Caderno de espinhos
Já quis me acabar... Quem sabe? Antigos amores
Ainda respiro... Bebo... Caderno de espinhos
Ainda pulo, escuto rock, MPB, samba... Velhos poemas
Estudo... Caderno de espinhos
Não durmo, nem deixo dormirem... Novos amores
Quero festa, fazer rirem, pularem... Caderno de espinhos
Queria ser feliz... Mas... Preciso de ar
Isso é um detalhe Caderno de espinhos
Que tenho de esconder Você não voltou
No fundo... Caderno de espinhos
Não sou nada, além de erros. Velhos desejos
Caderno de espinhos
Mentiras
Caderno de espinhos
Sangrando
Caderno de espinhos

Thales Barreto - Poetas pela Paz e Justiça Social - 2


Novos poemas Par perfeito.
Caderno de espinhos Par que os olhares inocentes
Já te esqueci apontam como santos.
Caderno de espinhos De perto dois demônios.
Um sonho Que na cama ou em qualquer lugar
Caderno de espinhos fazem maldades.
Livro de espinhos...

Ilusões...
Fraquezas
Varro o mundo
Risquem as manhãs dos meus dias. Cruzo estradas
Prolonguem a noite. Atravesso cidades
Digam que nunca amei. Varo madrugadas
Que fui cruel, mau. Busco no lixo amores
Revelem apenas minhas fraquezas. Amores desperdiçados
Minhas infidelidades. Vou atrás do sorriso
A certeza que tudo acaba mau Idiota de criança
E que sorrisos são sinais de burrice E te encontro...
por que só existe dor entre as pessoas. Deitada na cama
Eu nunca amei. E sou feliz por isso. De outro...

Neurose
Sentidos
Deixo marcas de dentes em seu corpo.
Seus gritos, gemidos, sussurros fazem O Exagero e o doce
meu corpo tremer. O amargo do sangue
Beijos deslavados, descoordenados, O gosto da boca
enlouquecidos. Paisagem pro olhar
Cabelos puxados... Olhares de desejo A pele nua
O calor cerca nossos corpos O sexto sentido
Sinto seu cheiro, Os corpos em um só.
seu gosto em minha carne... O calor...
Minha boca procura O lábio mordido
cada milímetro de você E as unhas nas costas
E perdido me entrego O desejo e os sonhos
apenas aos instintos. O fogo... Vermelho!
Loucos. Febris. Apaixonados...
Indecentes. Amores depois do amanhecer.
Menino mau e menina má.

Thales Barreto - Poetas pela Paz e Justiça Social - 3

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