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LITERATURA
2ª Fase Modernista (1930 – 1945)
O caráter construtivo da segunda geração tem uma face dupla, que precisamos
compreender. Do ponto de vista estrutural, caracteriza-se por uma revalorização de
determinadas formas tradicionais, como o soneto, e, ainda, por uma atenuação do
“vanguardismo” dos primeiros modernistas, conciliando a combatividade de sua
linguagem com a necessidade de polissemia, de riqueza de significados, inerentes ao
texto literário. Em outras palavras, a geração de 30 – tanto na poesia quanto na prosa –
internalizou nas obras as “novidades” de 22, acrescentando a elas o que se mantém vivo,
fecundo, das tradições sepultadas a priori pelos primeiros modernistas.
Do ponto de vista dos conteúdos, dos significados, a preocupação nacionalista, que foi
uma das tônicas principais dos representantes da Semana, aprofundou-se, alastrou-se e
adquiriu novo rigor, na medida em que o Brasil passou a ser visto não “em si” mas no
contexto universal do sistema capitalista de que faz parte.
Tem um grande poder descritivo que nos consegue transmitir principalmente a cor e o
cheiro da terra.
Formado em Direito, vai de início para a política, mas logo a abandona em favor da
literatura. Foi promotor público.
Foi funcionário de banco e sócio de farmácia, mas decidiu-se pela literatura e trabalhou
no Departamento Editorial da Editora Globo.
Começou com o romance urbano, mas o interesse pela cultura de seu estado natal levou-
o ao romance histórico, mais uma grande novela das gerações gaúchas.
Obras:
Conto e romance: Fantoches (1932) – contos; Clarissa (1933); Caminhos Cruzados
(1935); Música ao Longe (1935); Um Lugar ao Sol (1936); Olhai os Lírios do Campo
(1938); Saga (1940); O Resto é Silêncio (1942); Noite (1954) – novela; O Tempo e o
Vento I. O Continente (1948); II. O Retrato (1951); III. O Arquipélago (1961); O
Senhor Embaixador (1965); O Prisioneiro (1967); Incidente em Antares (1971).
Literatura infantil: As Aventuras do Avião Vermelho (1936); Os Três Porquinhos
(1936); As Aventuras de Tibicuera (1937); O Urso com Música na Barriga (1938); A
Vida do Elefante Basílio (1939).
Memórias: Solo de Clarineta I (1973); Solo de Clarineta II (1975).
Graciliano Ramos.
Biografia
Graciliano Ramos nasce um Quebrângulo, Alagoas, em 1892. Filho de comerciante de
classe média. Trabalha na loja do pai. Estudos secundários. Autodidata em literatura.
Trabalha como revisor e como jornalista. Prefeito de Palmeira dos Índios (1928-1930),
renuncia. É nomeado diretor da Imprensa Oficial do Estado, em Maceió. Demite-se,
volta a Palmeira dos Índios. Em 1936, novamente em Maceió, é nomeado diretor da
Instrução Pública: em seguida, é demitido e preso, acusado de comunismo.
Da experiência da prisão, escreve Memórias do Cárcere. Libertado em 1937, reside no
Rio. Trabalha como jornalista. Nomeado Inspetor Federal do Ensino Secundário, em
1939. Adere ao Partido Comunista Brasileiro, em 1945. Viaja pelos países socialistas.
Morre no Rio, em 1953.
Obras:
Caetés / São Bernardo / Angústia / Vidas Secas / Insônia (contos) / Alexandre e Outros
Heróis (contos) / Infância (memórias) / Memórias do Cárcere / Linhas Tortas (crônicas)
/ Viventes das Alagoas (crônicas) / Viagem (viagens).
Formou-se na Escola Normal, mas desde logo dedicou-se ao jornalismo. Por pouco
tempo teve atividades políticas, que lhe valeram a prisão.
Seu primeiro romance confirmou a linha regionalista, iniciada por José Américo de
Almeida: O Quinze (1930).
Romancista mais lido desde muito, formou-se em Direito, entrou na política e foi preso
(1936) e exilado.
Tem o talento da narrativa saborosa, feita numa linguagem muito acessível e com uma
grande carga lírica.
Obras:
Romance: O País do Carnaval (1931); Cacau (1933); Suor (1934); Jubiabá (1935);
Mar Morto (1936); Capitães de Areia (1937); Terras do Sem Fim (1942); São Jorge
dos Ilhéus (1944); Seara Vermelha (1946); Os Subterrâneos da Liberdade (1952): I. Os
Ásperos Tempos, II. Agonia da Noite, III. A Luz e o Túnel; Gabriela, Cravo e Canela
(1958); Dona Flor e seus Dois Maridos (1967); Tenda dos Milagres (1970); Teresa
Batista Cansada de Guerra (1973); Tieta do Agreste (1977); Farda, Fardão e Camisola
de Dormir (1979).