INTRODUÇÃO: Características universais de escoamentos turbulentos:
irregularidade espaço-temporal intrínseca, imprevisibilidade, grande gama de escalas (espaço-temporais) em interacção, elevada taxa de dissipação (viscosa) de energia cinética, tridimensional e rotacional, grande difusividade. Alguns sinais de “ordem” na turbulência: lei da taxa de dissipação de energia, universalidade qualitativa, estruturas coerentes. Simulações directas e das grandes escalas de escoamentos turbulentos: breve descrição.
DESCRIÇÃO ESTATISTICA DA TURBULÊNCIA: Elementos de descrição
estatística aplicados ao estudo da turbulência, exemplos e seu significado físico: velocidade e pressão como variáveis aleatórias, funções densidade de probabilidade, médias (temporal, espacial e de conjunto), variância e desvio padrão, coeficientes de assimetria e achatamento da velocidade e derivada da velocidade de escoamentos turbulentos, função densidade de probabilidade conjunta, co-variância e coeficiente de correlação, auto-correlação e correlação entre dois pontos, escala integral, micro-escala de Taylor, número de Reynolds baseado na escala de Taylor, turbulência homogénea, isotrópica e estatisticamente estacionária, hipótese ergódica. Significado físico dos termos de algumas das equações mais relevantes para o estudo da turbulência (no espaço físico): equações de Navier-stokes (instantânea, média – decomposição de Reynolds), equações de evolução da energia cinética (instantânea, média, turbulenta), taxa de dissipação viscosa de energia cinética, equação de transporte da vorticidade e enstrofia.
FENOMOLOGIA DA TURBULÊNCIA: A cascata de energia de Richardson
(1922). A teoria de Kolmogorov (1941): hipóteses de isotropia local, semelhança e universalidade das escalas dissipativas. Micro-scala de Kolmogorov. Região de equilíbrio universal. Funções de estrutura de ordem 2: lei de 2/3 de Kolmogorov. Funções de auto-correlação. Equação de Karman- Howarth: Assimetria da derivada spacial da velocidade e não Gaussianidade da turbulência. Lei de 4/5 de Kolmogorov.
TURBULÊNCIA NO ESPAÇO ESPECTRAL: Elementos da análise espectral e sua
aplicação à descrição do campo de velocidades: espaço físico e espaço de Fourier, convolução, teorema de Pareseval, propriedades das transformadas de Fourier. Equações de Navier-Stokes no espaço de Fourier. Energia cinética dos modos de Fourier, tensor do espectro de velocidade, energia cinética do modo K. Energia cinética e taxa de dissipação no espaço de Fourier. Espectro de energia e enstrofia. Espectro de energia na região de equilíbrio universal: lei de 5/3 de Obukhov. Efeito do número de Reynolds nos espectros de energia e de enstrofia. Cascata de energia no espaço de Fourier. Limitações da teoria de Kolmogorov: intermitência interna, teoria de semelhança refinada (Kolmogorov, 1962).
LIMITAÇÕES DAS TEORIAS DA TURBULÊNCIA: “Estado da arte” em teoria da
turbulência desde Kolmogorov 1962: caracterização das estruturas coerentes presentes em turbulência isotrópica, cascata de energia no espaço físico, inexistência de separação de escalas, influência do gradiente de velocidade do campo média na anisotropia das escalas dissipativas, relações entre vorticidade e taxa de deformação.
canónicos: camadas de mistura, jactos (circulares, planos e coaxiais), esteiras (circulares e planas) e escoamentos parietais (camada limite e escoamento num canal). Relevância das estruturas coerentes para a descrição e compreensão da turbulência. Elementos de fenomenologia turbilhonar: definição de vórtice coerente, estrutura de um turbilhão, leis de evolução do campo de vorticidade, exemplos. Escoamento em jactos circulares: descrição da origem e crescimento da camada de corte em jactos, arrastamento e crescimento do caudal na direcção axial, constância de quantidade de movimento. Instabilidades e transição em jactos circulares: instabilidade de Kelvin-Helmholtz, turbilhões de Kelvin-Helmholtz, modo de camada de corte, modo preferencial do jacto, resultados da análise de estabilidade linear. Instabilidade secundárias: instabilidades azimutais, turbilhões longitudinais, jactos laterais e seu efeito no aumento do arrastamento. Jactos circulares turbulentos: existência de semelhança e inexistência de universalidade na zona afastada. Exemplo de estudo: controlo de jactos circulares. Turbulência em escoamentos parietais. Estutura do perfil de velocidades: região da parede e região exterior. Estruturas coerentes em turbulência parietal. Regiões de alta e baixa velocidade (high/low speed streaks) e suas dimensões características. Erupções turbulentas e interacções entre a zona interior e exterior da camada de corte parietal. Turbilhões em gancho de cabelo (haipin vortices) e sua evolução no escoamento. Regeneração. Dinâmica turbilhonar em escoamentos parietais. Exemplo de estudo: redução de atrito parietal através da utilização de polímeros.
SIMULAÇÕES NUMÉRICAS DIRECTAS (DNS): o conceito, vantagens e
limitações, estimação da resolução necessária e custo computacional, análise e verificação de simulações numéricas directas, exemplos de simulações numéricas directas recentes.
SIMULAÇÕES DAS GRANDES ESCALAS (LES): O conceito, vantagens e
limitações, a operação de filtragem, tipos de filtros (caixa, Gaussiano e corte espectral), propriedades dos filtros, equações de Navier-Stokes filtradas, tensões sub-malha (tensões de Leonard, cruzadas e de Reynolds sub-malha), equações de Navier-Stokes filtradas no espaço de Fourier, Equação de evolução do espectro de energia, transferência de energia no espaço de Fourier, viscosidade turbulenta espectral, modelação sub-malha no espaço de Fourier, modelo espectral dinâmico, modelação sub-malha no espaço físico, hipótese de equilíbrio local, modelos de Smagorinsky, função de estrutura, escalas semelhantes, gradiente, modelo dinâmicos, mistos, e de transporte de energia cinética sub-malha. Exemplos de simulações das grandes escalas recentes. Novas ideias em simulação das grandes escalas: modelo óptimo. Exemplo de estudo: efeito dos modelos sub-malha nos turbilhões obtidos através de simulações das grandes escalas.
MODELOS DE FECHO EM UM PONTO: Modelos de fecho num ponto: a
hipótese de viscosidade turbulenta, modelos de viscosidade turbulenta, modelos algébricos, modelos a uma equação, modelos a duas equações, modelos de transporte de tensões de Reynolds, vantagens e limitações dos modelos de fecho num ponto, exemplos de aplicação em engenharia.