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TRIBUNAL DE CONTAS DÓ ESTADO

Processo TC N° 1997/06

RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO. CâMARA


MUNICIPAL DE SUMÉ. Exercício de 2005. Pelo
conhecimento, em razão da sua tempestividade.
No mérito, pela negativa de provimento.

ACÓRDÃO APL TC N° 1?3 /2008

Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC n. ° 1997/06, no


tocante ao Recurso de Reconsideração, interposto pelo vereador Joel Florêncio da Silva,
ex-presidente da Câmara Municipal de Sumé, objetivando a reformulação do Acórdão APL TC
nO 790/2007, referente as contas do exercício de 2005;

CONSIDERANDO que, na sessão plenária do dia 17 de outubro de 2007, este


Tribunal julgou a Prestação de Contas do citado ex-presidente, emitindo o Acórdão APL TC
N.o 790/07 pela irregularidade (DOE de 13/11/2007), em virtude de: 1)- compatibilidade de
informações entre o RGF e a PCA; 2)- Não empenhamento e não recolhimento das obrigações
patronais incidente sobre as remunerações pagas aos vereadores; 3)- recolhimento indevido
de contribuições previdenciárias ao IPANMS;

CONSIDERANDO que o interessado, inconformado, interpôs Recurso de


Reconsideração, através do doc. TC nO20551/07, fls. 473/916, requerendo a retificação do Ato
Formalizador para o fim de que seja julgada regular a correspondente prestação de contas;

CONSIDERANDO que a Auditoria (fls. 918/921), após exame das alegações e


documentação acostados aos autos, manteve o seu posicionamento quanto aos itens "1", "2" e
"3" acima, tendo em vista a ausência de qualquer elemento capaz de alterar o entendimento
anteriormente exarado e sob o argumento de que é indiscutível a obrigatoriedade de
contribuição previdenciária dos agentes políticos sobre seus subsídios para o INSS desde a
eficácia da Lei de nO10.887, de 19 de setembro de 2004;

CONSIDERANDO que matéria encontra-se também disciplinada através do


Parecer Normativo PN TC 52/04 desta Corte de Contas, datado de 24 de novembro de 2004,
estabelecendo que constituirá motivo de irregularidade punível com a reprovação das contas do
gestor, independentemente de imputação de débito ou multa, a não retenção e/ou não
recolhimento das contribuições previdenciárias aos órgãos competentes (INSS ou órgão do
regime próprio de previdência, conforme o caso), devidas por empregado e empregador,
incidentes sobre remunerações pagas pelo Município;

CONSIDERANDO o entendimento do Relator de que as justificativas


apresentadas pelo recorrente não são suficientes para modificar a decisão proferida quando do
julgamento das contas, tendo em vista o estabelecido na Lei nO 10.887/2004 e no Parecer
Normativo PN Te 52/04, instrumentos disciplinadores da matéria; (. (~

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC N° 1997/06

CONSIDERANDO o Relatório da Auditoria, o Parecer oral da Procuradoria


Geral, o voto do Relator e o mais que dos autos consta;

ACORDAM os Conselheiros integrantes do Tribunal de Contas do Estado, à


unanimidade de votos, com declaração de impedimento do Conselheiro José Marques Mariz,
na sessão plenária realizada nesta data, em tomar conhecimento do Recurso de
Reconsideração, interposto pelo vereador Joel Florêncio da Silva, ex-presidente da Câmara
Municipal de Sumé, em face da sua tempestividade, e, no mérito, negar-lhe provimento, por
falta de respaldo de fato e de direito, para o fim de manter a decisão recorrida, constante do
Acórdão APL TC N.o 790/07.

Publique-se, registre-se e intime-se.


TC.PLENÁRIO MIN. JOÃO AGRIPINO, em 27 de fevereiro de 2008.

Marcos Ubir~n~. ~e{~ereira

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Fui presente: b J~ __
Ana Teresa Nóbrega
Procuradora Geral

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