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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


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I PROCESSO TC 01629/07

Administração Direta Municipal. PRESTAÇÃO DE


CONTAS ANUAIS do EXERCíCIO de 2006, da MESA DA
CÃMARA MUNICIPAL DE CAIÇARA, da responsabilidade da
Senhora LUlZA SOARES ANTERO. Existência de falhas que
não trouxeram prejuizo ao erário - REGULARIDADE COM
RESSALVA, neste considerando o atendimento integral às
exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal
RECOMENDAÇÃO.

ACÓRDÃO APL Te J-ll.( 12.008


Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO TC- 01629/07; e
CONSIDERANDO os fatos narrados no Relatório;
CONSIDERANDO o mais que dos autos consta;
ACORDAM os Membros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAíBA
(TCE-Pb), à unanimidade, na Sessão realizada nesta data, de acordo com a
Proposta de Decisão do Relator, em:
1. JULGAR REGULARES COM RESSALVA as contas da Mesa da Câmara de
Vereadores de CAiÇARA, relativas ao exercício de 2006, de
responsabilidade da Senhora LUlZA SOARES ANTERO, considerando
nesta decisão o atendimento INTEGRAL das exigências da Lei de
Responsabilidade Fiscal;
2. RECOMENDAR à atual Mesa da Câmara, no sentido de não mais repetir as
falhas detectadas nos presentes autos, especialmente no tocante ao
esmero no atendimento das normas de caráter trabalhista.

Fui presente: ----ISãt;mn~~~~~~~~------

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

I PROCESSO TC 01629/07 [illJ!

Administração Direta Municipal. PRESTAÇÃO DE


CONTAS ANUAIS do EXERCíCIO de 2006, da MESA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE CAiÇARA, da
responsabilidade da Senhora LUlZA SOARES ANTERO
Existência de falhas que não trouxeram prejuizo ao
erário - REGULARIDADE COM RESSALVA, neste
considerando o atendimento integral às exigências da
Lei de Responsabilidade Fiscal- RECOMENDAÇÃO.

RELATÓRIO

A Senhora LUIZA SOARES ANTERO apresentou, dentro do prazo legalmente


estabelecido, a Prestação de Contas Anual da Mesa da Câmara Municipal de CAiÇARA,
relativa ao exercício de 2006, sob a sua responsabilidade, cuja documentação foi
encaminhada e analisada pela DIAFI/DIAGM 11, que emitiu Relatório, com as seguintes
observações, que a seguir se fez resumir:
1. No orçamento estimou-se a receita e previu-se a despesa em igual valor de
R$ 240.000,00, sendo efetivamente transferidos 91,96% da receita prevista e a
despesa realizada foi de 91,96% da fixada;
2. A remuneração de cada Vereador durante o exercício foi de R$ 12.000,00, e a
do Presidente da Câmara foi de R$ 24.000,00, estando dentro do limite
estabelecido na legislação local específica;
3. A despesa com pessoal correspondeu a 2,93% da Receita Corrente Líquida do
exercício de 2006, cumprindo o art. 20 da LRF;
4. A folha de pagamento do Legislativo atingiu 68,31 % das transferências
recebidas, cumprindo o artigo 29-A, parágrafo primeiro da Constituição Federal;
5. A despesa total do Poder Legislativo Municipal foi de 6,13% da receita tributária
e transferências realizadas no exercício anterior, cumprindo o art. 29-A da
Constituição Federal; .
6. Quanto à gestão fiscal, consignou-se o atendimento às disposições da LRF,
exceto no tocante a:
6.1. não comprovação da publicação do RGF relativo ao segundo semestre de
2006;
6.2. descumprimento do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
7. Referentemente às disposições constitucionais, legais e demais aspectos
examinados, constatou-se:
7.1. despesas não licitadas, referentes à contratação de serviços de transporte,
no total de R$ 13.440,00 (fls. 71);
7.2. não recolhimento de INSS, no montante de R$ 25.200,00 (fls. 69 e 90);
7.3. não pagamento do t rço consti cional por ocasião das férias dos servidores
(fls. 56/69 e 90).
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Regularmente intimada, a Chefe do Poder Legislativo apresentou a defesa de
fls. 94/123, que a Auditoria analisou e concluiu por:
1. mantidas as falhas relativas a: não publicação do RGF do segundo semestre; e
não realização de procedimentos licitatórios;
2. modificar a irregularidade concernente ao não pagamento da gratificação de
férias aos servidores para não concessão de férias, além do acréscimo no seu
valor, de R$ 800,00 para R$ 2.400,00.
3. elidir a irregularidade referente ao não recolhimento da obrigação previdenciária
patronal dos vereadores.
Remetidos os autos à consideração do Parquet, a ilustre Procuradora Isabella
Barbosa Marinho Falcao, após considerações opinou pela:
1. Irregularidade das contas da Mesa da Câmara Municipal de CAiÇARA,
relativas ao exercício de 2006, sob a responsabilidade da Senhora Luiza
Antero Soares;
2. Aplicação de multa, no valor máximo, a Senhora Luiza Antero Soares, com
fulcro no art. 56, 11, da Lei Orgânica desta Corte, face à transgressão a normas
legais, conforme apontado;
3. Recomendação à Câmara Municipal de CAiÇARA, no sentido de guardar
estrita observância aos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal e aos
princípios que regem a Administração Pública consubstanciados na
Constituição Federal.
Em que pese o Ministério Público especial junto ao Tribunal de Contas não ter se
manifestado acerca da gestão fiscal, em epígrafe, espera-se o seu pronunciamento nesta
oportunidade.
Foram feitas as comunicações de estilo.
É o Relatório.

PROPOSTA DE DECISÃO

Mesmo admitindo-se que a conduta da Mesa da Câmara não se coaduna com os


ditames das normas trabalhistas, o Relator entende que a concessão de férias dos seus
servidores está incluída dentre as prerrogativas inerentes à sua autonomia administrativa,
não sendo da competência desta Corte de Contas se manifestar sobre tal, a não ser em
caráter de recomendação, com vistas a que tome as devidas providências, a fim de
corrigir essa falha, além de buscar não mais repeti-Ia.
Referentemente à gestão fiscal, a documentação acostada de fls. 117/121 é
suficiente para elidir a falta de comprovação do RGF, referente ao segundo semestre de
2006.
No que respeita às despesas não licitadas com contratação de serviços de
transporte, no valor de R$ 13.440,00, ma que, na verdade, reduz-se a meros
R$ 5.440,00, posto que a Gestora p moveu ocedimento de dispensa de licitação e o
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valor superou naquele valor o limite legal, para isso. Foi anexado o contrato e demais
documentos (fls. 100/109) e não há nos autos nenhum questionamento acerca de
prejuízo causado ao erário, em face de tal circunstância cabendo, portanto, apenas
ressalva.
Isto posto, propõe aos integrantes deste egrégio Tribunal Pleno, no sentido de que:
1. JULGUEM REGULARES COM RESSALVA as contas da Mesa da Câmara de
Vereadores de CAiÇARA, relativas ao exercício de 2006, de responsabilidade
da Senhora LUIZA SOARES ANTERO, considerando, nesta decisão, o
atendimento INTEGRAL das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
2. RECOMENDEM à Edilidade, no sentido de não mais repetir as falhas
detectadas nos presentes autos, especialmente no tocante ao esmero no
atendimento das normas de caráter trabalhista.
É a Proposta.
João Pessoa-Pb, 06 de agosto de 2.008.

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